Não roda... mas toca!

Alexandre Vieira escreveu:

... mas ontem consegui arranjar este álbum que saiu no ano passado e hoje não pára de rodar no gira-discos.

Nesse caso é na praia ao lado que a discussão se passa, do lado dos que não gostam de ouvir com qualidade

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

... mas ontem consegui arranjar este álbum que saiu no ano passado e hoje não pára de rodar no gira-discos.

Nesse caso é na praia ao lado que a discussão se passa, do lado dos que não gostam de ouvir com qualidade

Qualidade ou não oiço com enorme gosto!

Nem te vou perguntar o que entendes por qualidade porque isso daria um tratado e afastaria-nos do essencial que é este belo disco do Sufjan Stevens.

Alexandre Vieira escreveu:

...Qualidade ou não oiço com enorme gosto!

Nem te vou perguntar o que entendes por qualidade porque isso daria um tratado e afastaria-nos do essencial que é este belo disco do Sufjan Stevens.

Ném sequer percebeste que escrevi isso porque meteste o teu vinil no topico dos ficheiros

Acorda

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

...Qualidade ou não oiço com enorme gosto!

Nem te vou perguntar o que entendes por qualidade porque isso daria um tratado e afastaria-nos do essencial que é este belo disco do Sufjan Stevens.

Ném sequer percebeste que escrevi isso porque meteste o teu vinil no topico dos ficheiros

Acorda

É do treçolho! Vou agora ao hospital ver se faço uma pequena drenagem da coisa!

Alexandre Vieira escreveu:

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

...Qualidade ou não oiço com enorme gosto!

Nem te vou perguntar o que entendes por qualidade porque isso daria um tratado e afastaria-nos do essencial que é este belo disco do Sufjan Stevens.

Ném sequer percebeste que escrevi isso porque meteste o teu vinil no topico dos ficheiros

Acorda

É do treçolho! Vou agora ao hospital ver se faço uma pequena drenagem da coisa!

............................................

Noite escura, a chuva fina no ar que se move ao sabor do vento ocupa a iluminação dos candeeiros, é fácil alguém perder-se. As estrelas estão para lá do manto de nuvens, não há a referência da que marca o Norte, é fácil alguém perder-se. Ouve-se uma voz que nos coloca perante o peso da alma, sem luz o corpo é matéria pouco visível, é fácil alguém perder-se.



The Winding Sheet de Mark Lanegan é de 1990, hoje tem a mesma força e presença, a mesma luz.

A noite já caiu, está frio e ameaça chuver... podemos ser inclinados a pensar o contrário, mas o dia ainda não terminou, há muito por fazer.



Quando Arooj Aftab começou a pensar Vulture Prince a sua vida já tinha dado muitas voltas, já se encontrava longe do Paquistão natal por exemplo, o que ela não sabia é que outro acontecimento triste a ia tocar (morte do irmão). Saber esta informação não muda o álbum e se já o considerava belo, continuo a considerar, mas... há momentos em que o álbum nos coloca perante sentimentos aparentemente contraditórios, dor e felicidade vivem no presente consoante olhamos para a frente ou para trás.

Recomendo a quem gosta de explorar sonoridades diferentes, mas felizmente cada vez mais presentes.

José Miguel escreveu:

A noite já caiu, está frio e ameaça chuver... podemos ser inclinados a pensar o contrário, mas o dia ainda não terminou, há muito por fazer.



Quando Arooj Aftab começou a pensar Vulture Prince a sua vida já tinha dado muitas voltas, já se encontrava longe do Paquistão natal por exemplo, o que ela não sabia é que outro acontecimento triste a ia tocar (morte do irmão). Saber esta informação não muda o álbum e se já o considerava belo, continuo a considerar, mas... há momentos em que o álbum nos coloca perante sentimentos aparentemente contraditórios, dor e felicidade vivem no presente consoante olhamos para a frente ou para trás.

Recomendo a quem gosta de explorar sonoridades diferentes, mas felizmente cada vez mais presentes.

Um disco que só está entre nós desde Abril e que já escutei integralmente vezes e vezes!
É um dos mais tocantes para mim este ano.

E sendo de uma linguagem diferente este outro dentro de mim habita o mesmo espaço estético



de uma extrema sensibilidade e profundidade, muito bem executado.

Arrepiante!

Um disco que encerra em si mesmo um enorme legado histórico. Uma obra imperdível com vozes excepcionais.

Tomaz, Arooj Aftab conhecemos no seguimento da escuta de Les Filles de Illighadad... o Tidal chegou lá sem que consiga explicar como. Esse álbum é tocante, aqui em casa só toca pela via digital, mas estou atento para ver se consigo encontrar o LP.

Lady Blackbird não conhecia, a voz é poderosa, amanhã será escutada com toda a calma.

Alexandre Vieira escreveu:

Um disco que encerra em si mesmo um enorme legado histórico. Uma obra imperdível com vozes excepcionais.
(...)

Esse disco é de vinil?

Cuidado, aqui a Música é imaterial.

José Miguel escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Um disco que encerra em si mesmo um enorme legado histórico. Uma obra imperdível com vozes excepcionais.
(...)

Esse disco é de vinil?

Cuidado, aqui a Música é imaterial.

ahahahha!

É como a música emanada pelo legado Israelita!

Bom dia,

Já são horas de estar tudo acordado!

Já não visitava este tópico há algum tempo, mas estou a ver que preciso dedicar-lhe algum tempo.

O Tomaz lançou o isco no "A Rodar..." e eu não resisti:



Ainda não posso dizer muito deste Return dos Deathcrash, mas ele já está a tocar e dá para perceber a elação com Spiderland.

Bom dia,

Não sei se vão gostar, mas hoje comecei o dia a ouvir isto...


Uma actuação com energia, alegre e divertida.
Apesar de não lhe ser dado muito destaque, o baterista faz um grande trabalho nesta atuação, na minha modesta opinião.

Bom fim de semana a todos.

O vocalista dos dEUS dá voz a este colectivo, que é no meu imaginário a continuação do legado dos Morphine, mesmo que a música tenha uma vertente mais Jazz e mais cabaré. Mas parece-me que apesar das diferenças habitam o mesmo espaço.
Não costumo referi-me ao som e gravação, mas neste caso, gosto muito da qualidade dos registos. Nota-se muito bem a acústica da sala. Refiro-me ao registo no Disco.

Também entre nós surgem, por vezes,
discos muito interessantes...

Um destes dias referi este álbum em outro tópico, hoje volta a tocar:


Nala Sinephro – Space 1.8 (2021)

É Jazz e começa como Jazz, mas a menina toca vários instrumentos, já tem muito mundo dentro do seu corpo e mente, não se fica pelo Jazz. É Ambient, o final do álbum coloca-nos perante paisagens de horizonte largo, menos Londres, mais raízes de Nala (será a região das Caraibas na sua imaginação!?). Em todo o álbum há uma marca espiritual, uma entrega que nos coloca para lá do terreno.
Recomendo a escuta em horário nocturno.

Grande álbum Aníbal, mais um da malta de Chicago.

Estivemos muito perto de comprar esse, mas a Anthem tem tanta coisa boa...


ps.: um destes dias os seus discos de vinil ficam ciumentos...

Imprescindível para fãs de Slint e afins!

O Tomaz tem partilhado albúns muito bons, Stratosphere dos Duster é um exemplo, mas o que me prendeu mais foi:


Legss – Doomswayers

Este tem um conjunto de elementos que funcionam comigo, tem a energia do Punk, a articulação do Post-Rock e, aqui e acolá, um perfume de Jazz... muito bom, recomendo!

José Miguel escreveu:

O Tomaz tem partilhado albúns muito bons, Stratosphere dos Duster é um exemplo, mas o que me prendeu mais foi:


Legss – Doomswayers

Este tem um conjunto de elementos que funcionam comigo, tem a energia do Punk, a articulação do Post-Rock e, aqui e acolá, um perfume de Jazz... muito bom, recomendo!

Não conhecia! Muito bom!

O dia hoje tem sido ocupado com os Ditz. Das mais interessantes bandas Punk Britânica no momento, o que é dizer muito.
Ácidos, baixo endiabrado e dissonâncias brutais, tudo salpicado de muito noise. A sua voz está nas franjas mais extremas da sociedade, no sentido dos temas fracturantes.
The Great Regression acaba de sair, o 1ª álbum, mas têm uma série de EP's desde 2016 que devem ser ouvidos.

Há muita coisa a ser editada nesta "onda", mas só alguns atravessam a ténue linha do excelente para a genialidade.

Um tema de cada edição, os dois primeiros EP's , EP1 e Five Songs e por fim o Álbum.

ENTERTAINMENT, DEATH dos Spirit of the Beehive é o álbum que toca por estes lados, um destes dias permiti que o Tidal me desse Música e gostei do que ouvi. É um álbum de Rock Psicadélico com direito a "sonhos" de todas as cores, pois ora estamos perante paisagens ao bom estilo planalto Dream Pop ora estamos perante a experiência de vertigem que as letras nos provocam (também por algumas explosões de energia Punk). Vale a pena entrar no mundo desta malta, é uma experiência e tanto.

Depois de espreitar as propostas que o Aníbal deixou ontem, segui o meu caminho pelas paisagens da Pop com Electrónica, olhei pela janela e percebi que esta manhã de chuva pedia algo "dreamy".



Não me recordo se já partilhei este Boy From Michigan, contudo aqui fica. Instrumentalmente muito bem conseguido (um piscar de olho aos anos 80), nas letras John Grant arrasta-nos para o mundo pessoal, para junto das experiências que (parece ainda...) viveu.

As cores dos sonhos são as das nossas experências, neste álbum há cores para todos os gostos.

Por estes dias a música que me satisfaz vai sendo assim, visceral, negra, dissonante, distorcida, energética, poética.
Bandas todas da mesma corrente estética:

Nos supermercados há racionamento por açambarcamento, no que toca a Música ainda não se aplicam tais regras e o Tomaz é a prova disso!

Vou precisar de algumas horas para explorar isso tudo.

José Miguel escreveu:

Nos supermercados há racionamento por açambarcamento, no que toca a Música ainda não se aplicam tais regras e o Tomaz é a prova disso!

Vou precisar de algumas horas para explorar isso tudo.  

A música e os livros! Houvesse mais tempo para poder absorver tudo o que nos enriquece, deslumbra, faz sonhar, voar, arrepia, emociona...
São sempre poucos!

tomaz escreveu:

A música e os livros! Houvesse mais tempo para poder absorver tudo o que nos enriquece, deslumbra, faz sonhar, voar, arrepia,  emociona...
São sempre poucos!

A falta de tempo... eu bem tento espreitar tudo, mas o tempo não estica!

No meio de tanta coisa nova é fácil deixar passar outras coisas, afinal não há tempo para tudo. Hoje vinha para casa a pensar que iria eapreitar as sugestões do Tomaz, contudo vi que estava este álbum nos últimos escutados e não resisti - vai tocar mais uma vez.



Jorge Palma é um dos grandes compositores e escritores de canções em Portugal, aqui em casa está no topo das preferências mesmo, este álbum tem arranjos para orquestra e a voz que envelheceu bem acompanha lindamente o fundo mais denso.
Quem nunca prestou atenção a Jorge Palma pode começar por aqui, pelo fim...

A noite já caiu e enquanto esperamos pela hora de jantar vai tocar:



O álbum é do guitarrista da banda Wilco, foi-nos apresentado por quem segue a banda com proximidade. É um registo que fica muito bem a esta hora (Jazz).

José Miguel escreveu:

A noite já caiu e enquanto esperamos pela hora de jantar vai tocar:



O álbum é do guitarrista da banda Wilco, foi-nos apresentado por quem segue a banda com proximidade. É um registo que fica muito bem a esta hora (Jazz).

A mim chegou-me através do Pedro Costa no "coiote" antena 3. Programa que se aconselha para música de grande recorte em geral e em particular na estética em que o programa navega.

Depois da saída de Bristol para França, o ex Third Eye Foundation e Flying Saucer Attack, Matt Elliot dá-nos este disco de 2005 que a mim me soa uma osmose entre Tom Wais e Bad Seeds em modo cabaré muito espirituoso e de fumo no ar. Os arranjos de cordas e temas mais despojados asseguram-lhe a singularidade suficiente.

tomaz escreveu:

Depois da saída de Bristol para França, o ex Third Eye Foundation e Flying Saucer Attack, Matt Elliot dá-nos este disco de 2005 que a mim me soa uma osmose entre Tom Wais e Bad Seeds em modo cabaré  muito espirituoso e de fumo no ar. Os arranjos de cordas e temas mais despojados asseguram-lhe a singularidade suficiente.

Conheci esse musico com o album "Failing Songs" que jà começa a ter uns anitos. A interpretação dele da faixa dos "Coil" no album de homenagem "This Immortal Coil" é magnifica...

TD124 escreveu:

tomaz escreveu:

Depois da saída de Bristol para França, o ex Third Eye Foundation e Flying Saucer Attack, Matt Elliot dá-nos este disco de 2005 que a mim me soa uma osmose entre Tom Wais e Bad Seeds em modo cabaré  muito espirituoso e de fumo no ar. Os arranjos de cordas e temas mais despojados asseguram-lhe a singularidade suficiente.

Conheci esse musico com o album "Failing Songs" que jà começa a ter uns anitos. A interpretação dele da faixa dos "Coil" no album de homenagem "This Immortal Coil" é magnifica...

Adoro!

As sugestões deixadas aqui por estes dias merecem ser espreitadas, mas hoje deixo uma sugestão diferente para começar o dia:


Suso Saiz – Nothing Is Objective (2019)

Há lojas que não convém visitar muitas vezes, pelo menos quando estamos disponíveis para comprar o que sabemos que lá podemos encontrar. Este álbum de Suso Saiz está na Matéria Prima, digo está pois ainda ficaram lá cópias, a Música que nele podemos encontrar é Ambient, electrónica e instrumentos mais tradicionais participam para a composição de faixas que nos transportam para... distintos ambientes.

O título do álbum foi o que primeiro nos agarrou, há uma tendência para a Música deste estilo ser (ou tentar ser) mais conceptual, tentar aproximações reflexivas ao mundo (interior e exterior). Nothing Is Objective é um título forte, mas quem afirma tal coisa acaba sempre por carregar a objectividade do que pensa e sente - objectivamente, a subjectividade é uma realidade.

Uma nota para a participação de Christian Fennesz na faixa Dulce e Jorge Reys (Field Recording) em Mexican Bells (faixa muito bem conseguida, os sinos, as vozes, os pormenores que aparecem por entre a paisagem "drone").

Faz alguns dias que não vinha aqui partilhar o que escuto, verdade seja dita, por estes dias tem sido difícil prestar a devida atenção a Música (falta de tempo).



Deu-me para voltar a um álbum bem conhecido, este Sea Change de Beck é como uma confortável cama feita de fresco... sim, ele canta coisas menos felizes, mas quem já passou por elas não descerá ao fundo do buraco por ouvir, poderá lembrar de forma sossegada.

Os anos passaram e não vejo marcas significativas, para quem não conhece e gosta de Folk com arranjos que estão entre o Rock Alternativo e o Barroco, vale a pena - muito bem produzido, encherá a sala e mente.

O sol invade a sala, o ambiente proporciona uma boa experiência do álbum que se segue:



And Then Nothing Turned Itself Inside-Out é o álbum dos Yo La Tengo que toca por aqui, ambientes suaves com apontamentos de diversas texturas (sons e palavras)... i remember, i remember... tem algo de cinamatográfico, as imagens são de vida com consciência.