Flat ou Loudness ?

Sei vou estar mais perto de ser cruxificado com esta questão, que para os "audiófilos " "sérios" é tabu.
Mas pergunto quantos de nós não nos sentimos tentados a usar o botão de loudness, e em que circunstâncias o usam, se é que o têm...
E os botões de tonalidade, usam ?
E porque é que alguns fabricantes de HiFi continuam a teimar em incluir uma coisa que ninguem admite usar ???
Será ilegitimo usar esses controlos, como forma de suprir as dificuldades do sistema?

Está aberto o debate..

dificuldades do sistema , e ou falta de qualidade das gravaçoes ?

lore escreveu:

dificuldades do sistema , e ou falta de qualidade das gravaçoes ?

Ou, como dizia o outro, ambas as duas ??
E nem precisam de ser simultaneamente...

Muito bêm postado Caro Milton, esta materia dá pano para mangas.
Bêm no meu caso nunca uso taís controlos e sempre que possivel desactivo-os porque os detesto e á muitos anos que assim procedo e se algo não está bêm penso que não é por ai que a coisa irá melhorar.

Caro Milton,
Está lançada a discussão, seja por dificuldade do sistema ou gravação ou do ouvido, haverá sempre
" ambas as duas " ou seja " ambas as três ou mais ".
Para mim, flat.

O meu amplificador não tem loudness nem botões de tonalidade. Tem quatro entradas, um botão de volume e outro atras para ligar e nada mais. Em regra não sinto necessidade de regular nada. Um sistema bem equilibrado não precisa desse tipo de afinações.

No quarto tenho o Cambridge A500 que tb tem o botão de by-pass sempre activado e uma vez mais não sinto necessidade de loudness ou botões de tonalidade.

Caro Milton,

Muito interessante este tópico e o debate que para aqui trouxeste.

Em primeiro lugar, e de acordo com o meu pensamento quanto ao modo como os audiófilos, melómanos e outros mortais ouvem música nos seus sistemas, cada qual tem o seu gosto, as suas preferências e os seus compromissos. Se gostam de ouvir de costas, com um ouvido tapado, com o botão de »Loudness« »on«, isso é assunto privado e... chispe. Cada um terá as suas razões.

Se analisarmos a questão, por exemplo do »Loudness«, podemos verificar que tem toda a razão de existir e sendo uma correcção psicoacústica, deve ser considerada como uma forma artificial de reproduzir música em determinadas circunstâncias. Serve para um fim, mas de facto é algo artificial.

No que diz respeito aos comandos de tonalidade, e como muito bem diz o forista lore, a sua existência ficou a dever-se principalmente à necessidade de correcção que certas gravações exigiam. Sendo que quase nunca se consegue corrigir a falta ou o excesso de sal depois de um alimento cozinhado, também pouco se pode fazer a uma gravação mal »temperada« mas os botõezinhos de tonalidade sempre davam uma pequena ajuda. Inclusive fabricantes como a Quad tinham um sistema de variação da tonalidade bastante sofisticado e eficiente.
Sendo certo que os circuitos de tonalidade constituem mais um elemento na cadeia dos circuitos dos pré-amplificadores, também é certo que será mais um factor de degradação do som que terá que percorrer mais uns metros de cabo e de componentes. Daí que os fabricantes, aproveitando a onda audiófila da altura, deixaram de incluir circuitos de tonalidade nos equipamentos o que lhes facilitava a vida de três modos,
1- Estavam na moda
2- O fabrico do equipamento ficava mais barato.
3- Não temiam degradar os seus equipamentos com circuitos de tonalidade mal desenhados.

Entre o desaparecimento dos comandos de tonalidade e os comutadores para desactivar os mesmos, apareceu de tudo. Tens inclusivamente o caso de um pré-amplificador que mesmo não tendo comandos de tonalidade tem um comutador de »bypass« que liga directamente a saída do andar de phono ao andar de saída do pré eliminando qualquer outro circuito ― »balance« »tape monitor« ―, é mesmo »directos«

Entretanto apareceu um gajo com um certo nome no meio que resolveu lançar um pré-amplificador cheio de rodinhas para alterar tonalidades, que custava um balúrdio e que fez furor. Ainda se transacciona por valores inacreditáveis e ainda há relativamente pouco tempo apareceu aqui no AAP numas fotos de um hiper sistema, algures no Oriente. Era de facto uma paleta áudio.

Terminando que a prosa já vai longa, não tenho rigorosamente nada contra a utilização deste tipo de comandos desde que quem o faz tenha a consciência de que,
1- Se servem para corrigir defeitos do sistema, é sempre preferível tentar que o sistema não apresente esses defeitos.
2- Se servem para corrigir defeitos de gravação, são sempre um compromisso.
3- Quem não tem cão, caça com gato.

SA,

MJC

No caso do Sansui do Milton, o Loudness está muito bem pensado e é útil. Só funciona quando o volume está baixo, e desaparece assim que se aumenta mais o som. Nunca tinha visto uma funcionalidade assim, e quando me foi demonstrado, notou-se a vantagem de tal ideia. Os engenhocas da Sansui tiveram uma ideia brilhante.

no meu sansui 661
em relação as tonalidades estão no 0.
no loudness uso raramente em certos cd´s no volume baixo.
também uso o filtro de ruido em relação a certas estações FM.
e o MONO sempre com vinil mono.

luis lopes escreveu:

no meu sansui 661
em relação as tonalidades estão no 0.
no loudness uso raramente em certos cd´s no volume baixo.
também uso o filtro de ruido em relação a certas estações FM.
e o MONO sempre com vinil mono.

ainda bem que falas nisso, porque o meu AU555a é um prodigio na quantidade de controlos de tonalidade, e outros...
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Esse Sansui tem muita pinta, Milton...!

Obrigado Zara, e toca muito bem, tambem

zaratustra escreveu:

Esse Sansui tem muita pinta, Milton...!

Contrasta bem com o dono. )__((:

António José da Silva escreveu:

zaratustra escreveu:

Esse Sansui tem muita pinta, Milton...!

Contrasta bem com o dono. )__((:

E se estivesses na foto, era com traste...

Maravilhoso Amigo Milton, mas tenho que dizer-lhe que esse monitor CRT ai do lado esquerdo é que não deveria de estar tão próximo desse Cadillac !!!

Vodoo escreveu:

Maravilhoso Amigo Milton, mas tenho que dizer-lhe que esse monitor CRT ai do lado esquerdo é que não deveria de estar tão próximo desse Cadillac !!!

A foto foi tirada da net, mas o amp é igual e tambem tenho por cima o tuner TU666

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Ops, peço desculpa.

Em relação ao tema do tópico, por aqui, Loudness sempre off.
Inicialmente, o pré Vincent tocou quase sempre em Tone off. Até um dia...

Quando Area - Anto-logicamente (Cramps 1976, edição pt VC / P 5205-106) rodou pela primeira vez na configuração actual, fui obrigado a brincar com bass e treble. No entanto, nem assim me safei (não ficou tão mal...). Esta é uma edição digna de figurar em qualquer catálogo do tipo "Horríveis Edições em Vinil". Baixos, baixos e mais baixos e, toda a gama média/alta encontra-se(?) lá bem no fundo... no interior de uma sala de isolamento acústico bem eficaz...!

Um pouco mais tarde, adquiri Creedence Clearwater Revival - Willy And The Poor Boys (Fantasy 1969, made in West Germany / FACE 504). Aqui, o problema inverte-se por completo. Pura e simplesmente só conseguimos ouvir a gama média e, principalmente, alta...! Outra edição diga do referido catálogo. Lá arregacei as mangas e voltei a brincar...

A partir daí, tenho usado os controlos de tonalidade (bass e treble) de uma forma frugal. Entre 0% e 20%, de acordo com as necessidades regalo-auditivas... excepto quando a edição roça o perfeito... Tone off...! Neste último caso englobo as (re)edições MOV que adquiri recentemente, entre outras.

ainda bem que falas nisso, porque o meu AU555a é um prodigio na quantidade de controlos de tonalidade, e outros...
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Tive um Akai há mais de 25 anos e era muito parecido com esse Sansui, alguém conhece?
Creio que era 3030 ou 2030, já não me lembro mas tocava muito bem.
Lindo, caro Milton e o Tuner então .... nem se fala, absolutamente ....

Deve ser este AM2200

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[quote="Milton"]Deve ser este AM2200



Obrigado, mas não.
Parecido, mas o meu era com certeza mais antigo.