Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 13:27
Paulo estamos em páginas diferentes, mas permita-me tentar aproximar as coisas!
Eu na parte em que expresso dúvidas não crio nem tento criar nenhum argumento, por isso afirmo honestamente a minha dúvida. Depois de expressar a minha dúvida inicial eu volto a tocar de forma leve o que me parece ser uma possível experiência durante a escuta de vinil. Eu aponto premissas, mas não concluo nada, desde logo por não ter como concluir.
Eu poderia dar o salto como o Paulo: não sou crente, mas respeito todo o tipo de crenças. Desta forma estaríamos lado-a-lado e sem nenhum tipo de barreiras, mas eu sou um curioso do Acto de Conhecer e o que o Paulo faz ao arrumar as ideias de forma tão rectilínia a mim não me satisfaz.
Vamos por partes:
1. Eu já estive perante pessoas que acreditam e defendem convictamente o vinil como a melhor janela para a Música (qualquer tipo), desde logo assumindo os defeitos do formato - daí ter usado a palavra "subjectivamente". Estas mesmas pessoas nunca deixaram de apontar defeitos a todos os outros formatos (que eu conheça não há formatos sem limitações);
2. Eu já experimentei a escuta de Música pela via do vinil de forma incrivelmente boa, mesmo de Música dita clássica. A quando dessas experiências não tenho a menor dúvida que quem defende o formato tem a sua janela de oportunidade para seguir a defender.
As minhas intervenções de ontem e de hoje não visam a defesa do vinil enquanto formato, no máximo visam a defesa de uma potencial crença nesse formato - são coisas distintas. Interessa-me, como já expressei muitas vezes, compreender como se desenvolvem crenças e gostos, quando falo com alguém que defende o formato vinil penso em todas as condições para que essas crenças/gostos se desenvolvem - ruído de fundo natural nas nossas vidas (as nossas salas, salas de concertos, rua), distorção existente em potenciais referências (concertos, outros sistemas), hábitos de escuta, gostos paralelos, etc. Isto não deve ser confundido com argumentação, apenas tentativa de compreensão.
A minha posição já foi expressa muitas vezes e não a escondo: tecnicamente o formato com maior potencial é o digital, eu continuo alegremente a viver com os defeitos do vinil de quando-em-quando.
Aplico esta mesma abertura e curiosidade quando abordo outros temas de HiFi, amplificadores, colunas, cabos, ... por um lado vejo a evolução técnica, por outro lado o desenvolvimento de inclinações para certos produtos ou classes de produtos. Vinil, fita magnética, válvulas, daqui a pouco até os transístores, já deviam estar arrumados e bem arrumados, mas ainda fazem o seu caminho com crentes convictos. A argumentação tende a inclinar-se para a subjectividade e esta poderá ser compreendida se não confundida com subjectivismo.
A "não morte" do vinil não se prende com o mais elevado nível de HiFi, nisso creio que estará uma larga maioria de acordo.
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Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 14:23
Venho de ver a emissão e gostei... aprendi que existe um pequeno prensador em Portugal e uma série de coisas interessantes sobre o mercado lusitano. Sim, o vinil ainda està vivo e diria mais, actualmente tém mesmo uma boa saude
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Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 16:04
Venho de ver a emissão e gostei... aprendi que existe um pequeno prensador em Portugal e uma série de coisas interessantes sobre o mercado lusitano. Sim, o vinil ainda està vivo e diria mais, actualmente tém mesmo uma boa saude
Estive a ler atentamente e concordei em vários aspectos ,mas a citação final deixou-me a pensar , é que eu quando em 1993 comecei a ganhar um pouco melhor e investi , isto por estar farto da minha aparelhagem Pioneer comprada em 1974 e deck de cassettes de 1981 ,mas com um som muito bom que não se comparava com os sistemas plásticos tão apreciados nos anos 80 ,e cds ,eram caros com o dinheiro de dois LP´s comprava um cd por isso nas minhas visitas á Paladium em Lisboa ,pensando em adquirir um fantástico cd acabava por comprar dois albuns em vinil,que por essa altura já tinha 7 cds e milhares de albuns em vinil e centenas de bobines e cassetes . Foi quando investiguei e acabei por comprar um sistema por componentes da sony ES ,e devido á qualidade de som continuei a usar o meu gira-discos pioneer de 74 ,mas , foi quando comprei cds sem ouvir e titulos que já tinha em disco ,pensando que ainda iria ter melhor som . Foi desilusão total, o sistema por componentes não era o topo de gama da sony mas pouco faltava ,eu ouvia um cd e parecia o som ser estéril ,até pensei ao ouvir cds que já tinha ouvido em vinil milhares de vezes ,"Como é possível ter gostado tanto disto, devia ser devido á idade tudo parecia bom, mas foi quando um dia fui ouvir um disco dos The Cult "Electric" e o "instinct" do Iggy Pop no meu velho gira-discos ligado ao meu novo sistema Sony ES que paguei na altura á volta de 600 contos mais umas colunas Cerwin-vega com o look anos 70 que me custaram 195 contos cada ,e bem me lembro de ir a Lisboa e dizer numa loja do amoreiras "195 contos estas colunas, são boas mas é caro ,mas fico com o par". Ao que me responderam ,"195 contos cada uma" . Engoli em seco e disse ,"claro" com um amargo cá dentro ,mas fiquei até orgulhoso de ter uma aparelhagem preta e moderna , com colunas de madeira perlimpimpim com brilho que cegava . Voltando aos meus dois discos ,lá voltei a por a tocar o meu gira discos velhinho e .....o som era mesmo muitas vezes melhor que o meu novo leitor de cd sony ES que me custou muito dinheiro,e posso acrescentar que quando gravava uma cassete de um cd ,a cassete soava muito melhor, que usava SONY UX-pro e TDK SA-X só pois tinha dinheiro(até que enfim), foi quando percebi que afinal o meu gosto não era de ser muito jovem era a muita má qualidade de um cd comparado com discos de vinil ,pois eu lembro-me maior parte dos meus amigos não tinha qualquer cuidado com os discos e para eles o cd foi durante um mês uma melhoria ,pois ao fim de um mês já tinham destruído o cd com dedadas ou riscos, pois pensavam eles que eram indestrutiveis . Acabei por comprar um leitor de cd CEC que é mesmo muito bom e deixei para trás os cds gravados de discos antigos e só comprava cds novos .Acerca do digital ,nada em contra pois um dos melhores discos ao vivo que tenho é "Dream Syndicate - Live at the rajii´s " aonde diz directamente gravado para DAT ,mas ao mais tarde comprar a versão cd pois tinha duas das minhas favoritas musicas desta banda , pois é , o cd soava muito mal . Isto tudo para dizer o problema não é o digital mas o formato compacto e obsoleto que é o cd ,pois também comprei um deck de DAT e era perfeito e digital, para acabar o gira discos de 74 tem frequêcia de resposta de 7hz a 35 hz ,os cds mais caros têm saída de som lá perto mas os cds têm de 20hz a 20khz e mais nada, e o meu deck de cassetes grava em type II de 5hz a 25khz, e o resto do equipamento á volta destes números, daí hoje ter milhares de cds mas tive de comprar um equalizador ,que com o meu sistema pioneer de 74 nunca tive necessidade de ligar um equalizador que o tinha, mas para quê ,o som já era perfeito ,mas sou Ávido consumidor de musica e tenho spotify que me fez voltar a comprar discos e até cds pois nem todos têm mau som, como o primeiro album dos rage against the machine ou os albuns a partir do 4º dos thievery corporation,mas ouvir Ella Fitzgerald em cd é mesmo pobre ,o mesmo acontece com os albuns da Nina Simone ou Miles Davis e John Coltrane e Art Blackey and the Messengers ou o the Monk ,etc. Pois foram gravados entre finais de anos 40 e até aos meados dos anos 70 ,esses só mesmo em disco (vinil), é só a minha opinião. Mas o digital há-de ser melhor pois já se nota melhorias em 2022,mas só para alguns estilos de música. Quem gosta de pop de pastilha elástica o cd e um sistema de 100€ é bom, nem todos gostam mesmo de música. Um bom ano para todos
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Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 16:08
José Miguel escreveu:
Paulo estamos em páginas diferentes, mas permita-me tentar aproximar as coisas! ... eu sou um curioso do Acto de Conhecer e o que o Paulo faz ao arrumar as ideias de forma tão rectilínia a mim não me satisfaz. (...) Vamos por partes:
Eu jà fiz o luto do vinil como formato (audiofilo) e tu não, ou ainda não... penso que é este ponto que nos separa. Penso que no fundo de ti, queres ou acreditas, que este formato ainda pode evoluir tecnicamente e que então a duvida é permitida, eu não...
José Miguel escreveu:
1. Eu já estive perante pessoas que acreditam e defendem convictamente o vinil como a melhor janela para a Música (qualquer tipo), desde logo assumindo os defeitos do formato - daí ter usado a palavra "subjectivamente". Estas mesmas pessoas nunca deixaram de apontar defeitos a todos os outros formatos (que eu conheça não há formatos sem limitações)
Existe uma tendência no audio a associar a palavra "objectivamente" à medida e a "subjectivamente" às sensações... eu prefiro muitas vezes as palavras "universal" e "pessoal"! Quando digo que a leitura vinil tém ruido de superficie e distorções audiveis isto é "universal" e não é necessario nenhum aparelho de medida... quando me dizém que o digital é frio, analitico e metalisado isto é "pessoal" e outra pessoa pode dizer o contràrio sobre o mesmo material nas mesmas condições de escuta. Os defeitos da leitura vinil são "universais" e as criticas feitas ao digital são "pessoais" ou ligadas a produtos isolados... não é a mesma coisa
José Miguel escreveu:
2. Eu já experimentei a escuta de Música pela via do vinil de forma incrivelmente boa, mesmo de Música dita clássica. A quando dessas experiências não tenho a menor dúvida que quem defende o formato tem a sua janela de oportunidade para seguir a defender.
A descoberta dos 24 Preludios do Chopin pelo Maurizio Pollini em vinil despertou-me sensações intensas... mais tarde a escuta desse mesme album em CD foi uma (re)descoberta com uma emoção ainda mais intensa! Não duvido, ném nunca duvidei, que o vinil possa procurar grandes sensações na escuta de classica pois foi assim que me iniçiei a esse estilo assim que ao barroco... em contrapartida o digital permite de saborear essa musica a um nivel unico. As pessoas que defendem o vinil em classica deveriam a (re)escutar em digital sém preconceitos, quém sabe, poderiam descobrir a Musica para além dos Formatos...
José Miguel escreveu:
... A minha posição já foi expressa muitas vezes e não a escondo: tecnicamente o formato com maior potencial é o digital, eu continuo alegremente a viver com os defeitos do vinil de quando-em-quando.
Sendo a gravação o armazenamento da musica e o formato a sua forma de difusão... se o digital é o formato com maior potencial técnico então a conversa pareçe-me arrumada. Ou então voltamos ao "fetichismo" e ao "pessoal", coisas que respeito pois também tenho as minhas pancadas...
José Miguel escreveu:
Aplico esta mesma abertura e curiosidade quando abordo outros temas de HiFi, amplificadores, colunas, cabos, ... por um lado vejo a evolução técnica, por outro lado o desenvolvimento de inclinações para certos produtos ou classes de produtos. Vinil, fita magnética, válvulas, daqui a pouco até os transístores, já deviam estar arrumados e bem arrumados, mas ainda fazem o seu caminho com crentes convictos. A argumentação tende a inclinar-se para a subjectividade e esta poderá ser compreendida se não confundida com subjectivismo.
Tu fazes muitas vezes esse paralelo mas ele é mau pois o teu pouco conhecimento técnico não te permite de ver as diferenças. Os transistores e mesmo a vàlvula (triodo de tensão) não estão ultrapassados e em muitos pontos técnicos ainda são altamente unicos e pertinentes... a mesma coisa pode ser dita da fita magnética, o problema é a complexidade e o preço, não o desempenho técnico. Em contrapartida o vinil apresenta limites técnicos insuperaveis... a comparação não é boa! O digital nasceu como tecnologia para substituir o analogico como meio de gravação e de armazenamento e difusão, não como meio de amplificação ou de reprodução acustica...
José Miguel escreveu:
A "não morte" do vinil não se prende com o mais elevado nível de HiFi, nisso creio que estará uma larga maioria de acordo.
Se a missão actual do vinil não é a de melhor reproduzir a musica gravada, como foi no passado, então a sua pertinência e resiliência apareçem numa série de elementos extra-técnicos. Num som diferente, nos rituais tacteis e visuais assim que numa série de simbolos sociais que tocam os adeptos. Penso que o que faz bater o coração do vinil não é a extrema qualidade da reprodução em si, é uma série de sensações ligadas a factores paralelos...
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kameira Membro AAP
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Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 16:11
José Miguel escreveu:
Paulo estamos em páginas diferentes, mas permita-me tentar aproximar as coisas!
Eu na parte em que expresso dúvidas não crio nem tento criar nenhum argumento, por isso afirmo honestamente a minha dúvida. Depois de expressar a minha dúvida inicial eu volto a tocar de forma leve o que me parece ser uma possível experiência durante a escuta de vinil. Eu aponto premissas, mas não concluo nada, desde logo por não ter como concluir.
Eu poderia dar o salto como o Paulo: não sou crente, mas respeito todo o tipo de crenças. Desta forma estaríamos lado-a-lado e sem nenhum tipo de barreiras, mas eu sou um curioso do Acto de Conhecer e o que o Paulo faz ao arrumar as ideias de forma tão rectilínia a mim não me satisfaz.
Vamos por partes:
1. Eu já estive perante pessoas que acreditam e defendem convictamente o vinil como a melhor janela para a Música (qualquer tipo), desde logo assumindo os defeitos do formato - daí ter usado a palavra "subjectivamente". Estas mesmas pessoas nunca deixaram de apontar defeitos a todos os outros formatos (que eu conheça não há formatos sem limitações);
2. Eu já experimentei a escuta de Música pela via do vinil de forma incrivelmente boa, mesmo de Música dita clássica. A quando dessas experiências não tenho a menor dúvida que quem defende o formato tem a sua janela de oportunidade para seguir a defender.
As minhas intervenções de ontem e de hoje não visam a defesa do vinil enquanto formato, no máximo visam a defesa de uma potencial crença nesse formato - são coisas distintas. Interessa-me, como já expressei muitas vezes, compreender como se desenvolvem crenças e gostos, quando falo com alguém que defende o formato vinil penso em todas as condições para que essas crenças/gostos se desenvolvem - ruído de fundo natural nas nossas vidas (as nossas salas, salas de concertos, rua), distorção existente em potenciais referências (concertos, outros sistemas), hábitos de escuta, gostos paralelos, etc. Isto não deve ser confundido com argumentação, apenas tentativa de compreensão.
A minha posição já foi expressa muitas vezes e não a escondo: tecnicamente o formato com maior potencial é o digital, eu continuo alegremente a viver com os defeitos do vinil de quando-em-quando.
Aplico esta mesma abertura e curiosidade quando abordo outros temas de HiFi, amplificadores, colunas, cabos, ... por um lado vejo a evolução técnica, por outro lado o desenvolvimento de inclinações para certos produtos ou classes de produtos. Vinil, fita magnética, válvulas, daqui a pouco até os transístores, já deviam estar arrumados e bem arrumados, mas ainda fazem o seu caminho com crentes convictos. A argumentação tende a inclinar-se para a subjectividade e esta poderá ser compreendida se não confundida com subjectivismo.
A "não morte" do vinil não se prende com o mais elevado nível de HiFi, nisso creio que estará uma larga maioria de acordo.
Se for de sua vontade ,leia o meu comentário companheiro,pois concordo com o que escreveu mas nem tudo me parece correcto
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 17:52
kameira escreveu:
... sou Ávido consumidor de musica e tenho spotify que me fez voltar a comprar discos e até cds pois nem todos têm mau som, como o primeiro album dos rage against the machine ou os albuns a partir do 4º dos thievery corporation, mas ouvir Ella Fitzgerald em cd é mesmo pobre ,o mesmo acontece com os albuns da Nina Simone ou Miles Davis e John Coltrane e Art Blackey and the Messengers ou o the Monk ,etc. Pois foram gravados entre finais de anos 40 e até aos meados dos anos 70 ,esses só mesmo em disco (vinil), é só a minha opinião...
Todos temos as nossas estorias pessoais com a musica e consoante a idade com os vinis pois no meu caso a historia de amor que tenho com a musica começou com eles. Também temos os nossos habitos de escuta e muitas vezes o que achamos melhor é simplesmente o que preferimos, o que estamos habituados... que uma pessoa de Viseu prefira um Dão e uma pessoa de Evora um Reguengos é normal, saber qual é melhor sò comparando no copo é que se vai ver. Lembro do amor fusional que tinha com o meu "Closer" dos Joy Division em vinil até escutar o CD que me tocou muito mais... lembro-me também, ao contràrio, da decepção que tive quando escutei pela primeira vez o CD dos The Dream Syndicate "The days of wine and roses" e finalmente guardei o vinil original, ainda o tenho...
O estilo de musica que escutamos também interfere neste gosto pois no rock, jazz e etc o vinil està intimamente ligado a um culto do grupo, da obra, da prensagem ou da época... jà na classica isso existe muito menos pois a capa é minimalista e um amador de um compositor tém vàrios discos da mesma obra interpretados por artistas diferentes, o conteudo é mais importante do que o contentor! O vinil é transgeracional pois evoca simbolos temporais aos mais velhos, como eu, ou valores de prazer socio-estético aos mais novos... finalmente cada um de todos nòs tém uma razão pessoal e intima para apreciar o disco vinil, não é necessario o alibi embolorado da qualidade da escuta. O disco vinil encerra em si a cristalisação pelo simbolismo do nosso gosto pela musica popular, em si jà é enorme e explica a sua resiliência... com uma grande ajuda do marketing discografico é claro! Quando vejo os meus filhos preferir ter o "Random Access Memories" dos Daft Punk em vinil no lugar do ficheiro HiRes não é de certeza pela qualidade da escuta, é por outras razões que o mercado sabe muito bem criar
Bom Ano Novo para si também
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 18:55
TD124 escreveu:
(...)
José Miguel escreveu:
Aplico esta mesma abertura e curiosidade quando abordo outros temas de HiFi, amplificadores, colunas, cabos, ... por um lado vejo a evolução técnica, por outro lado o desenvolvimento de inclinações para certos produtos ou classes de produtos. Vinil, fita magnética, válvulas, daqui a pouco até os transístores, já deviam estar arrumados e bem arrumados, mas ainda fazem o seu caminho com crentes convictos. A argumentação tende a inclinar-se para a subjectividade e esta poderá ser compreendida se não confundida com subjectivismo.
Tu fazes muitas vezes esse paralelo mas ele é mau pois o teu pouco conhecimento técnico não te permite de ver as diferenças. Os transistores e mesmo a vàlvula (triodo de tensão) não estão ultrapassados e em muitos pontos técnicos ainda são altamente unicos e pertinentes... a mesma coisa pode ser dita da fita magnética, o problema é a complexidade e o preço, não o desempenho técnico. Em contrapartida o vinil apresenta limites técnicos insuperaveis... a comparação não é boa! O digital nasceu como tecnologia para substituir o analogico como meio de gravação e de armazenamento e difusão, não como meio de amplificação ou de reprodução acustica...
(...)
Paulo eu não faço luto de uma coisa que não morreu!
Na minha cabeça as ideias estão bem arrumadas, o vinil é uma forma de aceder à Música que por vezes me dá muito gozo, outras vezes não funciona. Não aguento doses de distorção ou ruído que saltam em relevo, simplesmente não dá para mim. Desligo o Lenco e ligo o Topping com frequência, tudo muito natural!
Deixei essa parte apenas para tentar esclarecer o raciocínio, este não é o tópico certo para alongar. Olho para algumas classes de equipamentos, como os que referi, pela perspectiva mais ampla possível. Na minha cabeça como em todas (estruturalmente falando) necessito de referências e quando se fala em comparar tecnologias (ou formatos) de forma global é preciso pensar para lá dos exemplos pontuais (um grande sistema de reprodução de vinil colocado num grande sistema será melhor do que um pobre DAC com umas fracas colunas a amplificador maroto). O resultado de bom desempenho (a alta fidelidade!) tem em si respostas para muitas incógnitas, pelo conhecimento que tenho compreendo que para algumas incógnitas há tecnologias mais antigas que respondem maravilhosamente, mas que deixam outras por responder. As novas tecnologias respondem a outras incógnitas e deixam algumas por responder. No fundo a minha posição passa por tentar compreender que equipamento pode responder melhor a mais incógnitas - é este o raciocínio, não quero "matar" nada.
Paulo no fundo eu tento arrumar as ideias de forma simples, penso no que quero e espero encontrar como resultado, procuro as ferramentas para isso. Cada vez é mais comum encontrar resposta na vertente digital, mas não deixo de piscar o olho a outras coisas...
ps.: depois de uma experiência recente fiquei com uma pulguita chamada "colunas pequenas", elas podem ter lá as suas limitações, mas no que fazem bem deixaram-me agarrado. Amanhã não sei se pensarei nisto, hoje ao escrever aqui pensei.
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: ...e, não morre... Seg Jan 16 2023, 18:58
kameira escreveu:
Se for de sua vontade ,leia o meu comentário companheiro,pois concordo com o que escreveu mas nem tudo me parece correcto
Olá!!
Não olhe para estas trocas de palavras como certo e errado, no fundo são partilhas de experiências.
Ao ler a sua consigo compreender de onde vem e o que lhe vai dando gozo, não tenho o mesmo trajecto (serei mais novo!?!), mas identifico-me com parte do que diz.
Há álbuns que em vinil me sabem muito melhor, já abordamos isso até pelo lado das masterizações... é um tema rico.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: ...e, não morre... Ter Jan 17 2023, 16:20
José Miguel escreveu:
... Olho para algumas classes de equipamentos, como os que referi, pela perspectiva mais ampla possível. Na minha cabeça como em todas (estruturalmente falando) necessito de referências e quando se fala em comparar tecnologias (ou formatos) de forma global é preciso pensar para lá dos exemplos pontuais (um grande sistema de reprodução de vinil colocado num grande sistema será melhor do que um pobre DAC com umas fracas colunas a amplificador maroto).
Não vou ser off-topic no que vou escrever. O audio é feito de referências e de simbolos... confundir os dois é andar às voltas! As tecnologias ultrapassam o dominio técnico (que poucos conheçem) e impõem-se pela aparência, pelo design natural! As colunas a corneta são reconheciveis, as electroestàticas também, as OB, os SET, os valvulados, os giras... é a tecnologia que agrada às pessoas ou o look, o objecto em si? O audio é tão hermético e singular pelas tecnologias que finalmente são os objectos que fazém sonhar e as pessoas acabam por misturar os dois. Para um vinilista principiante uma MC e um idler ou DD é bem superior a uma MM e gira a correia... para mim não e posso provar o contràrio! A net não ajuda ninguém nisto, ném um forum... arregaças as mangas e vais viver e compreender o necessario para atingir uma verdade que podes argumentar à volta. O vinil mesmo grande e num grande sistema não é (obrigatoriamente) superior a um pequeno dac com colunas fracas e amplificator maroto... tudo depende de que aparelhos são comparados e do protocolo de analise. O absolutismo das frases de forum e na net são vazias de sentido... um SET pode ser maravilhoso ou um atentado à musica e sensibilidade do auditor, qualquer aparelho em qualquer tecnologia pode ser isto
José Miguel escreveu:
... O resultado de bom desempenho (a alta fidelidade!) tem em si respostas para muitas incógnitas, pelo conhecimento que tenho compreendo que para algumas incógnitas há tecnologias mais antigas que respondem maravilhosamente, mas que deixam outras por responder. As novas tecnologias respondem a outras incógnitas e deixam algumas por responder. No fundo a minha posição passa por tentar compreender que equipamento pode responder melhor a mais incógnitas - é este o raciocínio, não quero "matar" nada.
Compreendeste mal! Não hà nenhuma tecnologia que eu conheça (fora o vinil e a classe D) que não possua exemplares suficientemente poderosos para mostrar a amplitude do potencial musical e de desempenho. A ideia que cada tecnologia tém pontos fortes e fraco sò é valida para um técnico, é uma noção de laboratorio, a partir do momento em que os pontos fracos de uma tecnologia são inaudiveis para o auditor então tornam-se sém importância! Ninguém ouve a diferença entre 0.01% e 0.00001% de DHT, mesmo as melhores orelhas de ouro! Essa ideia que tens do desempenho por alternância não é uma referência, é um simbolo...
José Miguel escreveu:
... Paulo no fundo eu tento arrumar as ideias de forma simples, penso no que quero e espero encontrar como resultado, procuro as ferramentas para isso. Cada vez é mais comum encontrar resposta na vertente digital, mas não deixo de piscar o olho a outras coisas...
Neste dominio as ferramentas que buscas estão na experiência, não na leitura! Nenhum artigo da terra te darà o gosto de um Cheval Blanc... mas no copo tudo serà claro! O audio é exactamente a mesma coisa como os perfumes ou a cozinha. São dominios, diferentes é certo, que tocam aos sentidos e às sensações resultantes...
José Miguel escreveu:
... ps.: depois de uma experiência recente fiquei com uma pulguita chamada "colunas pequenas", elas podem ter lá as suas limitações, mas no que fazem bem deixaram-me agarrado. Amanhã não sei se pensarei nisto, hoje ao escrever aqui pensei.
O audio, como muitos outros dominios sensoriais é marcado pela trilogia da sedução, aceitação e revolta! Quém sabe se as colunas pequenas serão uma futura historia de amor, talvez de paixão como é o meu caso... mas o mais natural é que a revolta apareça rapidamente! Jà o disse, cada tecnologia tém os ingredientes para fascinar, depende da forma sobre qual ela se apresenta... e do consumidor em face
kameira Membro AAP
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Assunto: Re: ...e, não morre... Qua Jan 18 2023, 12:24
TD124 escreveu:
kameira escreveu:
... sou Ávido consumidor de musica e tenho spotify que me fez voltar a comprar discos e até cds pois nem todos têm mau som, como o primeiro album dos rage against the machine ou os albuns a partir do 4º dos thievery corporation, mas ouvir Ella Fitzgerald em cd é mesmo pobre ,o mesmo acontece com os albuns da Nina Simone ou Miles Davis e John Coltrane e Art Blackey and the Messengers ou o the Monk ,etc. Pois foram gravados entre finais de anos 40 e até aos meados dos anos 70 ,esses só mesmo em disco (vinil), é só a minha opinião...
Todos temos as nossas estorias pessoais com a musica e consoante a idade com os vinis pois no meu caso a historia de amor que tenho com a musica começou com eles. Também temos os nossos habitos de escuta e muitas vezes o que achamos melhor é simplesmente o que preferimos, o que estamos habituados... que uma pessoa de Viseu prefira um Dão e uma pessoa de Evora um Reguengos é normal, saber qual é melhor sò comparando no copo é que se vai ver. Lembro do amor fusional que tinha com o meu "Closer" dos Joy Division em vinil até escutar o CD que me tocou muito mais... lembro-me também, ao contràrio, da decepção que tive quando escutei pela primeira vez o CD dos The Dream Syndicate "The days of wine and roses" e finalmente guardei o vinil original, ainda o tenho...
O estilo de musica que escutamos também interfere neste gosto pois no rock, jazz e etc o vinil està intimamente ligado a um culto do grupo, da obra, da prensagem ou da época... jà na classica isso existe muito menos pois a capa é minimalista e um amador de um compositor tém vàrios discos da mesma obra interpretados por artistas diferentes, o conteudo é mais importante do que o contentor! O vinil é transgeracional pois evoca simbolos temporais aos mais velhos, como eu, ou valores de prazer socio-estético aos mais novos... finalmente cada um de todos nòs tém uma razão pessoal e intima para apreciar o disco vinil, não é necessario o alibi embolorado da qualidade da escuta. O disco vinil encerra em si a cristalisação pelo simbolismo do nosso gosto pela musica popular, em si jà é enorme e explica a sua resiliência... com uma grande ajuda do marketing discografico é claro! Quando vejo os meus filhos preferir ter o "Random Access Memories" dos Daft Punk em vinil no lugar do ficheiro HiRes não é de certeza pela qualidade da escuta, é por outras razões que o mercado sabe muito bem criar
Bom Ano Novo para si também
pelos vistos temos gostos parecidos ,pois os dois albums que referiu também os tenho, mas só queria acrescentar que ao ouvir vinil não tem nada a ver com saudosismo ou outros motivos, mas por ter comprado uma série de cds que tinha em vinil e o som era mesmo muito mau por exemplo o unknown pleasures e o closer em cd não tem o som que tinha o vinil ,mais parece uma cassete má gravada no deck mais barato que havia no mercado, se calhar ainda pior , pois metade do som do disco não existe no cd , a produção excelente e na altura inovadora desapareceu ,daí ter nunca ouvido muitos cds que pensava que eram pelo menos iguais em qualidade na altura ,isto em 93. Também há o factor ,equipamento ,eu comecei com uma aparelhagem por módulos da Pioneer ,que o prato pelos vistos era muito bom ,ainda hoje está a funcionar ,mas para muitos ainda tinham em casa gira-discos com agulhas anteriores ás de ponta de diamante que danificavam o vinil á primeira passagem sem recuperação possível ,isto também para referir quem tinha pratos já com agulhas boas mas pensavam que duravam 20 anos e também destruia o disco e soava mal ,para muitos o cd foi o melhor que apareceu ,mas com uma aparelhagem barata com uma agulha moderna e cuidado com os discos eles mantinham-se perfeitos por décadas, tenho discos comprados em 67 ou 69 que nem estática têm ou algum ruído ,isto talvez porque no Alentejo antes da construção da barragem do Alqueva o ar quase não tinha humidade ,o tempo era seco e frio ou quente ,hoje temos muita humidade que tornou a vida daqueles que vivem perto da barragem impossível ,mas por exemplo o disco dos supertramp "crime of the century" que ainda tem bom som desde 76 (não tenho a certeza)que era do meu pai ,eu ao comprar o cd pensei ,agora vou ter o melhor som, mas ao por o cd logo na segunda faixa notei que as guitarras estavam muito abafadas, pois outro album que em cd que não tem qualidade nenhuma,mas para quem só ouviu o cd pensa que era só aquilo,mas na realidade o vinil parece que estamos a ouvir a banda a tocar e não uma má gravação do disco com som perfeito, como já tinha referido houve discos que só tinha a gravação em cassete com excelente som e comprei o cd ,e até pensei "como podia eu gostar disto, devia ser da idade"mas ao ouvir o disco na casa de um amigo meu ,pensei , epá isto é mesmo muito bom, e dai para a frente só vinil e cds novos(não gravações antigas convertidas para cd), para acabar vou referir os gravadores de bobines, que por muito bom som que tenham os gravadores digitais ,eu tenho um gravador akai de 1970 que uso desde sempre e hoje trabalha na perfeição até tenho melhor que herdei do meu pai, mas nenhum gravador de cassetes por muito bom que seja se aproxima da qualidade de um gravador de bobines, a nakamichi é boa mas melhor deck do mundo é ridiculo eu tive três decks nakamichi topo de gama, porque eram mais baratos que o topo de gama de marcas como a Pioneer ou Akai ou Sony, e nem um aguentou mais de 3 ou 4 anos no calor do alentejo, quando comprei um deck topo de gama da pioneer de 1990 por 40€ fiquei pasmado com a qualidade de som, mas lembrei-me de ouvir umas bobines ao ligar o leitor ao meu amplificador tinha uma bobine pequena sem caixa que costumava gravar da rádio musicas que gostava ou seja pelo menos gravada umas 15 vezes ,gravei um cd que estava a ouvir ,quando fui ouvir a gravação na velhinha fita de oxido de ferro, o som era melhor que o cd de onde gravei a musica, isto para dizer que além das bobines só um deck bom de DAT tem boa qualidade e é digital, isto para não parecer fundamentalista do analógico ,mas sou apreciador de som com qualidade, já que tenho acesso a ela
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tomaz Membro AAP
Mensagens : 355 Data de inscrição : 21/10/2010 Idade : 51 Localização : Vila Nogueira de Azeitão
Assunto: Re: ...e, não morre... Qua Jan 18 2023, 12:38
"Luminate report indicates playback hardware isn’t even at issue since 50% of consumers who had bought vinyl over the previous 12 months don’t even own a record player.'
O número de pessoas que contribui para o fenómeno apenas pelo interesse comercial é supostamente, significativo.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: ...e, não morre... Qua Jan 18 2023, 17:10
tomaz escreveu:
... O número de pessoas que contribui para o fenómeno apenas pelo interesse comercial é supostamente, significativo.
Amigo Tomaz, para mim o problema é complexo e toca a tudo menos à qualidade da reprodução. O nosso amigo administrador (Alexandre Vieira) disse vàrias vezes que muitos dos vinis que comprava guardava-os selados para que não percam o valor... entre isso e comprar um vinil apenas pelo objecto não vejo grande diferença! Quantas pessoas aqui no AAP apòs a descoberta de uma obra em streaming buscam o vinil?... fazém isso com o intuito de pocessão ou culto, não é para melhor escutar a obra. Quando me ofereço pelo natal a trilogia do Murcof em vinil não é pela qualidade de escuta pois tenhos os CD e ficheiros, bem superiores... é puro fetichismo meu! Acho que andamos todos, cada um à sua maneira, um pouco como os adeptos da Taylor Swift quando compramos vinis... somos vinylvictims e participamos ao fenomeno comercial. Quando digo que o disco vinyl jà não é um simbolo audiofilo
Abç
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kameira Membro AAP
Mensagens : 37 Data de inscrição : 22/10/2020 Idade : 62 Localização : Beja
Assunto: Re: ...e, não morre... Ter Jan 31 2023, 15:19
TD124 escreveu:
tomaz escreveu:
... O número de pessoas que contribui para o fenómeno apenas pelo interesse comercial é supostamente, significativo.
Amigo Tomaz, para mim o problema é complexo e toca a tudo menos à qualidade da reprodução. O nosso amigo administrador (Alexandre Vieira) disse vàrias vezes que muitos dos vinis que comprava guardava-os selados para que não percam o valor... entre isso e comprar um vinil apenas pelo objecto não vejo grande diferença! Quantas pessoas aqui no AAP apòs a descoberta de uma obra em streaming buscam o vinil?... fazém isso com o intuito de pocessão ou culto, não é para melhor escutar a obra. Quando me ofereço pelo natal a trilogia do Murcof em vinil não é pela qualidade de escuta pois tenhos os CD e ficheiros, bem superiores... é puro fetichismo meu! Acho que andamos todos, cada um à sua maneira, um pouco como os adeptos da Taylor Swift quando compramos vinis... somos vinylvictims e participamos ao fenomeno comercial. Quando digo que o disco vinyl jà não é um simbolo audiofilo
Abç
pois mas na realidade o som do vinil mesmo gravados de fontes digitais continua a ser muito melhor formato com uma qualidade não um pouco melhor mas uma diferença gigantesca, pois os pratos pioneer mais baixos em 1972 tinham melhor som que os SACD´s ou leitores de cd´s de alta resolução ,pois têm uma saida de som idêntica aos gira-discos médios de inicio de 70´s ou anteriores como um prato profissional que tenho de 1970 da marca thorens com uma agulha recente a gold III prestige da Grado que comprei já duas também para um prato de 76 aberto á 4 anos e enquanto usei a agulha original tinha um som muito bom mesmo da technics, que tenho pelo menos mais 5 pratos todos dos anos 70 e dois thorens um dos anos 80 outro dos anos 90 e tenho também 4 leitores de cds muito bons ,modelos topo de gama de marcas conhecidas mais um CEC que comprei ainda nos anos 90 que me custou muito dinheiro , e foi considerado na altura o melhor do mundo, pode conferir na internet que é "belt driven"mas o cd é um formato compacto e obsoleto que tenho milhares e só aqueles lançados até final dos anos 90 de musica rock e seus derivados têm um som muito mau para quem ouvio o vinil isto com as mesmas colunas e amplificador, hoje o digital já tem uma evolução muito grande mas com instrumentos analógicos é mesmo mau só pelo facto que muda o som destes instrumentos, há técnicas para o fazer soar mais natural,mas soam pouco reais ,agora todos são livres de escolher o que querem ouvir, como referi e volto a fazê-lo tenho milhares de cds originais bem como discos e cassetes e também bobines que dizem ser muito caro mas eu a última vez que comprei uma bobine de fita virgem da maxell foi em 82 mas as fitas de ferro que já tinha gravado múltiplas vezes hoje não sei se algum deck no mundo soa melhor mesmo usando a melhor cassete do mundo de metal, as opiniões dividem-se a TDK ma-xg ou a Sony metal master ,eu prefiro a ma-xg dos anos 80 ,dos meados dos anos 90 nem sabia que existiam, as metal xr ou xs da sony eram mais baratas que uma sony ux-pro ou ux-es, e piores só acabadas de gravar é que parecem ser boas, aceitáveis.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: ...e, não morre... Sex Fev 03 2023, 11:27
A forma como o Kameira coloca as coisas é muito assertiva, eu já não tenho a mesma experiência.
Gosto do formato vinil, mas cada vez mais me chateia chegar a casa depois de pagar bem e ouvir distorção em discos... já tive de trocar o mesmo disco várias vezes e acabei por desistir. Depois de algumas semanas sem comprar vinil dou comigo a pensar se fiz bem comprar mais uns quantos. Volto a ouvir distorção, irrito-me e desligo. Lavo os discos e parece (reforço o parece) que as coisas ficam melhor, depois fico atento e volto ao mesmo.
O vinil não morre e ainda bem, gosto do som que tenho em casa quando os reproduzo e sei a razão de gostar, mas de cada vez que me cruzo com os defeitos do vinil penso duas vezes sobre continuar a comprar. Discos novos feitos a correr? Pressão do mercado e falta de resposta? Falta de controlo? ... será só a mim que acontece!?!
rjbv17 Membro AAP
Mensagens : 160 Data de inscrição : 17/12/2017 Idade : 68 Localização : Porto
Assunto: Re: ...e, não morre... Sex Fev 03 2023, 16:55
José Miguel escreveu:
A forma como o Kameira coloca as coisas é muito assertiva, eu já não tenho a mesma experiência.
Gosto do formato vinil, mas cada vez mais me chateia chegar a casa depois de pagar bem e ouvir distorção em discos... já tive de trocar o mesmo disco várias vezes e acabei por desistir. Depois de algumas semanas sem comprar vinil dou comigo a pensar se fiz bem comprar mais uns quantos. Volto a ouvir distorção, irrito-me e desligo. Lavo os discos e parece (reforço o parece) que as coisas ficam melhor, depois fico atento e volto ao mesmo.
O vinil não morre e ainda bem, gosto do som que tenho em casa quando os reproduzo e sei a razão de gostar, mas de cada vez que me cruzo com os defeitos do vinil penso duas vezes sobre continuar a comprar. Discos novos feitos a correr? Pressão do mercado e falta de resposta? Falta de controlo? ... será só a mim que acontece!?!
(Isto é uma PROVOCAÇÃO)
Caro José Miguel,
Vinil soa a vinil. CD soa a CD Aquelas "coisas" desmaterializadas são, como dizem os nossos irmãos brasileiros a propósito do (sabor) camarão, o "jeitão deles mesmo".
Não pode pedir/querer que todos os formatos sejam iguais.
Vinil, é vinil. Com toda a distorção possível. Felizmente sou surdo devido, sobretudo, à idade avançada (infelizmente).
Mas nada soa como o vinil!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: ...e, não morre... Sex Fev 03 2023, 18:21
rjbv17 escreveu:
(Isto é uma PROVOCAÇÃO)
(...)
Provocação rima com distorção.
Eu gosto de ouvir Música em vinil e mesmo depois de alguns dissabores ainda compro. Confesso que me chateia chegar a casa com discos novos e verificar que têm problemas... não quero que o vinil tenha o som de um ficheiro, apenas quero ouvir o vinil como gosto.
Aqui em casa temos dois registos de som bem distintos, acredite que não precisa ter audição afinada para verificar. O registo em vinil é muito mais "orgânico" e sabemos que isso vem com distorção. O gira-discos Lenco já confere à leitura do vinil aquele som "carnal", quando somamos o pré do Guilhermino Pereira foi como que um sublinhar desse registo. Há uma riqueza na região média/grave que encanta e nos delicia. O DAC da Topping tem um registo mais suave, tudo muito direitinho, mas com menor impacto emocional.
Vivemos bem com estes dois registos e não os tentamos aproximar, um está mais próximo do que está gravado, o outro mais próximo de nós. É possível viver com os sentidos e razão a comer na mesma mesa, felizmente há comida para todos.
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rjbv17 Membro AAP
Mensagens : 160 Data de inscrição : 17/12/2017 Idade : 68 Localização : Porto
Assunto: Re: ...e, não morre... Sex Fev 03 2023, 19:28
José Miguel escreveu:
rjbv17 escreveu:
(Isto é uma PROVOCAÇÃO)
(...)
Provocação rima com distorção.
Eu gosto de ouvir Música em vinil e mesmo depois de alguns dissabores ainda compro. Confesso que me chateia chegar a casa com discos novos e verificar que têm problemas... não quero que o vinil tenha o som de um ficheiro, apenas quero ouvir o vinil como gosto.
Aqui em casa temos dois registos de som bem distintos, acredite que não precisa ter audição afinada para verificar. O registo em vinil é muito mais "orgânico" e sabemos que isso vem com distorção. O gira-discos Lenco já confere à leitura do vinil aquele som "carnal", quando somamos o pré do Guilhermino Pereira foi como que um sublinhar desse registo. Há uma riqueza na região média/grave que encanta e nos delicia. O DAC da Topping tem um registo mais suave, tudo muito direitinho, mas com menor impacto emocional.
Vivemos bem com estes dois registos e não os tentamos aproximar, um está mais próximo do que está gravado, o outro mais próximo de nós. É possível viver com os sentidos e razão a comer na mesma mesa, felizmente há comida para todos.
Se o seu sistema tem distorção, o problema pode não ser o formato (vinil) mas o seu próprio sistema.
O meu sistema de leitura de vinil soa a ... vinil. Não é distorção, é o som do vinil.
Só para dar uma ideia daquilo que o compõe: - giradisccos Oracle MKI/II/V com fonte de alimentação DIY com componentes made in Poland (alimentação) e China (regulador de tensão 27 Vdc); - braço SME 309 com cabo original Van Den Hul D-501 Hybrid (standard); - Cabeça MC reconstruída pelo Dominic Harper a partir de uma Denon 103R (não sei se existe outra igual); - Step-Up para cabeça MC Sound Tradition Live! MC-10 (Hashimoto/Sansui HM-3); - Pré de fono DIY baseado no Anzai SRPP, na versão Jean Hiraga.
P.S. - mesmo este sistema vinil foi (algumas vezes) batido pelo leitor de CD Philips de 14 bits (modificado).
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: ...e, não morre... Sex Fev 03 2023, 21:48
Não me expliquei bem, hoje tirei o dia de "folga extra", até para escrever ao que parece.
A distorção que inicialmente falei está mesmo nos discos novos que comprei, pois outros escuto alegremente e sem problemas. Depois referi na comparação um tipo de distorção que é normalmente colada à reprodução do vinil.
O som que temos ao ouvir em vinil é fruto do conjunto, gostamos muito do efeito que o pré de phono trouxe: impacto e agilidade nas baixas frequências, alguma textura nas frequências mais elevadas com maior extensão (isto face ao que fomos experimentando em preços modestos).
O DAC tem um som mais equilibrado face ao que parece gravado, mais limpo, mas menos carnal e emocional.
Já disse algures que adoro ouvir Música em salas com som carregado de texturas, salas ao estilo caves ou igrejas, ainda que algumas salas preparadas para concertos possibilitem momentos muito bons.
Não sei se consigo passar bem o que me vai na cabeça a esta hora, o dia já vai longo.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: ...e, não morre... Sáb Fev 04 2023, 17:04
José Miguel escreveu:
... gosto do som que tenho em casa quando os reproduzo e sei a razão de gostar, mas de cada vez que me cruzo com os defeitos do vinil penso duas vezes sobre continuar a comprar. Discos novos feitos a correr? Pressão do mercado e falta de resposta? Falta de controlo? ... será só a mim que acontece!?! ...
Meter o apego pela escuta em vinil sobre a forma do "gosto" pareçe-me ser uma atitude honesta intelectualmente. Quanto à pergunta penso que o problema não é de hoje pois toda a minha vida sempre houve um ou outro exemplar comprado que estava pior prensado do que o dos amigos... e vice versa! Penso que esse problema faz parte da brincadeira, mesmo se é chato quando aconteçe com um album do qual gostamos muito. Na verdade, penso mesmo que as edições actuais sejam melhor controladas em saida da prensa do que as antigas pois jà faz vàrios anos que não encontrei problemas de prensagem com os vinis novos, e portanto compro muito. Admito que não sou muito exigente em relação às prensagens, não peço milagres pois sei que não existém... contento-me de um ruido de superficie baixo e homogéneo sém erros de moldagem, isto mesmo apòs vàrias leituras
rjbv17 escreveu:
...Vinil soa a vinil. CD soa a CD ...
E os ficheiros soam a musica
José Miguel escreveu:
... Vivemos bem com estes dois registos e não os tentamos aproximar, um está mais próximo do que está gravado, o outro mais próximo de nós. É possível viver com os sentidos e razão a comer na mesma mesa, felizmente há comida para todos.
Um gira-discos não é obrigatoriamente "orgânico" ou "cheio" como um Lenco ou um Garrard... e um Dac não é forçosamente "analitico" ou "magro" como muitos dos Dacs modernos, na realidade num caso e noutro estamos a falar de defeitos. Se um audiofilo possui um "equilibrio tonal" do seu agrado pareçe-me normal que busque as fontes (independentemente do formato) que mais correspondem ao seu "equilibrio sonoro" preferido... afinal, trata-se de ouvir musica com agrado independentemente do formato, então que isso seja feito com o "equilibrio tonal" que nos permite de melhor sentir as obras. O amigo rjbv17 amputou o seu leitor de Cd's para obter uma escuta que seja "da mesma cor" da que tém com os vinis, nesse aspecto a sua atitude apareçe-me como perfeitamente compreensivel
Os Dacs antigos da Micromega como o Duo BS2 ou o Alchemist TS-D1 são aparelhos suficientemente aveludados e cheios para fazer mentir a ideia de um som digital "esterilisado". Eu que gosto de rapidez, abertura e lisibilidade vou me orientar na direção de Dacs com essas qualidades, mas também me oriento para os setup vinil com qualidades idênticas... as diferenças que subsistém são verdadeiramente ligadas ao formato, não à estética sonora dos aparelhos. Eu nunca busquei que o vinil e o digital estejam em oposição "estilistica" ao nivel sonoro, bem ao contràrio... é no desempenho técnico que as maiores diferenças apareçem entre os formatos citados, mas contra isso não hà nada a fazer que eu saiba
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: ...e, não morre... Dom Fev 05 2023, 13:02
Paulo nós não procuramos activamente ter "dois" tipos de som, o que eu descrevi são factos, o que se pode encontrar aqui em casa. Dentro de cada tipo de reprodução procuramos o melhor possível, mas as diferenças são notórias e não venho para aqui tentar esconder o que existe.
No seguimento desta conversa digo: se tivesse de procurar um caminho de som eu estaria inclinado para o que encontro na reprodução de vinil, desde logo por o considerar mais equilibrado, completo e "natural". Isto que digo é fruto de uma projecção, ou seja, é o som que está cravado na minha memória e que me serve de referência.
Falo apenas deste DAC e não de outros: o Topping E30 tem um som limpo, é um equipamento capaz, contudo tem uma falta de "peso" e "gravidade" que a Música que conheço muito bem tem que apresentar.
O que eu disse mantenho: acredito que o DAC está mais próximo do que está gravado... ora eu não escuto a mesma coisa quando escuto um ficheiro ou um vinil, por isso não posso passar muito para lá da conversa sobre "caminho" a seguir ou tipo de som a perseguir.
O maior potencial para encontrar o que quero pode muito bem passar por um DAC diferente, nada contra, mas neste momento não tenho tempo para procurar e dedicar-me a essa pesquisa/experiência.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: ...e, não morre... Dom Fev 05 2023, 15:25
José Miguel escreveu:
... No seguimento desta conversa digo: se tivesse de procurar um caminho de som eu estaria inclinado para o que encontro na reprodução de vinil, desde logo por o considerar mais equilibrado, completo e "natural"...
O que dizes jà é meio caminho andado para poder encontrar o(s) elemento(s) que vos correspondem. A busca de sonoridades ditas "cheias e orgânicas" criou uma verdadeira corrente nos Dacs, que jà existia do lado dos amplificadores e colunas. Quando o momento chegar vão ter vàrios candidatos (antigos ou modernos) que podem corresponder ao desejado... e sém gastar fortunas
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 42 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: ...e, não morre... Sáb Fev 11 2023, 16:44
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
... No seguimento desta conversa digo: se tivesse de procurar um caminho de som eu estaria inclinado para o que encontro na reprodução de vinil, desde logo por o considerar mais equilibrado, completo e "natural"...
O que dizes jà é meio caminho andado para poder encontrar o(s) elemento(s) que vos correspondem. A busca de sonoridades ditas "cheias e orgânicas" criou uma verdadeira corrente nos Dacs, que jà existia do lado dos amplificadores e colunas. Quando o momento chegar vão ter vàrios candidatos (antigos ou modernos) que podem corresponder ao desejado... e sém gastar fortunas
Paulo eu estou mesmo atrasado neste tipo de respostas, ultimamente o trabalho não só me tira tempo, como ainda me consegue tirar vontade de pegar em computadores e telefones... ando afastado do fórum por isso mesmo.
Eu não procuro um som cheio ou artificialmente orgânico, ainda que no fundo esteja a encontrar junto da reprodução de vinil algo que me transporta para momentos de vida onde vivi bem a Música, um som que nem sempre era o melhor, mas era o que mais me tocava (será uma fase...).
Hoje estava a escutar Boards of Canada, um álbum que normalmente escuto via DAC, contudo via vinil encontro uma profundidade e largura que não encontro via DAC. A Música torna-se mais palpável e tridimensional, as várias camadas ganham maior relevo e separam-se com facilidade, mas unem-se sem mais para criar o corpo que os músicos pensaram.
Sempre disse que o "investimento" que dedicamos ao vinil é bem diferente do que dedicamos ao DAC. Durante muito tempo o gira-discos foi a nossa única fonte (ocasionalmente usávamos outras), ainda hoje é com discos que visitamos outros sistemas. O DAC é a solução simples, sem grande esforço porta-se lindamente e permite aceder à Música com qualidade. Não sinto o mesmo a escutar todos os álbuns, mas há alguns onde sinto que falta algo e isto pode ser derivado de muita coisa (do próprio DAC até à falta de esforço para criar um bom método de reprodução).
Não me iludo ao ponto de considerar que o vinil será o melhor caminho para baixo investimento, pois não o considero. Neste momento uso para tocar alguns registos que entendo "respirar" melhor nesse formato, mas isto aplico apenas ao caso do nosso sistema e não quero fazer disto exemplo para ninguém.
Pela experiência com o seu Arno ponderamos a troca de colunas, esta casa poderia permitir um tipo de escuta diferente (circunstâncias próprias da casa). Isso ainda não está esquecido, é mesmo motivo de conversa de quando-em-quando. Veremos o que o futuro nos reserva, sabemos apenas que não nos poderá privar de encontrar junto do som o que esperamos dele.
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: ...e, não morre... Dom Fev 12 2023, 15:26
José Miguel escreveu:
Paulo eu estou mesmo atrasado neste tipo de respostas, ultimamente o trabalho não só me tira tempo, como ainda me consegue tirar vontade de pegar em computadores e telefones... ando afastado do fórum por isso mesmo...
Bem vindo ao clube! Eu também ando com uma carga de trabalho incrivel o que me afasta, involuntariamente, deste espaço e não participo tanto quanto quereria. Vou arranjando tempo para escutar um ou dois discos e em si jà é uma evolução pois hà um mês ou dois atràs ném isso conseguia...
José Miguel escreveu:
... Hoje estava a escutar Boards of Canada, um álbum que normalmente escuto via DAC, contudo via vinil encontro uma profundidade e largura que não encontro via DAC. A Música torna-se mais palpável e tridimensional, as várias camadas ganham maior relevo e separam-se com facilidade, mas unem-se sem mais para criar o corpo que os músicos pensaram...
Descobrir um album em digital apòs a escuta do vinilo, ou vice versa, cria sempre o sentimento de ouvir coisas novas em relação às escutadas no outro formato. Se essa comparação se faz entre um aparelho com som gordo e outro com som magro é evidente que vai haver uma "versão da obra" que serà mais do nosso agrado. No audio como no vinho, não hà nada pior do que se habituar a um sabor, e gostar...
José Miguel escreveu:
Não me iludo ao ponto de considerar que o vinil será o melhor caminho para baixo investimento, pois não o considero. Neste momento uso para tocar alguns registos que entendo "respirar" melhor nesse formato, mas isto aplico apenas ao caso do nosso sistema e não quero fazer disto exemplo para ninguém. ...
Jà o disse vàrias vezes neste topico que para mim o vinilo como simbolo audiofilo està morto!... o caminho do vinilo hoje não busca a melhor reprodução musical possivel, ném sequer para tirar o melhor do formato em si! O caminho do vinil hoje em dia, e jà faz vàrios anos, é o do prazer simplesmente. As pessoas que compram um gira e vinis hoje é para obter um som de vinil, esse som estereotipado que agrada a tantos... não é por acaso que os giras mais "espessos e macios" estão entre os preferidos hoje. Nesta pura relação de prazer pareçe-me que a noção de "baixo ou alto investimento" torna-se complétamente relativa nmho...