À procura de gambuzinos nos tweeters

Uma das colunas sony que estou a ouvir agora tem um tweeter com a rede metálica ligeiramente deformada. Por dentro da rede metálica existe uma rodela de plástico transparente, supostamente para ajudar a dispersão no tweeter. Mas com a deformação, essa rodela está mais próxima do tweeter. Não noto nada no som mas fui investigar na net sobre os "phase plugs" para saber se haveria algum problema em remover as redes dos tweeters. E descobri um fórum onde falam disso e "roubei" para aqui:


"The problem is NOT the metal dome. A good metal dome tweeter will sound sweet, open, transparent, and resolved. The problem is that 98% of all metal dome tweeters put a "thing" in front of the dome. Sometimes they call it a "phase plug". Sometimes they call it a "diffusor". But in reality it is neither of these things. Instead it is actually a Helmholtz resonator (think of blowing across the top of a pop bottle), but tuned to 15 or 20 kHz. The Helmoltz resonator rings like a bell at that high frequency, and THAT is what makes the thing sound "metallic".

The larger the structure in front of the dome, the worse the problem is. Most of the time these things are plastic and can be cut off with a pair of diagonal wire cutters ("dikes"). If you are brave enough, you can cut them off in two minutes and your system will sound much sweeter and smoother in the high frequencies.

The only catch is that if you screw up and damage the tweeter you will have to buy replacements. You may want to call Paradigm first to check, but I would guess that they are somewhere between $25 and $60 each.

I'm not just some crackpot on the internet giving "advice". I was the founder of Avalon Acoustics, and we were the first US company to use metal dome tweeters. This tip was given to me by Martin Colloms in '85 or so, and he was right on the money.
Charles Hansen, Ayre Acoustics"

Para ver o contexto:
https://forum.audiogon.com/discussions/ok-to-remove-tweeter-grill

Valerá a pena remover as redes e os "Phase plugs" dos tweeters? Neste caso o tweeter é um Seas h-400.
Alguém já experimentou?

Aqui a ficha técnica do tweeter em que fala realmente na rodela para compensar um atenuamento nos 20khz.

http://www.seas.no/images/stories/vintage/pdfdataheet/h0400_25tacg.pdf

Eu não consigo ouvir nada nos 20khz, já ultrapassei os 50 anos.

A rede serve sempre de diffusor (para tornar a directividade no topo da banda passante mais larga - menos beaming). Também serve de protecção.

A remoção elimina esses dois aspectos; vair soar ligeiramente diferente (fora do eixo - pouco toe-in) mas opera provavelmente a uma frequência demasiado elevada para ser relevante, principalmente para ouvidos menos jovens.

Os danos afectam a dispersão se a rede não tocar na cúpula e o funcionamento saudável do tweeter se tocar.

galvaorod escreveu:

Aqui a ficha técnica do tweeter em que fala realmente na rodela para compensar um atenuamento nos 20khz.

http://www.seas.no/images/stories/vintage/pdfdataheet/h0400_25tacg.pdf

Eu não consigo ouvir nada nos 20khz, já ultrapassei os 50 anos.

Tal como eu imaginava a ficha técnica informa que a rede serve para reduzir o beaming no topo da gama passante:

A fine mesh grid protects the diaphragm, and supports a phase plate which compensates for a slight axial roll off towards 20 kHz.

Parece um bom tweeter.

ricardo onga-ku escreveu:

A rede serve sempre de diffusor (para tornar a directividade no topo da banda passante mais larga - menos beaming). Também serve de protecção.

A remoção elimina esses dois aspectos; vair soar ligeiramente diferente (fora do eixo - pouco toe-in) mas opera provavelmente a uma frequência demasiado elevada para ser relevante, principalmente para ouvidos menos jovens.

Os danos afectam a dispersão se a rede não tocar na cúpula e o funcionamento saudável do tweeter se tocar.

Obrigado Sr. Ricardo, eu sabia da utilização das grelhas de madeira das colunas antigas como difusoras. Um antigo técnico da Pioneer disse-me uma vez que o objetivo era mesmo o de impedir a localização dos altifalantes, um fator de distração no ouvinte. E que as colunas eram "acertadas" acusticamente com as grelhas postas, mas não tinha ainda relacionado o conceito com os tweeters modernos. Nesse caso eu estou inclinado a tirar as redes, caso isso seja possível sem estragar o tweeter.

galvaorod escreveu:

ricardo onga-ku escreveu:

A rede serve sempre de diffusor (para tornar a directividade no topo da banda passante mais larga - menos beaming). Também serve de protecção.

A remoção elimina esses dois aspectos; vair soar ligeiramente diferente (fora do eixo - pouco toe-in) mas opera provavelmente a uma frequência demasiado elevada para ser relevante, principalmente para ouvidos menos jovens.

Os danos afectam a dispersão se a rede não tocar na cúpula e o funcionamento saudável do tweeter se tocar.

Obrigado Sr. Ricardo, eu sabia da utilização das grelhas de madeira das colunas antigas como difusoras. Um antigo técnico da Pioneer disse-me uma vez que o objetivo era mesmo o de impedir a localização dos altifalantes, um fator de distração no ouvinte. E que as colunas eram "acertadas" acusticamente com as grelhas postas, mas não tinha ainda relacionado o conceito com os tweeters modernos. Nesse caso eu estou inclinado a tirar as redes, caso isso seja possível sem estragar o tweeter.

Com diria o Casco em À Procura de Nemo, Sr. é o meu pai, eu sou só Ricardo

Não deve ser difícil de remover depois desmontar a placa frontal.

Já retirei as redes, os agudos são mais nítidos, ouvem-se sem esforço e não se sente agressividade. Portanto foi um sucesso relativo em relação à situação da rede danificada, e algum ganho subjetivo em termos de qualidade de som.

Mas o problema é que de facto a rede está lá por alguma razão. A superfície da cúpula do tweeter é extremamente delicada neste modelo. Tocar é deixar uma marca, tão simples como isso, como se fossem de papel brilhante.

galvaorod escreveu:

Já retirei as redes, os agudos são mais nítidos, ouvem-se sem esforço e não se sente agressividade. Portanto foi um sucesso relativo em relação à situação da rede danificada, e algum ganho subjetivo em termos de qualidade de som.

Mas o problema é que de facto a rede está lá por alguma razão. A superfície da cúpula do tweeter é extremamente delicada neste modelo. Tocar é deixar uma marca, tão simples como isso, como se fossem de papel brilhante.

Agora deve notar-se maior diferença no balanco dos agudos quando se aumenta ou diminui o toe-in.

ricardo onga-ku escreveu:

Agora deve notar-se maior diferença no balanco dos agudos quando se aumenta ou diminui o toe-in.

Ok Ricardo, de facto nota-se bastante mais quando abrimos ou fechamos o ângulo. Podemos fazer as coisas um pouco mais a nosso gosto e apreciar a maior resolução. Mesmo assim recorri a um truque antigo, que é colocar uns feltros à volta do tweeter, ficou um pouco folclórico mas não me está a apetecer ir para a fila do Leroy Merlin para comprar feltros, usei os que tinha à mão, para experimentar. O resultado é bastante audível, fica a definição e a direccionalidade mas perde um tudo nada de brilho, ficando os tweeters mais amigos das longas audições.

As sony com o tweeter "Lua cheia"

Com as redes, mesmo assim o tweeter brilhava um pouco.

Com um tweeter vifa xt300neo/4, o som ficou muito melhor...

...e se ficava melhor com o vifa, a ideia era experimentar com outra unidade de médios graves só para ver...

o monacor sp200x... mas não cabe nas caixas da sony

Comecei a preparar uma caixa ( celestion dl8 na sucata) para os altifalantes e as sony voltaram à sua forma original

Um nota para os altifalantes Celestion: Todos em alumínio fundido com grande qualidade de construção..

As caixas das celestions (por serem fechadas) não eram indicadas para um full range, e o crossover também não mas a ideia era ficar com uma ideia de como tocava em bruto, digamos assim

Melhor som do que com as sony logo á partida, tudo a pairar no ar, mas a caixa e o crossover não fazem justiça à qualidade dos drivers, falta algo

Andei a chafurdar na net e encontrei um design indicado à partida para o monacor

Desenhei umas caixas no paint e calculei as medidas pelo WAF disponível, as colunas não poderiam ter mais do que 85cm de altura.

Fui com a impressão do paint a uma serração e pedi as madeiras com as medidas que tinha calculado

Comecei pelos altifalantes

O mais difícil foi mesmo cortar os círculos na madeira, com ferramentas adequadas, é um trabalho para pessoas experientes, mais vale pedir a alguém para os fazer, estive horas a furar picotado na madeira com um berbequim...

comecei a unir as partes, e cheguei à conclusão que me tinha enganado nas medidas no paint, não tinha contado com a espessura da madeira e tive que improvisar um pouco.

Os buracos já abertos e a primeira parte do labirinto

Vista de cima do labirinto

O tabuleiro de baixo, antes da montagem

As caixas já na fase final, neste momento já não posso com os braços, não tenho aparafusador e estava literalmente sem força para o torque. Além disso mover as colunas agora é mais difícil pois ficaram muito pesadas.

Fiquei com os braços tipo geleia

Apenas para ter uma ideia de como vai ficar...

Primeiras tintas... a seguir a montagem dos terminais e dos cabos internos...

galvaorod escreveu:

Primeiras tintas... a seguir a montagem dos terminais e dos cabos internos...

Ena será que vão estar presentes na próxima edição?

galvaorod escreveu:

Apenas para ter uma ideia de como vai ficar...

Começou a procurar gambuzinos nos tweeters e jà vai a meio caminho de um par de colunas novas e complétamente diferentes ... é o que dà de procurar gambuzinos  

Os Driver Monacor téem uma sensibilidade superior ao tweeter da Vifa o que é problemàtico ... como é que vai equilibrar isso

TD124 escreveu:

galvaorod escreveu:

Apenas para ter uma ideia de como vai ficar...

Começou a procurar gambuzinos nos tweeters e jà vai a meio caminho de um par de colunas novas e complétamente diferentes ... é o que dà de procurar gambuzinos  

Os Driver Monacor téem uma sensibilidade superior ao tweeter da Vifa o que é problemàtico ... como é que vai equilibrar isso

O Nuno Lopes (NL Audio) está com esse dossier, e está a fazer cálculos balísticos para resolver esse problema. É ele que está a fazer os crossovers.

galvaorod escreveu:

TD124 escreveu:

galvaorod escreveu:

Apenas para ter uma ideia de como vai ficar...

Começou a procurar gambuzinos nos tweeters e jà vai a meio caminho de um par de colunas novas e complétamente diferentes ... é o que dà de procurar gambuzinos  

Os Driver Monacor téem uma sensibilidade superior ao tweeter da Vifa o que é problemàtico ... como é que vai equilibrar isso

O Nuno Lopes (NL Audio) está com esse dossier, e está a fazer cálculos balísticos para resolver esse problema. É ele que está a fazer os crossovers.

Sem efectuar medições?

ricardo onga-ku escreveu:

galvaorod escreveu:

TD124 escreveu:

galvaorod escreveu:

Apenas para ter uma ideia de como vai ficar...

Começou a procurar gambuzinos nos tweeters e jà vai a meio caminho de um par de colunas novas e complétamente diferentes ... é o que dà de procurar gambuzinos  

Os Driver Monacor téem uma sensibilidade superior ao tweeter da Vifa o que é problemàtico ... como é que vai equilibrar isso

O Nuno Lopes (NL Audio) está com esse dossier, e está a fazer cálculos balísticos para resolver esse problema. É ele que está a fazer os crossovers.

Sem efectuar medições?

O Nuno vai fazer as medições depois de uma primeira tentativa, queremos ficar com uma ideia do som, e depois melhorar.

Se o berbequim tiver regulação de velocidade pode utiliza-lo como aparafusadora . (apenas para aparafusar)

galvaorod escreveu:

... O Nuno Lopes (NL Audio) está com esse dossier, e está a fazer cálculos balísticos para resolver esse problema. É ele que está a fazer os crossovers.

Os càlculos vão ser necessarios pois um tweeter com mais sensibilidade do que o altifalante de grave-médio não é um problema e é muito comum ... o contràrio jà me pareçe ser um problema mas suponho que esse senhor sabe o que faz. No entanto e como o Ricardo, acho estranho que tenham decidido o posicionamento dos dois altifalantes sém nenhuma medida ném os filtros (crossover) feitos ao menos de maneira provisoria

TD124 escreveu:

galvaorod escreveu:

... O Nuno Lopes (NL Audio) está com esse dossier, e está a fazer cálculos balísticos para resolver esse problema. É ele que está a fazer os crossovers.  

Os càlculos vão ser necessarios pois um tweeter com mais sensibilidade do que o altifalante de grave-médio não é um problema e é muito comum ... o contràrio jà me pareçe ser um problema mas suponho que esse senhor sabe o que faz. No entanto e como o Ricardo, acho estranho que tenham decidido o posicionamento dos dois altifalantes sém nenhuma medida ném os filtros (crossover) feitos ao menos de maneira provisoria

O posicionamento foi feito assim para o altifalante médios/baixos estar no principio do labirinto. Daí o tweeter estar em baixo, isso depois revelou um problema, já lá vamos.

Colocação dos terminais

https://www.leroymerlin.pt/Produtos/Eletricidade-e-domotica/Cabos-e-fios-eletricos/WPR_REF_17915002

Depois de exaustivos testes, foi decidido colocar o cabo de audio vermelho e preto do AKI, que já era usado no sistema de som. Custa menos de 1€ o metro e é neutro.

Passar os cabos e soldar às fichas, não sou bom em soldaduras, por isso demorei bastante tempo com o ferro para ficar o melhor possível. E desta fez não fiz nenhuma queimadura.

A parte da montagem e soldaduras dos crossover (já na segunda versão) foi toda o Nuno Lopes que realizou. Eu infelizmente não tirei nenhuma foto do processo pois estava imerso e a ajudar no que podia. E depois fizemos o primeiro teste.

O som muito agradável, mas os tweeters estão muito baixos, as colunas precisam de mais inclinação para trás. Só sentados no chão, nos apercebemos do palco sonoro em pleno.

A melhor maneira de resolver o problema foi substituir os batentes de porta que faziam de pés, por umas rodas grandes à frente e pequenas atrás, assim com melhor inclinação para os tweeters.

Com as rodas, resolveu-se em parte a questão dos tweeters e ao mesmo tempo poupamos as costas com as deslocações das colunas. São tão pesadas que ficam imóveis mesmo não estando em suportes fixos.

Estão muito bonitas. Se tocarem como parece que o podem fazer serão excelentes.

De qualquer modo muitos, muitos parabéns!!!

O Nuno notou que mesmo com o corte no crossover o cone pequeno do altifalante (whizzer) produzia alguns agudos. A solução pode passar por retirar o whizzer e colocar uma ogiva no lugar do tapa pó, ou então fazer um novo painel frontal e inverter a posição dos altifalantes. A segunda opção só mesmo em ultimo caso... Assim iria tentar amortecer o cone, como vi alguns exemplos na net...

Alexandre Vieira escreveu:

Estão muito bonitas. Se tocarem como parece que o podem fazer serão excelentes.

De qualquer modo muitos, muitos parabéns!!!

Obrigado Alexandre, elas estão a tocar bem, já cá veio um audiófilo ouvir e passaram no teste com distinção. Para a semana vem cá outro, mas esse é mais difícil...

Depois de dar voltas à cabeça para tentar amortecer os cones sem os danificar, reparei que podia usar os totós da minha filha mais pequena.