Alexandre Vieira, outro ser verde da nossa praça, culminou a noite com um belo registo dos Cure.
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Nov 19 2020, 19:47
Não é a melhor Tour de sempre dos Roxy, aborda alguns dos temas mais mitos da banda. Esta Tour ocorreu em 2001 e sobre ela disse o Guardian que a "...reunião da banda para a Tour não só fez todo sentido, mas faz-nos esquecer que alguma vez eles tinham acabado como banda...".
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 20 2020, 17:49
America Utopia um excelente disco ao vivo que nos remete para um excelente concerto do David Byrne. Tive a oportunidade de o ver em Cascais faz dois anos e foi absolutamente genial.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 20 2020, 18:14
The Mystery Of The Bulgarian Voices - Featuring Lisa Gerrard – BooCheeMish
Uma maravilha de disco, interpretações soberbas e impressionante concerto que deram na Aula Magna.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 20 2020, 20:45
Um belo disco para escutar enquanto se degusta um belo Porto Vintage de 1980.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 21 2020, 09:58
Alexandre Vieira escreveu:
Um belo disco para escutar enquanto se degusta um belo Porto Vintage de 1980.
Um belo disco para se escutar com qualquer bom vinho ... ou à frente de um belo quadro ... ou numa discussão com a nossa metade ... ou isto tudo junto! O meu disco tém a capa branca ... deve haver diferentes edições com as capas diferentes
Parabens pelo disco ... e pelo Porto
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 21 2020, 12:21
O primeiro da "prisão domiciliária vespertina".
Esta versão é em cd e toca num leitor contemporâneo à obra o Micromega Stage 3, que é um leitor muito temperamental, para começar a tocar é irritante, mas assim que toca obras que necessitam de um som quente e relaxado espanta-nos, tal é o requinte do timbre da voz, quer pelo recorte musical.
Espanta-me os franceses terem criado uma peça assim. Estará o Paulo envolvido no projecto??? Traindo o vinil
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 21 2020, 12:22
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Um belo disco para escutar enquanto se degusta um belo Porto Vintage de 1980.
Um belo disco para se escutar com qualquer bom vinho ... ou à frente de um belo quadro ... ou numa discussão com a nossa metade ... ou isto tudo junto! O meu disco tém a capa branca ... deve haver diferentes edições com as capas diferentes
Parabens pelo disco ... e pelo Porto
Obrigado Paulo de facto esta obra devia estar na prateleira das viagens, porque a sua escuta remete-nos para uma viagem musica diaconisa.. Quando estamos em dia de o ouvir é uma maravilha!
Esta é uma versão limitada (dizem eles) em cd, talvez por isso a capa seja preta.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 22 2020, 12:00
O confinamento continua e apesar de meia cidade parecer andar na rua, nós decidimos ficar pelo conforto do lar. O dia lá fora está muito bom, céu azul, boa temperatura. Bebemos café na varanda, voltamos a entrar e pegamos neste:
It's a Beautiful Day é um bom exemplo do que o Rock Psicadélico nos deixou - com Blues e Folk na mistura. O ano de lançamento foi o mágico 1969, tanta coisa aconteceu em termos musicais. A capa é sugestiva, as canções não o são menos. Ele canta, ela canta... as vozes sugerem que há lugar a encontros e desencontros. Para quem gosta de bandas como Led Zeppelin, espreite Wasted Union Blues, a terceira faixa. A guitarra é um pouco mais estridente (fuzzy), mas o espírito da coisa está lá. Depois do bichinho pegar, se pegar, explore-se o álbum todo.
ruife gosta desta mensagem
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 22 2020, 12:23
Um disco genial de JZ, um dos melhores dos anos 80 Reinvenção da música de Ennio Morricone por JZ e companhia Basta atentar na companhia e ainda com a colaboração de sua excelência Hal Willner (só agora percebi que faleceu este ano em abril )
ruife Membro AAP
Mensagens : 111 Data de inscrição : 01/03/2016 Idade : 66 Localização : Quiaios
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 22 2020, 19:32
José Miguel escreveu:
O confinamento continua e apesar de meia cidade parecer andar na rua, nós decidimos ficar pelo conforto do lar. O dia lá fora está muito bom, céu azul, boa temperatura. Bebemos café na varanda, voltamos a entrar e pegamos neste:
It's a Beautiful Day é um bom exemplo do que o Rock Psicadélico nos deixou - com Blues e Folk na mistura. O ano de lançamento foi o mágico 1969, tanta coisa aconteceu em termos musicais. A capa é sugestiva, as canções não o são menos. Ele canta, ela canta... as vozes sugerem que há lugar a encontros e desencontros. Para quem gosta de bandas como Led Zeppelin, espreite Wasted Union Blues, a terceira faixa. A guitarra é um pouco mais estridente (fuzzy), mas o espírito da coisa está lá. Depois do bichinho pegar, se pegar, explore-se o álbum todo.
Deste álbum os Deep Purple "roubaram" Bombay Calling e nasceu Child in Time
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 22 2020, 19:51
Caro Ruife, fez bem lembrar essa "coincidência".
O tema original é um pouco (7 anos, se não me engano) mais velho que o álbum It's a Beautiful Day, está tudo lá e é Jazz:
Bombay Calling na versão de Vince Wallace.
Essa faixa tem uma bela mistura de sons e estilos, nota-se o lado que chega do Oriente, mas não deixa de ter um "drive" Funk que nos coloca a abanar o corpo.
Se não conhece, escute toda a faixa em volume generoso.
ruife gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 22 2020, 20:04
Apaixonado, comprometido e agitante, o London 0 Hull 4 mantém a sua frescura inicial de 1986, ocorrendo no entanto um fenómeno "paranormal" aquando da sua escuta nunca se sabe qual é o lado que se está a escutar
Última edição por Alexandre Vieira em Dom Nov 22 2020, 20:26, editado 1 vez(es)
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 22 2020, 20:10
The Housemartins. Banda que acompanhei com agrado. Em CD, é fácil saber qual o lado audível.
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 08:12
Hoje falei de lavagem dos vinis ... roda então um album que tém tantos anos quanto a data de saida! Nunca foi lavado, teve vàrios maus tratos e portanto ... a ausência de ruido de fundo audivel e a dinâmica intacta levam-me a pensar que a lavagem dos discos não é algo de primordial. Talvez mesmo, a ausência de lavagem permita a esta magnifica obra de guardar a sua força inicial ... um album que transpira a energia da juventude, uma obra épica que 35 anos depois continua a se bonificar ... mesmo suja
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 11:06
TD124 escreveu:
Hoje falei de lavagem dos vinis ... roda então um album que tém tantos anos quanto a data de saida! Nunca foi lavado, teve vàrios maus tratos e portanto ... a ausência de ruido de fundo audivel e a dinâmica intacta levam-me a pensar que a lavagem dos discos não é algo de primordial. Talvez mesmo, a ausência de lavagem permita a esta magnifica obra de guardar a sua força inicial ... um album que transpira a energia da juventude, uma obra épica que 35 anos depois continua a se bonificar ... mesmo suja
Um álbum utilizando uma vez mais a mesma definição: BRUTAL!
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 14:30
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 15:28
Alexandre Vieira escreveu:
... Um álbum utilizando uma vez mais a mesma definição: BRUTAL!
Visto que estàs para os lados do BRUTAL, toca a fazer rodar algo que mereçe verdadeiramente esse nome! Se a base musical desta obra é muito proxima dos ritmos e riffs do metal a organisação harmonica é bem diferente. As melodias sempre subentendidas são virtuosas e o trio é tão explosivo em estudio quanto no palco. Um dos melhores bateristas da cena rock e um estilo musical unico, reconhecivel entre todos. A energia tectonica (BRUTAL) desta musica não impede os raios de luz com um lirismo assumido. O vinil custava 12€ nos concertos hà dez anos atràs, hoje custa dez vezes esse preço ... como diziam os Marillion em 84: This world is totally Fugazi !!!...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 19:07
A esta hora já não se pode chamar final de tarde, tal a falta de luz no céu. O ambiente está mesmo bom para escutar um grande álbum, com algum peso nas letras, mas que compensa muito bem com belos arranjos.
Tim Buckley - Googbye and Hello...
"Is the war across the sea? Is the war behind the sky? Have you each and all gone blind: Is the war inside your mind?"
Parte da letra de No Man Can Find the War...
anibalpmm e Alexandre Vieira gostam desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 19:09
Passados mais de 30 anos, ainda continuo a ouvir este álbum com enorme prazer. Uma banda muito esquecida que vale a pena recuperar.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 21:06
Um velho conhecido vai rodar por aqui, o café já está pronto e substituirá o vinho e doce que trouxe da minha terrinha... Santo Tirso tem os seus encantos.
Fiquei saudoso, a conversa de um par de horas em casa dos pais aconteceu com algum cuidado, por mais dias que passem, ainda me sinto estranho... a "normalidade" não se entranha. Creio que este sentimento participou da escolha do álbum de Van Morrison, cuja primeira faixa me deixa sempre no ponto em que escuto a minha própria respiração.
anibalpmm gosta desta mensagem
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 23 2020, 22:01
Ainda há tempo para mais um ou dois... agora rodará um que tende a ficar na estante, sem que consiga explicar bem a razão. Hoje não resisti a pegar nele, sei que a viajem será boa.
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 12:02
anibalpmm escreveu:
Está no top 3 dos filmes da minha vida.
anibalpmm gosta desta mensagem
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 16:31
Chegado a casa de um dia de trabalhi, deveria começar a trabalhar para preparar a minha jornada dupla de amanhã... a razão diz-me que o verbo dever está conjugado de forma incorrecta, mas para que serve a razão se tudo o resto se unir em oposição?
Abri uma garrafa de vinho, comprei-a faz uns dias por ser um vinho com a mão de Anselmo Mendes. Os vinhos dele com origem na Região dos Verdes são expressivos, cheios, grandes representes das castas. Este Douro tem boas características, tende para o leve, mas a esta hora isso só lhe fica bem.
A rodar está um álbum que consegue fazer-me encontrar com os meus pensamentos. É engraçado, quando o escuto faço-o sempre de forma dedicada, mas ele desvia-me dele para nele me voltar a encontrar. É uma obra e tanto, traduz o poder de Antony ao vivo.
Última edição por José Miguel em Ter Nov 24 2020, 17:49, editado 1 vez(es)
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 17:34
Depois de um grande álbum como o anterior, a tarefa de escolher o seguinte fica sempre complicada. Decidi ficar por um outro ao vivo, uma energia diferente, mas que consegue chegar bem longe.
Compramos este álbum por ter uma faixa, a My Death... mas todo o álbum merece a escuta.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 18:24
Para continuar... até porque quero ter boa Música no ar quando a Luciana chegar:
Para a revista Rolling Stone, Songs in The Key of Life fica em quarto lugar entre os mais importantes álbuns... confesso que fiquei surpreendido ao ver a posição do álbum. Este acompanha-nos faz anos, ele reune canções incríveis, é uma atrás da outra, Soul-Funk do melhor que há. Uma voz capaz de encher cada palavra que remete para coisas simples do quotidiano, arranjos que nos transportam para o lugar, tal a capacidade pictórica. Um grande álbum que merece ser explorado, sem dúvida.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 20:37
José Miguel escreveu:
...
Abri uma garrafa de vinho, comprei-a faz uns dias por ser um vinho com a mão de Anselmo Mendes. ... A rodar está um álbum que consegue fazer-me encontrar com os meus pensamentos. ... É uma obra e tanto, traduz o poder de Antony ao vivo. ...
(...) Para a revista Rolling Stone, Songs in The Key of Life fica em quarto lugar entre os mais importantes álbuns... confesso que fiquei surpreendido ao ver a posição do álbum. Este acompanha-nos faz anos, ele reune canções incríveis, é uma atrás da outra, Soul-Funk do melhor que há. ...
Permiti-me por uma vez de fazer um cruzamento entre duas intervenções diferentes do José Miguel ... simplesmente porque naturalmente elas se entrechocaram no meu espirito, nesses momentos tenho vontade de me exprimir, falar, escrever! Actualmente, neste topico, sou mais leitor do que actor ... estou em fase calão, estou em fase contemplativa, estou em fase ler mais do que escrever ... mas continuo a escutar, não se inquietem! Esse album é um dos dois que o José Miguel sai do chapéu de vez em quando e que olho de lado ... mas ao contràrio do seu confrade françês que não gosto, nunca gostei e continuo a não gostar, este de hoje é um album do qual gostei muito, gostei menos depois e hoje é-me "quase" indiferente. Portanto, creio possuir toda a obra do Anthony ... penso mesmo possuir todos os albums aonde ele é sideman, ou simples convidado o que diz o apreço que anteriormente tinha em relação a esse artista. Mas, a rampa do tempo para as obras é como a idade para os humanos ... uns sobem bem e outros menos, é uma realidade! Vejo (oiço) hoje o Anthony como um produto de uma época, uma excepção artificialmente erguida, um produto comercial honesto e sincéro ... mas um produto! Não era a sua intenção de certeza, mas tal é o resultado, tal o sinto e a sua voz chorosa hoje jà não me toca, ela perdeu a pertinência das coisas raras para se tornar banal, conhecida, dispensàvel ... ao contrario do segundo album citado do Stevie Wonder, e por isso me permito o cruzamento, que pessoalmente prefiro mesmo ao What's Going On. O josé escreveu que o album do Anthony é uma obra e tanto ... ao mesmo tempo ficou surpreendido que o album Songs in The Key of Life tenha sido muito bem notado por uma célebre revista. È normal o que o José sente, também é normal o que eu sinto, assim é a subjectividade...
Poderia ter ido re-escutar o Anthony o que seria no meu caso pena perdida ... ou re-escutar o Stevie Wonder o que seria despropositado neste momento pois não tenho vontade ... fiquei-me por este que pelo titulo resume bem tudo o que venho de dizer, ou seja, a possivel ambiguidade entre obra e produto. Não é comparàvel ném com o Anthony ném com o Stevie Wonder estilisticamente mas estou bem, mesmo bem, pelo momento
I'm New Here_Gil Scott Heron
PS: A photo não passa, fica assim então
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 22:35
A minha estranheza com a posição do Songs in The Key of Life na tal lista da Rolling Stone não se prende por desconhecer a obra ou os méritos dela, é dos álbuns mais antigos (connosco) da nossa colecção. Contudo, é um álbum que vejo ser vendido baratinho e pouco referido - aqui não me recordo de o ver colocado por mais alguém. A Motown ganhou fama por obras que chegaram ao grande público, também ficou colada a um estilo - o Marvin Gaye teve que lutar para editar a sua obra maior. Eu não sou um grande consumidor desse tipo de Música, mas há álbuns que me dizem bastante.
O Antony... conheço pessoas que pensam algo semelhante ao que o Paulo expressa, consumiram a obra dele, viram concertos, viraram a página. Eu, em outro tópico, já me tinha referido a um álbum de Antony como um álbum a transformar-se em clássico. Não vejo a sua obra como fruto de algum artificialismo, já falamos sobre isto, ou como um mero produto. Deixo apenas esta pergunta: a obra do Antony nasce de quê, da necessidade dele se expressar ou de uma qualquer outra coisa?
No pico do sucesso ele largou a sua carreira e voltou-se para outra direcção, distinta, pois era o que precisava. Conheço as participações dele em obras de outros autores, onde ele já se apresentava como se apresenta nesse álbum ao vivo - Lou Reed, Hercules and Love Affair, ... Eu não quero reconverter o Paulo ao Antony. mas falar de Música é sempre agradável.
Por falar de Hercules and Love Affair, partilho Blind... não é o mesmo tipo de electrónica que usa Anohni, mas tem a sua graça.
HFERRAO Membro AAP
Mensagens : 259 Data de inscrição : 05/07/2010
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 24 2020, 22:49
Boa noite. Para afastar más ideias resultantes de tanto confinamento! Resto de boa segunda-feira, se possível!
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 25 2020, 13:39
Turn off your mind, relax and float down stream, It is not dying, it is not dying Lay down al thoughts, surrender to the void, It is shining, it is shining. Yet you may see the meaning of within It is being, it is being Love is all and love is everyone It is knowing, it is knowing And ignorance and hate mourn the dead It is believing, it is believing But listen to the colour of your dreams It is not leaving, it is not leaving So play the game Existence to the end Of the beginning, of the beginning
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 25 2020, 14:21
José Miguel escreveu:
... Deixo apenas esta pergunta: a obra do Antony nasce de quê, da necessidade dele se expressar ou de uma qualquer outra coisa? ... Eu não quero reconverter o Paulo ao Antony. mas falar de Música é sempre agradável. ...
Não te preocupes de me reconverter ... ainda tenho todos os albums dele e pareçe que o verdadeiro amor não desapareçe nunca, o futuro dirà como o meu desencontro com a musica do Anthony vai evoluir
Quanto à tua pergunta, eu penso verdadeiramente a sua obra nasce da necessidade de se expressar. Eu escrevi que a apropriação da sua obra pelo "business-system" não era intencional da sua parte, vejo-o honesto e sincéro como escrevi ... mas a realidade é que durante sete anos 2005-2012 o Anthony era convidado de todas as plateias e a sua simples participação num album tornava-o "bankable", o seu tremolo de voz dava essência e profundura a uma musica mainstream "espiritualmente" avariada. Mas o que é demais enjoa, foi o meu caso e mesmo se vejo o Anthony como uma vitima do que digo ... a sua vibrante presença deixou de me fazer vibrar, pelo momento. Subsiste uma excepção que é este album que escuto neste momento assim que a participação num album das CocoRosie ... é que o rapaziriga tém (tinha?) bom gosto
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 25 2020, 17:47
O Paulo esclareceu bem as suas ideias e da forma como coloca, percebo a questão comercial. É verdade que Antony teve a sua de exploração da imagem, ia aos programas da noite ou tarde na televisão. Eu tomo doses reguladas, já ouvi mais, agora roda umas poucas vezes por ano. Obviamente que há um lado subjectivo e emocional que não me importo de partilhar nas minhas palavras, nas que acompanham os álbuns quando os coloco aqui. Ainda consigo ir para um bom lugar quando escuto esse álbum, então sei quando pegar nele... Por exemplo, continuo a adorar ouvir a primeira face de Arbour Zena, mas já não sinto falta dela... em tempos ela era um refúgio no pós trabalho... como The Sea and Bells foi na passagem pelos Açores quando estava sozinho... compramos o vinil, mas pouco roda, desde logo porque a edição tem alguma distorção perto do final, problema reportado e é mesmo da edição (espero que melhorem numa próxima).
No fundo a Música também é isto, também é por isto que a escuto.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Nov 26 2020, 22:59
1966. ««Blonde on blonde», um duplo álbum referido no tópico Os dez melhores ... verdadeiramente?, no qual, Bob Dylan surge como mensageiro. «Sad eyed lady of the lowlands», com pouco mais de 11 minutos de duração, preenchendo o lado D do disco, representa simplicidade desarmante.
(CBS, 66012)
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Nov 26 2020, 23:06
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 27 2020, 20:23
Um disco calmo e relaxante depois de um dia bem agitado.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 27 2020, 21:14
Air - Premiers Symptômes
Esta colectânea de singles é uma verdadeira maravilha. É o álbum de estreia dos AIR, um disco suave mas com momentos verdadeiramente geniais.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 28 2020, 14:30
Um disco diferente em que o AIR fazem a música de fundo à leitura dos contos escritos de Barricco e recitados pelo mesmo.
Chamo atenção para a faixa La Puttana Di Closingtown, é pura magia, é o som puro e inconfundível dos Air no seu melhor, muitas vezes imitado, nunca superado.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 28 2020, 14:56
Uma das coisa que o Rufus sabe fazer é de facto canções tocantes! Ao vivo chega a ser irritante, tal o tamanho do seu narcisismo, mas é um enorme compositor e interprete disso não existem quaisquer dúvidas!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 30 2020, 15:19
Um disco completamente bipolar, não só por ter os dois génios juntos, mas porque ao mesmo tempo que encerra temas alegres e despretensiosos, contém obras com um uma elevada carga emocional.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 30 2020, 15:48
Para ajudar a exercitar, neste dia de confinamento. E nem sei porque o estou a ouvir, mas sei que enquanto o oiço me lembro de coisas ótimas como o Footlose ou Caça Polícias e pipocas, muitas pipocas!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 30 2020, 16:23
Finalizei neste preciso momento um trabalho que durou dois árduos meses. Assim para celebrar o feito. e sensação de liberdade, só poderia ouvir:
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Dez 01 2020, 15:44
Este álbum foi descrito pelo Iggy Pop como: "a cross between James Brown and Kraftwerk"; embora gravado em Munique, é considerado parte do período de Berlim de David Bowie, Brian Eno, Lou Reed e do próprio Iggy, talvez soe de certa forma mais a Bowie que a Iggy, ainda assim talvez este seja o disco de Iggy Pop que melhor se compreenda o seu real potencial. Diz-se que não existem discos perfeitos, mas este, para mim, roça a perfeição.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Dez 03 2020, 18:04
[img] Excelente disco ainda para mais bem gravado e produzido. E tem como bónus o cd e ainda o DVD do concerto.[/img]
The Knife - Live at Terminal 5
Excelente disco ainda para mais bem gravado e produzido. E tem como bónus o cd e ainda o DVD do concerto."
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 16:21
De quando a quando que bem saber recordar estes temas do início da carreira.
masa gosta desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 16:53
Pode pareçer pomposo, ou mesmo pedante, de falar de um album como sendo grande ... està subjacente que a Musica é grande. No entanto a realidade é assim feita e existém grandes albuns e pequenos albuns como existém grandes vinhos e pequenos vinhos ... não o afirmar é pior do que não o fazer! Este album jà foi apresentado no "Bestas..." durante o primeiro confinamento, tinha-o redescoberto quase por azar porque a esposa quiz escutà-lo ... tinha gostado da capa, ou do gajo, ém qualquer dos casos a madame teve e tém bom gosto. Depois jà rodou algumas vezes sempre reproduzindo a mesma sensação de plenitude sensorial. È uma obra de uma fineza musical e de canto absolutamente notàvel que merecia ter tido um reconhecimento total, são 33 minutos suspendidos. Visto que tanto no vinho como na musica não sou obrigado por ninguém a consumir coisas reles ... roda este com um copo de branco de Bordéus (Graves) enquanto açendo a lareira. Ainda vou acabar complétamente bô-bô
Alexandre Vieira e masa gostam desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 18:04
O que se pode escutar apòs un dandy elegante?... outro dandy elegante! Roda esta belissima colheita na longa discografia do Christophe, infelismente falecido hà poucos meses. Nesta obra barroca e sensivel até apareçe um duo com o vocalista, também falecido, dos Suicide e uma faixa homenagem ao Lou Reed ... devem estar todos juntos a beber um copo. Entretanto deste lado, continuo com um copo na mão e as orelhas cheias de bela Musica
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 18:48
De Christophe apenas conheço um álbum, que encontrei por mero acaso quando andava mais atento ao Rock Progressivo Francês.
Les Paradis Perdus não é um álbum de Rock Progressivo, na altura achei graça à capa, ainda que seria algo Psicadélico... entrei e encontrei a Pop Francesa trabalhada de uma forma cuidada, muito bem arranjada e com letras bem escritas. Percebi que em França há um estilo Pop Progressivo, tem algo de Barroco como o Paulo refere para esse outro álbum. Não tem o encanto que Serge Gainsbourg tem para mim, mas tem uma delicadeza que é tocante. A simplicidade e inocência aparente fica-lhe bem.
Terei que dedicar algum tempo a essa obra, na altura tentei ouvir outros álbuns e já não gostei tanto, mais Pop. Mas a partilha acompanhada de comentários tem essa força e por isso não deixe de as fazer.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 20:36
José Miguel escreveu:
... Percebi que em França há um estilo Pop Progressivo, tem algo de Barroco como o Paulo refere para esse outro álbum. Não tem o encanto que Serge Gainsbourg tem para mim, mas tem uma delicadeza que é tocante. ...
Não sei se téns razão, é provàvel ... eu conheço muito mal a musica francesa e fujo dela desde que posso, então são meros acasos que me levam a conheçer alguns musicos, ou albuns, mesmo quando são conhecidos como é o caso do Christophe. Este album conheci hà um ano num jantar na casa de um bom amigo e agradou-me imediatamente, aliàs, foi ele que meses mais tarde me ofereçeu o vinilo pois na casa dele sò hà ficheiros! Gosto dos arranjos que misturam electronica, instrumentos acusticos e electricos ... tudo numa fusão coerente e muito delicada, uma obra esculpida, cinzelada. O que venho de dizer é uma constante na musica francesa que aprecio, e mesmo se é formalista e por vezes sobrecarregada também é a expressão de um estilo proprio que hoje faz maravilhas na electronica. Existe um estilo e uma estética musical françesa penso, ou é certo, mas frequento tão pouco essa musica, fora o barroco, que seria pouco pertinente da minha parte de a tentar classificar. No entanto, e na prolongação do que venho de dizer, gosto da musica francesa que trabalha as texturas harmonicas e que subentende as atmosferas, que sugere ... como um Marin Marais, um Couperin ou um Charpentier! A cultura francesa é muito maniqueista então por extensão a musica também, o Gainsbourg coabita com o Christophe, a Brigitte Fontaine com o Bashung, o Aznavour com a Catherine Ringer ... o que torna a coisa complexa, rica, e histérica! Felizmente que sobretudo hà Daft Punk e Justice
Justice_Cross
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 21:06
Faz alguns tempo que voltei a dormir mal e pouco, tinha o hábito de não dormir mais do que cinco horas, melhorei, afora recaí e creio que foi isso que me fez olhar para o rótulo da garrafa de vinho. Há nele algo belo, simplicidade e significado, pelo menos para mim neste momento. Comprei. O jantar foi Bacalhau à Brás, com alguns toques de personalização (junto alho francês para dar frescura adicional), o vinho Alentejano acompanhou muito bem. Prato e vinho têm algo em comum, notas diversas, mas uma leveza aparente que conforta.
Para ouvir no pós jantar e nos permitir um momento que permite a continuidade, seguiremos com um álbum bem conhecido, mas que não deixa de surpreender pela frescura e amplitude dentro de uma simplicidade difícil de atingir. É um piano tocado com mestria, mas acima de tudo tocado com paixão.
Faz algum tempo que não partilhava aqui o que roda, não deixamos de colocar os discos a rodar...
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Dez 05 2020, 22:48
Actualmente, não sou cinéfilo. Raramente, a sinopse de uma película desperta interesse para visioná-la. Ainda assim, espaçado no tempo, por vezes, colo o olhar ao pequeno ecrã para acompanhar a narrativa de um título da sétima arte.
Agora, uma vez mais me deixo encantar por «Cinema», de Rodrigo Leão. Neste álbum, além das participações de Nuno Gonçalves, Pedro Jóia ou Ryuichi Sakamoto, as vocalizações foram entregues a Beth Gibbons, Helena Noguerra, Rosa Passos e Sónia Tavares.
(Sony, COL 517669 2)
Alexandre Vieira e masa gostam desta mensagem
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Dez 06 2020, 10:32
José Miguel escreveu:
... O jantar foi Bacalhau à Brás, com alguns toques de personalização (junto alho francês para dar frescura adicional), o vinho Alentejano acompanhou muito bem. Prato e vinho têm algo em comum, notas diversas, mas uma leveza aparente que conforta. ... seguiremos com um álbum bem conhecido, mas que não deixa de surpreender pela frescura e amplitude dentro de uma simplicidade difícil de atingir. É um piano tocado com mestria, mas acima de tudo tocado com paixão.
...
Fui ver na net o que era o alho-françês ... afinal conheço-o como alho-porro, vi que também existe feito à moda "bràs"! Estranhei no inicio a adição desse vegetal no Bacalhau à Bràs, e depois disse-me que a ideia até pode ser boa ... é algo que tenho que experimentar, boa dica Penso que o prato deve melhor casar com um Buçelas ou um branco do alto-douro ou mesmo um verde de Loureiro ... mas isto sou eu a imaginar, a divagar
O disco foi bem escolhido para acompanhar esse prato e mesmo o alentejano tinto, que espero que fosse jovém e leve ... mas não estou de acordo com o termo paixão utilisado em relação ao Koln Concert, ném mesmo ao Keith Jarrett globalmente. È um artista aonde sinto a mestria, a precisão, a osmose e mesmo por vezes uma forma de abandono (espiritualidade?) ... mas paixão não! Deu-me vontade de escutar um pianista que o amigo Manfred me fez descobrir e para o qual em contrapartida utilisaria esse adjectivo ... uma espécie de Schumann do Jazz, é isso mesmo, pelo menos aqui! Convido à descoberta