A rodar XLV

Acho muita piada a estes jovens

Grande Concerto pelas mãos do Mestre Sviatoslav Richter, sob a batuta do Mestre Carlos Kleiber

Acabadino de tomar banho

Nathan Davis [with Georges Arvanitas Trio] - LIVE IN PARIS (1966-67).

Grande álbum e grande edição

O Gonçalo lembrou-se mesmo em boa hora de "começar" a partilhar imagens do seu belo sistema... O gira-discos todo pimpão...

Como quem não tem cão caça com gato, por aqui seguirei a usar outros formatos, até para ouvir o que existe em vinil e aguarda para ser tocado.


O Paulo já falou desta banda e creio que até já falou deste álbum... Depois de descoberto como deve ser, a energia contagiante levou à procura do mesmo em formato físico. Há neste Post-Rock dos Russian Circles algo que já apelidaram de Post-Metal e a primeira faixa denuncia logo a razão da etiqueta.

Continuamos com uma banda de formação típica do Rock, mas que é igualmente a formação típica do Metal. O que muda é mesmo a arquitectura da Música, porque entramos no uso de materiais mais pesados, ainda que igualmente levados a uma extensão para lá do habitual.

A última faixa chama-se Lisboa e merece ser escutada.

Um conjunto de edições de rádio, que ainda consegui agarrar na antiga discoteca Roma, com um registo clássico - Haydn e Beethoven - e que rodam após terem levado um grande banho na Audioteam, pelo Pedro Pombo

As boas, ou más línguas dizem que estas edições eram “samplers” feitos propositadamente para transmissão rádio. Não sei mas, uma coisa é certa, a clareza e a presença dos instrumentos e dos intérpretes é no mínimo notável, para gravações efectuadas nos anos 50 e 60.

José Miguel escreveu:

(...) O Paulo já falou desta banda e creio que até já falou deste álbum... Depois de descoberto como deve ser, a energia contagiante levou à procura do mesmo em formato físico. Há neste Post-Rock dos Russian Circles algo que já apelidaram de Post-Metal e a primeira faixa denuncia logo a razão da etiqueta.

Continuamos com uma banda de formação típica do Rock, mas que é igualmente a formação típica do Metal. O que muda é mesmo a arquitectura da Música ...

Efectivamente sou um admirador do grupo e o baterista é simplesmente extraordinario ... se o post-metal é a tua praia não posso deixar de te recomendar Isis sobretudo este opus "Oceanic". Uma pura obra prima sém discussão

Estava a escrever umas coisas, mas eu sempre gostei da companhia de Música "pesada"...


A primeira faixa já revela bem ao que vamos, a parte instrumental conduz-nos a uma espécie de labirinto circular, de onde se erguem vozes que sussurram e uma outra que nos aponta ao lado mais escuro da vida interior da personagem principal...

Vamos lá ver o que nos reserva o resto.

TD124 escreveu:

Efectivamente sou um admirador do grupo e o baterista é simplesmente extraordinario ... se o post-metal é a tua praia não posso deixar de te recomendar Isis sobretudo este opus "Oceanic". Uma pura obra prima sém discussão

E Já agora... Porque não este

Goansipife escreveu:

(...)E Já agora... Porque não este

Belo apontamento Gonçalo, esse (muito) bem nomeado "Celestial" é o primeiro album do grupo

Mas também podemos ir mais perto no tempo e escolher um dos ultimos albuns do grupo (e o meu preferido) que é o "In the Absence of Truth". O critico Thom Jurek escreveu no fim da anàlise deste album: (...) This is rock in the 21st century, anything less is cowardice.

Estou complétamente de acordo com esta frase !!!

Abraço

Por falar em Metal, ou mais ou menos, e por falar num grande baterista, deixo uma outra referência.

Martin Lopez era o baterista dos Opeth e a parte de sangue latina que tem nota-se nas linhas que constrói. Hoje os Opeth continuam por caminhos diferentes e que nos agradam muito, mas o que quero partilhar é outro projecto do Martin Lopez, os Soen. Escutem Tellurian, é uma agradável surpresa.


Por aqui e já com a aproximação da hora de jantar, mudamos...

Os produtos são nacionais e de qualidade, juntos já seriam suficientes para nos ocuparem um bom bocado, mas estamos numa terra que também produz excelentes enchidos e assim ficamos melhor.

De petisco em petisco, o vinho foi escorregando e já nada resta... Mas ainda há Música, que independentemente do formato, nos embala o corpo e a mente.


Este álbum começa com a faixa It Never Entered My Mind, uma composição com um fraseado "simples", mas com uma beleza superior... mas pode ser tudo fruto da nossa Mente.

A saudosa Sandy Denny...mas o mais interessante são os pés do 'pirata' do Rickie Lee Jones

anibalpmm escreveu:

Ora ai està um disco que me lembra "algumas" das razões que me fazem detestar as vias clàssicas da audiofilia. Quando cheguei a frança em 1990 esse disco era utilisado em todos os auditoriums e mesmo na célebre "maison de l'Audiophile" em Paris como disco de demonstração da capacidade (desempenho) dos sistemas analogicos. Nessa época, entre o Jazz at the Pawnshop e outras gravações da TBM, Sheffield Lab, RR, Delos e etc ... a hifi era escolhida pelo (belo/grande!!!) som e não pela justeza, ou pertinência artistica da obra!... Ora sempre preferi o vinho em si, mais do que o rotulo ou a forma da garrafa !!!...

PS: Não é uma critica amigo Anibal ... simplesmente um vago "souvenir"! Ainda tenho um disco original da TBM que é o Firebird do Kenji Mori Quartet e que faço escutar (raramente) quando me pedem algo de espectacular ao nivel do som. Musicalmente é outra coisa ...

Abraço

Através destas.



A ouvir este que só eu é que tenho.

Nós não temos esse, mas temos um mesmo parecido... Em nossa casa toca bem, mesmo sem parafusos.


A voz do senhor é muito boa, deve brilhar por aí.

frias escreveu:

V. Ex.ª é uma individualidade que pauta por exclusividade. Além de possuir colunas únicas, ostenta uma singular porca clamp.

Ghost4u escreveu:

frias escreveu:

V. Ex.ª é uma individualidade que pauta por exclusividade. Além de possuir colunas únicas, ostenta uma singular porca clamp.

Com esta porca clamp até te passas, nem calculas o gozo que dá a rodar com um foco de luz a incidir, parece uma bola de espelhos numa discoteca dos anos oitenta.

Talvez o menos "badalado" disco da banda do casado, mas por aqui constitui um enorme desafio ouvi-lo, porque é uma "peça" intrinsecamente inteligente, como uma magistral produção que tem que ser ouvida de fio a pavio.

Ghost4u escreveu:

Curiosa a publicação de anibalpmm...
Acabei de prestar audiência a Peter Tschaikowsy, na obra conhecida por «Patética», interpretada pela Filarmónica de Berlim, sob a batuta de Herbert von Karajan. Registo efectuado em Maio de 1976, editado no ano seguinte.

(Polydor, 439 748-2)

O meu foi a pedido do meu filho, estava com aquela música na cabeça

Ghost4u escreveu:

O território helvécio, além de oferecer paisagens deslumbrantes, bons queijos e o melhor chocolate a nível planetário, também é rico em talento cultural. The Young Gods constituiram uma lufada de ar fresco na música industrial, usando samples que enriquecem a atmosfera das suas composições, marcadas por diferentes camadas de texturas concebidas pela bateria e pelas guitarras.

No álbum «T.V. Sky», editado no ano 1992, «Summer eyes» - derradeira faixa do disco com 19´54" - a partir do minuto 4 e 53 segundos, a sonoridade das teclas recorda Manzarek (The Doors), enquanto que 3 segundos antes do minuto 10, os Floyd são avivados na nossa memória.

(Sam Records, BIAS 201 CD)

Hoje já é raro ouvir TYG, mas nos 90 era uma das minhas bandas preferidas
Cheguei a vê-los 2X ao vivo, inesquecível

anibalpmm escreveu:

Que versão é essa e que tal se porta?
Obrigado

Buck Banzai escreveu:

anibalpmm escreveu:

Que versão é essa e que tal se porta?
Obrigado

Óptima versão
https://www.discogs.com/Pulp-Different-Class/release/3146582

anibalpmm escreveu:

Buck Banzai escreveu:

anibalpmm escreveu:

Que versão é essa e que tal se porta?
Obrigado

Óptima versão
https://www.discogs.com/Pulp-Different-Class/release/3146582

A rodar…

Depois de quase um mês sem podermos escutar Música pelo formato vinil, este Sábado voltamos a ter o nosso Lenco... No meio de todos estes dias tivemos direito a uns dias de férias e as aventuras deixaram-nos cheios de boas memórias, mas também houve a oportunidade para alimentar o espírito.

Um dos alimentos que recolhemos durante as férias, num feliz acaso, foi este Brigitte Fontaine est...?

Este álbum de 1968 mostra-nos a grande senhora num registo que vai da "Chanson" ao Rock Psicadélico, seja pelos arranjos seja pela componente lírica. A capa do álbum não engana e dá-nos as pistas certas.

Quem gosta de Serge Gainsbourg na sua fase mais Psicadélica e procura algo no feminino, esta senhora e álbum são altamente recomendáveis - nós recomendamos!

Comme à la radio, que se seguiu a este, talvez seja o mais conhecido álbum de Brigitte Fontaine, gravado com Areski Belkacem e Art Ensemble of Chicago... Vale muito a pena!

Já que falei nele e como ele tem um álbum que está entre os favoritos...

É um álbum fruto de uma tentativa de criar algo grande, saiu um álbum enorme!!

Mais uma tarde com a possibilidade de ouvir Música com calma, muita coisa já rodou, mas para terminar antes de sair de casa a escolha caiu em:

Leaf Hound - Growers of Mushroom (1971)

Este não é um álbum muito referido por aqui e não me recordo de o ver partilhado antes, mas para quem gosta do que foi feito por Led Zeppelin e Black Sabbath, por exemplo, este é um daqueles que merece a escuta.

A voz do senhor Peter French também pode ser escutada nos trabalhos da banda Atomic Rooster, e é uma grande voz dentro deste registo. Mas nem só de voz vive a banda e os arranjos instrumentais estão muito bem... A bateria é irrequieta, as linhas de baixo são sólidas e depois lá estão as guitarras a lembrar de que ano nos chega a obra.

Há quem apelide este som de "proto-metal" e a faixa de abertura deixa perceber a razão da etiqueta, a faixa que dá nome ao álbum é a confirmação..., mas Growers of Mushroom é mais do que isso, é um grande álbum dos 70's que merece ser explorado.

anibalpmm escreveu:

Buck Banzai escreveu:

anibalpmm escreveu:

Que versão é essa e que tal se porta?
Obrigado

Óptima versão
https://www.discogs.com/Pulp-Different-Class/release/3146582

É um discão.

anibalpmm escreveu:

...

Grande album

TD124 escreveu:

anibalpmm escreveu:

...

Grande album

De acordo

Depois de já ter referido o álbum na sua versão digital, chegou a hora de poder experimentar a versão física/vinil.

Russian Circles - Guidance (2016).

E o que posso dizer sobre este Guidance e edição!?!
Comprem...

Aqui em casa ainda não se investiu no digital, o que por si só já deixa antever que outros formatos poderão brilhar mais. Ora, este álbum está bem gravado e a edição muito bem conseguida, o som sai poderoso e articulado, tal como foi pensado e gravado.

Post-metal!?
Sim, tal como no Post-rock, aqui temos uma formação clássica e os "rifs" da guitarra a serem levados até ao limite, o que faz criar paisagens bem mais largas do que seria de esperar pela frenética acção da bateria, baixo e guitarra de acompanhamento. Quando o ritmo abranda tudo fica mais claro, mas este é um álbum que se atira para o lado escuro da paleta de cores e permite uma boa descarga de energia a quem o ouve.

Caro José Miguel,

Pelo que vejo mudaram o braço e a célula e que tal?? Perdeu o estilo retro...valeu a pena???

antpaubarcar escreveu:

Caro José Miguel,

Pelo que vejo mudaram o braço e a célula e que tal?? Perdeu o estilo retro...valeu a pena???

Boa noite!

Eu estou a pensar criar um tópico sobre este tema, desde logo porque sempre tivemos dificuldades em encontrar relatos próximos sobre este tipo de alterações. Arriscamos, perguntamos a opinião em quem confiamos, mas ainda assim demoramos o nosso tempo a decidir...

Permita-me só dizer-lhe que o Lenco, desde que foi comprado, foi pensado para evoluir connosco, ao nosso lado. Tivemos várias provações e tentações ao longo deste caminho que trilhamos, olhamos para o lado e quase pecamos, mas no final lá decidimos que o certo era isto, voltar à "origem" e seguir com o primeiro plano.

Posto isto, outra coisa que nos fez demorar muito foi o preço do material usado, não estava fácil encontrar um braço e isso foi sempre adiando o plano. Faz uns meses encontramos um Rega Planar 3 muito baratinho, aí para os lados do Porto, decidimos comprar.

O Rega vinha completo e afinado, como novo mesmo, e com esta célula que vê: Goldring Elektra.

O Rega foi testado com toda a calma, sem pressão de comparação directa com o Lenco. Ouvimos semanas o Rega até nos habituarmos ao sem registo e apesar dele fazer uma boa parceria com esta célula, a coisa não se deu para os dois. A célula tem um aspecto simplório, mas tem um registo muito interessante e nas médias baixas e baixas frequências é muito boa, possibilitando que o Rega se mostrasse num registo muito interessante.

Numa última tentação (o diabo tenta muitas vezes) pensamos vender tudo, mas num feliz acaso encontramos uma informação útil e a uns dias de entregar os gira-discos voltamos atrás.

Partimos para a mudança do braço e mantivemos a Goldring Elektra, só assim poderíamos aferir das reais mudanças provocadas pelo conjunto braço/célula. A partir daqui a história conta-se com sorrisos.

O Som do Lenco com este novo adereço perde em "estilo vintage" (estilo visual e sonoro!), mas ganha no que realmente nos interessa: na entrega da Música - gostamos do resultado final, ficou com uma imagem muito "limpa".

Não lhe vou dizer que passamos da noite para o dia, mas o som mudou em toda a linha. Há maior recorte, há mais impacto, mais liquidez, ... Não tiramos uma manta da frente do som, mas tiramos um lençol!

Para ajudar à festa estamos a testar o "mate" criado pela Confraria do Vinil e os resultados são muito bons. Ele ajuda as altas frequências a aparecerem mais líquidas, o som torna-se mais realista e mais equilibrado face às restantes frequências (passe a redundância). Nas médias, região onde se encontram vozes, há maior segurança e nem foi preciso ouvir mais do que a primeira faixa de Nick Drake - Pink Moon para aferir que não era imaginação, por exemplo.
A bateria e todos os pormenores dos pratos aparecem agora com melhor e maior realismo...


Não me vou alongar mais, esperamos que outros episódios se sigam e a troca de célula será um deles - estamos a pensar em qual, mas será Moving Magnet. Como esta está em bom estado, temos tempo para pensar no assunto e escutar opiniões/sugestões.


Ah! Troca de braço, afinações e limpeza das peças que ficaram a sobrar no Lenco by: Manuel Soares da Manfers/Confraria do Vinil.