A rodar XXXIV

Por aqui, ouvindo música novamente,
resgatei este (não querendo ser premonitório...)

Shaa Khan - The World Will End On A Friday - lp - 1977


já fazia tempo que não ouvia estes "gajos"...

ED. Como tenho andado "distraído"..., só agora li o último texto do Senhor...
e, desejando uma feliz vida aos "viageiros" ...
. o hábito fundamenta as nossas crenças e desencadeia novas ideias.
Até já!

Eu já suspeitava que fosses um grande e acérrimo seguidor da Chaka Khan.

Outro "S", que não rodava à algum tempo

Snowy White - White Flames - lp - 1983

Roda novamente

Está a começar agora a rodar...

Tankado escreveu:

Está a começar agora a rodar...

Sempre a abrir.

António José da Silva escreveu:

Tankado escreveu:

Está a começar agora a rodar...

Sempre a abrir.

Há que ganhar apetite com a antecedência devida para o jantar ^

Estes foi dos discos todos sujos que lavei hoje... Epá está/estam muito bons, não estava à espera que ficassem assim. Amanhã levam todos outra lavadela porque a sujidade era muita e aposto que vão ficar melhores

Estive a tarde toda a ouvir musica proveniente desses discos e ainda não apanhei nenhuma desilusão... mas ainda não rodaram todos.

Só tenho uma reclamação... As minhas colunas não se aguentam como eu queria com o raio dos agudos


Isto do vinil tem uma cena muita boa... bandas que eu "conhecia", isto é conhecia 3/4 musicas, por andar à procura de álbuns e de "não se poder" passar musicas para a frente para ouvir aquela musica... estou farto de descobrir sons novos e outras bandas que nem sabia que gostava

mais uma descoberta

Roda algo para fazer a digestão mais tranquilamente

Luciana Silva escreveu:

José Miguel escreveu:

A cidade ainda se enfeita, mas esta é a hora de almoço, o sol brilha e toda a gente aproveita para descansar. Eu não sou diferente e por isso ouço um disquito, apanho sol e ...

Moby Grape...
Deixo uma amostra de uma das letras:
It's A Beautiful Day Today

Dawn to dawn a lifetime
The birds sing and day's begun
The heaven will shine from dawn to dusk
With golden rays of sun

People on their way
Beginning a brand new day
I love (a-)hearing people say
It's a beautiful day today

People in the streets
Rushing everywhere
Moving fast and how I know
They got to get somewhere (...)

Deixo ainda o que escrevi enquanto ouço, observo pela janela, ...
É o habitus Senhor.

O Senhor fazia o que sempre fazia pela manhã, era manhã e se fosse tarde o mesmo poderia ser dito, raras vezes de noite não fazia o mesmo de sempre, raras vezes. O dia não respeitava nenhuma agenda, o Senhor não a tinha e nunca tinha sentido falta de uma, desde que se levantava até se deitar para ele tudo batia certo. As horas sabia-as pelo simples facto de saber onde estava e não podendo afirmar a que segundo do minuto estava, seguramente acertaria no minuto da hora.

Chegada a hora de almoço, o Senhor dirigiu-se para o restaurante onde sempre fazia a sua refeição, onde demorava exactamente quarenta e sete minutos e de onde saía para voltar à sua rotina. A refeição estava mais uma vez como era hábito, quente e generosa na porção, fora a senhora de mão requintada para a cozinha que lhe levara o prato e sorridente soltara o não menos generoso «espero que não esteja diferente de ontem, que o almoço lhe satisfaça e permita o resto de dia como o foi até aqui».

O Senhor nunca tinha pensado naquela frase e no seu significado, ouvia-a desde que tinha memória, mas sabia que era o único que a ouvia da boca da senhora diariamente sem mais. O cuidado que a senhora demonstrava com os restantes fregueses não era menor, os pratos eram por ela servidos, eram por ela preparados, mas o momento que sucedia o serviço era diferente para com os outros. As frases pareciam multiplicar-se, ora curtas ora longas, nunca eram as mesmas e agora que sentia esse assalto ao pensamento reparava que a mesma senhora que já lhe dedicava um cumprimento algo longo por vezes encostava-se a algumas mesas de fregueses costumeiros e deixava-se ficar por longos minutos. O Senhor não ouvia com clareza o que era dito quer pela senhora quer pelos fregueses, mas desde sorrisos a expressões mais sérias tudo era possível. No final a senhora despedia-se com um simples «bom apetite» em alto e bom som, parecia quase uma repetição de votos para toda a sala sem periodicidade certa.

O movimento do restaurante era diferente do dia do Senhor, reparou naqueles segundos em que levantou a cabeça que as pessoas não obedeciam a uma regra, a menos que a regra fosse não ter regras. Comiam, paravam e falavam, levantavam-se e voltavam para o lugar sem que nada o fizesse necessário. Havia conversas entre pessoas de mesas diferentes e percebia agora a razão do ruído de fundo, afinal de contas para que se possa falar entre mesas seria necessário levantar a voz. Tudo aquilo era estranho, para Ele o acto de entrar no restaurante era bem definido, sentar-se à mesa, aguardar uns poucos segundos pelo prato de comida e pelo cumprimento da generosa senhora e baixar ligeiramente a cabeça para que o ângulo fosse o facilitador de deslocação do talher. Quarenta e sete minutos depois estava a sair de novo do restaurante e seguia com o seu dia, tal e qual como o fizera por toda a vida o seu pai.

O conceito de "habitus" pertence à história de vários que ousaram pensar, mas como é um feliz conceito que diz muito de nós, este animal que somos, não me canso de o ter em mente.
Somos um animal social, que incorpora hábitos que passam ao lado da razão... como pensar não custa, por vezes faz bem pensarmos no que andamos aqui a fazer.

Um grande dia de sol para todos e todas!

Como disse alguém, o conhecimento resulta da experiência empírica... o hábito fundamenta as nossas crenças e desencadeia novas ideias.
Queria estar a ouvir música, a obedecer à rotina...

Boa noite, menina Luciana e ... Senhor...!

Pedindo desde já "desculpa" pela "direito ao contraditório"...

Sem dúvida que reconheço enorme mérito ao autor do Esmeraldo de Situ Orbis...
Contudo, sou obrigado a reconhecer que somos, igualmente, digníssimos herdeiros dos Ensaios, em que a razão, mesmo "encamada" nos obriga a "questionar/orientar"... a encontrar um caminho (ou a próxima dúvida)...

Pois. Cá estou eu a brincar com o fogo.
Nada disto vos é alheio...

Baaaa... que se lixe...

Que possam desfrutar de boas músicas... é o meu desejo superior

Uma coisa é (mais ou menos) certa... amanhã, à hora do costume, irei almoçar ao sítio do costume... serei servido pela pessoa do costume... comerei o que irei escolher entre os pratos do costume... pagarei a quantia do costume......

E, para além deste devaneio, apesar de ter lido o monstro branco de Melville, ainda não conheço esse álbum......

zaratustra escreveu:

Luciana Silva escreveu:

José Miguel escreveu:

O movimento do restaurante era diferente do dia do Senhor, reparou naqueles segundos em que levantou a cabeça que as pessoas não obedeciam a uma regra, a menos que a regra fosse não ter regras. Comiam, paravam e falavam, levantavam-se e voltavam para o lugar sem que nada o fizesse necessário. Havia conversas entre pessoas de mesas diferentes e percebia agora a razão do ruído de fundo, afinal de contas para que se possa falar entre mesas seria necessário levantar a voz. Tudo aquilo era estranho, para Ele o acto de entrar no restaurante era bem definido, sentar-se à mesa, aguardar uns poucos segundos pelo prato de comida e pelo cumprimento da generosa senhora e baixar ligeiramente a cabeça para que o ângulo fosse o facilitador de deslocação do talher. Quarenta e sete minutos depois estava a sair de novo do restaurante e seguia com o seu dia, tal e qual como o fizera por toda a vida o seu pai.

O conceito de "habitus" pertence à história de vários que ousaram pensar, mas como é um feliz conceito que diz muito de nós, este animal que somos, não me canso de o ter em mente.
Somos um animal social, que incorpora hábitos que passam ao lado da razão... como pensar não custa, por vezes faz bem pensarmos no que andamos aqui a fazer.

Um grande dia de sol para todos e todas!

Como disse alguém, o conhecimento resulta da experiência empírica... o hábito fundamenta as nossas crenças e desencadeia novas ideias.
Queria estar a ouvir música, a obedecer à rotina...

Boa noite, menina Luciana e ... Senhor...!

Pedindo desde já "desculpa" pela "direito ao contraditório"...

Sem dúvida que reconheço enorme mérito ao autor do Esmeraldo de Situ Orbis...
Contudo, sou obrigado a reconhecer que somos, igualmente, digníssimos herdeiros dos Ensaios, em que a razão, mesmo "encamada" nos obriga a "questionar/orientar"... a encontrar um caminho (ou a próxima dúvida)...

Pois. Cá estou eu a brincar com o fogo.
Nada disto vos é alheio...

Baaaa... que se lixe...

Que possam desfrutar de boas músicas... é o meu desejo superior

Uma coisa é (mais ou menos) certa... amanhã, à hora do costume, irei almoçar ao sítio do costume... serei servido pela pessoa do costume... comerei o que irei escolher entre os pratos do costume... pagarei a quantia do costume......

E, para além deste devaneio, apesar de ter lido o monstro branco de Melville, ainda não conheço esse álbum......

Apaguei parte do texto, uma grande parte, mas fica o finalzinho só para deixar o aparente contraditório ou paradoxal - ultrapassada a questão da aparência fica a complementaridade

O texto brincou com um "conceito" que vem sendo usado por vários autores, ganhou diferentes significados e referências, mas no fundo manteve algo... essência!?!?!

Nós somos um belo Animal, a Razão faz parte da nossa Natureza, todavia "Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua vã filosofia." (estou a citar sem apoio...)

Dito isto, há mais no nosso comportamento/acção do que a nossa Razão poderá explicar...

Assim vai a vida do Senhor, mas quem sabe se um dia destes não muda de rumo... Ele é muito dado ao terreno e por vezes escapam-lhe coisas. É um cabeça no ar... um sujeito imperfeito... alguém que se descobre a cada dia... é um Homem... é um Animal.

Música por hoje já não há, mas amanhã...

José Miguel escreveu:

Música por hoje já não há, mas amanhã...

Sempre a musica...


Fora da matéria, tudo é música: Deus mesmo não passa de uma alucinação sonora.
A música é o refúgio das almas feridas pela felicidade.


Emil M. Cioran

zaratustra escreveu:

Boa noite, menina Luciana e ... Senhor...!

Pedindo desde já "desculpa" pela "direito ao contraditório"...

Sem dúvida que reconheço enorme mérito ao autor do Esmeraldo de Situ Orbis...
Contudo, sou obrigado a reconhecer que somos, igualmente, digníssimos herdeiros dos Ensaios, em que a razão, mesmo "encamada" nos obriga a "questionar/orientar"... a encontrar um caminho (ou a próxima dúvida)...

Pois. Cá estou eu a brincar com o fogo.
Nada disto vos é alheio...

Baaaa... que se lixe...

Que possam desfrutar de boas músicas... é o meu desejo superior

Uma coisa é (mais ou menos) certa... amanhã, à hora do costume, irei almoçar ao sítio do costume... serei servido pela pessoa do costume... comerei o que irei escolher entre os pratos do costume... pagarei a quantia do costume......

E, para além deste devaneio, apesar de ter lido o monstro branco de Melville, ainda não conheço esse álbum......

Zaratustra -- o poeta -- já tinha "direito ao contraditório", Zaratustra, o João, não menos o terá... Porém, o contraditório é-o de tal forma que anula a contradição, tecendo o "dever da complementaridade". A experiência permite-nos conhecer, o hábito permite-nos acreditar e a "razão" faz-nos superar. Esta faculdade nunca é esquecida, mas o Senhor, desta vez rotineiro, ficou na primeira instância e, tal como a crença que o sol nascerá amanhã, ele comerá amanhã em 47 minutos...
O hábito cria a crença. A razão leva-a a tribunal...

António José da Silva escreveu:

José Miguel escreveu:

Música por hoje já não há, mas amanhã...

Sempre a musica...


Fora da matéria, tudo é música: Deus mesmo não passa de uma alucinação sonora.
A música é o refúgio das almas feridas pela felicidade.


Emil M. Cioran

Será a música cosmológica?!

"Música sempre", aqui já há um roncar progressivo-psicadélico!

Luciana Silva escreveu:

"Música sempre", aqui já há um roncar progressivo-psicadélico!

Ele ja ressona?

Agora que o musical nocturno terminou , ouvimos música dos deuses.





Lindo!

António José da Silva escreveu:

Luciana Silva escreveu:

"Música sempre", aqui já há um roncar progressivo-psicadélico!

Ele ja ressona?

Era o vizinho... já velhinho...

A começar o dia

Roda este magnífico disco q há muito estava imerecidamente parado

Enquanto "andava" em trabalhos... ouvia e... ena, tantos "monstrinhos"...
e resolvi partilhar...



Possivelmente ficaria melhor no "outro" tópico", mas "estes" são os que rolam e rodam... verdadeiros!
A "aparição" do Buddy G.... enormes...
bom fds

Agora de barriga cheia roda

Roda, mesmo sem ser uma grande prensagem é sempre um prazer ouvir CB

José Miguel escreveu:

Era o vizinho... já velhinho...

Os velhos pagam sempre as favas.

Luciana Silva escreveu:

Agora que o musical nocturno terminou , ouvimos música dos deuses.



Lindo!

O Monty "pegou" forte....

por aqui,

Country Lane - Substractum - lp - 1973

Luis Filipe Goios escreveu:

Luciana Silva escreveu:

Agora que o musical nocturno terminou , ouvimos música dos deuses.



Lindo!

O Monty "pegou" forte....

por aqui,

Country Lane - Substractum - lp - 1973

O bichinho pegou e ainda bem, porque este "gelado" é uma maravilha

Agora e tempo de mudar um pouquinho, digo eu e aqui que ninguém nos ouve!!!

Esse que roda por aí é algo a investigar...

No prato agora está..


Para mais logo ser trocado por uma caldeirada de lulas, com outros aperitivos pelo meio

Esta menina... encanta-me, a rodar

Rickie Lee Jones - Girl At Her Volcano - 10" 33rpm - 1983

Luis Filipe Goios escreveu:

Esta menina... encanta-me, a rodar

Rickie Lee Jones - Girl At Her Volcano - 10" 33rpm - 1983

És mesmo agarrado, não tinhas dinheiro para o de 12"?

António José da Silva escreveu:

Luis Filipe Goios escreveu:

Esta menina... encanta-me, a rodar

Rickie Lee Jones - Girl At Her Volcano - 10" 33rpm - 1983

És mesmo agarrado, não tinhas dinheiro para o de 12"?

É a crise..., mas, o tamanho não importa... dizem
Se vires algum "grande" daqueles de 12", que tu tanto gostas... compra e ofereces...

anibalpmm escreveu:

Roda, mesmo sem ser uma grande prensagem é sempre um prazer ouvir CB

Nada má essa edição da Jazz Track!
Nesses casos tem que se dar um desconto porque nos anos 50 os gravadores eram todos a válvulas...

Não roda, mas gostava que rodasse...
Uma daquelas prestações do Mister Baker de se  
Com uma formação inteiramente italiana que incluí entre outros, dois excelentes saxofonistas (Franco Masetti e Gianno Basso, se não me engano...).

Chet Baker - In Milan (1959, Jazzland 918S, USA)

Luis Filipe Goios escreveu:

Se vires algum "grande" daqueles de 12", que tu tanto gostas... compra e ofereces...

Só os que estão limitados aos de 10" é que defendem que o tamanho não interessa. Mas escusas de tentar, não te vou oferecer o meu.

Boa noite.

Não sei quem detém o maior ou o mais pequeno...

Sei apenas que gosto muito deste swing tenor...

Lester Young-Teddy Wilson Quartet, The - Pres And Teddy (Verve 1957, Verve 2014), LP.



https://www.discogs.com/Lester-Young-Teddy-Wilson-Quartet-Pres-And-Teddy/master/335897

Aqui, depois de ter rodado Barclay james harvest está a rodar...

Roda novamente:





Para uma boa música, uma belíssima capa. Até os VU's do Pionner se divertem.

Depois de dois maravilhosos discos de Jazz, a casa precisa de uma variação em Lá roda outro disco!!!

E o verso...

Colours - Colours (1968)

Estava largado numa loja, não tomei café ontem de tarde e agora roda...

Hoje há café aqui em casa e não é que este disquinho é bem bom!!!

Colours... swing tenor... tamanhos, ai e tal 12" e 10", o meu é maior que o teu...huummm
Será efeito 33rpm?
Por aqui...

Oscar Peterson - Great Connection - lp - 1971

Luis Filipe Goios escreveu:

Colours... swing tenor... tamanhos, ai e tal 12" e 10", o meu é maior que o teu...huummm
Será efeito 33rpm?
Por aqui...

Oscar Peterson - Great Connection - lp - 1971

Já escutamos esse em 00101010101010101...

Para o debate em causa, tamanhos e tal, receio que na génese esteja outro tipo de valor, mais próximo de 1 grau de alc...

Fingindo que trabalho, mas na realidade lendo o livro "A FILOSOFIA EXPLICA AS GRANDES QUESTÕES DA HUMANIDADE" de Clovis de Barros Filho e ouvindo...



Evan Parker - The Topography Of The Lungs (1970)

António José da Silva escreveu:

Fingindo que trabalho, mas na realidade lendo o livro "A FILOSOFIA EXPLICA AS GRANDES QUESTÕES DA HUMANIDADE" de Clovis de Barros Filho e ouvindo...



Evan Parker - The Topography Of The Lungs  (1970)

Vais-me desculpar mas essa banda sonora é mais apropriada a obras como o "Elogio da Loucura".

Luciana Silva escreveu:

Já escutamos esse em 00101010101010101...

Para o debate em causa, tamanhos e tal, receio que na génese esteja outro tipo de valor, mais próximo de 1 grau de alc...

Sempre podem ouvir aqui em casa, em puro analógico...
quanto ao «mais próximo de 1 grau...», diria mesmo, de alguns graus...

já mexe por aqui, um de "olhos-em-bico"

Brian Lynch Afro Cuban Jazz Orchestra - Bolero Nights For Billie Holiday - lp - 2009


... un "cuba-libre", por favor... con mucho hielo...






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https://www.audioanalogicodeportugal.net/viewtopic.forum?t=10073