Não roda... mas toca!

Aqui ouve-se

https://radarlisboa.fm

Em puro streaming digital  

Fornecedor de multimédia: Nos

Fonte: Apple MacPro

Programa de Conversão: Bit Perfect

Dac: Nuforce

Amplificação Cambridge Audio A e C 75

Colunas B&W 686 MkI

Cabos: à maneira

Fusíveis: a condizer

Falta: umas fichas "jolies" que estão para chegar.

Alexandre Vieira escreveu:

Aqui ouve-se

https://radarlisboa.fm

Em puro streaming digital  

Fornecedor de multimédia: Nos

Fonte: Apple MacPro

Programa de Conversão: Bit Perfect

Dac: Nuforce

Amplificação Cambridge Audio A e C 75

Colunas B&W 686 MkI

Cabos: à maneira

Fusíveis: a condizer

Falta: umas fichas "jolies" que estão para chegar.

Uma maneira audiofila de dizer que escutas MP3

Cada vez mais se fala de "controlo" de informação, por vezes dou comigo a pensar, de forma pessimista (também tenho esses momentos) que 1984 será mais um exemplo de como a ficção ficou aquém da realidade... não interessa que tipo de serviço usamos para chegar a um fim, deixamos rasto e por ele lá nos chegam sugestões (por vezes apetece-me mandar a maça ferrada pela janela... só o serviço, o telefone não é desses...).

Hoje, no meio das sugestões, dei com uma capa bonita de um álbum lançado este ano, o nome da banda não me dizia nada, mas é suficientemente distinto para prender a atenção - espreitei.

Aswekeepsearching - Sleep (2020...)

A primeira espreitadela foi algo contida, mas ainda assim subi o volume para perceber melhor a suave electrónica construída em finas camadas. O álbum vinha rotulado como Post-rock, mas parecia mais Ambient... fui espreitar a banda na sua página, li o que disseram sobre esta obra. Quiseram criar algo que levasse a um bom "sono", mas curiosamente ouvir estava a deixar-me desperto.

Assim que se chega à terceira faixa (única com voz) o registo Post-rock começa a aparecer de forma clara, na quarta não restam dúvidas que os códigos do género são dominados. Na quinta faixa, How Am I Supposed To Know, revela-se vocabulário Indiano (a banda é da Índia!), as largas paisagens são desenhadas com a mão livre, há espaço para isso...

Há mais, foi uma agradável surpresa, fez-me esquecer o jornal durante saborosos minutos.

Também pode ser espreitado aqui:
https://aswekeepsearching.bandcamp.com/album/sleep

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Aqui ouve-se (...)
Em puro streaming digital  

Uma maneira audiofila de dizer que escutas MP3

Dada a ausência de cursor giratório para sintonizador a estação no streaming, o Alexandre Vieira não colocou no tópico «A rodar».

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Aqui ouve-se

https://radarlisboa.fm

Em puro streaming digital  

Fornecedor de multimédia: Nos

Fonte: Apple MacPro

Programa de Conversão: Bit Perfect

Dac: Nuforce

Amplificação Cambridge Audio A e C 75

Colunas B&W 686 MkI

Cabos: à maneira

Fusíveis: a condizer

Falta: umas fichas "jolies" que estão para chegar.

Uma maneira audiofila de dizer que escutas MP3

Só te pões com esse tipo de "bocas" porque sabes que eu não posso cruzar a fronteira

Ghost4u escreveu:

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Aqui ouve-se (...)
Em puro streaming digital  

Uma maneira audiofila de dizer que escutas MP3

Dada a ausência de cursor giratório para sintonizador a estação no streaming, o Alexandre Vieira não colocou no tópico «A rodar».

Eu posso não conseguir cruzar a fronteira,  mas olha que te dou um "concelho" de amigo eu consigo chegar ao teu "conselho"

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

... Só te pões com esse tipo de "bocas" porque sabes que eu não posso cruzar a fronteira

Eu também não  ... a menos que

Agora ri com vontade

Mas pensa assim, se empunhasses uma colher de café demorarias mais tempo...

Irv Teibel

“No princípio, foi "The Ostrich". Em 1964, num estúdo manhoso da Pickwick Records, em Long Island, Tony Conrad (cineasta experimental, compositor, companheiro de La Monte Young no Theatre Of Eternal Music), Walter de Maria (escultor, músico, pioneiro da Land Art) e John Cale, juntaram-se a Lou Reed (então “staff songwriter” da Pickwick) para a interpretação dos dois temas – "The Ostrich"/"Sneaky Pete" – do único single dos Primitives, banda que apenas entraria para a História por aquilo a que viria a dar origem: via Reed/Cale, os Velvet Underground, e, muito mais imprevisivelmente nos insondáveis caminhos da genealogia musical, também a música “ambiental”. Entre 1964 e 1968, de Maria gravara “Cricket Music” e “Ocean Music” em que articulava percussões tribais com registos de sons “naturais” (grilos e as ondas do mar). Foi, justamente, em “Ocean Music” que Tony Conrad pensou quando, para o filme Coming Attractions (1970) – realizado com a mulher, Beverly Conrad, em torno da "drag queen-superstar" de Warhol, Francis Francine –, lhe ocorreu sonorizá-lo de modo semelhante.
Não se dirigiu, porém, a Walter de Maria mas sim a Irving Teibel, fotógrafo, designer gráfico e interessado pela "musique concrète" e electrónica que descobrira durante a sua estada como militar, em Stuttgart, na Alemanha. Várias expedições para gravar os sons do oceano na Costa Leste, não deixaram Teibel satisfeito: o mar que a fita magnética recolhera não estava à altura do que o seu ouvido imaginara. A natureza precisava de ser corrigida e isso aconteceria nos Bell Labs com a colaboração de um gigantesco computador IBM 360: imaculado e infinitamente terapêutico, The Psychologically Ultimate Seashore (1969), lado A do primeiro dos 11 volumes da série “Environments”, estava, enfim, pronto para o mundo. Mais de meio século após a "musique d’ameublement" de Satie e uma década antes de Brian Eno, Irv Teibel anunciava “The music of the future isn’t music” e confirmá-lo-ia com Ultimate Thunderstorm (trovões, ventania e aguaceiros), English Meadow (olá Virginia Astley), ou Ultimate Heartbeat (para uma sessão de sexo feliz – nada de maratonas, 20 minutos chegam), não esquecendo The Altered Nixon Speech, no qual, demonstrando as infinitas possibilidades da manipulação sonora, fazia Richard Nixon “confessar” tudo sobre Watergate. Numa iniciativa da arquivista Numero Group, podemos (re)escutar tudo agora, através de uma aplicação para iPhone e iPad. E nunca lhe ficaremos suficientemente gratos.”

In: https://lishbuna.blogspot.com/2018/06/corrigir-natureza-irv-teibel-no.html

Eu nem sei porque insisto, na pausa para o almoço voltei a pegar no jornal... não são os números que me abalam mais nem as teorias da conspiração, não caio perante a incerteza que desde que me lembro de ser gente experimento, temo sim a abertura de portas que não vejo como poderão ser fechadas mais tarde.

A vida é mudança e falar em normalidade soa a erro... vamos mudar, sempre mudamos, mas em que direcção?

Deixo o álbum que me acompanhou enquanto estava a olhar para nada, porque mais uma vez não consegui chegar muito longe na leitura.



Solo Piano contém várias faixas chamadas Metamorphosis, creio que poderá ser inspirador e ajudará a pensar no caminho a seguir nesta constante que é a mudança.

Manhã de Sábado, céu cinzento que mais lembra o Outono que a Primavera... por isso, mas também porque o álbum merece todo o destaque, toca:

John Martyn - Solid Air (1973...)

Quem gosta de Nick Drake já se deve ter cruzado com este álbum, a primeira faixa é mesmo dedicada a Nick Drake e ao seu estado de saúde mental...

Fica uma amostra da letra:
(...) "Don't know what's going 'round in your mind
And I can tell you don't like what you find
When you're moving through solid air, solid air
I know you, I love you
And I can be your friend
I can follow you anywhere
Even through solid air (...)"

Vai muito bem com este tempo, sem dúvida.

techobossanovajazz?

Chegado a casa, sem vontade de fazer muito neste dia cinzento, "deixei-me" levar por uma sugestão da aplicação que nos dá Música.


A linguagem lembra Pop, mas os arranjos estão para lá... Gosto particularmente da forma como entram ruídos de feedback, as letras são algo pesadas, a voz entrega-as bem. Vai bem com o tempo que vivemos.

Uma agradável surpresa!

José Miguel escreveu:

Chegado a casa, sem vontade de fazer muito neste dia cinzento, "deixei-me" levar por uma sugestão da aplicação que nos dá Música.


A linguagem lembra Pop, mas os arranjos estão para lá... Gosto particularmente da forma como entram ruídos de feedback, as letras são algo pesadas, a voz entrega-as bem. Vai bem com o tempo que vivemos.

Uma agradável surpresa!

Fui dar uma "ouvidela" e está nos favoritos...

Deu-me vontade de voltar a um rebuçado que mantém a doçura e frescura que me recordava...

A capa segue a linha gráfica de «Bookends», da dupla Simon/Garfunkel.

É/foi pensado para ser assim!!

Cada dupla no seu terreno, esta - Kruder & Dorfmeister - ajudou a erguer coisas boas no meio da electrónica. Esta manhã, nas duas primeiras horas de trabalho, ouvi The K&D Sessions, que aconselho vivamente para todas as idades - os meus sobrinhos receberam a dica com gosto.

Uma pergunta?... quando toca mas não roda é Lossless ou é 320Kbs ???...

Por qual meio desmaterialisam a musica, Radio, Nas, Streaming, Local ...

TD124 escreveu:

Uma pergunta?... quando toca mas não roda é Lossless ou é 320Kbs ???...

Por qual meio desmaterialisam a musica, Radio, Nas, Streaming, Local ...

Qualidade CD via Tidal.

Mais do que isso não nos interessa e mesmo assim... O Streaming é por ser legal, porque é um formato que mais me faz pensar no mal que se está a fazer à Música - mal necessário, mas mal.

Bothers in Arms, Dire Straits (1985, Vertigo, Portugal) 35 Years!!

José Miguel escreveu:

... Mais do que isso não nos interessa e mesmo assim... O Streaming é por ser legal, porque é um formato que mais me faz pensar no mal que se está a fazer à Música - mal necessário, mas mal.

O Streaming retribui proporcionalmente os musicos ... em quê faz mal à musica ???

O objectivo é que os musicos ganhem a vida não

BVG escreveu:

Bothers in Arms, Dire Straits (1985, Vertigo, Portugal) 35 Years!!

E o que faz um vinilo neste topico

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... Mais do que isso não nos interessa e mesmo assim... O Streaming é por ser legal, porque é um formato que mais me faz pensar no mal que se está a fazer à Música - mal necessário, mas mal.

O Streaming retribui proporcionalmente os musicos ... em quê faz mal à musica ???

O objectivo é que os musicos ganhem a vida não  

Esta é uma longa conversa e eu já fui revelando o que penso da desmaterialização como fenómeno sociológico. O streaming além de pagar mal aos Músicos, não me parece estar a ajudar a construir uma boa pirâmide de valores (não está a conduzir à compra de álbuns em ficheiros, por exemplo)... Mas isso nada tem que ver com qualidade do serviço, por isso deixarei essa conversa para outro lugar.

O Tidal funciona, não temos a cadeia de ligações perfeita, mas também isso é conversa para outro lugar.

TD124 escreveu:

BVG escreveu:

Bothers in Arms, Dire Straits (1985, Vertigo, Portugal) 35 Years!!

E o que faz um vinilo neste topico

José Miguel escreveu:

... O Tidal funciona, não temos a cadeia de ligações perfeita, mas também isso é conversa para outro lugar.

Não vejo em quê o steraming seja menos remunerador que a radio por exemplo, ou faça comprar menos discos ... mas bom!

Então voçês téem um streamer para captar Tidal ... como fazém sem Dac

BVG escreveu:

...  

......................................................

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... O Tidal funciona, não temos a cadeia de ligações perfeita, mas também isso é conversa para outro lugar.

Não vejo em quê o steraming seja menos remunerador que a radio por exemplo, ou faça comprar menos discos ... mas bom!

Então voçês téem um streamer para captar Tidal ... como fazém sem Dac

O telefone serve para tudo... Simples! (se o Paulo observar as imagens que coloquei, no canto superior esquerdo está lá o símbolo... as imagens são do ecrã)

Ah! Eu não disse que era audiófilo, as limitações são várias, mas ouvir um álbum como o G-Stoned ainda é possível com grande gozo - tem pormenores menos precisos nas baixas frequências, algo soltas e sem definição no recorte, mas as várias camadas e produção está perceptível.


O resto é algo que sempre disse ver como fenómeno sociológico e não de qualidade do formato. Quem gosta de Música e a quer de forma séria, mesmo em streaming vai valorizar o trabalho. Mas tomando o mercado Americano como exemplo, o Streaming hoje é a maior fatia do valor de receitas na Indústria e eu não vejo um único Músico contente... Além disso, não vejo a sociedade a valorizar o trabalho alheio.

Posso estar a ver mal, mas esta é mesmo uma conversa complicada e não me parece ser para aqui.

José Miguel escreveu:

... O telefone serve para tudo... Simples!

Além disso, não vejo a sociedade a valorizar o trabalho alheio. ...

Ah, percebo ... para mim um telefone serve a telefonar e um streamer a streamar

Eu sò utiliso o streamer em local e ouço os discos que comprei em CD e copiei e os ficheiros que compro regularmente. Sempre paguei os musicos que ouço e nunca imaginei que pudesse ser de outra maneira...

Que as pessoas não comprem os albums é a escolha de cada um ... a radio não me pareçe melhor que o streaming e mesmo adolescente tinha amigos que copiavam em K7 as faixas da radio. Os putos de hoje fazém a mesma coisa mas com a tecnologia actual ... é normal.

Quando tiverem 40 anos serão audiofilos e vão comprar os albums ... é um desporto de ricos a musica

PS: Um vinilo ou um CD em segunda mão não paga nada ao musico ... discogs sucks

Astonishing, how much Mozart was ahead of his time!

Can music become more beautiful than that?



For those who are  not used to the sound of countertenors: it's a bit like with coffee, wine and probably smoking: at first a bit strange but with time comes appreciation - or not

José Miguel escreveu:

Mais do que isso não nos interessa e mesmo assim... O Streaming é por ser legal, porque é um formato que mais me faz pensar no mal que se está a fazer à Música - mal necessário, mas mal.

Why is that?

My Qobuz account cost me more per year than avaerage people spend on CDs for a lifetime and the albums I like most I can (and do) buy at the Qobuz download store, most of the time in the original (high resolution) format.

And it gives me immediate access to the music of centuries and around the globe! This is not evil but heaven!

You can say, youtube sucks - but at a closer look even here in the forum we give tips on our music on youtube and someone who likes it will probably buy it!

mannitheear escreveu:

Can music become more beautiful than that?

For those who are  not used to the sound of countertenors: it's a bit like with coffee, wine and probably smoking: at first a bit strange but with time comes appreciation - or not

Yes!!!... Monteverdi, Charpentier and Couperin did a beautiful music too

You should listen the Pergolese's Stabat Mater version with Rene Jacobs ... its in the HDD !!!

mannitheear escreveu:

... My Qobuz account cost me more per year than avaerage people spend on CDs for a lifetime and the albums I like most I can (and do) buy at the Qobuz download store, most of the time in the original (high resolution) format. ...

Completely agree with that ... i haven't a Qobuz account but i buy (download) files each month

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... O telefone serve para tudo... Simples!

Além disso, não vejo a sociedade a valorizar o trabalho alheio. ...

Ah, percebo ... para mim um telefone serve a telefonar e um streamer a streamar

Eu sò utiliso o streamer em local e ouço os discos que comprei em CD e copiei e os ficheiros que compro regularmente. Sempre paguei os musicos que ouço e nunca imaginei que pudesse ser de outra maneira...

Que as pessoas não comprem os albums é a escolha de cada um ... a radio não me pareçe melhor que o streaming e mesmo adolescente tinha amigos que copiavam em K7 as faixas da radio. Os putos de hoje fazém a mesma coisa mas com a tecnologia actual ... é normal.

Quando tiverem 40 anos serão audiofilos e vão comprar os albums ... é um desporto de ricos a musica

PS: Um vinilo ou um CD em segunda mão não paga nada ao musico ... discogs sucks

Bom dia Paulo!

Confesso que não entendo o alcance de algumas coisas que escreveu, esta manhã até fui ler o que escrevi antes para ver se tinha dito alguma asneira ou tinha entrado em contradição... não encontrei nem uma coisa nem outra.

Nunca escondi que usava o telefone, faz anos que assim é. As imagens que coloco são do meu ecrã em tempo real, basta estar atento para perceber. Eu sei perfeitamente que se pode usar uns quantos equipamentos, programas e cabos para melhorar o uso de uma plataforma como o Tidal, mas também já disse muitas vezes que não temos nenhum DAC externo porque ainda não experimentamos, não pensamos avançar para qualquer tipo de equipamento sem o provar.

O meu telefone faz chamadas, mas também lê ficheiros de alta resolução, não há nisso nenhuma contradição de uso. Ele é um modelo de 2016, que em 2017 comprei a um amigo para me servir na estadia nos Açores. Na altura escrevi algures que até fiz uma comparação entre este telefone (htc), o meu antigo e um ipad mini - venceu o htc, assim segui com ele e com uma prendinha da Luciana, uns Sennheiser Momentum.

É um método primário de ouvir Música, bem sei, mas é o que não me coloca em esforço financeiro e não me priva de outras coisas importantes. Ainda é a forma que menos uso para ouvir Música de forma atenta, ainda que no trabalho a use de forma relaxada - não passo oito horas a ouvir Música, mas quando me apetece e posso, dou uso.


Outra coisa que não entendi foi a questão levantada pelo pagamento aos artistas. Eu não sou anjo e nunca disse que só ouvia Música comprada. Nunca me coloquei contra a compra de discos em segunda mão.
A minha resposta em cima visava apenas uma coisa, apontar que as plataformas de streaming não pagam assim tanto aos Músicos.

Disse ainda que se partirmos da realidade Americana, a maior (largamente maior) fatia dos proveitos da Indústria ligada à Música vem do Streaming. Mas estes resultados não são distribuídos proporcionalmente para as empresas e artistas.

Repito: o meu ponto sobre a desmaterialização nunca foi este, eu apenas respondi ao que o Paulo escreveu.

O meu ponto sobre a desmaterialização já foi apresentado dezenas de vezes aqui, eu não espero que concordem comigo, apenas expresso/partilho o meu pensamento.

A Sociedade não está menos materialista com a desmaterialização da Música, mas a Música está cada vez mais longe de ser vista como Arte - é aqui que me coloco a pensar faz anos, não é de agora.

Porque é que as pessoas valorizam uma pintura ou até um livro de forma diferente do que valorizam uma canção?

A pintura pode ser replicada em serigrafia, litografia, poster, ... um livro, tal e qual como um álbum, é impresso vezes sem conta, reeditado, ...

As diferenças não nasceram hoje e com as plataformas de streaming, bem sei disto e para mim é conversa muito antiga. A facilidade de acesso desvinculou as pessoas das obras e este é um problema demasiado grande para ser tratado aqui, daí ter apenas sugerido o problema e não o ter aprofundado.


O esforço que eu faço para compreender um livro, eu faço para compreender uma canção... isso já foi falado faz umas duas semanas em outro tópico, não quero reabrir o tema. Não preciso de uma edição de luxo, mas preciso da edição completa. Não preciso de algo novo, mas convém que esteja em bom estado. Não preciso do melhor sistema do mundo ou da melhor luz, mas quero ter clareza. No final vou contribuir para o autor, porque o partilharei e o tentarei partilhar como relevante - pensamento já é acção.

Posto isto, o que eu vejo no processo de desmaterialização eu coloquei em cima de forma muito simples e vou colocar aqui para que não me acusem de contradição:

José Miguel escreveu:

O resto é algo que sempre disse ver como fenómeno sociológico e não de qualidade do formato. Quem gosta de Música e a quer de forma séria, mesmo em streaming vai valorizar o trabalho. Mas tomando o mercado Americano como exemplo, o Streaming hoje é a maior fatia do valor de receitas na Indústria e eu não vejo um único Músico contente... Além disso, não vejo a sociedade a valorizar o trabalho alheio.

Posso estar a ver mal, mas esta é mesmo uma conversa complicada e não me parece ser para aqui.

Isto lembra-me a conversa sobre os gira-discos... eu pergunto por relevância e logo a seguir sou acusado de preferir coloração... afirmo que procuro a melhoria, e sou acusado de estar agarrado a um "gosto"... aqui falo de um problema sociológico e sou acusado de atacar o streaming... eu pensava que me expressava bem, mas estou longe disso.

Paulo, perdoe-me este longo desabafo, mas se há coisa que valorizo são conversas e debates, gosto da partilha de ideias, para mim são algo fundamental. Não gosto de me ver perdido numa conversa, muito menos ver as minhas palavras viajarem para onde eu não as direccionei.

mannitheear escreveu:

José Miguel escreveu:

Mais do que isso não nos interessa e mesmo assim... O Streaming é por ser legal, porque é um formato que mais me faz pensar no mal que se está a fazer à Música - mal necessário, mas mal.

Why is that?

My Qobuz account cost me more per year than avaerage people spend on CDs for a lifetime and the albums I like most I can (and do) buy at the Qobuz download store, most of the time in the original (high resolution) format.

And it gives me immediate access to the music of centuries and around the globe! This is not evil but heaven!

You can say, youtube sucks - but at a closer look even here in the forum we give tips on our music on youtube and someone who likes it will probably buy it!

Dear Manfred,

As I said responding to Paulo, I cannot see where I said something that justify your afraid reaction.
I talked about a social problem, streaming put millions of “songs” in our hands, but is making us think about what we are listening to? It’s giving us time to think?
Maybe you lost some of the metaphor in translation, but I said that one who already have real interest for Music, with streaming, will maintain the interest.

I don´t need millions of “songs”, I prefer the understanding of a few. With that understanding, I will work to a better tomorrow. (the same with books, I don’t need millions, but I try to understand what I am reading)

Hope that this clarify my point, because I don’t have nothing against streaming, if the use is conscious.

mannitheear escreveu:

(...)Qobuz download store, most of the time in the original (high resolution) format.

And it gives me immediate access to the music of centuries and around the globe! (...)

Unfortunately Qobuz is not  available in Portugal. They sent me an email:


Dear customer,

Thank you for your message.

Unfortunately it is not possible since we are not open in Portugal. We are sorry.
Thank you for your confidence.

Best regards

José Miguel escreveu:

... Paulo, perdoe-me este longo desabafo, mas se há coisa que valorizo são conversas e debates, gosto da partilha de ideias, para mim são algo fundamental. Não gosto de me ver perdido numa conversa, muito menos ver as minhas palavras viajarem para onde eu não as direccionei.

José, não hà problema para o teu desabafo e estou mesmo de acordo com o que sublinhei. Se interpretei mal as tuas palavras, aconteçe-me regularmente, não fui o unico e a atitude do Manfred deixou-me menos isolado ... fomos ao menos dois a te interpretar mal

As minhas desculpas e não me estico mais

Ghost4u escreveu:

...

... Será que o companheiro BVG está impedido de colocar o disco e respectiva capa no gira-bolachas e, ao invés de ouvir em LP, seguidamente, pega no seu MPtretas (leitor MP3), ouvindo a obra nessa fonte mediante auscultadores  Dessa forma, a publicação do que escuta é oportuna neste tópico. Correcto

È verdade ... creio que reagi sém pensar, o LP induziu-me em erro  

E voçê ainda vém meter lenha na fogueira  

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... Paulo, perdoe-me este longo desabafo, mas se há coisa que valorizo são conversas e debates, gosto da partilha de ideias, para mim são algo fundamental. Não gosto de me ver perdido numa conversa, muito menos ver as minhas palavras viajarem para onde eu não as direccionei.

José, não hà problema para o teu desabafo e estou mesmo de acordo com o que sublinhei. Se interpretei mal as tuas palavras, aconteçe-me regularmente, não fui o unico e a atitude do Manfred deixou-me menos isolado ... fomos ao menos dois a te interpretar mal

As minhas desculpas e não me estico mais  

Eu já disse que uso o telefone para escrever aqui, colocar textos longos custa mais do que parece. Contudo, por seguir uma linha de raciocínio em vários tópicos ao mesmo tempo, eu espero sempre que quem me lê consiga perceber o que quero dizer com o uso de poucas palavras - projecção, eu sei!

Se eu tivesse algo contra o streaming em si, eu não partilharia imagens do meu telefone a usar uma plataforma dessas, ou não teria dito o que coloquei como citação própria - que pensava ser uma ideia sem grande margem de erro.

O Paulo pode e deve esticar-se quanto quiser, já lhe disse que se quisesse palmadinhas nas costas não andava por aqui.

A evolução, da nossa parte, não está esquecida... mas ainda não aconteceu, apenas isso.


Um aparte: estes dias fomos visitar casas, para os valores que podemos pagar o espaço é curto e falamos da possibilidade de alterar algumas das coisas que temos, pelo que não pense que há deste lado fundamentalismo, eu apenas partilhei um pensamento sobre a sociedade, não sobre audio.

José Miguel escreveu:

Dear Manfred,

As I said responding to Paulo, I cannot see where I said something that justify your afraid reaction.
I talked about a social problem, streaming put millions of “songs” in our hands, but is making us think about what we are listening to? It’s giving us time to think?
Maybe you lost some of the metaphor in translation, but I said that one who already have real interest for Music, with streaming, will maintain the interest.

I don´t need millions of “songs”, I prefer the understanding of a few. With that understanding, I will work to a better tomorrow. (the same with books, I don’t need millions, but I try to understand what I am reading)

Hope that this clarify my point, because I don’t have nothing against streaming, if the use is conscious.

Hi José,

ok, now I understand better your point!

But it's an old discussion and I prefer focus on the advantages for me. If anyone here or elsewhere suggests some promising music, I instantly can listen to it (at least most times it's available on Qobuz...) in a high quality. And I can evaluate new music, compare different versions of classical pieces and so on.

But what I really don't understand is the reason why you refuse to try a DAC?
Very good models are available for 200 Euros or less, even much cheaper when used.

One of these, attached to your phone, a computer, would make a very decent digital source - for listening with the system or the can!
The Momentum is already a quite good can, so perhaps it would sound even better with an external DAC since many of them have already a good headamp inside?

I do not refuse the experience, the opportunity did not happen.
Last year, I think, I asked about the iFi Nano, if you remember. The opportunity almost happened, but we did not arrive in time.

The DAC will be bought as the phono preamp, after experiences. I know I can buy one for less then 200 euros, but it will deliver what we want for a long time? 200 euros for us is an important amount of money, we live in Portugal! So it must be very well spend.
We prefer to pay more and be satisfied for a long time, without the constant idea of “if we experience that…”

The rest I agree with you, a streaming platform is important and a better way to experience Music than youtube. Better resolution gives you the more understanding position for the importance and the message. My social concern is in another landing and I think that is important forums like this one to speak about the importance of the Music as well the importance of listening Music with care.

Dear José,

how can you be sure before a purchase without trying it? (And even then? Sometimes i need months or even years to see, achieve and appreciate the full potential of a product.)
But to try, you must have it in your hands.

I must confess, you wrote a lot about your evolving strategy, but did not really unterstand it.

If I'm not sure about a product, i try to buy it in the used market, so I can resell the item for about the same price if it does not convince me totally.

But sometimes I'm sure that a component will make me happy without having ever seen or heard it.
And most times I was right.

Que maravilha de concerto!

Ouvir este disco com ficheiro de alta resolução é uma delicia

Muita coisa do novo jazz underground londrino