O Charlie Parker sonhava encontrar o Stravinski e talvez inconscientemente de criar algo juntos, fazer um cross-over entre o Jazz e a Classica. O encontro não existiu e os projectos de fusão na clàssica foram e são ainda escassos. Tudo isto torna este projecto do Murcof e da Vanessa Wagner um hibrido raro e visionàrio. Nenhum deles quiz abdicar do respeito devido à sua formação, ela como pianista clàssica e ele como musico electronico de uma ambient inteligente dando ao projecto um equilibrio que se traduz pelo titulo "Statea". Os temas escolhidos são do repertorio minimalista bem conhecido dos dois musicos com a notàvel excepção de um tema do Aphex Twin. O resultado faz pensar por vezes ao efeito de "aumentação" que està na moda hoje mas sobretudo mostra a sensibilidade e a cumplicidade entre os artistas. Esta musica do silêncio rodopia entre o piano terreno e uma electronica vaporosa que se complementam sém se entrechocar. Profano para alguns, excitante para outros o "Statea" é antes de tudo a confirmação da elegante semelhança conceptual que existe entre a musica minimalista e a ambient. Um daqueles discos que desde as primeiras notas sente-se que serão portos de abrigo e que nasceram para durar no tempo, para nos acompanhar...
Statea_Murcof / Vanessa Wagner (2016)
Anotado!
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Out 28 2020, 13:38
No Ilhéu Chão, o céu de chumbo impede que os raios solares destaquem as cores vivas da natureza. Para ter ideia do que relato, observe a capa de «Harmony of difference».
Em 2017, Kamasi Washington, saxofonista tenor, brindou o ouvinte com um álbum que carece de um segundo para ter 32 minutos de duração. Esse segundo fez falta para a plenitude do disco? Não, culminando com apreciável «Truth».
(Young Turks, YTCD171)
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Out 30 2020, 15:27
O amigo agorgal criou um topico sobre o Cinema-Musica o que me lembrou que tenho poucos discos com a banda original de um filme, e que sobretudo os escuto pouco ... a notavel excepção é este e talvez um outro. O filme Solaris do Soderbergh pode ser, e foi vàrias vezes, criticado em relação à versão de 1972 do Tarkovski mas seria injusto de não açeitar a perfeita comunhão que existe entre o filme e a musica. O Jeff Martinez foi buscar os steel-drums latinos para escrever uma musica misteriosa e hipnotica. Uma obra que mesmo sém as imagens do filme nos transporta para a imensidão do universo ... ou do universo interior, serà a cada um de escolher!...
Solaris BO_Cliff Martinez
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Out 31 2020, 18:49
Although best known as a flexible and tasteful drummer, Bob Moses displayed a great deal of talent as a composer and arranger on this exciting project. He utilized a particularly colorful cast of characters, including altoist David Gross, Jim Pepper on tenor, cornetist Terumasa Hino, trombonist Barry Rogers, flutist Jeremy Steig, vibraphonist David Friedman, guitarist Bill Frisell, keyboardist Lyle Mays, electric bassist Steve Swallow, Howard Johnson on electric contrabass clarinet and tuba, and the voices of Sheila Jordan and Jeanne Lee, among many others. Some of the music is quite lyrical and laid-back, and there are tributes to Miles Davis and Billy Strayhorn, but it is the rambunctious and hilarious "Everybody Knows You When You're Up and In" (his answer to "Nobody Knows You When You're Down and Out") that is most memorable. Highly recommended.
In Alt Music
Ainda bem que não é Jazz senão, não gostava!
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 01 2020, 13:42
Dia de céu cinzento, de restrição nos movimentos, mas dia bom para dar uso aos ouvidos e alguns dos discos que andam cá por casa. Um deles é este:
Guillaume Maupin - Around John Locke in a Day (2012)
Este álbum não é bem uma homenagem ao John Locke ou ao seu pensamento, mas não deixa de colocar algumas ideoas nas letras... tirando a faixa John Dub, que como o nome indica é um tema onde o Dub é o estilo de base e bem conseguido, o álbum representa o que hoje se apelida por Pop-folk-psicadélico (digo eu!).
A nossa capa é ligeiramente diferente da original, mas alguém não resistiu ao espaço em branco.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 01 2020, 16:53
Segue audição com dois clássicos da minha juventude:
O doce:
E a consagração dos GNR, um disco que mostra a banda numa forma incrível à data:
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 01 2020, 18:49
E agora a excelente interpretação de Maria João Pires um disco que "encontrei" numa qualquer feira:
Chamo atenção para o concerto para piano em sol maior K 453 um dos poucos escritos em Sol Maior e o único escrito por Mozart.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 01 2020, 19:09
Essas edições da Erato são magníficas! Se uma etiqueta pegasse no álbum para edição audiófilia, supostamente, a alteração do registo em nada contribuiria para a enaltecer.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 02 2020, 13:31
A sombra da morte estupida e prematura do Jhonn Balance paira em cada canto e encanto desta obra postuma. O que poderia ser um album de homenagem estilisado e funesto torna-se pela mão do Peter Christopherson uma ode elegiaca ao seu binômio. As diferentes interpretações e arranjos de temas antigos e doutros mais recentes, mas também de originais, transformam a obra num perfeito caleidoscopio da iconoclasta musica dos Coil. Mais do que uma obra testamento o The Ape Of Naples apareçe como um concentrado dos momentos mais intensos do grupo, uma forma de essência extàtica que se eleva ao nivel do melhor que os Coil produziram. A voz do Jhonn Balance soa mais bela do que no nosso souvenir, mais rica e nuanceada. Uma obra que pareçe vir do outro lado da vida para nos lembrar o quanto é importante o presente. A profundeza distilada por esta obra encerra numa apoteose hipnotica o trabalho e a carreira de um duo mitico...
Coil_The Ape Of Naples
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 02 2020, 16:31
Depois de chegar a casa olhei para a capa deste álbum, estava na frente da sua fila e costuma assim estar pelo título. É mais um conjunto de faixas saídas da cabeça de Piero Umiliani (ainda que assine este como M. Zalla), uma banda sonora de um filme que não existe e verdadeiramente não tem que existir, pois as composições são de tal forma que facilmente conseguimos visualizar o que ele pensou ajudar a ilustrar.
Os dias que vivemos não são um filme, até é caso para dizer que a realidade está a ultrapassar a ficção, por isso... Mondo Inquieto.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 02 2020, 17:59
José Miguel escreveu:
...
Depois de chegar a casa olhei para a capa deste álbum (...) Os dias que vivemos não são um filme, até é caso para dizer que a realidade está a ultrapassar a ficção, por isso... Mondo Inquieto.
Bela imagem ... poderia ser "quase" uma capa dos GY!BE se não fosse tão sugestiva. Paradoxalmente não associo os tempos presentes ném ao encarceramento ném ao seu oposto representado pelo avião ... penso mais exactamente à fragmentação, à deslocação do habitual. Este fenomenos cria "espaços" exteriores novos como as estradas vazias, as ruas, as praças, as lojas tornando-os em nòdoas minerais sém sentido. Também cria "espaços" interiores pois o desfocamento da realidade conduz a novas sensações, estranhas por momentos, mas intensas. Este album que é uma das melhores obras em trio destes ultimos anos nmho é um convite à exploração desses espaços, dos intervalos, de tudo o que separa dois pontos ... pode ser até entre nòs e a realidade tal como pode sugerir a capa, ou não!...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 02 2020, 18:19
Talvez pela mão do Paulo, esse álbum já conhecia - o de Edward Perraud. É uma bela conversa entre o Piano, o Contra-baixo e a Bateria. Entre os três há espaço para os três e algo mais, o que nos permite colocar no "entre" e captar o fraseado de cada um de forma distinta.
Depois de Mondo Inquito dei comigo a escutar :Zoviet-France: "Norsch"... um álbum/EP onde o "industrial" se mistura com a electrónica para criar uma imagem pesada que nos atropela. É difícil ficar quieto perante esta Música que nos transporta para um meio onde o desconforto é usado como mensagem. Não deve ser escutado com o espírito inquieto (sem paradoxo!), pode tornar-se perigoso.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 02 2020, 18:44
José Miguel escreveu:
... um álbum/EP onde o "industrial" se mistura com a electrónica para criar uma imagem pesada que nos atropela. ...
Pas mal ... pas mal du tout!!!
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 02 2020, 23:25
Estranhar e entranhar, constitui uma dupla de estados que em determinados contextos é bem aplicado. Editado em 2011, «The king of limbs», dos Radiohead, enquadra-se nessa aplicabilidade.
(TBD Records, TICK001LP)
Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 03 2020, 11:13
Ghost4u escreveu:
Estranhar e entranhar, constitui uma dupla de estados que em determinados contextos é bem aplicado. Editado em 2011, «The king of limbs», dos Radiohead, enquadra-se nessa aplicabilidade.
(TBD Records, TICK001LP)
O amigo Fantasma conseguiu (o que não é fácil) expressar o sentimento que tenho a ouvir esse excelente disco.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 03 2020, 14:10
Hoje é dia de eleições nos EUA ... não é que isso me interesse, é um facto, mas faz-me pensar aos "esquecidos da america" como se dizia nos anos oitenta. Penso nesses que, com um ou com o outro dos candidatos, a vida deles vai continuar a ser a mesma, como em qualquer outro pais, democratico ou não. Poderia ter escolhido vàrios albuns do Boss como o "Nebraska" ou o "Darkness On The Edge Of Town" ... poderia ser mesmo o "Born In The USA", "The River" ou "The Rising" pois hà tantos, mas fiquei-me por este. Não é o melhor comparativamente é certo, mas hà uma frase nesta obra que sempre me tocou e que resume as relações sociais que nenhuma (r)evolução soube erradicar: Once I made you rich enough, Rich enough to forget my name... Muitas vezes as palavras simples são mais fortes pois compreendidas por todos, então na certeza que os EUA serão os mesmos amanhã roda este belissimo album...
Bruce Springsteen_The Ghost Of Tom Joad
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 03 2020, 19:42
Cacique 97 - No activo há perto de dez anos (o primeiro disco saiu em 2009), o colectivo luso-moçambicano Cacique’97 usa o afrobeat, misturado com outras músicas negras como veículo de intervenção. Este disco é uma espécie de tributo ou 3.ª parte dos discos Duo Ouro Negro BlackGround 1 e 2.
Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 03 2020, 22:06
Finalmente, um boneco do seu lindo gira-bolachas.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Nov 05 2020, 23:14
5 de Novembro de 1967. No Berlin Jazz Days, um grupo de guitarristas apresentou uma paleta onde dispôs e combinou estilos interpretativos. Parte das interpretações foi plasmada no disco «Guitar Workshop», cujo alinhamento é irrepreensível: Elmer Snowden (banjo), Buddy Guy, Barney Kessel, Jim Hall e Baden Powell.
Sobre a capacidade do instrumento em foco, Ludwig Van Beethoven, afirmou que "se um instrumento pudesse reproduzir uma orquestra numa pequena escala, esse instrumento seria a guitarra". (Dargil, MPS 15 146)
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 06 2020, 14:06
Hoje é o meu aniversario ... decidi de não trabalhar! A minha mulher deixou-me a prenda na mesa mas sò a posso abrir quando ela voltar do trabalho, acto perfidio e indecente! Tinha feito uma lista de 55 albums que queria em vinilo e espero que ela tenha escolhido ao menos cinco, e os bons. È triste que os amigos não possam vir partilhar um copo de branco comigo, mas é assim e escuto musica sozinho ... é a melhor maneira. Pergunto-me a mim mesmo quais são os albuns que ela escolheu e entretanto escolhi eu este para rodar. Em 1986 vivia na união soviética e estava persuadido que quando tivesse 55 anos estaria em portugal ... ora jà não estou ném num lado nem ainda no outro, a vida não é o que se prevê! Aproveito para escutar este magnifico recital, o adjectivo é fraco, que o Horowitz deu em moscovo e que representava o seu primeiro retorno ao pais natal apòs tantos anos de ausência. Entre exilados a gente compreende-se bem e o termo saudade torna-se universal, roda então este diamante puro, brilhante, ofuscante...
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 07 2020, 11:12
Manhã cinzenta, mais uma. Notícias negras, mais algumas. Tempo disponível, hora de escutar Música.
Nem só os EUA vivem dias de desgraça, o Brasil infelizmente parece estar perto de revisitar páginas negras da sua história. O país de múltiplas culturas revela-se perante nós pela Música e o álbum que agora vai rodar é um exemplo de como há muito para explorar. De Recife para o mundo, Naná de Vasconcelos revelou como a percussão pode ser um veículo de expressão de enorme riqueza, capaz de ultrapassar fronteiras e barreiras linguísticas convencionais. Com o berimbau é de uma eloquência tocante.
Todo o lado A do álbum é uma faixa de improvisso, só posso aconselhar escutarem em volume generoso. Embarquem na viagem, a percussão é de nível superior, os apontamentos de voz uma chamada de atenção. O lado B apresenta-nos Agustin Pereyra Lucena, na primeira faixa ao lado de Naná em improvisso e o diálogo é muito feliz. O guitarrista Argentino toma o papel do Ocidente para si, revela um técnica de louvar. Depois ele segue para o Brasil e para os sons da MPB, onde não deixa de ser expressivo.
Vale a pena, mais ainda num dia como este.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 07 2020, 12:18
Depois de escutar o álbum anterior fiquei a pensar se haveria alguma razão para não colocar um álbum Brasileiro no top 10 dos melhores de sempre... do tópico ao lado. Creio que haverá lugar para um e o primeiro a assaltar a minha mente foi:
Construção de Chico Buarque é uma espécie de reunião de estilos, o breve Tropicalismo juntou-se à MPB e Samba eternos, desta reunião saiu uma obra incrível. Não sei se foi a que mais influenciou fora do Brasil, mas é inegável que a Música Brasileira marcou o mundo da Música.
Eu quero acreitar que todos conhecem este álbum, mas se alguém não conhece, escute-o com todo o cuidado, ele merece.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 08 2020, 13:41
Tenho estado à procura de um disco que me sane a calma por ver uma ferida tão grande nos EUA. Não sou movido por sentimos pró-americanos, nem anti-americanos, como por ninguém, mas sou movido por uma convicção de universalidade humana que me coloca sempre perturbado sempre que vejo certos comportamentos da esquerda, direita, desde que sejam impostos, quer pela lei e ordem quer pelos media.
Como só a música sana todas as diferenças, só a música nos coloca em uníssono, deixo aqui a minha recomendação de unidade e universalidade, que me coloca em paz com o meu ideal Americano.
Loose Fur – Born Again In The USA
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 08 2020, 14:25
The Rolling Stones – Goats Head Soup
Um dos menos aclamados álbuns de Roling Stones da sua era de ouro, mas ainda assim um disco cheio de vida e criatividade. Nunca lhe liguei muito mas faz uns dias veio à mão e por aqui já tocou pelo menos umas três vezes.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 08 2020, 15:21
O Mestre a encantar os Alemães.
Um notável registo que demonstra não só o virtuosismo que lhe é conhecido mas uma madura e sentida interpretação das suas composições.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 08 2020, 15:57
Wall Of Voodoo – Dark Continent
Um disco obrigatório destes australianos que fizeram história, ainda sob a liderança de Stan Ridgway.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Nov 08 2020, 19:47
Regressando à diegese conceptual «Harmonies», de Joana Gama / Luís Fernandes / Ricardo Jacinto, desde a primeira audição, provocou mui agrado no meu aparelho auditivo de pechisbeque; tem Erik Satie como influxo.
(Shhpuma, SHH027CD)
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 09 2020, 17:55
O fabuloso guitarrista dos Bauhaus e dos Love and Rockets.
Um álbum que tem a sonoridade típica dos Love and Rockets.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 09 2020, 18:51
Já não tocava aqui faz um bom par grande anos!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 09 2020, 19:37
O Ricardo colocou Five Leaves Left na sua lista de melhores álbuns, ao voltar a espreitar o tópico fiquei com ele na cabeça... é de enorme beleza, tem largura e profundidade, tem alma.
Creio ser o meu favorito de Nick Drake e um dos que mais me toca dentro do universo do canta-autores de língua Inglesa. Merece bem a referência em qualquer lista!
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Nov 09 2020, 20:41
O jantar está no forno e ainda precisa de mais uns minutos de descanso, o coelho só corre vivo... Nick Drake brindou-nos com os seus grandes arranjos e para continuar em bom por vinte e poucos minutos:
Foi outro álbum referido no tópico das listas, ainda que o Paulo não goste dele e a referência seja relativa à pluralidade... eu gosto muito e se a lista fosse só de gosto eu pensaria nele. Tal como Nick Drake, Serge Gainsbourg elevou o Rock com arranjos que apelidam de barrocos. Eles são bastante elaborados, ambos com cordas a marcar presença de forma incrível. Este é mais conceptual, mais pesado, mais dramático, mas não deixa de ser tocante - exista sistema e colunas, as linhas de baixo tocam mesmo.
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Fernando Salvado Membro AAP
Mensagens : 466 Data de inscrição : 02/03/2018 Localização : Parede
Assunto: A rodar XLVI Seg Nov 09 2020, 22:10
Ao lêr a referência do "nosso Fantasma"... ao disco da Joana Gama, decidi partilhar também a minha opinião sobre outro disco da Joana Gama, dedicado à música de Erik Satie. É um disco muito interessante, que me revelou uma pianista da nova geração, que eu desconhecia de todo. Mas, para além da música em si, o disco tem mais que se lhe diga...e não é elogioso;
Na realidade o disco não tem qualquer informação escrita de interesse para o ouvinte: - Não diz uma palavra sobre a intérprete... - Não diz uma palavra sobre o compositor... - Não diz qual o piano em que a obra foi interpretada...
Mas, "não há bela sem senão", refere quem foi o afinador do piano, o ilustrador gráfico , refere a firma que cedeu o piano para o concerto e faz referência a 103 ...(se é que eu não me enganei a contar)...103 entidades ou pessoas singulares que de um modo ou outro, possibilitaram a edição deste disco!!! Uf...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 10 2020, 12:27
Alexandre Vieira escreveu:
... Como só a música sana todas as diferenças, só a música nos coloca em uníssono, deixo aqui a minha recomendação de unidade e universalidade, que me coloca em paz com o meu ideal Americano.
Loose Fur – Born Again In The USA...
Belas coisas rodaram desde o fim de semana por aqui e esta mensagem de unidade e de paz do Alexandre é bem-vinda! Alinho-me com ele e escuto este album que se quer apaziguador pois nomeia-se "Flores" (Kwiaty em polonês). O compositor de musica electronica Michał Jacaszek tocado pela leitura de um livro de poésia do Robert Herrick decidiu de transformar em musica alguns poemas. Apesar que os temas abordados fossém a morte, a dor, a nostalgia e a solidão o compositor viu nestes poemas uma fonte de esperança, uma energia vital, um apaziguamento. Mestre do claro obscuro e da ruptura melodica, o Jacaszek ciselou uma musica aonde a nostalgia é em permanência subentendida, mas nunca pesada. Isto porque esta electronica formal e barroca està ao serviço de uma linda voz (Hania Malarowska) que em permanência està na luz ... é ela a oposição à musica e o elemento solar! Por instantes estamos perto da pop electronica do Trentemoller e por doutros mergulhados na angustia mistica da Jocelyn Pook ... o compositor faz-nos viver esta opsição de sentimentos para melhor acentuar a paz, o equilibrio interno. Fica um cheirinho desta obra densa mas libertadora que possui o cunho de um belo sentimento, a esperança!...
Kwiaty_Michal Jacaszek (2017)
Última edição por TD124 em Qua Nov 11 2020, 08:54, editado 1 vez(es)
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 10 2020, 17:37
Fernando Salvado escreveu:
(...) decidi partilhar também a minha opinião sobre outro disco da Joana Gama, dedicado à música de Erik Satie.
Prezado Fernando Salvado,
Antes de escutar o disco referido, dei ouvidos ao que fez referência. Hoje, durante a manhã, aconselhei esse registo a uma individualidade, ávida por descobertas. Realmente, Joana Gama é uma talentosa pianista, capaz de dedicar-se a diversas formas interpretativas, quer a solo ou acompanhada.
Eis um demonstrativo do seu dom:
Com melhores cumprimentos,
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 10 2020, 18:59
E agora qualquer coisa diferente:
Este disco de 1980 da Tonicha tem a participação de entre outros, Pedro Caldeira Cabral, Pedro Osório e Carlos Mendes.
Um disco com uma qualidade inesperada, e um digno representante da música ligeira portuguesa.
Deixo aqui o convite à sua escuta.
Tem uma versão bastante sentida da famosa canção Menino De Oiro que como sabemos é dedicada ao nosso Administrador Ferpina.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Nov 10 2020, 23:59
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 00:01
José Miguel escreveu:
O Ricardo colocou Five Leaves Left na sua lista de melhores álbuns, ao voltar a espreitar o tópico fiquei com ele na cabeça... é de enorme beleza, tem largura e profundidade, tem alma.
Creio ser o meu favorito de Nick Drake e um dos que mais me toca dentro do universo do canta-autores de língua Inglesa. Merece bem a referência em qualquer lista!
Também é o meu disco preferido dele
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 08:51
anibalpmm escreveu:
José Miguel escreveu:
... Creio ser o meu favorito de Nick Drake ... Merece bem a referência em qualquer lista!
Também é o meu disco preferido dele
Complétamente de acordo ... é um grande, grande album!!!...
Estamos à espera da tua lista anibal ... abraço
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 10:10
Tanto o Manfred que o José Miguel falaram à pouco tempo do Metal e dos seus subgeneros ... admito que sou um leigo compléto na matéria. Tenho muito poucos albums desse estilo, talvez menos de cinco, mas tenho um amigo que é um grande amador do genero. Um dia, jà hà muito tempo, na casa dele escutei este album que comprei logo e que ainda escuto com grande prazer pois foi uma bela bofetada. Desde a primeira faixa (em video abaixo) o auditor sente-se preso numa venenosa teia de minimalismo repetitivo de uma tristeza lirica sém par! A voz voluntariamente clara açentua o romantismo lugubre desta épica abertura em direção de um mundo aonde a desolação sentimental é o alcool excitante. O riff alucinante de guitarra com o piano em segundo plano que se repete até ao suicidio cria uma implacàvel beleza morbida, hà génio no formalismo desta musica. Neste calvàrio de graça aterradora o ouvinte vive a catartica experiência da desolação interior e fica feliz, apaziguado. Apareçe algo nesta obra que nos leva até à potência mistica do Monteverdi e da sua Sagrada Virgem ... elogio màximo da minha parte! Escuto raramente esta obra pois esta overdose de estética crepuscular leva tempo a digerir e é-me dificil escutar algo depois ... mesmo os Joy Division! Hoje deu-me para este lado e admito que o efeito deste disco é devastador, comovente pelo seu lirismo desencantado e violento pela desoladora energia épica que transmite, o Metal tém coisas assim, surpreendentes, avassaladoras...
My Dying Bride_The Angel & the Dark River (1995)
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 11:14
TD124 escreveu:
anibalpmm escreveu:
José Miguel escreveu:
... Creio ser o meu favorito de Nick Drake ... Merece bem a referência em qualquer lista!
Também é o meu disco preferido dele
Complétamente de acordo ... é um grande, grande album!!!...
Estamos à espera da tua lista anibal ... abraço
Já está
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 18:57
O Paulo trouxe o Metal para aqui, fiquei com o bichinho... Doom não é algo que escute muito, lembrar Joy Division quando se fala de Doom tem razão de ser. Quando bem escritas, as letras são muito pesadas e a componente instrumental tende a carregar.
Eu sempre fui mais ligado ao Progressivo, mesmo antes de descobrir o dos 70's. O Metal progressivo foi o género de Música que mais abriu os meus horizontes, ao ponto de descobrir o Jazz e visitar a Clássica com outros ouvidos.
Dream Theater é para muitos o expoente máximo do Metal, como instrumentistas é difícil apontar o dedo... os álbuns mais conceptuais são muito bem escritos do início ao fim. A voz... bem, eu acho que fica bem, não é brilhante, mas é expressiva e tem uma extensão necessária.
Agora roda: Images and Words... merece a escuta, talvez numa lista um pouco maior talvez a banda merecesse um lugar.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 19:37
Hector Zazou – Sahara Blue é um álbum conceptual de 1992 de Hector Zazou, que comemorou o 100º ano da morte do poeta francês Arthur Rimbaud e que incluiu a colaboração musical de John Cale, Khaled, Ryuichi Sakamoto, Tim Simenon e David Sylvian, entre outros.
Um álbum indicado para ouvir nestes dias frios que nos induzem à introspecção.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Nov 11 2020, 22:26
Alexandre Vieira escreveu:
Hector Zazou – Sahara Blue é um álbum conceptual de 1992 de Hector Zazou, que comemorou o 100º ano da morte do poeta francês Arthur Rimbaud e que incluiu a colaboração musical de John Cale, Khaled, Ryuichi Sakamoto, Tim Simenon e David Sylvian, entre outros.
Um álbum indicado para ouvir nestes dias frios que nos induzem à introspecção.
Vi o HZ ao vivo no Porto depois desse disco
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Nov 12 2020, 12:09
anibalpmm escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Hector Zazou – Sahara Blue é um álbum conceptual de 1992 de Hector Zazou, que comemorou o 100º ano da morte do poeta francês Arthur Rimbaud e que incluiu a colaboração musical de John Cale, Khaled, Ryuichi Sakamoto, Tim Simenon e David Sylvian, entre outros.
Um álbum indicado para ouvir nestes dias frios que nos induzem à introspecção.
Vi o HZ ao vivo no Porto depois desse disco
Deve ter sido uma espécie de performance mais que um concerto cálculo.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 13 2020, 18:09
Nova aquisição a rodar à grande e à belga
Edição original de 1979 da DANOVA.
Última edição por Alexandre Vieira em Sex Nov 13 2020, 21:23, editado 1 vez(es)
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Nov 13 2020, 18:11
Os dias marcados pela memória colectiva tantos verões de São Martinho elevam o generoso senhor cuja capa dividiu em dois. E agora reparo que dois dias passaram sem eu Sou, fui e serei encontraram-se para jogar uma partida pregada a quem se distraiu pensando que havia mais em que pensar pensar que nada mais se prejudicou ante imagem sombra corcunda no espaço curvou-se com ele, não pode ser recta foi tempo em que permitia a ilusão acordar cedo e ver o sol como em tantos sonhos de encontro com a luz que envolve tudo mais se pode desvendar perante um nós, vós e eles asseguram que sim, aconteceu.
Phantone de Angélica Salvi é uma álbum poético, que nos permite o tempo e o espaço para nos perdermos e voltarmos a um ponto onde vamos encontrar um pouco mais de nós. Pelas palavras da própria - "“Phantone” é um jogo de palavras: Pantone (escala de referência de cores predeterminadas) Phantom (Fantasma) e Tone (Tonalidade). Uma sinestesia iminente.” - percebemos que estamos perante a possibilidade de entrar num mundo onde a imaginação pode vaguear sem receios, afinal o que nos guia é Música livre.
O álbum foi gravado no Mosteiro de Rendufe (Amares), o som da Harpa está bem captado, o que permite uma expressividade completa. Vale a pena a experiência, mais ainda ao vivo, como já tive a felicidade de ver e ouvir.
Para quem quiser, pode escutar aqui: https://store.loversandlollypops.net/album/phantone-2
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 14 2020, 11:24
Não muito longe vão os tempos em que os sábados de manhã eram ocupados com as actividades dedicadas a crianças. Esta manhã começamos com a escuta de um álbum cujo recheio consiste em canções dedicadas a crianças...
Neste caso os Franceses não estavam loucos, usaram a oportunidade para criar e recriar-se, experimentar e alargar horizontes. Resultou numa série de álbuns, o melhor dessa série foi reunida neste Chevance. Jazz, Rock Psicadélico e Experimental, ... um pouco de tudo para que as crianças e adultos possam ver a partir da sua aldeia todo o mundo.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 14 2020, 11:31
José Miguel escreveu:
Não muito longe vão os tempos em que os sábados de manhã eram ocupados com as actividades dedicadas a crianças. Esta manhã começamos com a escuta de um álbum cujo recheio consiste em canções dedicadas a crianças...
Neste caso os Franceses não estavam loucos, usaram a oportunidade para criar e recriar-se, experimentar e alargar horizontes. Resultou numa série de álbuns, o melhor dessa série foi reunida neste Chevance. Jazz, Rock Psicadélico e Experimental, ... um pouco de tudo para que as crianças e adultos possam ver a partir da sua aldeia todo o mundo.
É pá! Isso parece-me ser coisa boa! Excelente indicação!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 14 2020, 11:38
Experimente Alexandre, pode ouvir aqui: https://shop.bornbadrecords.net/album/chevance-etc-outremusique-pour-enfants-1974-1985
É muito bom, um grande exemplo de psicadelismo... e pensar que foi feito a pensar no público infantil. Os Músicos usaram a oportunidade como laboratório e conseguiram algo muito bom. Se gosta de Brigitte Fontaine, recomendo.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 14 2020, 11:40
José Miguel escreveu:
... Phantone de Angélica Salvi é uma álbum poético, que nos permite o tempo e o espaço para nos perdermos e voltarmos a um ponto onde vamos encontrar um pouco mais de nós. ... Vale a pena a experiência, mais ainda ao vivo, como já tive a felicidade de ver e ouvir. ...
Venho de escutar o album e gostei ... a tendência da "musica aumentada" (Hildur Guðnadóttir, Colin Stetson ...) começa a ser quase uma moda, mas quando feita com sentido e sensibilidade pode ser interessante. Gostei do jogo de sombras e das alternâncias entre harmonia e silêncio. Mais introspectivo e arejado do que a Guðnadóttir e menos catartico ou dinamico do que o Colin Stetson ... bela descoberta que deve funcionar efectivamente melhor ao vivo, e num belo local
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Nov 14 2020, 11:48
José Miguel escreveu:
Experimente Alexandre, pode ouvir aqui: https://shop.bornbadrecords.net/album/chevance-etc-outremusique-pour-enfants-1974-1985
É muito bom, um grande exemplo de psicadelismo... e pensar que foi feito a pensar no público infantil. Os Músicos usaram a oportunidade como laboratório e conseguiram algo muito bom. Se gosta de Brigitte Fontaine, recomendo.
Estou a ouvir e a gostar muito, está na minha short-list!