No more pipocas

Estou muito satisfeito com o regresso que fiz ao mundo do vinil... e, mesmo com um sistema humilde, o som, em comparação com o CD é melhor, para além de as capas terem outra importância... e mesmo a acção de tratar do disco, e o cuidado a ter dá um imenso gozo. Ainda ontem a minha filha esteve a limpar uns discos antigos.... e atenção foi de livre vontade!!!

Mas as famosas pipocas chateiam... pensei que fosse dos discos serem antigos... mas num disco novo acontece o mesmo, com menos frequência, mas aqui e ali ouve-se qualquer coisa. Sendo assim o que se pode fazer? Que factores influenciam? Já vi que pode ser do tapete do prato, da agulha, etc...

Uma agulha, que aparentemente esta em bom estado (supostamente é nova) pode ser a responsável?

O que fazer para garantir que um disco novo, tratado com o máximo de cuidado, não ganhe pipocas? Mais alguém tem algum disco que não tenha pipocas? Ou faz parte do oficio?


Cumps,

Pode ser apenas estática (ou talvez não).

Antigamente usava-se umas escovas de veludo que davam estática aos discos, essas escovas de veludo são de evitar. O melhor são as escovas de fibras de carbono para a limpeza a seco.

Os discos também não devem ser guardados perto de fortes campos magnéticos, tais como colunas de som, televisões, etc...

Nem devem estar num ambiente com mudanças de temperatura bruscas, tais como lareiras, aquecedores, etc...

No inverno deve usar-se um bom desumidificador para evitar também o excesso de humidade.

É conveniente ter a certeza que a agulha também está em bom estado e não deixar os discos a ganhar pó no prato, depois de ouvir guardá-los imediatamente na capa interior que deverá ser anti-estática.

Quanto a lavá-los isso são outros 500...e em relação a esse assunto já falámos muito aqui nos tópicos apropriados é só procurar.

Finalmente existem sempre alguns defeitos de prensagem que podem causar alguns estalinhos e clicks, são os ossos do oficio.

A escova que uso é de fibra.

Os discos estão na prateleira por cima das colunas. Vou mudar.

Quanto às mudanças de temperatura o ambiente é equilibrado.

Não deixo os discos no prato. Quanto às capas não sei se são anti-estáticas. Como posso verificar? Os novos que tenho vem com uma capa que parece ser boa. De papel por fora e plástico por dentro.

Quanto a lavar já vi muitas coisas por aqui. E estou a trabalhar nisso.


Como posso ver se o problema é da estática? Olhando para o disco não encontro falhas. Mas a pipoca ocorre numa zona especifica.

Carlos Dias escreveu:

A escova que uso é de fibra.

Os discos estão na prateleira por cima das colunas. Vou mudar.

Quanto às mudanças de temperatura o ambiente é equilibrado.

Não deixo os discos no prato. Quanto às capas não sei se são anti-estáticas. Como posso verificar? Os novos que tenho vem com uma capa que parece ser boa. De papel por fora e plástico por dentro.

Quanto a lavar já vi muitas coisas por aqui. E estou a trabalhar nisso.


Como posso ver se o problema é da estática? Olhando para o disco não encontro falhas. Mas a pipoca ocorre numa zona especifica.

Qual o método de lavagem usado?

Boa tarde Carlos
Quem se habituou ao som livre de ruidos dos cds vai achar essas pipocas uma real seca.
Exceptuando algumas prensagens e algum vinil novo, vais sempre encontrar algum pop ou clik.
Eu que já estou habituado , às vezes penso ter encontrado um desses discos maravilha, mas é só dos meus ouvidos...
Os discos usados antigos devem ser intensamente lavados, e os novos tambem porque trazem uma pelicula (especie de verniz) que se agarra ao diamante.
Para quem não tem recursos para comprar ou fazer uma maquina de lavagem com aspiração, a Knosti é uma alternativa barata (35€ aqui no forum) e com excelentes resultados.
Os discos depois de lavados devem ser guardados numa inner sleeve nova a estrear.
Para limpar superficialmente os discos antes de tocar, como o Jorge diz, tambem não recomendo as escovas de veludo, as de carbono são mais eficazes.
A estática tambem produz essas pipocas, e o liquido que vem com a Knosti é muito bom a elimina-la(quando se acabar esse liquido podes faze-lo tu mesmo).
Para discos que já foram lavados e ganharam estatica, nada melhor que a escova de carbono.
Mas eu aconselho a fazer um upgrade a essa escova, já que entre as fibras da mesma e a pega de aluminio não existe passagem electrica.
Por esse motivo eu passei um pequeno pedaço de fio de cobre(que não fica em contacto com o disco)numa das pontas da escova,entre as fibras da dita e de forma a ficar entalado na pega de aluminio.
Assim de cada vez que escovo um disco no prato, coloco a outra mão em contacto com o chassis do amp ou outro que tenha terra, para fazer o escoamento da estatica

Se tens pipocas em (todos) discos novos, é uma questão de peso na tua agulha, penso eu de que.

Podes deixar os discos por cima das colunas, não há crise nenhuma, mas como plástico que são, obviamente deves mantê-los afastados das fontes de calor (e humidade).

Ter e conservar vinil, não obedece a nenhuma ciência por aí além ... é assunto bastante falado aqui por estas bandas, e poderás encontrar algumas "dicas", em inúmeros tópicos que por aqui abundam.

A maior parte dos meus discos, não têm pipocas, ou se têm, é um ou outro click, mas isso, "faz parte" da coisa.

Se por acaso deixares algum disco no prato (eu faço-o, com bastante frequência), quando o fores a ouvir novamente, passa com a escova com o disco a girar no prato, antes de pousares a agulha (eu faço isso, em gesto automático, em todos os discos que ouço ... inclusivé, na agulha, passo sempre um pincel que tenho só para esse efeito).

Obviamente, a lavagem dos LPs, é essencial para a sua manutenção sadia ... com as capas (limpeza), passa-se o mesmo, mas não será tão importante como para o vinil própriamente dito.

Cpts

António José da Silva escreveu:

Carlos Dias escreveu:

A escova que uso é de fibra.

Os discos estão na prateleira por cima das colunas. Vou mudar.

Quanto às mudanças de temperatura o ambiente é equilibrado.

Não deixo os discos no prato. Quanto às capas não sei se são anti-estáticas. Como posso verificar? Os novos que tenho vem com uma capa que parece ser boa. De papel por fora e plástico por dentro.

Quanto a lavar já vi muitas coisas por aqui. E estou a trabalhar nisso.


Como posso ver se o problema é da estática? Olhando para o disco não encontro falhas. Mas a pipoca ocorre numa zona especifica.

Qual o método de lavagem usado?

É manual, com um produto de limpeza Reloop. Mas vou ter de comprar a bendita máquina.

Fran escreveu:

Se tens pipocas em (todos) discos novos, é uma questão de peso na tua agulha, penso eu de que.

Também pensei nisso. A minha celula é uma EXCEL 70. O valor recomendo, pelo que o vendedor disse é 1.75. Tenho esses valores regulados em ambos os pontos (desculpem mas não sei o nome técnico). O meu gira é o PL10 da pioneer que referi em tempos.

Por vezes também existem defeitos de prensagem que fazem com que alguns discos novos possam ter alguns clicks em alguns pontos, e se é sempre no mesmo sitio o mais certo é ser defeito de prensagem.

E isso pode sempre acontecer, e se for apenas um ou outro click é não ligar a nisso...

Não poderá ser o proprio gira discos a apanhar ruidos internos?
Ou mm externos que passam (vibrações e assim?)?

Olá
Para os ruídos de estática eu utilizo a pistola da Milty
http://www.audioteam.pt/
Não resolve completamente mas ajuda bastante principalmente se os ruídos forem da estática.
Fredie

Jorge Ferreira escreveu:

Por vezes também existem defeitos de prensagem que fazem com que alguns discos novos possam ter alguns clicks em alguns pontos, e se é sempre no mesmo sitio o mais certo é ser defeito de prensagem.

E isso pode sempre acontecer, e se for apenas um ou outro click é não ligar a nisso...

Por isso adoro as prensagens Japonesas, é incrível

Eu não tenho tido muita sorte com prensagens novas de 180 gr, aquilo é um atrai-estática

Ulrich escreveu:

Jorge Ferreira escreveu:

Por vezes também existem defeitos de prensagem que fazem com que alguns discos novos possam ter alguns clicks em alguns pontos, e se é sempre no mesmo sitio o mais certo é ser defeito de prensagem.

E isso pode sempre acontecer, e se for apenas um ou outro click é não ligar a nisso...

Por isso adoro as prensagens Japonesas, é incrível

Eu não tenho tido muita sorte com prensagens novas de 180 gr, aquilo é um atrai-estática

Estou agora a rodar o Out to Lunch do mestre Eric Dolphy e yupppiii!!!! Nada de pipocas.... quer dizer.. no silêncio tem lá umas coisitas... mas já é niquice da minha parte. Outro disco que experimentei, e que tinha o problema, era de 180g.

gorogoro escreveu:

Não poderá ser o proprio gira discos a apanhar ruidos internos?
Ou mm externos que passam (vibrações e assim?)?

Desculpa mas não percebi o que queres dizer com ruídos internos ou externos.

Carlos Dias escreveu:

Estou agora a rodar o Out to Lunch do mestre Eric Dolphy...

Que grande álbum, perdoem-me o off tópic.

Carlos Dias escreveu:

Fran escreveu:

Se tens pipocas em (todos) discos novos, é uma questão de peso na tua agulha, penso eu de que.

Também pensei nisso. A minha celula é uma EXCEL 70. O valor recomendo, pelo que o vendedor disse é 1.75. Tenho esses valores regulados em ambos os pontos (desculpem mas não sei o nome técnico). O meu gira é o PL10 da pioneer que referi em tempos.

Olá Carlos, lembro-me de usar essa célula e ter o mesmo problema, tente colocar 2,2 na célula.

Obrigado pela dica... mas entretanto mudei de célula. Agora tenho uma Ortofon 2M Red e estou bem servido!
Se bem que nestas coisas da audiofilia um gajo nunca está satisfeito!

hummm acho que vou aderir a este fio de cobre nas cerdas ligado ao cabo de aluminio....