Record Store Day 19.04.2014

Como sabem (ou não) ontem comemorou-se mais um "Record Store Day" e a avaliar pelas noticias que nos chegam dos quatro cantos do globo, os resultados não podiam ter sido melhores. E por cá, como foi? Pois bem...

Como tinha um compromisso em Lisboa, decidi ir um pouco mais cedo e passar pelas mais proeminentes lojas da especialidade da baixa lisboeta. E lá fui eu... aproveitei para ir de barco (algo que já não fazia há uns largos anos) e desfrutar da vista deslumbrante desta bela cidade.

O itinerário teve o seu inicio na Trem Azul, mas infelizmente estava fechada... "Talvez ainda fosse muito cedo" pensei. Mas já eram onze da manhã...

Uma vez que ainda tinha um número considerável de lojas pela frente, segui de imediato o meu percurso pela íngreme Rua do Alecrim acima. Ao entrar na Rua da Misericórdia, reparei num cartaz a anunciar o evento (no C.C. Chiado, creio) e pensei para mim... "a coisa promete".

Em direcção à Rua Nova da Trindade deparei-me com o espaço vazio onde em tempos existiu a Louie, Louie. Encaminhei-me (na mesma rua) ao tal Centro Comercial (Chiado) onde existe uma loja de discos usados... mas guess what?... Nem mais, também estava fechada.

Um pouco mais acima, fui até ás Escadinhas/Calçada do Duque onde se situa a prestigiada Discolecção, mas também esta estava encerrada e à semelhança da maioria, também só abria da parte da tarde. Posto isto, nem me atrevi a descer até ao fim das escadinhas para ver se a Magic Bus estava aberta (dificilmente) e desta forma, dei por concluída a minha passagem pelo "Record Store Day" da capital portuguesa.

Reconheço que isto nada tem a ver com o vinil. Tem isso sim, a ver com o estado do país e com a desmotivação que se tem instalado na maioria dos pequenos/médios comerciantes.

Num dia comemorativo das lojas de discos, numa época de férias, com Lisboa apinhada de visitantes, não deviam estas lojas fazer um pequeno esforço para, no mínimo, estarem abertas ao público?! Seria pedir tanto assim?

De facto é uma pena mas a culpa também é da escolha da Malta em comprar discos via internet...

Nesse roteiro "turístico", que eu bem conheco, esqueceste de passar na loja carbono...

http://www.carbono.com.pt/

afonso escreveu:

De facto é uma pena mas a culpa também é da escolha da Malta em comprar discos via internet...
Nesse roteiro "turístico", que eu bem conheco, esqueceste de passar na loja carbono...
http://www.carbono.com.pt/

A Carbono fica um pouco afastada e como estava a pé... (costumo ir com frequência à loja da Amadora).

Apesar do impacto das vendas de discos pela internet, continuam a existir muitas lojas de discos usados (ou não) de boa saúde, por essa Europa fora. Mas isso remete-nos para um outro tema que tem, sobretudo, a ver com a qualidade e oferta desses espaços.

Sempre que visito uma loja (ou uma secção) de discos usados em Portugal, fico com a sensação de se tratar do caixote do lixo de alguém. Os discos que aparecem nesses locais são sempre os mesmos e regra geral pouco interessantes.

A manutenção de uma boa loja de discos usados dá muito trabalho, quer na organização, quer na pesquisa e reposição constante de títulos.

Quem já visitou lojas de discos em Inglaterra, na Holanda (etc.) sabe do que estou a falar. Recordo-me de visitar uma loja de discos em Roterdão e de passar lá várias horas por semana, completamente extasiado com o que ia encontrando.

Se existisse um espaço assim na zona de Lisboa, garanto que as minhas compras pela net desapareciam quase por completo.

Mas aproveitastes a bela viagem no Cacilheiro que é sempre fantástico. E pelo lado positivo, e apesar da frustração, poupastes uns valentes cobres.   

De facto é de lamentar que , pelo menos nesse dia, essas lojas não tivessem um horário alargado.
É a maneira de pensar de alguns pequenos comerciantes, e depois queixam-se...

Mister W a Louie Louie mudou de local, está agora perto dos armazéns do chiado.

De todas as lojas de que falas, a Discolecção salvo erro ao sábado só abre de manhã.

Essa da rua da misericordiosa é para esquecer.

Eu estive no sábado de tarde na fnac do chiado e estavam com preços porreiros e até ofereciam uma sacola.

Vinil escreveu:

Mister W a Louie Louie mudou de local, está agora perto dos armazéns do chiado.

De todas as lojas de que falas, a Discolecção salvo erro ao sábado só abre de manhã.

Essa da rua da misericordiosa é para esquecer.

Eu estive no sábado de tarde na fnac do chiado e estavam com preços porreiros e até ofereciam uma sacola.

Amigo Vinil,
Obrigado pela informação.

Não sabia que a Louie Louie tinha aberto no Chiado...   
Quanto à Discolecção, pelos vistos escolhi o Sábado errado para lá ir...  

afonso escreveu:

De facto é uma pena mas a culpa também é da escolha da Malta em comprar discos via internet...

Nesse roteiro "turístico", que eu bem conheco, esqueceste de passar na loja carbono...

http://www.carbono.com.pt/

Quanto à Carbono, foi a única, segundo o expresso, que avisou atempadamente que não ia abrir no RSD mas em protesto pelo iva a 23%.

Já agora, e em total contrastes com o nosso país, em UK é assim. Toda a cultura tais como livros, jornais, visitas a museus, atividades físicas (ginásios) e a nossa musica, é taxada a 0%.

ruifigueiredo escreveu:

afonso escreveu:

De facto é uma pena mas a culpa também é da escolha da Malta em comprar discos via internet...

Nesse roteiro "turístico", que eu bem conheco, esqueceste de passar na loja carbono...

http://www.carbono.com.pt/

Quanto à Carbono, foi a única, segundo o expresso, que avisou atempadamente que não ia abrir no RSD mas em protesto pelo iva a 23%.

Ah, então foi isso... Uma acção concertada(!?) contra as políticas fiscais do governo... Do mal o menos.

Não há dúvida que escolhi mal o dia...   

Mister W escreveu:

Ah, então foi isso... Uma acção concertada(!?) contra as políticas fiscais do governo... Do mal o menos.

Não há dúvida que escolhi mal o dia...     

Tambem olha que ideia mais ridicula ir comprar discos no Record Store Day... isso nao lembra a ninguem