Loja de Discos

Boas pessoal,

Não sei se será o sítio certo para abrir este tópico, provavelmente não é, e por isso peço desculpa.

Basicamente eu e outro amigo estamos a pensar na possibilidade, ainda que remota, de poder abrir uma loja de discos na zona de Guimarães, visto não existir oferta por estas bandas. Só mesmo na zona do grande Porto.

A localização é um must, e só assim é conseguiríamos ter visibilidade numa terra como Guimarães, mas ainda falta o resto, que é o conhecimento. Não basta ter bons gostos e perceber minimamente de música.

O que vos peço é contactos com quem possa falar sobre isto e estar informado de como é que tudo funciona, desde o mais básico. Desde fornecedores de discos novos a funcionamento de um "mercado de usados" dentro da loja. Terá de ser alguém com paixão e alguma paciência para me aturar, características fixas de quem anda por este mundo

Deixo isto em aberto para quem tiver curiosidade de me contactar.

Obrigado e bom natal povo, que recebam muitas bolachas

Bom, não sei exactamente o que procuras saber, mas o importante é teres uma grande variedade de discos que seja apelativa a uma vasta gama de compradores. Depois é andar sempre á procura de malta que vende lotes de discos por um valor razoável e que contenha discos facilmente vendáveis e com sorte, que no meio esteja algumas relíquias que te possam dar lucro. Também ha malta a comprar lotes de discos na Holanda e Alemanha. É tudo bastante trabalhoso e penso que ou se está ja bastante dentro deste ramo, ou a coisa pode correr menos bem.

António José da Silva escreveu:

Bom, não sei exactamente o que procuras saber, mas o importante é teres uma grande variedade de discos que seja apelativa a uma vasta gama de compradores. Depois é andar sempre á procura de malta que vende lotes de discos por um valor razoável e que contenha discos facilmente vendáveis e com sorte, que no meio esteja algumas relíquias que te possam dar lucro. Também ha malta a comprar lotes de discos na Holanda e Alemanha. É tudo bastante trabalhoso e penso que ou se está ja bastante dentro deste ramo, ou a coisa pode correr menos bem.

Pois, por essa última parte é que ando a tentar saber junto de quem sabe algumas dicas sobre tudo e mais alguma coisa, que tipos de contratos existem com editoras ou fornecedores em lote de discos, se há consignações, etc.

Vou ver se consigo contactar algumas lojas.

Obrigado pela opinião António!

FulanoTal7 escreveu:

António José da Silva escreveu:

Bom, não sei exactamente o que procuras saber, mas o importante é teres uma grande variedade de discos que seja apelativa a uma vasta gama de compradores. Depois é andar sempre á procura de malta que vende lotes de discos por um valor razoável e que contenha discos facilmente vendáveis e com sorte, que no meio esteja algumas relíquias que te possam dar lucro. Também ha malta a comprar lotes de discos na Holanda e Alemanha. É tudo bastante trabalhoso e penso que ou se está ja bastante dentro deste ramo, ou a coisa pode correr menos bem.

Pois, por essa última parte é que ando a tentar saber junto de quem sabe algumas dicas sobre tudo e mais alguma coisa, que tipos de contratos existem com editoras ou fornecedores em lote de discos, se há consignações, etc.

Vou ver se consigo contactar algumas lojas.

Obrigado pela opinião António!

Pelo que sei não existe consignação, mas posso estar enganado. O que existe é desconto de quantidade. Também me parece que as margens não são muito grandes. Mas isto é a minha perspectiva e noção da coisa, e não para desanimar.

António José da Silva escreveu:

FulanoTal7 escreveu:

António José da Silva escreveu:

Bom, não sei exactamente o que procuras saber, mas o importante é teres uma grande variedade de discos que seja apelativa a uma vasta gama de compradores. Depois é andar sempre á procura de malta que vende lotes de discos por um valor razoável e que contenha discos facilmente vendáveis e com sorte, que no meio esteja algumas relíquias que te possam dar lucro. Também ha malta a comprar lotes de discos na Holanda e Alemanha. É tudo bastante trabalhoso e penso que ou se está ja bastante dentro deste ramo, ou a coisa pode correr menos bem.

Pois, por essa última parte é que ando a tentar saber junto de quem sabe algumas dicas sobre tudo e mais alguma coisa, que tipos de contratos existem com editoras ou fornecedores em lote de discos, se há consignações, etc.

Vou ver se consigo contactar algumas lojas.

Obrigado pela opinião António!

Pelo que sei não existe consignação, mas posso estar enganado. O que existe é desconto de quantidade. Também me parece que as margens não são muito grandes. Mas isto é a minha perspectiva e noção da coisa, e não para desanimar.

Claro que não desanimas, prefiro que digam a verdade. Por isso é que usei o fórum para me informar melhor enquanto não arranjo um contacto.

Obrigado!

Eu também não quero desanimar ninguém.
pois para quem adora vinil, investir tudo em vinil não é mau de todo...

Mas só quero alertar que se o objectivo é ficar arruinado,
existem também outras coisas que ainda dão mais prazer que o vinyl (alcool, droga, mulheres,etc...).

No meu caso pessoal :
mulheres -> já tive a minha altura, agora basta-me uma e resta saber durante quanto tempo...
droga -> não obrigado, só experimentei uns charros quando era adolescente e chega...
alcool -> adoro, mas tive de deixar à 2 meses porque me andava a fazer mal...

Ou seja,
eu invisto tudo em vinil porque adoro,
mas principalmente porque cheguei a uma idade em que já não tenho mais opção nenhuma...

Boa Sorte, que bem precisa.



Abraços,
Jorge Ferreira

Aqui fica mais uma sugestão

E porque não, no mesmo espaço, associar aos discos de vinil a venda de giradiscos e outro material ( agulhas, prés de phono etc) mas usado. Parece-me que poderia fazer uma "perninha" com alguém que perceba de restauro e poderia ter uma margem razoável e sempre diversificava o produto a vender. Material novo, há já muito sítio onde comprar ....

Abraço

Aspra

Aspra escreveu:

Aqui fica mais uma sugestão
E porque não, no mesmo espaço, associar aos discos de vinil  a venda de giradiscos e outro material ( agulhas, prés de phono etc) mas usado. Parece-me que poderia fazer uma "perninha" com alguém que perceba de restauro e poderia ter uma margem razoável e sempre diversificava o produto a vender. Material novo, há já muito sítio onde comprar ....
Abraço
Aspra

Excelente ideia que talvez já justifique começar com uma loja física,
assistência técnica, afinações de gira-discos, montagem e afinação de células, vender esse tipo de material, esse tipo de serviços, e consumiveis, além dos discos de vinil.

Abraço,
Jorge Ferreira

Falando apenas acerca dos discos de vinil :

será que existem clientes de vinil em Guimarães que justifiquem abrires uma loja física apenas de discos de vinil (com todos os custos que implica uma loja física) ?
Não será melhor começares por uma loja virtual e depois logo vês ?

Mas antes disso tens de ver onde te queres posicionar e focar :
- usados ? novos ?
- vender a melhor qualidade ? a melhor relação qualidade-preço ? os discos mais baratuchos ?
- especializar em que estilo de música (alternativa, metal, Jazz, rock/pop,...) ?

Se cometeres o erro de querer agradar a toda a gente, não vais agradar a ninguém, é a melhor receita para o fracasso.

Procura o teu nicho de mercado, procura a mais-valia que podes entregar.

O ideal é posicionares-te no tipo de discos que mais gostas e que melhor conheces, isto se achares que existe mercado para eles e que os consegues entregar ao mercado a um preço competitivo.

Só depois de decidires em que tipo de discos te queres posicionar é que vais procurar os distribuidores que te vendam esse tipo de discos ao melhor preço de revenda, pergunta que preços de revenda te podem fazer relativamente ao tipo de discos que pretendes e que quantidades tens de comprar para ter esse preço, depois escolhe apenas 1 ou 2 distribuidores.

As pessoas pensam que é a vender que se ganha dinheiro, mas não é...é quando compras que podes ganhar dinheiro.

Depois finalmente estás pronto para começar, fazes algum stock, promoves os discos o melhor possível num site teu, dás a conhecer esse Site em Guimarães e aqui no Forum na zona dos profissionais.

Acima de tudo tens de ser sempre honesto contigo mesmo e com os discos, respeitar a música e quem os ouve.

Se gostas muito de discos de vinil avança, se não gostares o suficiente não vale a pena sequer tentares, acredita.

Tens de viver realmente esse sonho, se isso acontecer nunca deves desistir fácilmente do sonho, mas vais ter de pensar muito nesse sonho todos os dias, trabalhar muito esse sonho todos os dias, enquanto o concretizas aos poucos, tirando prazer durante o teu caminho, o gozo está no caminho e não no fim.

Cada vez existem mais lojas a vender discos de vinil é preciso marcar bem a diferença, porque se for mais do mesmo não existe lugar para ti.

E se um dia achares que tens clientes em Guimarães que o justifiquem, nessa altura abres a loja física, mas não começes pelo telhado.
Ou então fazes o que o Aspra sugeriu e diversificas o suficiente para fazer sentido abrir a loja já.

Abraço,
Jorge Ferreira

Se a ideia é abrir uma loja mais generalista tal como a excelente Discolecção no Bairro Alto, nesse caso tens que conseguir arranjar lotes de discos que incluam discos bastante bons/raros e procurados e não só discos demasiado "banais". Como noutros negócios de revenda em segunda mão, como por exemplo a venda de automóveis, o grande segredo não é o valor a que se vende (embora possa ajudar) mas sim o valor a que se compra.

A outra ideia bastante interessante foi a do Aspra. Alargar um pouco o leque de oferta e ter também uma secção de material áudio para venda.

Algo que eu também faria, seria a aquisição de uma máquina de lavar discos e propor esse serviço por um valor porreiro mas que valha a pena. Lavar, secar e cuecas anti-estática nova. O cliente compra, vai dar uma volta ou passa na loja no dia seguinte e levanta os discos já lavadinhos e prontos a ouvir. Sabendo nós que se podem adquirir excelentes inners da Analogis que são excelentes e produto de lavar Dr. Wack por valores muito bons, era só uma questão de mão de obra, coisa que podias ir fazendo nas horas vagas.

E obviamente...um sistema áudio com um som apelativo onde podias ir rodando uns discos fixes para a malta ir ouvindo.

Ideias........

Eu sabia que iria valer a pena vir aqui expor o assunto com quem mais percebe. Muito obrigado por todas as opiniões.

A ideia é mesmo essa: começar por ser uma ideia. Isto é, o sonho é ter uma record store e passar o dia lá enfiado a rodar uns discos e claro, ter clientes. Tenho alguns contactos com pessoal de bandas tugas, agências e editoras, também era porreiro conseguir ter lá as coisas deles e quem sabe anunciar discos lá com showcases por exemplo. Consigo facilmente chegar ao pessoal da Revolve, Lovers & Lollypops, ZigurArtists, etc.

A ideia passa muito por ter um mercado de usados, o pessoal ir lá vender e comprar. Mas claro também gostávamos de ter coisas novas. Guimarães pode não ter, como cidade, o mercado favorável mas está muito forte a nível cultural e cada vez mais turística. Acredito que façam falta "coisas destas" na cidade, e não ser tudo direccionado para o Porto. Falta é investimento...

Neste momento ainda não passa de um projeto em pensamento e de ver todos os prós e os contras, mas a vossa opinião está a ajudar bastante.

A parte da venda ou revenda de gira discos e componentes também me parece bastante agradável apesar de implicar outro tipo de conhecimento que neste momento não tenho e provavelmente teria ser uma loja física com espaço para tal.

Vou começar a dar-lhe nas raspadinhas de Natal, pode ser que tenha sorte!

Jorge Ferreira, adorei o seu comentário sobre "se me quero arruinar mais vale outros vícios", muito bom!

FulanoTal7 escreveu:

Jorge Ferreira, adorei o seu comentário sobre "se me quero arruinar mais vale outros vícios", muito bom!

Pelo que ouvi dizer, o mítico Elefante Branco em Lisboa fechou, o que significa que por ai já não vai dar. Resta aos pobres o Elefante Azul.

Não podes avançar sem passares antes por aqui:

High Fidelity é um belo filme, não sei se o melhor para encaminhar alguém no "negócio"...