
Fórum para a preservação e divulgação do áudio analógico, e não só... |
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| | Árabes | |
| | Autor | Mensagem |
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CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
 | Assunto: Árabes Sex Set 27 2013, 20:33 | |
| Um amigo enviou-me um email sobre árabes
ESTA É A MELHOR DE TODOS OS TEMPOS!
Taxista inglês
Todos devíamos ser como ele. Chega de abusos... em nome da tolerância!!!
*Isto aconteceu na cidade inglesa de Manchester.*
Um muçulmano devoto e barbudo entra num táxi.
Uma vez sentado, pede ao taxista para desligar o rádio, porque não quer ouvir música, como decretado na sua religião, e porque no tempo do profeta não havia música, especialmente música ocidental, que é música dos infiéis.
O motorista do táxi educadamente desliga o rádio, sai do carro, dirige-se à porta do lado do cliente e a abre.
O árabe pergunta: - "O que você está fazendo?"
Resposta do taxista: - "No tempo do profeta não havia táxis; por isso saia e espere pelo próximo camelo".
Só inglês mesmo.....
Eu resolvii-lhe enviar a seguinte resposta.
Caro amigo
Tenho a agradecer-te os esplendidos emails que me tens mandado: farto-me de rir e sobretudo babar.
Enviaste agora o email do Taxista inglês que pretende fazer piada sobre um lugar comum, que é a intolerância e fundamentalismo dos árabes; á semelhança de outras piadas sobre o lugar comum da estupidez dos pretos.
A maioria dessas piadas têm mesmo piada; outras, nem por isso.
É o caso desta ultima.
Repara, primeiro, um árabe, nunca mandaria desligar o rádio: contrariamente ao que os média nos querem fazer crer, os árabes são educados e tolerantes.
Têm origem nómada: fazem questão de receber bem; ser generosos com o próximo; respeitar a cultura e a diferença nos outros.
Era mais fácil um filho meu ou teu fazer com que um taxista desligasse o rádio que um árabe: bastava o taxista estar a ouvir música pimba, para os miúdos se porem a gozar com tal acutilância que o homem tinha mesmo de desligar o rádio.
Os árabes não têm nada de fundamentalismo: nós é que chamamos fundamentalismo ás suas manifestações de indignação perante as barbáries que lhes andamos a fazer há centenas de anos.
E de facto andamos a tratar agora pior os árabes do que tratamos ontem os judeus.
Na Lisboa e na Granada árabes todas as religiões coexistiam: fomos nós cristãos quando as tomamos que proibimos todas as outras religiões.
O mesmo se passa agora, onde vamos ao ponto de querer dizer como se vestem.
Ou seja os intolerantes e os fundamentalistas somos nós, cristãos.
E atualmente esse fundamentalismo atinge proporções escandalosas.
Imagina que para resolver o problema palestiniano os americanos faziam o que fizeram na Palestina: diziam: “há 900 anos Lisboa era árabe; os árabes têm direito histórico sobre Lisboa; vamos mandar para lá um milhão de árabes e os lisboetas vão ser tratados como os palestinianos agora o são”.
Tu e a tua família se resistissem iam para um campo de refugiados; se resistissem muito eram mortos.
Se um teu familiar desesperado por constantes humilhações pusesse uma bomba á cintura era terrorista: se os ocupantes enviassem um míssil e matassem dezenas de mulheres e crianças lisboetas era o “direito á sua defesa.”
Mas é tudo assim.
Os aviões nas torres gémeas, que matou duas mil pessoas, é o maior atentado terrorista da história.
Por sua vez a invasão do Iraque, que violou todo o direito internacional, e que já matou mais de meio milhão de civis, a maioria mulheres e crianças, é “defesa dos nossos interesses.”
Já imaginaste uma família como a minha ou a tua a viver hoje no Iraque?
Bombas lançadas por aviões não tripulados, que eliminam do mapa uma aldeia inteira no Paquistão ou no Afeganistão, é “luta ao terrorismo”.
Repara, nem as baratas sobrevivem: recém nascidos, fetos na barriga da mãe tudo fica reduzido a pó: isso não é terrorismo, é “luta contra o terrorismo”.
E por cá silencio absoluto sobre esta barbárie.
Provocamos guerras civis nos regimes árabes que se opõem ao ocidente; e depois chamamos aquilo “primaveras”. As organizações que fomentam as ditas guerras chamamos “ONGS”: e aos estrangeiros que andam por lá aos tiros, pagos por nós a peso de ouro, chamamos “combatentes da liberdade”.
Mas pior, ás pessoas, idênticas a mim ou a ti, que querem fugir daquilo e vir para a Europa, chamamos-lhes “imigrantes ilegais” e deixamos que morram ás centenas no mar.
Há coisas que me fazem “passar dos carretos”: repara, os palestinianos não podem ir rezar junto á campa dos seus pais e antepassados.
Queres maior fundamentalismo que isto? fundamentalismo dos que fazem: os israelitas; e fundamentalismo dos que o permitem: nós os ocidentais.
Para mim , que vou á missa todas as semanas, isto representa fundamentalismo do pior.
Nunca como hoje se aplica a máxima: “eles são maus de modo que lhes podemos fazer maldades á vontade”: e as maldades que lhes aplicamos são em muito maior número e muito mais cruéis do que aquelas do que os acusamos.
Mas não nós não somos maus “defendemos os nossos interesses”; maus são os outros.
Nós não somos fundamentalistas, “fundamentalistas” são os árabes .
Por favor envia a quem mandaste a piada do taxista.
Temos de ir almoçar um dia destes.
Um abraço.
César | |
|  | | Stereo Membro AAP

Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 62 Localização : Lisboa
 | Assunto: Re: Árabes Sex Set 27 2013, 21:09 | |
| Como sempre, vivemos no mundo do «nós e os outros», onde procuramos o «nosso lugar». O problema não é uma «história», é uma realidade e a cultura é a terra que nutre essa fruto. O problema é o fundamentalismo e não é tentando desviar as atenções, como naquilo a que chamam política, que se consegue compreender o mesmo. O problema é o vício que se cultiva e no caso, começa com a religião, passa pela «política» e acaba em algo como o desporto... A vontade é cega!...
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|  | | CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
 | Assunto: Re: Árabes Qua Out 09 2013, 12:45 | |
| Caros amigos
Enviei há dias ao DN o seguinte texto que eles publicaram numa versão mais soft.
Julgo de interesse coloca-la aqui.
Há primeira vista, nada tem sobre música, mas é só há primeira vista: De facto uma pessoa só pode rebolar-se a ouvir um bom disco de Jazz, se estiver a fumar um bom charuto; e sobretudo ter a consciência tranquila.
Na tentativa de a ter, e sobretudo para tentar obter o perdão dos meus pecados, que são muitos, que me vou manifestando contra a hipocrisia que anda por aí.
Puseram o Edmund Burke a dizer: “para o mal prevalecer basta as pessoas de bem nada fazerem”.
Não concordo nada: uma pessoa que nada faz perante o mal, não é pessoa de bem: é tão mau como os outros: é o “ladrão que fica à porta”.
Aqui vai o texto.
Mais de uma centena de pessoas morreram nos últimos dias ao tentarem fugir para a Europa. Nos últimos anos mais de vinte e cinco mil pessoas morreram nessa condições.
Aqueles que não morrem no mar, enfiamo-los em campos de concentração a que cinicamente chamamos “campo de refugiados”.
Os que agora, e nos últimos tempos, morreram, eram pessoas que não queriam morrer nas “primaveras” que o ocidente tem andado a fomentar no norte de África;
e gente que que aspira a uma vida melhor.
Cínica e hipocritamente, para nos desculpar-mos, chamamos-lhes “imigrantes ilegais”.
O Papa definiu a coisa muito bem numa só palavra: “vergonha”.
É de facto uma vergonha termos postos os países árabes a ferro e fogo, e depois impedir que as pessoas fujam dessa morte.
É também uma vergonha a Europa, que construiu a sua prosperidade a explorar os países africanos, impedir agora os habitantes desses países, de tentarem obter uma vida melhor.
E é ainda uma vergonha chamarmos a guerras, “primaveras”;
e a esta gente, “imigrantes ilegais”.
Ninguém, mas ninguém, tem o direito de impedir outro ser humano de fugir da morte.
Nenhum ser humano tem o direito de impedir outro ser humano de ganhar a sua vida.
Caros amigos
Isto são factos, não são opiniões.
É bom que as começamos a interiorizar: se não o fizermos vamos para o Inferno: e no inferno não há vinyl;
só há música digital.
Boas audições | |
|  | | Stereo Membro AAP

Mensagens : 3493 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 62 Localização : Lisboa
 | Assunto: Re: Árabes Qua Out 09 2013, 21:04 | |
| Obrigado pela partilha CNeves! Estamos sem dúvida de pleno acordo! Infelizmente isto faz parte da «nova guerra», que o neoliberalismo impõe. Agora os interesses não passam exactamente pela guerra, pois seria demasiado perigoso; agora passa pela moeda que construíram - a dívida. É esta que serve a estratégia dos especuladores, que são hoje quem faz a guerra! | |
|  | | António José da Silva Membro AAP

Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 56 Localização : Quinta do Anjo
 | Assunto: Re: Árabes Qua Out 09 2013, 21:24 | |
| - CNeves escreveu:
Ninguém, mas ninguém, tem o direito de impedir outro ser humano de fugir da morte.
Nenhum ser humano tem o direito de impedir outro ser humano de ganhar a sua vida.
Os erros são muitos, os aproveitamentos de que muitos beneficiam, são muitos, as hipocrisias, essas são as maiores. _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
|  | | enxuto Membro AAP
Mensagens : 1283 Data de inscrição : 14/05/2011 Idade : 48
 | Assunto: Re: Árabes Qua Out 09 2013, 21:40 | |
| Está a acontecer o que o meu avô e o meu sogro dizem há muitos anos. E eu nunca lhes liguei. | |
|  | | CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
 | Assunto: Re: Árabes Qua Out 09 2013, 21:52 | |
| Caro Stereo: não posso concordar mais.
Caros AJS e Enxuto: é importante que comecemos a ligar a isto para ver se contribuímos para minorar esta vergonha.
Boas audições
| |
|  | | António José da Silva Membro AAP

Mensagens : 64575 Data de inscrição : 02/07/2010 Idade : 56 Localização : Quinta do Anjo
 | Assunto: Re: Árabes Qua Out 09 2013, 21:54 | |
| _________________ Digital Audio - Like Reassembling A Cow From Mince If what I'm hearing is colouration, then bring on the whole rainbow...The essential thing is not knowledge, but character. Joseph Le Conte | |
|  | | Mário Franco Membro AAP

Mensagens : 2477 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 64
 | Assunto: Re: Árabes Qui Out 10 2013, 13:46 | |
| - CNeves escreveu:
- Um amigo enviou-me um email sobre árabes
ESTA É A MELHOR DE TODOS OS TEMPOS!
Taxista inglês
Todos devíamos ser como ele. Chega de abusos... em nome da tolerância!!!
*Isto aconteceu na cidade inglesa de Manchester.*
Um muçulmano devoto e barbudo entra num táxi.
Uma vez sentado, pede ao taxista para desligar o rádio, porque não quer ouvir música, como decretado na sua religião, e porque no tempo do profeta não havia música, especialmente música ocidental, que é música dos infiéis.
O motorista do táxi educadamente desliga o rádio, sai do carro, dirige-se à porta do lado do cliente e a abre.
O árabe pergunta: - "O que você está fazendo?"
Resposta do taxista: - "No tempo do profeta não havia táxis; por isso saia e espere pelo próximo camelo".
Só inglês mesmo.....
Eu resolvii-lhe enviar a seguinte resposta.
Caro amigo
Tenho a agradecer-te os esplendidos emails que me tens mandado: farto-me de rir e sobretudo babar.
Enviaste agora o email do Taxista inglês que pretende fazer piada sobre um lugar comum, que é a intolerância e fundamentalismo dos árabes; á semelhança de outras piadas sobre o lugar comum da estupidez dos pretos.
A maioria dessas piadas têm mesmo piada; outras, nem por isso.
É o caso desta ultima.
Repara, primeiro, um árabe, nunca mandaria desligar o rádio: contrariamente ao que os média nos querem fazer crer, os árabes são educados e tolerantes.
Têm origem nómada: fazem questão de receber bem; ser generosos com o próximo; respeitar a cultura e a diferença nos outros.
Era mais fácil um filho meu ou teu fazer com que um taxista desligasse o rádio que um árabe: bastava o taxista estar a ouvir música pimba, para os miúdos se porem a gozar com tal acutilância que o homem tinha mesmo de desligar o rádio.
Os árabes não têm nada de fundamentalismo: nós é que chamamos fundamentalismo ás suas manifestações de indignação perante as barbáries que lhes andamos a fazer há centenas de anos.
E de facto andamos a tratar agora pior os árabes do que tratamos ontem os judeus.
Na Lisboa e na Granada árabes todas as religiões coexistiam: fomos nós cristãos quando as tomamos que proibimos todas as outras religiões.
O mesmo se passa agora, onde vamos ao ponto de querer dizer como se vestem.
Ou seja os intolerantes e os fundamentalistas somos nós, cristãos.
E atualmente esse fundamentalismo atinge proporções escandalosas.
Imagina que para resolver o problema palestiniano os americanos faziam o que fizeram na Palestina: diziam: “há 900 anos Lisboa era árabe; os árabes têm direito histórico sobre Lisboa; vamos mandar para lá um milhão de árabes e os lisboetas vão ser tratados como os palestinianos agora o são”.
Tu e a tua família se resistissem iam para um campo de refugiados; se resistissem muito eram mortos.
Se um teu familiar desesperado por constantes humilhações pusesse uma bomba á cintura era terrorista: se os ocupantes enviassem um míssil e matassem dezenas de mulheres e crianças lisboetas era o “direito á sua defesa.”
Mas é tudo assim.
Os aviões nas torres gémeas, que matou duas mil pessoas, é o maior atentado terrorista da história.
Por sua vez a invasão do Iraque, que violou todo o direito internacional, e que já matou mais de meio milhão de civis, a maioria mulheres e crianças, é “defesa dos nossos interesses.”
Já imaginaste uma família como a minha ou a tua a viver hoje no Iraque?
Bombas lançadas por aviões não tripulados, que eliminam do mapa uma aldeia inteira no Paquistão ou no Afeganistão, é “luta ao terrorismo”.
Repara, nem as baratas sobrevivem: recém nascidos, fetos na barriga da mãe tudo fica reduzido a pó: isso não é terrorismo, é “luta contra o terrorismo”.
E por cá silencio absoluto sobre esta barbárie.
Provocamos guerras civis nos regimes árabes que se opõem ao ocidente; e depois chamamos aquilo “primaveras”. As organizações que fomentam as ditas guerras chamamos “ONGS”: e aos estrangeiros que andam por lá aos tiros, pagos por nós a peso de ouro, chamamos “combatentes da liberdade”.
Mas pior, ás pessoas, idênticas a mim ou a ti, que querem fugir daquilo e vir para a Europa, chamamos-lhes “imigrantes ilegais” e deixamos que morram ás centenas no mar.
Há coisas que me fazem “passar dos carretos”: repara, os palestinianos não podem ir rezar junto á campa dos seus pais e antepassados.
Queres maior fundamentalismo que isto? fundamentalismo dos que fazem: os israelitas; e fundamentalismo dos que o permitem: nós os ocidentais.
Para mim , que vou á missa todas as semanas, isto representa fundamentalismo do pior.
Nunca como hoje se aplica a máxima: “eles são maus de modo que lhes podemos fazer maldades á vontade”: e as maldades que lhes aplicamos são em muito maior número e muito mais cruéis do que aquelas do que os acusamos.
Mas não nós não somos maus “defendemos os nossos interesses”; maus são os outros.
Nós não somos fundamentalistas, “fundamentalistas” são os árabes .
Por favor envia a quem mandaste a piada do taxista.
Temos de ir almoçar um dia destes.
Um abraço.
César Concordo mas não posso dizer que concordo porque senão o meu nome vai logo para uma lista negra dos serviços secretos americanos e nunca mais consigo visto para ir à Disneyland. Brave New World | |
|  | | CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
 | Assunto: Re: Árabes Qui Out 10 2013, 14:22 | |
| Bem dito amigo Mário Franco. De facto estamos entregues aos bichos. Boas audições | |
|  | | agorgal Membro AAP

Mensagens : 1177 Data de inscrição : 19/12/2012 Localização : Porto
 | Assunto: Re: Árabes Sex Out 11 2013, 01:20 | |
| Tolerância: . Condescendência ou indulgência para com aquilo que não se quer ou não se pode impedir.
"tolerância", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, http://www.priberam.pt
Nós, os ocidentais, somos tolerantes. Ou melhor, andamos a aprender a ser muito tolerantes.
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|  | | CNeves Membro AAP
Mensagens : 1098 Data de inscrição : 13/11/2012
 | Assunto: Re: Árabes Sex Out 11 2013, 03:56 | |
| Amigo Agorgal
A moral Judaico/Cristã que os paladinos da situação atual tanto gostam de apregoar diz:
“todos somos iguais”
Infelizmente no mundo atual há uns mais iguais que outros; e mesmo alguns, caso dos Árabes, não têm igualdade nenhuma.
Boas audições
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 | Assunto: Re: Árabes  | |
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