Música clássica - escolhas do dia-a-dia

Abre o tópico :

O Carnaval dos animais de Camille Saint-Saëns



Destaco em toda a obra a semelhança com alguma harmonia normalmente utilizada no cinema.

Destaco também o V movimento (05:24), a representação do elefante com o grave de um notável contrabaixo.

Natural de Viena, Franz Schubert, aprendeu violino com Franz-Theodor (pai) e composição com Antonio Salieri. Escrevia sem piano (durante muito tempo viu-se privado desse instrumento) e velozmente, geralmente sem rasuras. Trio opus 100, incluso no registo «Trio Es-Dur, Notturno», é uma das peças que ouço regularmente.

(ECM 1595, 453 300-2)

Viva Ghost4U, obrigado pela contribuição!
Se puderes continua a publicar as tuas escolhas neste tópico.

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Um meu favorito de todos os tempos :

Martha Argerich, Ravel - Jeux d'eau




Outra pérola em versão orquestra :

a Rapsódia Húngara Nº2 de Lizst


E só por graça a obra completa em piano, instrumento para a qual foi originalmente composta.
https://www.youtube.com/watch?v=tluFQCOezZE


Por último :
Te Deum do compositor Português da primeira metade do Séc XVII Francisco António de Almeida


Boas pesquisas! Boas audições!

Belo Tópico !!!

Viva milton!

Ghost4U desconhecia. Gostei muito! Continua se puderes!
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Poema sinfónico, Finlândia op.26 de Jean Sibelius (1865 - 1957)


Do Checo Bedrich Smetana (1824 - 1884), outro poema sinfónico, Ma Vlast


Destaco a intensidade na : representação pictórica da floresta e do campo na região histórica Boémia, parte Ocidental e Central da actual República Checa (4. Z Ceskych luhu a haju ao minuto 37:27)

E também o conhecido tema 2. - Vltava ao minuto 15:49 - uma evocação à origem, percurso e sons do rio Vltava, existente naquele território histórico (Boémia), que passa na cidade de Praga. E que é efluente do Rio Elba.
A melodia é uma adaptação da La Mantovana do tenor italiano renascentista Giuseppe Cenci.

A que também  Camile Saint-Saens (1835 - 1921) recorreu para a 3ª de 3 Rapsódias para orgão, sobre Cântico Bretão op.7.


A mesma melodia "Vltava" também serviria de inspiração ao Hino Israelita - Hatikvah pela mão deste homem, Samuel Cohen - não o Norte-Americano (1921-2010) , físico, pai da Bomba de Neutrões. Mas o agricultor de meados do Séc XIX, de Israel, emigrante oriundo da Moldavia e que consigo levou a melodia.

O mesmo apelido - Cohen, em Israel, lembra Avishai (Jazz, 1970 - ).

E este, contrabaixista, compôs Samuel...    


Bom Domingo!
FBatista

Ghost4u escreveu:

... ... ... e a Plutão (descoberta confirmada em 1930)... ... ...  

E... 60 anos depois de Holst ter estreado os Planetas, a prestigiosa Orchestra Hallé (Manchester, UK) encomendou a conclusão e sequência lógica da obra ao compositor Colin Matthews a qual podem escutar aqui sob a batuta de Mark Elder...

Hyperion Records


http://www.hyperion-records.co.uk/dc.asp?dc=D_CDH55350

reirato escreveu:

Ghost4u escreveu:

... ... ... e a Plutão (descoberta confirmada em 1930)... ... ...  

60 anos depois de Holst ter estreado os Planetas, a prestigiosa Orchestra Hallé (Manchester, UK) encomendou a conclusão e sequência lógica da obra ao compositor Colin Matthews (...)

Prezado Reirato,

Conheço a sequência, cuja menção é bem feita pelo companheiro; aliás, hesitei entre o registo que referi e esse.

Com melhores cumprimentos,
4u

Antes demais, gostaria de felicitar o autor deste tema.
O subtema "escolhas do dia a dia" é a razão da minha
dificuldade em participar, dado que dentro desta classificação
tenho centenas de títulos, em vários formatos, que ouço numa
base diária.
È certo que tenho mais do que uma interpretação de um mesmo
título, que gostaria de partilhar convosco; a dificuldade está na
escrita que é necessária para a respectiva apresentação, não tenho
jeito nem tempo para escrever os textos que a grande maioria das
obras merece, quer no que se refere à obra própriamente dita quer
no que diz respeito aos intérpretes, local, data da perfomance, qualidade sónica
etc,etc.......
Darei o meu contributo com as limitações inerentes.
Boas audições,
Mário

Caro Stardrake, agradeço as tuas palavras.

Era imperiosa a criação deste tópico. E já há algum tempo que eu queria dar o seu pontapé de saída.
Gostando eu muito de música clássica e também do AAP, não foi difícil para mim perceber que o caminho seria este.

A dificuldade que anuncias na tua futura contribuição equipara-se à minha dificuldade em atribuir um título ao tópico no momento em que o criei.
Muito, mas mesmo muito se pode dizer da música clássica com séculos e séculos de História que não só a contextualiza, como suporta.

Mas eu procurava algo simples e sem pretensões.
E com base nisso, creio ter percebido que o caminho a seguir na criação deste tópico seria dar foco bem definido na essência das composições e génio dos seus autores.

Certo é que já defraudei a minha própria visão no post do Smetana e as "várias Vltavas" quando tomei coragem em solo para mim movediço : a escrita....
Referes "ter jeito para escrever". Eu não tenho jeito nenhum e de maneira nenhuma isso é requisito neste tópico.
Podes e deves escrever o que entenderes relativamente às peças que publicares.

Uma certa redução à essência das composições é o que se pede - na minha perspectiva - a quem aqui publicar, para que o pessoal conhecedor não se iniba de publicar por falta de tempo.
Para que os apreciadores apreciem e publiquem também - hmmmm, La Palisse acena com a cabeça que "sim".
E para os indecisos ou aqueles que acham que não gostam de música clássica, tomarem juízo e aproveitarem a oportunidade de terem a "papinha toda feita, neste tópico".

E para que naturalmente possamos trocar informação, compositores, composições, interpretações, orquestrações.

O UTube será inevitavelmente uma grande ferramenta de ajuda, onde é possível encontrar variadíssimas interpretações para uma mesma peça, caberá ao autor de cada munir-se de algum critério; escolher a que melhor qualidade tiver, por exemplo : melhor equilíbrio tonal, melhor gravação sem desprimor na interpretação. Ou a que mesmo não estando nas melhores condições tiver alguma característica única, por exemplo : uma peça tocada pelo próprio autor. Estou a lembrar-me do Concerto Noº2 de Rachmaninoff (1873 - 1943), tocada por ele mesmo (piano).

A gravação não tem qualidade nenhuma, mas tem a característica única de ser tocada pelo seu autor :


O autor do tópico agradece e incentiva a vossa participação : stardrake, Ghost4u, reirato, estendida aos outros figurões do AAP que sabemos ser bons conhecedores do género.

Francisco Batista

Este é o meu concerto para piano preferido e tenho-o interpretado por vários pianistas.
Gosto muito das versões tocadas pelo Zoltán Kocsis e pelo Stephen Hough.

R

ricardo onga-ku escreveu:

Este é o meu concerto para piano preferido e tenho-o interpretado por vários pianistas.
Gosto muito das versões tocadas pelo Zoltán Kocsis e pelo Stephen Hough.

R

Gosto muito de Rachmaninoff e particularmente do Concerto nº2 para piano e Orquestra.
Pode parecer estranho para alguns, mas também tenho vários discos da mesma obra com intérpretes diferentes.
Os meus intérpretes preferidos são Sviatoslav Richter e Clifford Curzon.

Também gosto muito da Nº2 de Rach.
Tenho apenas uma edição em vinil do Sviatoslav Richter.

Precisamente esta !


Recentemente ouvi e gostei bastante da interpretação da ucrâniana Anna Fedorova

Ghost4u escreveu:

O lisbonense Luís de Freitas Branco, compositor, professor e crítico musical, deixou-nos uma extensa obra, com realce para a música de câmara. Como musicólogo, deu importância e mérito à música vocal portuguesa dos séculos XVI e XVII. Sendo profundo conhecedor de poesia e da literatura de diferentes países, abraçou outras culturas na sua obra, com textos italianos e franceses. Assim, a par de oito sonetos de Antero de Quental, no registo de peças para canto (José Oliveira Lopes) e piano (Nöel Lee), temos: Triologia da Morte (poemas de Baudelaire) e O Ciclo Maeterlinckiano (designação aplicada pelo próprio compositor).

(A Voz do Dono, 8E 051 40 504)

Sempre a aprender.

O meu obrigado ao FBatista, pela excelente tarde de música que tenho estado a fruir.
Passo a explicar: com vista a contribuir para este tema tenho, estado a ouvir as diferentes
obras da minha preferência, sendo que tenho estado a ouvi-las em Vinil. Em função das
escolhas certamente aqui aparecerão outros formatos. Quanto ao YouTube nada postarei
cabendo aos meus amigos essa tarefa.

Sem mais delongas, está em audição, neste momento, Rachmaninov- Concerto nº 1 para piano e orquestra,
ainda do mesmo LP esteve em audição Richard Strauss- Burleske,reprodução de um concerto gravado
em Chicago nos idos de Dezembro de 1956, na Chicago Opera House, execução a cargo da Chicago Symphony
Orchestra, dirigida por Fritz Reiner sendo o solista de serviço Byron Janis, nome pouco divulgado
na Europa, um executante que pertence à aristrocacia dos pianistas de todos os tempos.

Quanto ao LP, trata-se de um original da RCA Red Seal, com a referência RB-16071 (LM-2127).

São duas peças de que muito gosto, sendo curioso que o concerto nº 1 é, em time line, posterior ao tão apreciado
nº2, do qual também muito gosto.
Boas audições,
Mário

Esqueceram-se do António Fragoso

FBatista escreveu:

Abre o tópico :

O Carnaval dos animais de Camille Saint-Saëns

Destaco em toda a obra a semelhança com alguma harmonia normalmente utilizada no cinema.

Destaco também o V movimento (05:24), a representação do elefante com o grave de um notável contrabaixo.

Se não me falha a memória há um album do Bernstein daqueles para crianças, onde ele disseca as origens dessa peça. É muito educativo, como qualquer album orientado para crianças.

Compositor e pianista americano (n.1898-f.1937) George Gershwin deixou-nos um legado marcante de composições que têm vindo a ser re-escritas ou adaptadas das mais diversas formas e géneros (Cinema, TV, música popular, jazz, etc).

Apesar de ter sido um fracasso comercial quando foi lançada, "Porgy and Bess" (1935) tornou-se uma peça essencial da música do século XX. Na ópera ou no jazz, "Porgy and Bess" passou a desempenhar um papel de relevo na música americana, algo que Gershwin não pôde testemnhar em vida...

"Rhapsody in Blue" (1924) e "An American in Paris" (1928) são as outras peças mais aclamadas deste compositor de origem judaica que durante a estreia de "Porgy and Bess", se opôs á separação de raças na plateia e contra a ameça de cancelar o espectáculo, foi bem sucedido. Este feito, ocorrido em Washington DC, onde a segregação racial ainda vigorava, ficou para a história como a primeira audiência integrada daquela cidade (1935).  

Um excerto do "Rhapsody in Blue" pela Filarmónica de Nova Iorque (conduzida por Leonard Bernstein) no Royal Albert Hall.


...e aqui, um video completo do "Porgy and Bess" pela Filarmónica de Berlin.


Boas Audições

E porque hoje acordei com esta obra, aqui fica :

Rapsódia Espanhola, Maurice Ravel (1875-1937)
dirigida pelo maestro (também este compositor) Wilhelm Furtwängler (1886-1954)


Peça que originalmente fora composta para piano a 4 mãos :


Sinopse pelo editor de Programação da Casa da Música:
Rui Pereira, 2012, Casa da música

Uma suite para piano há muito minha favorita.

Os Quadros de uma exposição de Modest Mussorgsky (1839 - 1881)

Neste video Sir Georgi Solti (1912 - 1997) conduz a Orquestra Sinfónica de Chicago numa gravação de 1980.


Mais informações aqui.

Como é facto histórico, a Clássica inspirou e inspira os popeiros e os rockeiros que a fornecem posteriormente ao esclarecido "consumidor final".

Relativamente a esta obra existe um interessante mas indiferente cover ao vivo, realizado em 1971 pelos Emerson Lake and Palmer sobre a referida obra.

Fabuloso!

Digno de referir que faria ontem 177 anos.

Para uma rápida sinopse visual escolheria talvez esta capa :




Eventualmente será este o registo que dizes preferir, Ghost4u
Começando pela muito conhecida abertura




Este é excepcional!




Por último um interessante registo da mesma ópera.
Até ao minuto 2:15 a expressão no rosto de Maria Callas é quase tão apreciável como a sua voz.  
https://www.youtube.com/watch?v=-OHBFbNkQEU

FBatista

FBatista escreveu:

(...) Eventualmente será este o registo que dizes preferir, Ghost4u
Começando pela muito conhecida abertura (...)

Correcto.

Ghost4u escreveu:

FBatista escreveu:

(...) Eventualmente será este o registo que dizes preferir, Ghost4u
Começando pela muito conhecida abertura (...)

Correcto.

Os meus parabéns a FBatista pela excelente ideia de abrir este magnifico tópico.

Também para os que tem participado nele até agora, muito interessantes os seus contributos.

Um destes dias tenho que aprender am inserir imagens/videos nos tópicos... para poder participar

Muito obrigado a todos

Olá Pedro, como estás?  

Obrigado pelo teu apoio!
É preciso diversificar meu caro!
Este tópico era uma necessidade.
E só desejo que outros tópicos sejam abertos para os mais variados géneros de música.

Para mim tem sido gratificante poder publicar e também ver o que publicam os colegas foristas apreciadores de música clássica, como se tem visto, muito mais apreciadores e conhecedores do que eu.

Não é preciso introduzir videos. Se tiveres algo que consideres interessante para o tópico, não hesites em publicar.
Eu logo de seguida, posso dar um complemento na pesquisa de video, como aliás já tenho feito. Para mim é um prazer! Tivesse eu mais tempo  

Um abraço (a todos)

Francisco Batista

FBatista escreveu:

Assim começo a olhar para a musica clássica com outros olhos.

António José da Silva escreveu:

FBatista escreveu:

Que seja pelo Benfica que aderes à música  clássica.
Não  tem mal nenhum



Assim começo a olhar para a musica clássica com outros olhos.

Que seja pelo Benfica que aderes à música clássica.
Não tem mal nenhum...

FBatista escreveu:

Que seja pelo Benfica que aderes à  música  clássica.
Não  tem mal nenhum...

Neste caso, o que me impele e motiva, é mesmo a Carmen.

O absoluto colosso de vozes e interpretação da Ária Mezzo-soprano Mon Coeur s'ouvre à ta voix, 2º acto da notável obra Sansão e Dalila de Camille Saint-Saenz (1835-1921) :

Por Jessye Norman (1945 - )




Por Maria Callas (1923 - 1977)



Não poderia faltar neste tópico, sendo uma ária das que mais admiro.

Boa 3ª feira!

Excelente ideia, a projecção de espectáculos de Ópera em directo nas salas de Cinemas, a acontecer no Royal Opera House e na English National House.

ROH - Royal Opera House
ENO - English National Opera



E também de Bailados, a acontecer novamente no Royal Opera House mas também no Bolshoi de Moscovo.
http://www.bolshoi.ru/

A rodar em cassete compacta, excertos das Óperas Madama Butterfly e Manon Lescaut, ambas de Giaccomo Puccini (1858 - 1924).


Deixando a "borboleta" para outra ocasião, serve este tópico no enfoque a Manon Lescaut. Obra do compositor estreada a 1 de Fevereiro de 1893 no Teatro Régio de Turim com o seguinte cartaz.

Baseada na novela do escritor françês Abade Prévost (1697-1763), Histoire du Chevalier des Greiux et de Manon Lescaut de 1731, esta obra, à época de natureza proibida, teve várias adaptações. Primeiramente o ballet por Jacques Fromental Havély (1799-1862), mais tarde à ópera por Daniel Auber (1782-1871) em 1856. E mais tarde por Massenet (1841-1912) em 1884. Terá sido este último quem definitivamente coloca a história de Manon na ribalta.

Pouco tempo depois, supõe-se em jeito de desafio, surge Giaccomo Puccini que com o seu exacerbado romantismo, dramatismo e mania das grandezas tentará a sua versão italiana da mesma história.

Vale a pena a sinópse no Wikipedia - essencialmente trata-se da de história de um Amor proibido entre Des Grieux (ele) e Manon Lescaut (ela).


Em relação à minha cassete será porventura esta a gravação da qual faço extrair este Intermezzo, já existente no YouTube.
Com intérpretes Mirella Freni (1935- ), Plácido Domingo (1941- ), Renato Bruson (1936- ), entre outros, Coro do Royal Opera House, Orquestra Philarmonia de Convent Garden. Vale a pena ler sobre a Philarmonia no Wikipedia


Não raras vezes, os Intermezzo sinfónicos sobressaiem-se à própria obra. Lembro-me da Cavalleria rusticana de Pietro Mascagni  https://www.youtube.com/watch?v=7OvsVSWB4TI

Também no Cinema Manon Lescaut teve estreia. Do realizador Arthur Robison (1883-1935) surge em 1926 a película muda com Marlene Dietrich.




Um ano depois, em 1927 surge também a versão Norte-Americana, com título When a man Loves de Alan Crosland (1894 -1936)

Francisco Batista

Viva Ghost4u! Obrigado pelo teu post!
A lembrar  (e bem) que por aqui não contribuo há já bastante tempo.

Justamente, baseado no que mais me impressionou ouvir nos últimos tempos, publicarei brevemente um post relativo ao Nova-iorquino Morton Gould (1913-1996)

FBatista

FBatista escreveu:

(...) baseado no que mais me impressionou ouvir nos últimos tempos, publicarei brevemente um post relativo ao Nova-iorquino Morton Gould

Aguardando com entusiasmo...