A rodar XLIV

Talking Heads - More Songs About Buildings and Food

Sem qualquer controvérsia este é um dos mais brilhantes trabalhos dos anos 70.

O refinado trabalho das guitarras é no mínimo genial.

Uma das letras mais emblemáticas do disco:

The good thing


will fight; will fight with my heart.
I will fight; will fight with understanding.
In my mind, the weather never changes
Skill overcomes, difficult situations.
A straight line exists between me and the good things.
I have found the line and its direction is known to me.
Absolute trust keeps me going in the right direction.
Any intrusion is met with a heart full of the good thing.
Try to compare what I am presenting.
You will meet with much frustration.
Try to find ... similar situation.
You will always find the same solution.
As the heart finds the good thing, the feeling is multiplied.
Add the will to the strength and it equals conviction.
As we economize, efficiency is multiplied,
To the extent I am determined the result is the good thing.
So I say:
I have adopted this and made it my own:
Cut back the weakness, reinforce what is strong.

Dia cinzento lá fora, aqui na sala de estar vamos seguir com um álbum que insiste em se fazer presente de quando-em-quando, sendo um daqueles que nos acompanha desde o tenro início da juventude.


Cure for Pain deve ser conhecido por quase todos os que aqui escrevem, mas se alguém passou ao lado dele, aconselho uns minutos de dedicação, já agora, uns minutos de um dia em que o céu esteja como a capa.

Ah! Para mim a Música (ou a Arte em geral!?!) é tendencialmente uma forma de expressão de sentimentos e pensamentos menos alegres (digamos assim), contudo ela não tem uma energia pesada para/em mim.
Posto isto, apesar do dia cinzento e do álbum ser também ele cinzento, é uma bela forma de animar o espírito.

Para acompanhar o momento de relaxamento, roda um álbum que ocupa a mente e o pé - as letras são uma maravilha, mas o lado instrumental não fica atrás.

Mais um dia que começou chuvoso... Não há forma da Primavera se afirmar e trazer com ela dias de sol.

Durante a manhã a Música foi escutada por meio de outro formato, mas agora apeteceu-me regressar a um lugar conhecido, de paisagens complexas que permitem a mente divagar alegremente.


Ainda se conversa sobre Prés de Phono no outro tópico e para tentar mais algumas pessoas a apresentar os seus, aqui fica o nosso ao lado da belíssima capa de Nursery Cryme.

A tarde tem sido passada à volta de sons que permitem conforto, encanto, diversão para a mente.

Lembrei-me de ir buscar ao fundo da estante um que não rodava há muito tempo, mas que me fez companhia muitas vezes em outras paragens...

Magna Carta - Lord of the Ages...

Todo o álbum merece a escuta, mas o Lado A é uma delícia.

Para continuar no registo em que entrei nesta tarde, seguirei com mais um que estava guardado faz tempo, mas que merece rodar e tocar bem alto.


Jethro Tull - Aqualung...

Este é mais um daqueles que ocupa a mente e o pé, sabe bem revisitar.

Para ver se chamo o sol, aqui vai um álbum incrível, do melhor que conheço dentro do estilo Psicadélico...

Directamente do Brasil, Os Mutantes.

Continuando num registo peculiar, regresso a Portugal:


A Bando do Casaco não está assim tão longe d' Os Mutantes, vejamos: as duas bandas incorporaram registos do Folcloree apimentaram a coisa com o registo Psicadélico.

Bem sei que muitos anos separam os dois registos, mas é inegável que a Banda do Casaco trilhou caminhos cujas paisagens ultrapassavam as nossos fronteiras.

José Miguel escreveu:

... Ainda se conversa sobre Prés de Phono no outro tópico e para tentar mais algumas pessoas a apresentar os seus, aqui fica o nosso ao lado da belíssima capa de Nursery Cryme. ...

Amigo José Miguel, o vosso apareçe em muitas fotos e é bem reconhecivel com esse farol azul que até encandeia … fiz um pequeno extrato aonde essa vossa beleza està sempre presente  

Belos albuns que téem rodado por ai … aqui tém sido mais escuta com auscultadores pois jà sentia muita falta! Depois é sempre deficil voltar ao sistema da sala pois hà pouco a mais nele e muito a menos, mas também tinha algumas saudades dum disquito preto. Aproveitei para fazer uma foto a "rasar pelo chão (à la José Miguel) aonde se vê o phono que utiliso actualmente (também com farol azul), isto enquanto o proprietario não o vier buscar! Trata-se de uma versão muito simplificada do meu antigo phono que eu utilisava … e que apesar dos cortes técnicos para baixar o custo, continua a ser um aparelho muito interessante !...

Caro Paulo, com o tempo aprendemos que a "função" não deve ser subjugada à Estética, mas apesar dos dois prés terem uma luz azul (qualquer coincidência com o tema bola não me toca...), essa sua caixa deixa esta a patecer mal.


Bela peça e, como vê, apesar de o nosso aparecer muitas vezes, esta última chamada fez aparecer o seu!


ps.: esta luz azul não é tão forte como parece, mas captada pelo telefone fica assim.

José Miguel escreveu:

... apesar de o nosso aparecer muitas vezes, esta última chamada fez aparecer o seu!

ps.: esta luz azul não é tão forte como parece, mas captada pelo telefone fica assim.

Foi feito por mim … mas não é meu, o meu ainda anda pelos meandros das simulações digitais e desenho do circuito impresso, mas avança com bom ritmo e em breve jà vai tocar !!!...

Os Led's azuis são muito chatos pela luminosidade

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... apesar de o nosso aparecer muitas vezes, esta última chamada fez aparecer o seu!

ps.: esta luz azul não é tão forte como parece, mas captada pelo telefone fica assim.

Foi feito por mim … mas não é meu, o meu ainda anda pelos meandros das simulações digitais e desenho do circuito impresso, mas avança com bom ritmo e em breve jà vai tocar !!!...

Os Led's azuis são muito chatos pela luminosidade  

Eu percebi que esse Pré não era seu enquanto propriedade, mas é seu no que toca à criação - já lhe disse muitas vezes que gosto da sua linha estética e mais uma vez ela está aí bem presente.

Quanto a luzes... Por mim até nem tinha, mas com o hábito ela já não chateia muito.

Tal como referido no outro tópico, aqui fica o registo do que está a tocar.


Este álbum roda de quando-em-quando e hoje, depois do passeio, veio mesmo a calhar.

Para agitar um pouco as águas antes do jantar... Vau rodar um álbum que foi encontrado numa daquelas visitas a uma loja no Porto. Entramos para ver o que havia e lá encontramos três nomes juntos que prometiam algo especial. Uns segundos de escuta bastaram para se tomar a decisão!


Trilogue - Live! de Albert Mangelsdorff, Alphonse Mouzon e Jaco Pastorius.

Faz bastante tempo que não falo deste álbum, mas na altura, como ainda hoje, o trabalho de Mouzon deixa-me deliciado...

Para quem gosta de Jazz mais voltado para o improviso (eu sei que o Aníbal gosta deste...) ou para quem quer entrar neste tipo de registo, é altamente recomendado.


Ah! O Trombone não é dos instrumentos mais comuns enquanto solista, por isso também vale bem a pena escutar o excelentre trabalho de Mangelsdorff, a forma como ele consegue desenhar linhas muito bem definidas no meio do aparente caos.

Bom disco José, 3 músicos em grande nível
também faz parte da minha coleção

Para embalar a mente num passeio, vai rodar o primeiro álbum que Rock Progressivo vindo de Itália que chegou a esta casa... Ainda hoje o considero como um excelente exemplo do que se pode esperar do estilo e registo vindo daquele tempo e país - sim, há diferenças notórias entre Italianos, Ingleses, Alemães ou Franceses, assim como para com Brasileiros, Argentinos, ...

Vocês são mesmo muito eruditos.

E pelo burgo toca sem complexos (já chega os outros) este maravilhoso:



Até o Souvenir marcha!

Alexandre Vieira escreveu:

... E pelo burgo toca sem complexos ... este maravilhoso:

...

Evidentemente que toca sem complexos, pudera, pois é verdadeiramente um grande album

José Miguel escreveu:

...

Este álbum roda de quando-em-quando e hoje, depois do passeio, veio mesmo a calhar.

Mesmo rodando de muito-em-muito o Kind of Blue é inoxidàvel !!!...

Toca por aqui alto e bom som este maravilhoso vinil.

Talvez um dos melhores lados "A" de sempre da New Wave.

E agora a grande Sandie


Puppet On A String (Vinyl, LP, Compilation, Stereo) album cover
More Images

Sandie Shaw ‎– Puppet On A String
Label:nPye Records ‎– SB-501
Format: Vinyl, LP, Compilation, Stereo
Country: Portugal

E já pedem 25 euros por uma coisa destas.

O duplo álbum homónimo do Rufus hoje em destaque aqui pela Maison. Já tocou duas vezes.

E agora o incontornável Searching For The Young Soul Rebels

O Alexandre está em grande e com grandes propostas!!


Tenho que elogiar antes que venha daí algo assim-assim...

José Miguel escreveu:

O Alexandre está em grande e com grandes propostas!!


Tenho que elogiar antes que venha daí algo assim-assim...

Não são admitidas bocas foleiras às minhas escolhas....


Cuando uno se enfrenta a la discografía e historia de los Dexys puede dar la impresión de encontrarte ante tres o cuatro grupos distintos, cambios casi totales de formación y totales en cuanto a imagen, pero eso sí, todo orquestado y dirigido por Kevin Rowland, el alma de Dexys Midnight Runners. Aunque suele ser usual que se identifique al grupo con el álbum Too-Rye-Ay de 1982 y más en particular con el tema Come On Eileen, lo cierto es que los Dexys merecen pasar a la historia por toda su carrera y sobre todo por este su primer LP: "Searching For The Young Soul Rebels", en varios sitios considerado como el mejor disco de la historia (para gustos...). El grupo se formó oficialmente en 1978 y publicaron su primer single "Dance Stance" en 1979 (más tarde este tema fue renombrado a "Burn it Down", además podemos recordar que Mick Talbot estaba en el grupo...) que llegó al nº 40 de las listas inglesas, avisando ya del potencial del grupo. El siguiente single sí que fué nº1, "Geno" (homenaje a Geno Washington, héroe del Soul Británico) y desde luego su mejor y más emblemático tema. Así llegamos al albúm, 1980. Ya desde el primer tema (el ya comentado Burning it Down) no se puede desconectar, 11 canciones llenas de soul, northern soul, vientos y la inconfundible voz solista de Rowland que desde luego sí que me hicieron considerar a este disco como uno de los mejores del mundo mundial, la cinta en la que estaba grabado (gracias al amigo "Mini", estupendo material traído desde la pérfida albión) perdió el Ferro de tanto escucharla y aún sigo emocionándome con la escucha del disco.
Tras la publicación del disco y algunas pequeñas movidas como la apropiación de los másters de grabación para forzar la revisión de contrato con la compañía EMI , llegó la primera disolución o reestructuración del grupo. La mayoría de los componentes pasaron a formar el grupo "The Bureau" y "The Blue Ox Babes". Los Dexys pasaron de la imagen de estibadores portuarios, tabardos, gorros de lana, botas de obrero... a aparecer como boxeadores, sudaderas, zapatillas o bambas de boxeo...época que sólo dura unos tres singles. Nueva disolución al proponer Rowland la inserción de violínes en el grupo (la idea realmente no fué suya), desbandada total y llegamos a nueva etapa, petos, sombreros de paja, imagen de vagabundos... la imagen de "Too-Rye-Ay". Sonidos Celtas con Soul, que dirían algunos, más Dexys para otros.
Después de esto y ya pensando que no nos podía sorprender más, de nuevo cambio de imagen y de componentes (alguno quedó) y nuevo LP, posiblemente uno de sus más infravalorados, "Don’t stand me down" 1985, disco que he valorado con el paso de los años y que hace que el conjunto de los trabajos de Dexys merezca la pena.
Para una mejor descripción de lo ya comentado, podeís daros una vuelta por: http://laescuelamoderna.blogspot.com/2007/05/los-dandis-kamikazes-del-soul.html , mucho más completa, je.


É tudo uma questão de "gustos"

E assim acaba-se o dia musical

O que dizem os compositores acerca deste disco:

Gilmour disse que o álbum era "um monte de lixo. Estávamos mesmo em baixo ... Acho que não tínhamos nada melhor em que trabalhar";[5] e afirmou que "era uma boa ideia mas terrível... Atom Heart Mother parece que não tínhamos uma ideia entre nós, mas tornamos-mos mais prolífico depois dele."[57] De forma semelhante, em 1984, numa entrevista à BBC Radio 1, Waters disse: "Se alguém me dissesse agora – Ok! – toma lá um milhão de libras, vai tocar Atom Heart Mother, eu respondia: deves estar a gozar!.

Eu pessoalmente acho-o bastante bom para trabalhar, é daqueles discos que não enche mas também não chateia. E não seguramente para o meu gosto o pior álbum da PF.

anibalpmm escreveu:

(...)

Caro Alexendre, não termine já... Repare nesta excelente proposta do Aníbal!

José Miguel escreveu:

anibalpmm escreveu:

(...)

Caro Alexendre, não termine já... Repare nesta excelente proposta do Aníbal!

Jazz te atendo

Alexandre Vieira escreveu:

... É tudo uma questão de "gustos"

Entre o mau gosto e o muitissimo mau gosto ... efectivamente é uma questão de gosto

Fora do Jazz escutas verdadeiramente de tudo ... sém limite estilistico ném qualitativo

És um caso de escola, um enigma ... um paradoxo vivo

Alexandre Vieira escreveu:

Jazz te atendo

Eu sou muito paciente, mas enquanto espero pelo atendimento personalizado, deixo aqui o registo do àlbum que roda...


Como Jazz me atendia, eu pensei em ir buscar algo que diz muito ao Alexandre. De alguma forma a electrónica dos Kraftwerk tem algo de Jazzzzzzz... Talvez esteja a viajar pelas paisagens construídas em progressão, talvez esteja a procurar relações estranhas, mas a forma como estes senhores exploraram os instrumentos que escolheram não é assim tão diferente da forma como outros senhores exploraram outros instrumentos - não só do meio Jazz.

Trans Europe Express (1976/77) continua fresco e além das construções em progressão, tem elementos que mais parecem retirados de álbuns que aparecerão alguns anos mais tarde com grande sucesso... Veja-se a forma como The Hall Of Mirrors está construída, todos os elementos que virão a ser reconhecidos como pertencentes ao Post-Punk estão lá, há quase tanta escuridão como em Joy Division...

Já que andava por aqueles lados da estante, aqui vai mais um para encher a sala de coisas boas!!


Faust é uma daquelas bandas que não teve problemas em atrirar uma pedra para o charco e agitar tudo. Para que se entenda bem este e outros álbuns, com várias camadas a serem construídas ao mesmo tempo, linhas aparentemente estranhas umas às outras, ainda que comunicantes, um sistema revelador ajuda.

Para quem possa abusar do volume, este merece!!

De alguma forma pareceu-me ser o caminho a seguir e não foi preciso pensar muito... Pouco tempo depois de Faust ter começado já sabia o que iria ouvir depois.

Robert Wyatt - The End of an Ear (1970!!!)

Há coisas assim, em 1970 sai este álbum e que álbum. Ele não marca apenas o fim de uma era (Soft Machine), ele também marca o princípio de uma outra, onde a procura por novos cruzamentos se dá - menos Rock e mais Jazz de cariz Electrónico.

A viragem de página dá-se, mas a capacidade de marcar o ritmo com a sua percussão mantém-se, assim como as leves vocalizações já apresentadas antes. É um mundo próprio e salpicado de beleza, da procura pela ligação com o Outro - Robert Wyatt parece ter sempre pessoas em mente quando cria.

Grande José Miguel!


Afinal jazz tem bons discos em casa, sem ser os de jazz




Trans Europe Express é uma as obras primas da música. Desde a capa do disco até à referência de Bowie e Pop em Berlim. este álbum contém pistas de como seria a música num futuro próximo, mas também a política europeia e a sociedade civil. Eles cantam a solidão à frente de um espelho e de uma europa em grandes transformações. O comboio, na sua viagem, é apenas um pretexto para se falar que uma Europa pode ser unida.

Kraftwerk não é só uma banda no sentido de fazer música, é um movimento estético e politico.

Eu fui a Dusseldorf só para tentar perceber se o meio teve influência na música, seguindo o modelo do "espírito das Leis" de Montesquieu. E de facto só poderia ter, imagino o ambiente industrial alemão, o perfeccionismo, a linha de comboio que rasga Alemanha, a autoestrada principal e o fervilhar de um novo orgulho estético e político alemão na época que rompia com um tenebroso passado recente. Tudo isso levou à criação de novas formulas sem qualquer raiz no passado, por isso era formulas livres e experimentais.

De Kraftwerk a Montesquieu... Possa, que bela forma de começar o dia!

Aqui entre nós, conheci primeiro o pensador e só mais tarde a banda, contudo já era tempo dos álbuns começarem a chegar em formato físico a esta casa... Ponderamos começar pelo "I" e "II", mas de alguma forma estes são mais relevantes ou mais profundos... Também é verdade que o Gosto muda e hoje prefiro estes da "segunda fase" da banda.

O meio condiciona o exercício de criação, como ainda estou muito ligado ao Rock Progressivo, olho para as bandas das várias nacionalidades e vejo como a evolução da Música acontece de forma tão natural.

Kraftwerk, banda que não domino, assim como outras que exploraram a electrónica, já tinham o caminho aberto pelas bandas de KrautRock (finais dos 60's) - admito que os dois primeiros de Kraftwerk ainda se enquadrem nesta gaveta, tenho mais dificuldade em colocar os seguintes, ainda que exista quem coloque.

Como as gavetas estão todas ligadas, o que interessa mesmo é a Música, que merece ser entendida como Arte!

Alexandre Vieira escreveu:

José Miguel escreveu:

...

(...) De alguma forma a electrónica dos Kraftwerk tem algo de Jazzzzzzz... Talvez esteja a viajar pelas paisagens construídas em progressão, talvez esteja a procurar relações estranhas, (...)

(...) Eu fui a Dusseldorf só para tentar perceber se o meio teve influência na música, ... Tudo isso levou à criação de novas formulas sem qualquer raiz no passado, por isso era formulas livres e experimentais.

Amigo José Miguel, se a ligação entre a musica dos Kraftwerk e o Jazz fosse tão evidente ... creio que o amigo Alexandre adoraria o Jazz, ora que não me pareçe ser o caso !!!

Sém menosprezar a influência enorme dos Kraftwerk, sobretudo na Electronica, a musica deles tém influências como qualquer artista. Que seja o Steve Reich mas sobretudo o grupo Ash Ra Tempel do Klaus Shulze e do Manuel Gottsching são influências evidentes na construção harmonica e ritmica. Nada nasce do nada amigo Alexandre, ném mesmo a arte dos teus alemães preferidos  

Sempre é possivel de ir dar uma pequena escuta a este monumento da musica que é fundador da Electronica e uma obra-prima desconhecida. Tanto os Kraftwerk como o Jazz Moderno encontram aqui um terrain d'entente !!!...

Ontem rodaram estes australianos ao vivo

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

José Miguel escreveu:

...

(...) De alguma forma a electrónica dos Kraftwerk tem algo de Jazzzzzzz... Talvez esteja a viajar pelas paisagens construídas em progressão, talvez esteja a procurar relações estranhas, (...)

(...) Eu fui a Dusseldorf só para tentar perceber se o meio teve influência na música, ... Tudo isso levou à criação de novas formulas sem qualquer raiz no passado, por isso era formulas livres e experimentais.

Amigo José Miguel, se a ligação entre a musica dos Kraftwerk e o Jazz fosse tão evidente ... creio que o amigo Alexandre adoraria o Jazz, ora que não me pareçe ser o caso !!!

Sém menosprezar a influência enorme dos Kraftwerk, sobretudo na Electronica, a musica deles tém influências como qualquer artista. Que seja o Steve Reich mas sobretudo o grupo Ash Ra Tempel do Klaus Shulze e do Manuel Gottsching são influências evidentes na construção harmonica e ritmica. Nada nasce do nada amigo Alexandre, ném mesmo a arte dos teus alemães preferidos  

Sempre é possivel de ir dar uma pequena escuta a este monumento da musica que é fundador da Electronica e uma obra-prima desconhecida. Tanto os Kraftwerk como o Jazz Moderno encontram aqui um terrain d'entente !!!...

Caro Paulo, o Alexandre sabe é muito e diz não gostar de Jazz porque lhe deve chamar outra coisa qualquer...  Eu também me perco nas "gavetas" e tenho o vício de misturar tudo.


A sugestão que deixa com Manuel Göttsching - E2-E4 é muito interessante, mas não me parece que seja o caso para falar de influência. Esse álbum já é tardio (1984), apesar de ser muito bom. Assim que vi esse, que até já foi mote de conversa em outros tempos, lembrei-me logo de um a que acho grande graça: Brian Eno & Harmonia '76...

Voltando a Kraftwerk, o primeiro álbum que conheço com os meninos  Ralf Hütter e Florian Schneider-Esleben é este:


Esse Tone Float escapou-nos em tempos e agora até a reedição pirata dele tem aparecido com preços malucos... Estamos a falar de um álbum gravado em 1968!!! Ora, se não é Kraut e não tem muito de Jazz...

Não é Krafwerk, definitivamente os meninos ainda andavam a explorar outras coisas, mas a raiz está lá e já se nota que tem força suficiente para alimentar a grande árvore que virá a aparecer aos olhos de todos.