| A rodar XLV | |
|
+17resolectric Mr Bojangles Tankado frias Goansipife galvaorod Fernando Salvado mannitheear Buck Banzai Luciana Silva anibalpmm Fernando Mota José Miguel Alexandre Vieira Ghost4u TD124 João Henrique 21 participantes |
|
Autor | Mensagem |
---|
João Henrique Membro AAP
Mensagens : 1574 Data de inscrição : 21/07/2010 Idade : 59 Localização : Lisboa
| Assunto: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 09:35 | |
| - Ghost4u escreveu:
Por serem raros os álbuns que convidam a ouvir Pat Metheny, não considero que a individualidade que reveste o meu esqueleto, seja apreciadora da obra desse guitarrista e compositor. «Still life (talking)», editado à 32 anos, onde são notórias pinceladas sonoras com as cores do Brasil, é excepção ao meu parecer. (Geffen, 924 145-2) Perdoe a intromissão, venho por este meio deixar aqui esta pequena dica de um disco que me acompanha muitas noites. Não sabendo se o ilustre fantasma já teve o prazer de ouvir este disco que, não sendo de Pat Methney Group mas sim um duo com Charlie Haden, é um verdadeiro deleite. | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 11:02 | |
| O album "Treny" (lamentações) foi a abertura do compositor Michal Jacaszek a um reconhecimento fora da polonia, o seu pais natal. Todas as caracteristicas das futuras obras jà estão presentes aqui, mesmo se o eixo central deste disco é o dualismo entre o sagrado e o profano. O começo do disco com os lençois electronicos de grave lentos e hesitantes ponctuados pelas fugazes notas de cravo, clarineta e tuba são em si a assinatura técnica do artista. Os vocalismos sugerem a musica liturgica e açentuam o aspecto austero e ameaçador desta musica que vai aos poucos se alimentar de luz e sair da escuridão. O final quase ensolarado deixa no auditor un sentimento de redenção, de liberdade! Uma musica que se escuta como um caminho de ascese e que deixa um sentimento indelével e duradouro no auditor. Uma obra exigente, potente, perturbadora mesmo, que demostra o potencial imenso da musica electronica ... | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 13:09 | |
| Viver o estonteamento do sublime, o chamado sindrome de Stendhal é a propriedade de poucas obras ... de mesmo que poucas cidades se comparam a florença, poucas obras modernas igualam a monumental proeza artistica do YS da Joanna Newsom. Desde o inicio o ouvinte é propulsado numa vertiginosa montanha russa que percorre estas cinco longas faixas ... sém pausa ném uma unica falta de gosto. A qualidade dos arranjos, das melodias, do canto e dos textos é continua e açentua o sentimento de escutar uma raridade. Estamos numa dessas escassas obras aonde a intervenção do divino nos pareçe ter sido uma realidade tanto a riqueza e complexidade harmonica são avassaladoras ... sempre ao serviço da beldade. O auge absoluto é atingido na épica faixa de 17 minutos "Only Skin" aquando da desdobragem da sua voz com a do Bill Callahan (Smog). O canto aéreo e sinuoso da Joanna Newsom vai encontrar como contraponto a voz grave, profunda e pousada do Smog … esticando o desenvolvimento harmonico na totalidade da banda vocal o que cria um empolgante e inspirado dialogo poético. Nesta obra esplendida em forma de caleidoscopio os empréstimos fugazes aos universos da Joni Mitchell, Kate Bush, Linda Perhacs, Coco Rosie, Liz Harris … acabam por criar uma atmosfera singular, unica e paradoxalmente familiar. Um disco inebriante, enfeitiçado e impressionante de maturidade artistica … uma obra (de) extraterrestre donde o auditor sai exausto, mas complétamente feliz !!!... | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 14:52 | |
| | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 18:35 | |
| O grupo Silver Mount Zion é geralmente visto como um derivado (spin-off) dos GY!BE. O grupo foi criado pelo Efrim Menuck que é um dos fundadores dos GY!BE assim que por três membros activos desse colectivo post-rock de Montreal. Apesar da partilha desses componentes humanos e da filosofia anti-capitalista a musica dos dois grupos irmãos é substancialmente diferente. A arte dos SMZ é deliberadamente extravertida, visceral e anti-conformista. Apòs os dois primeiros albuns mais contemplativos o grupo desenvolve uma energia musical que se aparenta ao Punk. Neste sétimo album o grupo atinge um novo auge e uma maturidade que provoca o respeito. Sém se renegar ném derivar um milimetro nas suas convições, os SMZ elevam a sua musica a uma altitude aonde estão sozinhos. Nenhum grupo ném artista actual pode rivalisar com a consciência social, autenticidade, radicalismo estético e exigência artistica destes "anarquistas" canadianos. Nesta eulogia do apocalipse humano, que sempre foi o elemento central da arte do grupo, os SMZ atingém um grau de amargura e de tristeza absoluta. Seria esqueçer que às vezes é necessario encarar o desespero afim de descobrir um raio de luz. Os SMZ lembram-nos neste requiem desencantado que a esperança é a ultima coisa a morrer … algo que os GY!BE apregoam hà muito! Por detràs das guitarras em distorção e dos violinos dissonantes existém almas, sentimentos, angustias, vidas e consciências ... uma obra catartica e essencial. | |
|
| |
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 18:51 | |
| - João Henrique escreveu:
- Perdoe a intromissão, venho por este meio deixar aqui esta pequena dica de um disco que me acompanha muitas noites.
Não sabendo se o ilustre fantasma já teve o prazer de ouvir este disco que, não sendo de Pat Methney Group mas sim um duo com Charlie Haden, é um verdadeiro deleite. Prezado João Henrique, Não cometeu nenhuma ilegalidade para solicitar perdão. Comigo, tem liberdade para intervir nas minhas dissertações. Quanto ao álbum, conheço, recomendo e escuto com frequência (por vezes, concluo as audições pela noite dentro com esse disco). Apesar do meu parecer de Pat Metheny em grupo, tenho a percepção a abertura de espírito musical do guitarrista, é a génese para ser aceite em universos distintos por apreciadores e músicos de jazz e rock. Com melhores cumprimentos, | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 20:06 | |
| Uma rica experiência sonora e musical | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 20:07 | |
| | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 24 2019, 20:14 | |
| | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| |
| |
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
| |
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom maio 26 2019, 13:49 | |
| - Ghost4u escreveu:
Quando a pop music é delineada com cabeça, tronco, membros e despida de preconceito, revela trabalhos repletos de qualidade.
A aparência excêntrica de Thomas Dolby, pode provocar repulsa no mortal que se cruze com alguns dos seus discos, supondo tratar-se de criação menor. Todavia, «The flat Earth» é um bom produto pop do ano 1984, convidando o ouvinte a conceder atenção à medida que cada uma das sete faixas desfilam à sua frente. (Capitol, CDP 7 46028 2) Thomas Dolby tem coisas maravilhosas! Tenho que ouvir este que desconheço confesso. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom maio 26 2019, 13:50 | |
| Dois enormes nomes da música que neste disco não brilharam como deveriam. Ainda assim fica nesta obra soluções que vincularam Murphy durante muito tempo. | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom maio 26 2019, 18:28 | |
| As tardes estão mais longas e quentes, por isso lá saltou um álbum cuja origem é quente, bem quente. Peter King - Shango (1974...) A Nigéria não era propriamente um bom berço para Músicos de pensamento livre, mas Peter King não baixou os braços. Esteve no Reino Unido e tocou ao lado de grandes nomes como Art Blakey, Sonny Rollins e Roland Kirk ainda na década de 60 nas tours Europeias. Não esqueceu a sua terra natal e em 1969 voltou para a Nigéria, estudou mais umas coisas sobre a Música local. Dois anos depois lá voltou a sair e o primeiro resultado desse vai e volta é este álbum. Quem conhece Osibisa e não teme colocar um pé no território do Jazz, faça o favor de experimentar. A reedição da Mr. Bongo está muito bem, de resto esta editora já nos habituou a procurar raridades de outras latitudes e tratar delas como elas merecem. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom maio 26 2019, 19:37 | |
| Depois da surpresa, a audição do disco torna-se mais intensa. Uma excelente proposta para acompanhar um jantar leve. | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom maio 26 2019, 20:04 | |
| Para continuar num registo "afro" em que se fundem influências locais com o que se fazia fora (Jazz, Funk, Rock), seguimos como MonoMono: Também este é um álbum que nasce pelas mãos e mentes de Músicos da Nigéria. Sair para aprender e criar de forma livre era uma necessidade, mas numca se revelou maior do que a necessidade de regressar às raízes e incorporar estas nas criações. É muito bom viajar pelos ritmos de Awareness, o trabalho de Percussão é incrível. | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| |
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Qui maio 30 2019, 20:40 | |
| Um excelente álbum! In allMusic On How Will the Wolf Survive?, Los Lobos seemed to be feeling out the boundaries of how much they could say about the hard realities of life within the framework of good-time R&B-flavored rock & roll, and on their next album, 1987's By the Light of the Moon, the group gently shifted their focus to favor their more contemplative side. While the band certainly hadn't lost the ability to rock out (check out "My Baby's Gone" or "Shakin' Shakin' Shakes" for proof), most of the album displayed a lighter touch musically, with David Hidalgo's deft lead guitar and Cesar Rosas' precise rhythm chords fueling lean but smoky R&B numbers like "Is That All There Is?" and "All I Wanted to Do Was Dance" and understated musical snapshots like "One Time, One Night" and "River of Fools." Lyrically, By the Light of the Moon is dominated by the sad mysteries of life and the less-than-generous nature of fate, as ordinary people try to come to terms with death ("One Time, One Night"), disappointment ("Is That All There Is?"), love that's faded into the shadows ("The Hardest Time"), and the mingled comfort and uncertainties of faith ("Tears of God"). While the soundtrack album to the movie La Bamba, released the same year, captured Los Lobos at their most carefree and high-spirited as they called up the spirit of Ritchie Valens, By the Light of the Moon showed the other side of the coin as the group looked into the hearts and souls of themselves and the community around them, and if it's a harder album to enjoy than those that preceded it, its depth rewards repeated listenings In roling stone By the Light of the Moon, then, is a dense, perplexing album that raises important issues and, finally, ducks the implications of its own gritty ambitions’all the while rocking like there’s no tomorrow. Provocative, overreaching, conceptually flawed and brilliantly executed, By the Light of the Moon should spark heated debate among Los Lobos devotees, initiates and just about anyone else who cares about the direction of young American bands. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Qui maio 30 2019, 20:48 | |
| Primeira Edição da Diapasão. Este não se encontra com facilidade. É de facto uma figura incontornável da música Portuguesa! | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Qui maio 30 2019, 21:02 | |
| Recomendo vivamente aquisição deste disco, especialmente a edição da Orfeu, vai ser uma daquelas raridades que vale a pena manter. Um álbum puro em que a voz de Vitorino como não poderia deixar de ser assume o controle de todo o registo, num álbum que ainda que tenha a génese na mais pura música tradicional Portuguesa, consegue aqui e ali com a preciosa participação de Pedro Caldeira Cabral explorar sons medievais que se tornam quase que alternativos. | |
|
| |
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14051 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex maio 31 2019, 14:20 | |
| - Alexandre Vieira escreveu:
Recomendo vivamente aquisição deste disco, especialmente a edição da Orfeu (...) Faz muito bem em recomendar. Trata-se de um grandioso trabalho que junta o excelente instrumentista e os manos do redondense cantor. Quanto ao selo Orfeu, esse é semelhante ao algodão, por não enganar. | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 17:37 | |
| Depois de uns dias afastado e da voltinha habitual para tirar a ferrugem, nada melhor do que sentar, relaxar e colocar um daqueles álbuns que nunca deixa de surpreender. | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| |
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 17:58 | |
| O vinho está no frio... Hoje está bastante calor!! | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| |
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 18:54 | |
| Muito pouco conhecidos estes senhores tinham temas deliciosos. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 19:03 | |
| Não é de todo uma obra prima, mas um disco que se ouve com bastante prazer. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 19:12 | |
| Para mim, de longe, o melhor disco da história do fado. Esta foi a prenda que ofereci a mim próprio no ano passado, edição Columbia. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 19:32 | |
| E deste sortido rico acabo a noite com o maravilhoso Amigo de Portugal. Primeiro foram os textos de Miguel Esteves Cardoso, depois o concerto de 1982 em Vilar de Mouros e dois anos mais tarde a Aula Magna em Lisboa. Na alvorada dos anos 80, os Durutti Column do inglês Vini Reilly (e do veterano, dinâmico e simpático baterista Bruce Mitchell) foram um desses casos de sedução à primeira vista com o público português. Na época tentava-se compreender o fenómeno à luz da sonoridade magoada da guitarra de Reilly e faziam-se, como sempre, comparações com a expressão melancólica do fado. Foi por essa altura que a editora Fundação Atlântica (de Pedro Ayres Magalhães, Esteves Cardoso ou Ricardo Camacho) propôs a Reilly a gravação de um disco em Portugal, numa parceria com a sua editora inglesa de origem, a histórica Factory de Tony Wilson. in Público | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 20:34 | |
| Hoje o Alexandre está uma máquina, por isso e em jeito de homenagem... Este álbum com esta máquina de Pré é outra coisa... Batidas tão certinhas. | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 22:16 | |
| Está quase na hora da sobremesa, mas ainda há um restinho de Portal das Hortas (Região dos Verdes). Este é um vinho que poderia servir de amostra para a Região, bem fresco liberta as notas frutadas e florais. Não é dos que permanece muito tempo a ocupar o palato, mas também não fica muito tempo na garrafa e copo... Com a noite quente e um jantar leve, agora seguimos com um álbum que apresenta uma bela sessão ao vivo no Village Vanguard. David Liebman tocou com muitos, mesmo em formações de Coltrane, aqui apresenta-se bem acompanhado e com boa energia - estavam em noite sim!!! | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sáb Jun 01 2019, 22:57 | |
| Com o álbum que se segue até o nosso estimado Alexandre bate o pé... E ainda faz brilhar o sistema da sala, quarto ou casa de banho. Juntaram-se umas personagens bem catitas e o resultado é o que se pode esperar. O trabalho de Bateria é uma maravilha, a linha de Baixo marca o trilho e não permite qur ninguém se perca. Entre Trumpete e Saxofone há diálogos imperdíveis e ainda temos ao Piano um semhor que tem umas quantas falas em primeiro plano... Merecia um volume mais generoso, mas ainda vivemos num apartamento... Uma casa isolada talvez seja o melhor upgrade que se possa fazer. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| |
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:01 | |
| | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:02 | |
| - José Miguel escreveu:
- ... mas ainda há um restinho de Portal das Hortas (Região dos Verdes). Este é um vinho que poderia servir de amostra para a Região, bem fresco liberta as notas frutadas e florais. Não é dos que permanece muito tempo a ocupar o palato, mas também não fica muito tempo na garrafa e copo...
... Não conheço esse vinho, mas quém sabe durante as férias me cruze com ele ... no entanto conheço o David Liebman, apesar de possuir um unico disco dele que é o "Homage to John Coltrane" de 1987. Visto a discografia desse senhor, seria necessario uma estante inteira sò para os albums dele e ainda busco o "John Coltrane's Meditations" !!!...
Tinhamos falado de vinhos baratos por aqui hà algum tempo e ontém encontrei um branco da minha região muito interessante e que custa apenas 3,60€. Utilisa uma mistura pouco tipica de duas cepas francesas (da Borgonha e do Rhone norte) que casam maravilhosamente e que lhe porporcionam amplitude na boca, frescura e uma relativa fineza. Nestes preços não penso que tenha jà bebido um vinho françês tão bem conseguido e tão equilibrado !...
Quanto ao disco pouco a dizer e foi-me emprestado ontém. Apòs as primeiras escutas integrou a minha lista de discos para comprar e hoje foi retirado da lista. Não que seja mau, longe de là mesmo, mas não chega que a musica seja bela e bem feita. Aqui falta-me algo de pessoal de orgânico que nmho torna a obra por demais sintética, um puro exercicio de estilo. O Olafur Arnalds adora a experimentação e tal é necessario para avançar, mas esqueçeu desta vez que a musica é feita para transmitir sensações ou dizer algo ... desta vez não compreendi a mensagem, se ela existe !!!... | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:08 | |
| | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:09 | |
| | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:14 | |
| Eu sempre ouvi dizer que as coisas precisam de espaço para respirar, fluir, crescer, desvelar o melhor que há nelas. Em pleno século XXI ainda se procura chicha com fartura!?! Depois queixam-se do excesso de gordura, peso, lentidão, falta de ar... | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:16 | |
| Para mim o melhor álbum do Iggy Pop que na verdade soa a David Bowie, não fosse ele autor e produtor do disco. | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:17 | |
| - TD124 escreveu:
Não conheço esse vinho, mas quém sabe durante as férias me cruze com ele ... no entanto conheço o David Liebman, apesar de possuir um unico disco dele que é o "Homage to John Coltrane" de 1987. Visto a discografia desse senhor, seria necessario uma estante inteira sò para os albums dele e ainda busco o "John Coltrane's Meditations" !!!...
Tinhamos falado de vinhos baratos por aqui hà algum tempo e ontém encontrei um branco da minha região muito interessante e que custa apenas 3,60€. Utilisa uma mistura pouco tipica de duas cepas francesas (da Borgonha e do Rhone norte) que casam maravilhosamente e que lhe porporcionam amplitude na boca, frescura e uma relativa fineza. Nestes preços não penso que tenha jà bebido um vinho françês tão bem conseguido e tão equilibrado !...
Quanto ao disco pouco a dizer e foi-me emprestado ontém. Apòs as primeiras escutas integrou a minha lista de discos para comprar e hoje foi retirado da lista. Não que seja mau, longe de là mesmo, mas não chega que a musica seja bela e bem feita. Aqui falta-me algo de pessoal de orgânico que nmho torna a obra por demais sintética, um puro exercicio de estilo. O Olafur Arnalds adora a experimentação e tal é necessario para avançar, mas esqueçeu desta vez que a musica é feita para transmitir sensações ou dizer algo ... desta vez não compreendi a mensagem, se ela existe !!!...
Bela partilha caro Paulo, a imagem é sugestiva e as palavras ajudam a materializar a vontade de experimentar - mais o vinho, é certo, mas o álbum também será tocado por aqui. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:22 | |
| - José Miguel escreveu:
- TD124 escreveu:
Não conheço esse vinho, mas quém sabe durante as férias me cruze com ele ... no entanto conheço o David Liebman, apesar de possuir um unico disco dele que é o "Homage to John Coltrane" de 1987. Visto a discografia desse senhor, seria necessario uma estante inteira sò para os albums dele e ainda busco o "John Coltrane's Meditations" !!!...
Tinhamos falado de vinhos baratos por aqui hà algum tempo e ontém encontrei um branco da minha região muito interessante e que custa apenas 3,60€. Utilisa uma mistura pouco tipica de duas cepas francesas (da Borgonha e do Rhone norte) que casam maravilhosamente e que lhe porporcionam amplitude na boca, frescura e uma relativa fineza. Nestes preços não penso que tenha jà bebido um vinho françês tão bem conseguido e tão equilibrado !...
Quanto ao disco pouco a dizer e foi-me emprestado ontém. Apòs as primeiras escutas integrou a minha lista de discos para comprar e hoje foi retirado da lista. Não que seja mau, longe de là mesmo, mas não chega que a musica seja bela e bem feita. Aqui falta-me algo de pessoal de orgânico que nmho torna a obra por demais sintética, um puro exercicio de estilo. O Olafur Arnalds adora a experimentação e tal é necessario para avançar, mas esqueçeu desta vez que a musica é feita para transmitir sensações ou dizer algo ... desta vez não compreendi a mensagem, se ela existe !!!...
Bela partilha caro Paulo, a imagem é sugestiva e as palavras ajudam a materializar a vontade de experimentar - mais o vinho, é certo, mas o álbum também será tocado por aqui. O rótulo é bem bonito... | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 02 2019, 19:29 | |
| Há um outro senhor que acompanhou muitos dos outros "grandes", mas que merece alguma atenção: Joe Henderson. Neste álbum os diálogos com o Trompete de Woody Shaw são mostra de como a força do Saxofone Tenor se joga com a delicadeza do parceiro de conversa. Os restantes parceiros de sala não merecem menos atenção, gosto particularmente da forma como o Órgão interage... Muito bem conseguido por parte de George Cables. Ron McClure no Baixo e Lenny White na Bateria fecham o círculo. | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Qui Jun 13 2019, 19:31 | |
| Depois de uns dias fora de casa e destas lides, regresso... Para descarregar alguma energia, lá fui dar ao pedal. A Estrada Nacional 2 mantém o seu charme e eu não lhe resisto, mas o regresso a casa foi por outra via, pelo meio de pinais e campos cultivados... Chegado a casa e já limpinho, é tempo de sentar e relaxar, escutar um álbum que veio connosco... Ele estava na estante a pedir e nós dissemos sim! La Düsseldorf - Viva... O álbum deve ser conhecido de muitos e o design da capa não engana, ou pelo menos coloca o pensamento na trilha certa: Klaus Dinger esteve na fundação dos Neu! e chegou a trabalhar com os Kraftwerk, mas com La Dusseldorf ele tentou algo um pouquinho ao lado. Quem conhece Neu! (1 e 2) não vai estranhar algumas das paisagens criadas em Viva, mas este álbum não fica por aí, há uma certa frescura e arrojo, o trabalho com os sintetizadores por vezes coloca-nos perto de outro estilo, quase "Barroco"... Vale bem a pena, quem conhece e tem que revisite, quem não conhece vá espreitar. | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| |
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jun 14 2019, 08:29 | |
| Se o Paulo espreitar bem, ainda encontra o álbum aí por casa... Caído por baixo do sofá. | |
|
| |
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jun 14 2019, 10:21 | |
| | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jun 14 2019, 14:37 | |
| Não é muito comum a partilha de compilações, menos ainda em formato CD... Mas um dia entramos numa loja e estava a tocar a que se segue, enquanto passavamos os dedos pelos discos em formato Vinil a Música ia mexendo connosco e no final lá perguntamos o que estava a tocar. A resposta surpreendeu-nos, mas a verdade é: sabe mesmo bem ouvir esta colecção de Canções Folk/Blues bem Americanas. O dia por aqui está muito cinzento e este tipo de Canção vem mesmo a calhar. Fica a lista: Aconselho vivamente que se espreitem algumas faixas, por exemplo a de Jake Xerxes Fussell (3), a de Michael Chapman (6), Roy Harper - Time is Temporary (11)... | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jun 14 2019, 15:56 | |
| Continuando... A viagem segue com Zuma e o sempre pertinente Neil Young. Este senhor está no limite da aptidão vocal, mas compensa com a enorme capacidade de entregar cada palavra que escreve, com os belos arranjos que acompanham... Com os Músicos que o acompanham... | |
|
| |
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
| Assunto: Re: A rodar XLV Sex Jun 14 2019, 16:51 | |
| Os The Who tiveram as suas aventuras e criaram álbuns com grande impacto, talvez tenham sido essas mesmas criações que atiraram Pete Townshend para um canto... Com Whos's Next a banda já não se movimenta no mesmo território e dedica-se ao Rock, sem esquecer o que tem para contar - há todo o tipo de sentimentos expressos, há até uma reflexão sobre o que haviam criado antes. Não sei se tentaram fechar um capítulo, mas escreveram uma belíssima página. | |
|
| |
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
| Assunto: Re: A rodar XLV Dom Jun 16 2019, 13:56 | |
| A prova de que este disco é facto intemporal é o gosto que se tem cada vez que ele toca. Um dos grandes álbuns deste millennium. Fresco, suave, com um enorme bom gosto na sua elaboração. Músicos inteiramente dedicados (e muitos) a fazer uma experiência auditiva diferente, tais como: De La Soul, Neneh Cherry, Martina Topley-Bird, Roots Manuva, MF DOOM, Ike Turner, Bootie Brown do The Pharcyde, Shaun Ryder, Dennis Hopper, o London Community Gospel Choir e Children's Choir of San Fernandez. Um dos álbuns obrigatórios para constar em uma colecção com qualidade. | |
|
| |
Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: A rodar XLV | |
| |
|
| |
| A rodar XLV | |
|