Electronica, Experimental, Indefinite ... (homework!)

Existém vàrias musicas que pela sua construção escapam às classificações habituais e tornam-se impossiveis a arrumar nas gavetas dos estilos. Aqui neste topico vou partilhar ideias avulso e faixas que se integram dificilmente num estilo determinado. A base serà a Electronica e a musica Experimental que são estilos pouco badalados por aqui e que mereçem um lugar à parte, mas o Indefinido e uma certa forma de beleza serão verdadeiramente o fio condutor. Constato por vezes vezes que a Musica que me toca mais actualmente escapa a qualquer classificação e desvia estilisticamente das zonas delimitadas, ou ao contrario abrange muitas. Tentarei aqui levar-nos a viajar por mares pouco navegados então...

Esta é a ultima faixa do ultimo album dos Coil (The Ape of Naples - 2005) postumo à morte do John Balance em 2004.

... uma meditação sobre a morte tendo como paralelo o materialismo da vida moderna...

Faixa do album (The Blue Notebooks - 2004) do Max Richter.

Faixa eponima do album (Switch - 2014) do Nils Petter Molvær Trompete, Pedal Steel, Electronica

... a fusão de três universos diferentes cria um belo trabalho sobre a textura e o espaço ...

Extracto do album de (Untrue - 2007 Hyperdub) do musico londrino Burial...

... as vozes manipuladas pelo artista, são o contraponto envolvente, orgânico e fràgil da sua musica...

Faixa de abertura do album (The Serpent's Egg - 1988) dos Dead Can Dance

... uma das faixas mais potentes dos DCD, um texto magnifico e um canto inspirado, desolado...

Um devaneio lirico extraido do album (Systems/Layers - 2003) dos Rachel's

«Rothko», tema de abertura do álbum «Reminiscence», do duo ítalo Danilo Rea / Martux_m, editado em 2008.

Com 530 segundos de duração, «Aurora» dá as boas-vindas ao álbum «Insen», de Alvo Noto + Ryuchi Sakamoto.

Faixa Dare-gale oriunda do album (Glimmer - 2011) do compositor polonês Michal Jacaszek

... uma Electronica assombrada que hesita em permanência entre o sagrado e o profano, final potentissimo!
uma lenta descida até aos cantos obscuros da alma, aos infernos interiores...

Um dos multiplos momentos extàticos do album (Homogenic - 1997) da fada islandesa

... precisão dos arranjos, expressividade da voz, tudo aflora a perfeição nesta masterclass artistica, intemporal...

Com a voz do Iggy Pop a faixa Aisha vém do album (The Contino Sessions - 1999) dos Death in Vegas

... uma fusão apocaliptica e apanhada entre rock e electronica aonde o funk primitivo paira no ar...

Power of Persuasion extracto do album (Replica - 2011) do Oneohtrix Point Never

... pela repetição dos elementos o artista descreve a obcedante omnipresência dos médias na vida moderna
televisão, radio, musica, internet, filmes, noticias, imagens...

Com 37 anos de idade, Joana Gama é um valor consolidado no escaparate de pianistas. Capaz de interpretar obras clássicas, também permite que aplicações de circuitos e dispositivos electrónicos adornem a sua instrumentalização. Editado em 2016 pela Shhpuma - etiqueta da Trem Azul dedicada a obras desenquadradas do jazz - com a colaboração de Luís Fernandes (electrónica) e Ricardo Jacinto (violoncelo e electrónica), inspiraram-se na obra de Erik Satie para criar «Harmonies». «Sortie en forme de Panthée», tema que encerra o disco, está envolto de névoa expectante e, por vezes, perturbadora.

Parte do album (Born into Trouble as the Sparks Fly Upward - 2001) do grupo canadiano A Silver Mt. Zion

... antepondo movimentos minimalistas e dissonância o grupo pinta uma valsa desolada, submersa numa dor infinita
uma certa visão onirica e romantica do apocalipse emerge desta beleza aterradora...

Um momento do album (Eulogy for Evolution - 2007) do artista Ólafur Arnalds

... uma obra que representa uma vida inteira, do dia do nascimento até à morte, um projecto ambicioso...

Parte do album (Singular forms [sometimes repeted] - 2010) do Sylvain Chauveau

... esta obra é a primeira de uma trilogia dedicada a desconstruir a melodia até ao osso deixando
apareçer a forma singular da intenção inicial, o começo...

A faixa Aquatic pertençe ao album (Brighter Wounds - 2018) dos nova-iorquinos Son Lux

... entre pop, rock, electronica e outras coisas a musica dos Son Lux continua a ganhar em potência
sém abandonar a originalidade do começo, escutém esta maravilha...

L'oeil du cyclone é uma fatia do album (Lux - 2014) do grupo françês EZ3kiel

... o olho do furacão é um lugar falsamente calmo na visão dos ez3kiel, tudo redopia, tudo se entrechoca
e numa lenta acelaração as moleculas precipitam-se umas contra as outras, em câmara lenta...

Faixa pertencente ao album (Geogaddi - 2002) dos Boards Of Canada

... a IDM nostalgica e virtuosa dos BOC, esta faixa vai se destrurar no tempo, eroda-se e fecha-se em si
fica um sentimento de vazio material e milhares de imagens e de cores na cabeça...

Extracto do album (Remembranza - 2005) do compositor mexicano Fernando Corona aka Murcof

... numa base de dark ambient o artista convida a uma reflexão meditativa sobre a "lembrança" nesta obra complexa,
profunda e exigente. Estamos algures entre a frieza de Arvo Part e o romantismo de Max Richter...

Abertura do album (Venice - 2004) do guitarrista austriaco Christian Fennesz

... o artista desde a abertura do album apresenta Veneza como um sitio inquietante, tentacular e sombrio
aonde o lodo cobre os vestigios de uma beleza estereotipada, ultrapassada...

Yes!, he even worked around baroque music like Lully's for Versailles castle musical evenings! Here you have a live set with Vanessa Wagner (classical french pianist) were they make a fantastic cover of Aphex Twin … in this great album (Statea) they play both works of Arvo Pärt, Silvestrov, Feldman, John Cage, Erik Satie or Philip Glass, and this track from Aphex Twin !!!

Portuense, com 5 anos de idade começou a tocar piano e aos 27 torna-se maestro. Foi o primeiro maestro português a dirigir no Carnegie Hall, em Nova Iorque e, em duas temporadas, foi convidado como maestro principal na Orquestra Sinfónica de Roma. Como maestro titular, exerceu a directoria artística da Orquestra Clássica da Madeira durante uma dúzia de anos, desempenhando a nobre função de programador musical de Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura. Considerado como um talento contemporâneo universal, a editora Deutsche Grammophon garantiu que o seu nome figure no seu catálogo. Rui Massena, acompanhado de Bernardo Fesh (baixos), Daniela Silva (violoncelo), João Cunha (percussão), Rui Moreira (viola de arco) e Sandro Mota (percussão), em 2018 edita «III», do qual saliento «Memphis Angustiae».

Assim se fecha o album (Codename Dustsucker - 2004) do grupo Bark Psychosis

... o minimalismo onirico desta faixa cria um imenso espaço propicio para o devaneio interior para a contemplação
que esta "Rosa" seja a flor, uma mulher ou a Mulher, pouco importa...

Segundo momento do album (Tri Repetae - 1995) do grupo Autechre

… a melodia é subjacente, apenas sugerida mas esta faixa mudou a historia da Electronica
ainda hoje esta musica obsedante cria um transe superlativo...

Extracto do album (Skeleton Tree - 2016) do Nick Cave

... sob vagas de Electronica torturada o cantor australiano exorcisa uma dor infinita e tenta curar
o mal pelo mal, com uma grande contenção ele pinta uma obra da cor do luto...

Ultima faixa do album (Without Sinking - 2009) da violoncelista islandesa Hildur Guðnadóttir

... uma musica lenta e introspectiva que descreve paisagens setentrionais brumosas e solitàrias.
A presença do compositor Jóhann Jóhannsson assegura lirismo e profundeza...

Faixa eponima do album (Londinium - 1996) do grupo britânico Archive

...um primeiro album subestimado e mesmo desconhecido. Este Hip Hop alternativo e inspirado
não teve o reconhecimento devido, nunca é demasiado tarde...