A rodar XLVIII

Notando que o espaço de tempo que decorre entre o nascer e o pôr do Sol é encurtado, após fim-de-se-amana cheio, celebrando aniversários, presto ouvidos ao trabalho homónimo de Lindsey Buckingham/Christine McVie. Para a gravação do álbum editado em 2017, com cenários  que trazem à memória «Rumours» ou «Tango in the night», a dupla pertencente aos Fleetwood Mac, teve parceiros nada desconhecidos: John McVie e Mick Fleetwood.  

(Warner Music, 019025828318)

Mantendo-me em 2017, «A deeper understanding» é o quarto álbum dos filadelfienses The War On Drugs, do qual destaco a sétima faixa, «Thinking of a place». O registo vocal de Adam Granduciel tem aparência ao de Dylan ou de Petty.

(Atlantic, 7567-86606-3)

1979. Nos escaparates das discotecas (designação da época dada às lojas de venda de discos), surge «Slow train coming». Sem ser o melhor álbum de Robert Zimmermann, é um registo notável e incomum em matéria de arranjos na discografia de Bob Dylan, com contribuição de Mark Knopfler.

(Columbia, 88985449231)

Evidentemente a Madame jà dorme mas hoje tenho uma derrogação... este Imenso album roda no Garrard 301 e degusto intensamente este quão belo simbolo, quase que gosto desse gira! Os riffs do Johnny Marr, as espirais vocais do Morrissey e a energia subjacente que nos faz se sentir vivo, em Vida! Um electrochoque de pura existência e de juventude eterna que não se oxida... bem ao contrario! Estamos em face de um dos raros albums de Pop que soa como do Rock ou o contrario, pouco importa, estamos em frente da raridade, da Graça! Tenho um sorriso na cara e as pernas que pedem dança, o corpo também ora que o espirito jà baila desde os primeiros acordos... é quase indecente o efeito desta obra! Não posso deixar de pensar ao titulo ném à fotografia do Alain Delon na capa... tudo é feito de simbolos elipticos e naifs nesta obra, tudo roça a perfeição e de muito perto! Quém sabe, hoje ela vai se tornar mais grande que ontém... era previsivel e garantido, a partida da Rainha sò acelera o inelutàvel... mais um simbolo! Hà uma forma de génio aqui, despretencioso mas imensamente honesto e elegante, diria mesmo fino... God Save the Queen!!!

Sem ser apreciador da obra de Polly Jean Harvey, reconheço que a forma como compõe e entoa a sua poesia, a posiciona num patamar superior. Tendo iniciado a carreira em 1992, associo a sua imagem e música a Patti Smith. Com onze temas e quase 34 minutos de duração, o álbum «White chalk», editado em 2007, é cativante, derivado à esbelta subtiliza composicional.  

(Universal Island, 1740326)

Um amigo afirma que "discos de vinil, está incluso na diminuta lista de bens de impossível empréstimo." Reconhecendo, por motivos válidos, racionalismo nessa asseveração, nunca segui tal directiva. Por conseguinte, alguns discos de 33 r.p.m. emprestados a uma individualidade quando os anos 90 se deram a conhecer, involuntariamente passaram ao regime emprestadado. «Substance», dos britânicos New Order, foi nesse lote...

(Factory, Facd 200)

Decorridos seis anos do corrente século, passou a residir no Auditório Fantasma um exemplar, denominado Quatro Centenas e Uma Unidade (https://www.audioanalogicodeportugal.net/t13744-garrard-401). Iniciou a prestação de serviço com um braço semelhante ao do seu; à cinco anos, optei por equipá-lo com braçito Rega.

Entre Fevereiro e Março de 1974, Elis & Tom, partilharam o estúdio MGM, situado em Los Angeles, gravando catorze temas. A comunhão com António Carlos Jobim, concretizou-se, ante a sua fidelidade de uma dezena de anos à etiqueta Philips, sendo-lhe ofertada a possibilidade de materializar um sonho... Sem hesitação, Regina enriqueceu a fotografia das canções joviais e dramáticas de Jobim, individualidade marcante na música made in Brasil.  

(Universal, 0042282441829)

Confesso não apreciar a maioria dos registos de Miles Davis, onde é testemunhado o seu desempenho ao vivo. Todavia, «My Funny Valentine», é escutado com agrado no Auditório Fantasma. Na noite de 12 de Fevereiro de 1964, no complexo Lincoln Center, em Nova Iorque, Davis foi acompanhado por George Coleman (saxofone tenor), Herbie Hancock (piano), Ron Carter (contrabaixo) e Tony Williams (bateria).  

(Columbia/Legacy, 519503 2)

Desconhecendo se do pó também se faz vinho (quiçás, TD124 saiba da poda para aduzir argumentos à questão encobertamente formulada ), retirei a porção de tenuíssimas partículas depositadas sobre o invólucro que cobre o disco «Live at Montreux», de Miles Davis & Quincy Jones, aquando o aniversário vinte e cinco desse histórico festival na cidade helvética. A actuação ocorreu a 8 de Julho de 1981, tendo Quincy dirigido a orquestra de Gil Evans (assinou os arranjos dos 16 temas) e a banda de George Grentz.

(Warner Bros., 8122-79597-5)

Prezado TD124,

Questionei, porquanto na alimentação animal o pó entra na composição; contudo, rejeito explicitar essa temática, devido ao selo na relação laboral.

Quanto à reserva 2019 de Tinto do Pó, é composta por:
- 50% de Castelão;
- 40% de Cabernet Sauvignon;
- 10% de Touriga Nacional;
- 0% ou sem vestígios de pó detectável.

Sem equívocos, assumindo que os vinhos da Península de Setúbal estão fora do meu lote de preferências, este acedeu directamente ao rol dos melhores vinhos bebidos no corrente ano.

Com cumprimentos assumidamente não assustadores, mas explicitamente FANTASMAGÓÓÓRICOS,