Adeus Moustaki!

Depois de tanta procura de discos deste, logo tinha que encontrar dois exemplares depois de anunciada a sua morte.
Estou a ouvir Moustaki Au Dejazet e assim lhe presto homenagem...

Faleceu no passado dia 23 de Maio Georges Moustaki

Aqui fica o início da notícia retirado do "Público" desse dia:

"O cantor e compositor francês, de origem grega, Georges Moustaki, morreu hoje, em Nice, França, aos 79 anos, completados a 3 de Maio. Nascido no Egipto, em Alexandria, de pais judeus gregos, ficou conhecido por canções como Le métèque, uma balada romântica sobre um estrangeiro sonhador com ecos autobiográficos, que haveria de se transformar num dos símbolos da revolução do Maio de 68.

É que ele havia crescido num ambiente multicultural, envolvido por quatro idiomas (italiano, francês, árabe e grego), tendo-se apaixonado desde cedo pela literatura e pela canção popular francesa, em particular por Edith Piaf, com quem manteve uma relação afectiva e para quem viria a escrever o clássico Milord (1958)."

Começou-se a ouvir por cá depois de 1974, quando o idealismo acordou e ninguém queria saber que após a Primavera vem o Verão e depois o Outono e o Inverno.

Muito lírico e arejado.

Ainda há poucos dias cantou lá em casa.

Voto-lhe o que para mim desejo dedicando-lhe um poema de Mário Sá Carneiro

Quando eu morrer batam em latas
Rompam aos saltos e aos pinotes.
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.
Que o meu caixão vá sobre um burro ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
E eu quero ir de burro…

Mário Franco escreveu:

Voto-lhe o que para mim desejo dedicando-lhe um poema de Mário Sá Carneiro

Quando eu morrer batam em latas
Rompam aos saltos e aos pinotes.
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.
Que o meu caixão vá sobre um burro ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
E eu quero ir de burro…

Lindo.