Preço dos Lenco L7X

Faz uns dias que tenho feito buscas na net para encontrar um Lenco L75 e dou-me conta que os preços (por aqui) oscilam entre 68 e 450€! Esta variação de 6.5X justifica-se pelo estado geral mas ném sempre... serà que a inflação também està a chegar aos Lencos?...

O ultimo que comprei foi hà 8 anos atràs e paguei 50€... mas sém braço ném plinto e em mau estado geral! Comparativamente com um completo vendido actualmente à volta de 100€ até foi caro... mas nessa época um Lenco L75 em bom estado custava 150€ ou seja um terço de hoje! Acho que existe algo de estranho à volta do mercado destes aparelhos pois o preço alto aumentou e o baixo não mudou tanto quanto isso. Em contrapartida o preço consoante o pais não é o mesmo, em italia pareçe que andam baratos

Téem sentido a mesma coisa por ai em Portugal ???

Felizes os que presenciam alterações de preço nos velhos e bons Lencos.

Começamos a procurar um Lenco quando ainda vivíamos em Gaia, mudamos para o Porto, depois Póvoa de Varzim... compramos um Lenco... mudamos novamente para Gaia, fomos para os Açores, depois Viseu, Espinho e agora Ovar. Ufa!!! Quando procuro anúncios no Olx vejo os mesmos com os mesmos preços (entre os 350 e os 450 euros em estado original).

Desde a troca de braço no nosso que deixei de ler sobre Lencos, contudo não acho estranho que os preços subam, são peças com muitas estórias e resultados positivos, com uma legião de apaixonados que querem fazer o caminho das alterações em busca do melhor som.

José Miguel escreveu:

...Desde a troca de braço no nosso que deixei de ler sobre Lencos, contudo não acho estranho que os preços subam, são peças com muitas estórias e resultados positivos, com uma legião de apaixonados que querem fazer o caminho das alterações em busca do melhor som.

A mim também não me estranha que os preços aumentem, tudo aumenta e pelas razões que dizes os Lenco são hoje bem mais conhecidos e desejados do que outrora. È a diferença entre os modelos em fraco estado e vendidos muito baratos e os em bom estado que estam demasiado caros pois as pessoas vão alterà-los de todas as maneiras! Existe um fenomeno especifico aqui que não é partilhado por outros modelos antigos...

Faz muito tempo que não leio sobre os Lenco e sobre o que se faz com eles, mas há algo que sempre me ficou na cabeça: os Lenco são a base barata que não se receia perder ou estragar.

Há muita gente a pegar em Lencos como novos e a virar tudo de pernas para o ar: cortar o "top plate", mudar o braço, o plinto, retirar as molas, ... obviamente que isto poderia ser feito com um em má condição, mas a condição externa acaba por denunciar mau uso ou armazenamento.

Para estes mexer num Lenco ou num Garrard 301/401 ou num Thorens TD124 não é a mesma coisa, o preço de partida não é o mesmo. Para estes velhotes no máximo se escolhem braços e plintos, pouco mais. Obviamente que há projectos de luxo com estas peças, mas para a maioria mexer num Garrard ou Thorens é para esquecer, para projecto há os Lenco (bem mais baratos e com potencial...).

Não irei questionar o potencial dos Lenco face aos concorrentes de idades semelhantes, aqui em casa escolhemos e compramos um Lenco como novo baratinho... o preço contou.


Por outro lado ainda há o movimento de corrida ao "vintage" e os Lenco ocupam um lugar entre outros: Thorens, Linn, Technics, Akai, Micro Seiki, Denon, Pioneer, ... para estes, na maioria dos casos, a condição conta.


Não sei como estão as coisas em outros países, não tenho procurado muita coisa e fora não procuro nada. Pelo que vejo aqui, sempre que aparecem pessoas novas pelo fórum a pedir ajuda, parece-me (reforço o parece, não fiz um estudo) que a oferta nos usados está mais pobre e isso, por si só, faz aumentar os preços. Durante a crise de 2009/2011 muita coisa foi retirada dos armários e foi vendida, chegaram a fazer reportagens sobre esta outra fonte de "rendimento". Não sei se com a crise que vivemos iremos sentir o mesmo, para já a oferta parece-me curta, pobre mesmo, com preços exagerados.

Sempre me queixei dos preços em Portugal, por aqui as pessoas devem rodar pouco os sistemas... e claro, são poucos a comprar novo.

Em Portugal os Lenco encontram-se no OLX a partir dos 350€ em estado original ou perto disso. Há alguns "com a revisão feita"/vulgo "mudanças de óleo em dia". Eu peguei no meu há sensivelmente 2 anos por 200€, em estado um pouco abaixo de razoável, com peças do braço em falta, no OLX.pt. Entretanto foi o gira discos que me ensinou a mecânica da reprodução do suporte vinil, e onde apliquei várias "mézinhas" encontradas no Lenco Heaven (e outras nem tanto...por tentativa/erro com recurso a uma aplicação analisadora de vibração no telemovel e um estetoscópio para "caçar" ruídos parasiticos).

Eis como está hoje em dia:





Entretanto no ebay conseguem-se encontrar por vezes bons negócios (abaixo dos 200€ por um L75 em bom estado é para mim um bom negócio no mercado actual) e também no catawiki.com, vindos maioritáriamente da Bélgica e dos países baixos. Eu entretanto comprei mais um para um projecto futuro veio da Alemanha e paguei sensivelmente 200€ por ele: está impecável e vem com a idler de "5 olhos"

Mgomes já pensou apresentar o restante sistema!?!
Tem aí belas peças!

O seu Lenco está muito bem, gosto do tratamento ao top plate, o prato tem um segundo de cobre?

José Miguel escreveu:

Mgomes já pensou apresentar o restante sistema!?!
Tem aí belas peças!

O seu Lenco está muito bem, gosto do tratamento ao top plate, o prato tem um segundo de cobre?

Obrigado Caro José,

o sistema tem maioritáriamente o meu cunho pessoal (excepto no e no leitor de CDs e nas colunas...que por enquanto não são DIY...).

As colunas são umas AvantGarde Duo Omega,
O Amplificador é um SET com tríodos aquecidos directamente, 211...é baseado no circuito do Kondo Ongaku e o desenho do chassis e construção, com chassis em cobre de 3mm e fiação p2p em prata e componentes audio note/OPT Tango é da minha autoria, com o grande apoio de um amigo que construiu o seu Ongaku há cerca de 30 anos.

O DAC é um Audio Note Kits 5.1 SE, ao qual fiz algumas alterações: upgrade dos coupling caps para Duelund Silver/Copper Hybrids, e também dos transformadores I/V para uns Sowther, muito superiores aos originais que vinham com o kit.

O transporte de CDs é um Thorens TCD 2000 ("de origem").

O amplificador de Phono é baseado num circuito italiano que usa uns pentodos especiais C3G, que eram usados pela companhia estatal telefónica alemã com especificações em torno de ruído muito baixo e ganho avantajado. Estão ligadas em modo tríodo e o circuito usa transformadores (da Lundahl) interstage e output...é no fundo um amplificador de phono com componentes de excelente qualidade, em tipologia single ended sem feedback negativo. Gostaria de dizer que é da minha autoria mas estaria a mentir: é mesmo uma história gira: durante as férias andava a estudar este circuito (que é público) e já tinha o excel com a lista de componentes, preços, e URLs para as páginas dos fornecedores...até que descobri no diyaudio.com uma pessoa em portugal que estava a vender o mesmo circuito já feito...mas com um problema de oscilação por resolver...Ora essa pessoa era o Rui Lourenço do projecto RR Audio e eu aceitei o desafio de comprar o projecto inacabado e gastar pestanas à procura do problema de oscilação. Entretanto lá descobri o problema...era daqueles problemas que um "par de olhos adicional" ajuda muito

Boa tarde
Eu compro os Lenco maioritariamente na Alemanha. Os preços variam muito como diz, mas um L75 em boas condições, ou seja pintura em bom estado; a face de aluminio sem riscos e com todas as letras em bom estado; o braço sem marcas e com o cromado sem estar a descascar em algum ponto, completo, com todos os pesos, saca-rolhas e suporte do ati-sckating; a headshell em bom estado e sem as roscas destruídas por parafusos de rosca metrica; com idler wheel metalica (se for a de 5 olhos tanto melhor); plinth original em folheado de madeira natural sem estaladelas ou golpes profundos; tampa original intacta e tapete original em bom estado, consegue-se entre os 225 e os 325 euros mais portes que rondam os 35 euros. Mas para ele cá chegar nesse estado convém ter um manual com todos os passos e com fotos a ilustrar todo o processo para um bom embalamento do "animal". Este é o tipo de exemplar para alguém que quer ter um Lenco no estado original. Mas, ainda assim, não está dispensado de um mínimo de atenção: novos V-Blocks no braço; Desmontagem do motor para limpeza, nova lubrificação e realinhamento até ficar absolutamente silencioso; limpeza e lubrificação do veio central com substitução do "thrust pad" original de naylatron que, na maioria dos casos, tal como os v-blocks, está em péssimo estado; lubrificação e alinhamento da idler wheel e substituição da repetiva mola; acerto das rotações nas várias velocidades. Como os plinth são em folheado de madeira natural, se este não tiver golpes profundos ou rachadelas, consegue-se pô-lo como novo com uma boa lixadela e duas demão de verniz celuloso. Ah, e não esquecer de substituir os velhos cabos por uns cabos decentes e com uma boas fichas RCA. Quando digo decentes não quero dizer caros, há cabos excelentes a 2 ou 3 euros o metro (Gotham; Canare; Sommer) e as RCA Neutrick Rean custam 1,90 euros cada uma. Quanto à célula, a maioria costuma já vir com uma célula da época, em geral muito decentes, ou mesmo excelentes, bastando comprar a agulha adequada.

Mas se a ideia é utilizar o L75 para "tuning" há muito mais opções e muito mais baratas. Se se vai rasgar o chassis para colocação de um outro braço e/ou se se vai "canibalizar" para um projeto PTP, (ou outro qualquer que a imaginação de cada um ditar, porque, como já foi dito, o L75, pelo preço, mas não só, permite que cada um procure ser o Jean Nantais da sua rua) então o estado do braço, da pintutra, do plinth não interessam para nada. Aí, com um pouco de paciência, ainda se encontram entre os 40 e os 80 euros. Digo paciência não porque não se encontrem mas porque os vendedores são, na maioria dos casos, dificeis de convencer a enviar para fora da sua rua. A comunicação também não é facil porque ou só falam e escrevem em alemão ou nem sequer respondem. A minha média nem é má, em cada 5 abordagens consigo comprar 1

Se se quiser um dos modelos finais já com os braços japoneses (L75/S; L75/S-16; L78/SE) o melhor é procurar nos sites italianos.

Para as reliquias (L70; L77) o melhor é procurar nos mercados Belga e Holandês (pelo menos os meus vieram tiodos dessas bandas, com excepção de um rarissimo, se não mesmo único, L70 "komet" que veio da Suiça). Os 88 e G99 abundam mais do outro lado do canal, mas com o "brexit" e as novas regras alfandegárias ficam a preços pornográficos, já perto dos 301 e 124, mas, ainda assim, valem apena... porque são melhores.

Portanto, mesmo que os preços dos Lenco tenham subido, ou continuem a subir, ainda são, e serão sempre, Rolls Royce a preço de Fiat Uno.

Esse RMG 212 fica aí a matar. Com a vantagem de poder usar o furo do braço original.
Qual é essa SPU?

kazumbi escreveu:

Esse RMG 212 fica aí a matar. Com a vantagem de poder usar o furo do braço original.
Qual é essa SPU?

Bom olho é uma Gold Reference pareada com um SUT Ortofon T-2000

Este é um SMG 212 com braço "S" (anterior a esse RMG com braço "J")
Está na sala de operações. Vai levar esferas horizontais e verticais cerâmicas, nova cablagem e vai ser montado num Goldring Lenco 88

Citação :

Bom olho é uma Gold Reference pareada com um SUT Ortofon T-2000

Não conheço a Gold reference nem nunca ouvi esse transformador

Tenho aqui umas fotos do meu MCA 10 (não está a uso). Veio junto com um CEC BD 6000 que comprei há uns anos na Alemanha.

Trabalha a pilhas. Experimentei-o com uma Oertofon MC10 e soava maravilhosamente.

Bom dia caro Mgomes

Desculpem o off topic, mas não posso deixar de saudar mais um utilizador de Avantgarde no forum!

Duas perguntas relativamente a estas: que cablagem usa? vi que substituiu os jumpers originais...

Eu uso Cardas se15 (feito em tempos para colunas de alto rendimento) que apliquei também internamente nas minhas Uno Pro.

A minha amplificação é Audiopax, gostava muito de um dia conversar consigo sobre as Avantgarde e fiquei muito curioso pelas suas ideias de substitui-las por umas DIY, que também tenho tido, embora uma das colunas que gostaria que um dia substituíssem as minhas UNO, fossem precisamente as Duo Omega!

Uma última pergunta, já comprou com os altifalantes Omega, ou fez o upgrade das Duo "normais"?

Gostava muito de conversar consigo, se quiser mande-me uma mp, até para não fugirmos ao tema Lenco...

Entretanto também comprei um Lenco, muito baratinho para uma reconstrução... Um b55,comum plinto de madeira original mas um pouco "bichado" o gd funciona e vinha com uma shure M75, alguém tem alguma opinião sobre ele?

Um abraço a todos?

António (aka Seven)

seven escreveu:

Entretanto também comprei um Lenco, muito baratinho para uma reconstrução... Um b55,comum plinto de madeira original masum pouco "bichado" o gd funciona e vinha com uma shure M75 alguém tem alguma opinião sobre ele?

António (aka Seven)

É mais fácil sair-lhe o euromilhões do que encontrar um Lenco (com esse motor) que não funcione.
A fama dos Lenco deve-se unicamente aos chamados "Lenco de prato pesado". Essa saga teve inicio em 1957/58 com um modelo chamado B60 que rapidamente mudou de nome para L70, que foi produzido até 1965, começando então a era do L75 que, com algumas variantes apenas estéticas, esteve em produção até cerca de 1979/80, ano em que muda de braço e recebe os braços japoneses Jelco ou Acos / Piezo. Estes últimos, já totalmente produzidos em Itália, passaram a ter "S" ou "SE" adiante do modelo (L75/S; L75/S-16; L76/S; L78/SE), uma grande miscelânea porque uns vinham só com 33 e 45 rpm, outros com 33, 45 e 78 e outros com 16, 33, 45 e 78.
O Lenco é esencialmente o motor, o sitema de Idler wheel e o prato. Em 1969 o prato representava cerca de 50% do custo de produção de um L75. É um prato de zinco fundido com chumaceira de broze embutida, pesando entre 3,680Kg e 3,780Kg, todos calibrados um por um, daí que não haja nenhum prato igual. As marcas de calibração são como uma impressão digital.
Ao longo de todos esses anos houve algumas variações. Em 1965 saiu o modelo L77 que é basicamente o L70 com o icónico braço P77. Sairam muito poucos exemplares porque o preço era demasiado elevado devido ao custo do braço. Em meados dos anos 70, devido à pressão dos gira-discos japoneses, mais bratos e cheios de modernices e automatismos, sai o L78 que é exactamente o mesmo que o L75 apenas com a diferença de terem introduzido um mecanismo que permite que, no final do disco, desligue a alimentação do motor, levante o braço e recolha a idler wheel. Teve algum sucesso na venda a retalho, mas o maior sucesso foi na venda para outras marcas que os colocavam em "music centers".
Podem-se encontrar Lencos com outras marcas porque estabeleceram acordos e parcerias com outras empresas. As principais parcerias foram com a Goldring no Reino Unido e com a Bogen nos Estados Unidos, sendo a mais duradoira e frutifera a aparceria com a Goldring. Dessa parceria nascem os modelos 88 e G99. O 88 nasce para ombrear com o Garrad 301 e o G99 com o Garrad 401.

Quanto aos Lenco da série "B", são literalmente da série B, desde logo porque a grande diferença para a série "L" é o prato. Tudo o resto se mantem igual, com excepção do braço que difere do bralo L75 apenas por ter atiskating por mola em vez de por fio e peso e por não ter ajuste fino do VTF. De resto é o mesmo canhão, com as mesmos rolamentos horizontais, o mesmo sistema de V-Blocks para o movimento vertical, o mesmo tubo de braço e amesma headshell. Portanto, sendo tudo igual ao irmão mais velho, a grande diferença para o poderem vender como entrada de gama a metade do preço está no prato. A série B tem um prato de lata com niveis de ressonancia, vibração e oscilação nos antipodas do prato de zinco fundido.
O B55 é um gira-discos bonito e toca muito bem comparado com outros da sua gama, mas, como disse, está a léguas de distância do L75. Apenas e só por causa do prato, porque o braço não é tão mau como o pintam. Na foto abaixo pode ver-se um estúdio da BBC com dois TD124 equipados com essse braço.

Todos os gira-discos Lenco depois da morte dos idler drive são alguns gira-discos banais e muito lixo. Ah, o L450 tem um fabuloso braço feito pela Tesla na ex Checoslováquia - o Tesla P 1101. Já canibalizei umas dezenas desses L450 para remoção do braço, até porque não se encontra um em que o sub-prato e o prato, feitos numa liga de me#$a, não estejam completamente empenados.



Mas o B55 é um gira-discos muito bonito e faz as delicias da minha neta

kazumbi escreveu:

seven escreveu:

Entretanto também comprei um Lenco, muito baratinho para uma reconstrução... Um b55,comum plinto de madeira original masum pouco "bichado" o gd funciona e vinha com uma shure M75 alguém tem alguma opinião sobre ele?

António (aka Seven)

É mais fácil sair-lhe o euromilhões do que encontrar um Lenco (com esse motor) que não funcione.
A fama dos Lenco deve-se unicamente aos chamados "Lenco de prato pesado". Essa saga teve inicio em 1957/58 com um modelo chamado B60 que rapidamente mudou de nome para L70, que foi produzido até 1965, começando então a era do L75 que, com algumas variantes apenas estéticas, esteve em produção até cerca de 1979/80, ano em que muda de braço e recebe os braços japoneses Jelco ou Acos / Piezo. Estes últimos, já totalmente produzidos em Itália, passaram a ter "S" ou "SE" adiante do modelo (L75/S; L75/S-16; L76/S; L78/SE), uma grande miscelânea porque uns vinham só com 33 e 45 rpm, outros com 33, 45 e 78 e outros com 16, 33, 45 e 78.
O Lenco é esencialmente o motor, o sitema de Idler wheel e o prato. Em 1969 o prato representava cerca de 50% do custo de produção de um L75. É um prato de zinco fundido com chumaceira de broze embutida, pesando entre 3,680Kg e 3,780Kg, todos calibrados um por um, daí que não haja nenhum prato igual. As marcas de calibração são como uma impressão digital.
Ao longo de todos esses anos houve algumas variações. Em 1965 saiu o modelo L77 que é basicamente o L70 com o icónico braço P77. Sairam muito poucos exemplares porque o preço era demasiado elevado devido ao custo do braço. Em meados dos anos 70, devido à pressão dos gira-discos japoneses, mais bratos e cheios de modernices e automatismos, sai o L78 que é exactamente o mesmo que o L75 apenas com a diferença de terem introduzido um mecanismo que permite que, no final do disco, desligue a alimentação do motor, levante o braço e recolha a idler wheel. Teve algum sucesso na venda a retalho, mas o maior sucesso foi na venda para outras marcas que os colocavam em "music centers".
Podem-se encontrar Lencos com outras marcas porque estabeleceram acordos e parcerias com outras empresas. As principais parcerias foram com a Goldring no Reino Unido e com a Bogen nos Estados Unidos, sendo a mais duradoira e frutifera a aparceria com a Goldring. Dessa parceria nascem os modelos 88 e G99. O 88 nasce para ombrear com o Garrad 301 e o G99 com o Garrad 401.

Quanto aos Lenco da série "B", são literalmente da série B, desde logo porque a grande diferença para a série "L" é o prato. Tudo o resto se mantem igual, com excepção do braço que difere do bralo L75 apenas por ter atiskating por mola em vez de por fio e peso e por não ter ajuste fino do VTF. De resto é o mesmo canhão, com as mesmos rolamentos horizontais, o mesmo sistema de V-Blocks para o movimento vertical, o mesmo tubo de braço e amesma headshell. Portanto, sendo tudo igual ao irmão mais velho, a grande diferença para o poderem vender como entrada de gama a metade do preço está no prato. A série B tem um prato de lata com niveis de ressonancia, vibração e oscilação nos antipodas do prato de zinco fundido.
O B55 é um gira-discos bonito e toca muito bem comparado com outros da sua gama, mas, como disse, está a léguas de distância do L75. Apenas e só por causa do prato, porque o braço não é tão mau como o pintam. Na foto abaixo pode ver-se um estúdio da BBC com dois TD124 equipados com essse braço.

Todos os gira-discos Lenco depois da morte dos idler drive são alguns gira-discos banais e muito lixo. Ah, o L450 tem um fabuloso braço feito pela Tesla na ex Checoslováquia - o Tesla P 1101. Já canibalizei umas dezenas desses L450 para remoção do braço, até porque não se encontra um em que o sub-prato e o prato, feitos numa liga de me#$a, não estejam completamente empenados.



Mas o B55 é um gira-discos muito bonito e faz as delicias da minha neta

Não é por acaso Luís Gaio? (Comprei-lhe um SMG212 e dois kits com as molas, thrust pads de ptfe e as esferas de cerâmica) e trocámos ideias ao telefone

Sim, o próprio.

Você não tinha também um L75?

Abraço
Luís Gaio

kazumbi escreveu:

Sim, o próprio.

Você não tinha também um L75?

Abraço
Luís Gaio

Sim, é o das fotos que coloquei neste tópico Fico feliz de o encontrar por aqui, aprendi muito consigo, um abraço

Mgomes escreveu:

Em Portugal os Lenco encontram-se no OLX a partir dos 350€ em estado original ou perto disso...

kazumbi escreveu:

(...) Mas se a ideia é utilizar o L75 para "tuning" há muito mais opções e muito mais baratas...

Tive a familia uns dias e andei a passear pelo estrangeiro então vejo com agrado que o topico està a crescer e a se expandir em novas direções... apareçem belos sistemas DIY, belos Lencos e fala-se mesmo da historia destas maquinas, muito bem, Bravo e continuem! Não é sò o vinil que està na moda, os Lenco também    

Como jà disse o unico Lenco que comprei foi hà 8 anos e paguei 50€ sem braço ném plinto e em mau estado. Para o gira discos que eu produzo são os clientes que me forneçem todas as peças necessarias então não sabia qual era o preço actual de um L75! Foi um amigo que me pediu de me ocupar de tudo que me fez buscar um L75 sém braço ném plinto pois não tenho necessidade e deparei-me com preços à volta dos 200€... ora que pensava que um exemplar em màs condições custasse à volta de 100€, enganei-me!...

Vi aparelhos em perfeito estado de conservação ou de restauro a serem vendidos à volta dos 450€. Para uma pessoa que busca um aparelho em estado "coleção" acho esses preços correctos em comparação com outros "idler" mais reputados. No meu caso era verdadeiramente uma base funcional sém braço ném plinto e mesmo em mau estado o que eu buscava e deparei-me com preços dissuasivos... é o preço do sucesso como se diz por aqui  

Mgomes escreveu:

...o sistema tem maioritáriamente o meu cunho pessoal (excepto no e no leitor de CDs e nas colunas...que por enquanto não são DIY...)...

O Ricardo Canelas aqui do forum tinha-me convidado este verão a ir visitar um amigo dele que possui um par de colunas como as suas e também uma replica de Ongaku entre outras coisas! A coisa não se pode fazer mas de repente pergunto-me se não é voçê a pessoa em questão?...

TD124 escreveu:

Mgomes escreveu:

...o sistema tem maioritáriamente o meu cunho pessoal (excepto no e no leitor de CDs e nas colunas...que por enquanto não são DIY...)...

O Ricardo Canelas aqui do forum tinha-me convidado este verão a ir visitar um amigo dele que possui um par de colunas como as suas e também uma replica de Ongaku entre outras coisas! A coisa não se pode fazer mas de repente pergunto-me se não é voçê a pessoa em questão?...

Sim, sou eu

TD124 escreveu:

Mgomes escreveu:

...o sistema tem maioritáriamente o meu cunho pessoal (excepto no e no leitor de CDs e nas colunas...que por enquanto não são DIY...)...

O Ricardo Canelas aqui do forum tinha-me convidado este verão a ir visitar um amigo dele que possui um par de colunas como as suas e também uma replica de Ongaku entre outras coisas! A coisa não se pode fazer mas de repente pergunto-me se não é voçê a pessoa em questão?...

É sim, mas o Mgomes não me tinha dito que abriu uma conta por aqui!

ricardo.canelas escreveu:

TD124 escreveu:

Mgomes escreveu:

...o sistema tem maioritáriamente o meu cunho pessoal (excepto no e no leitor de CDs e nas colunas...que por enquanto não são DIY...)...

O Ricardo Canelas aqui do forum tinha-me convidado este verão a ir visitar um amigo dele que possui um par de colunas como as suas e também uma replica de Ongaku entre outras coisas! A coisa não se pode fazer mas de repente pergunto-me se não é voçê a pessoa em questão?...

É sim, mas o Mgomes não me tinha dito que abriu uma conta por aqui!

Confesso que abri a conta aqui e andei aqui uns meses a seguir o que andavas a fazer este é o primeiro tópico onde participo

TD124 escreveu:

... de repente pergunto-me se não é voçê a pessoa em questão?...

Mgomes escreveu:

... Sim, sou eu

ricardo.canelas escreveu:

... É sim, mas o Mgomes não me tinha dito que abriu uma conta por aqui!

Bom, a memoria não me enganou e o mundo do audio é pequeno!... bem-vindo ao AAP Mgomes

TD124 escreveu:

TD124 escreveu:

... de repente pergunto-me se não é voçê a pessoa em questão?...

Mgomes escreveu:

... Sim, sou eu

ricardo.canelas escreveu:

... É sim, mas o Mgomes não me tinha dito que abriu uma conta por aqui!

Bom, a memoria não me enganou e o mundo do audio é pequeno!... bem-vindo ao AAP Mgomes

Obrigado Espero participar mais a partir de agora, este é um espaço com um nível surpreendente de profundidade (nos temas discutidos). Um bem haja.

Mgomes escreveu:

... Espero participar mais a partir de agora, este é um espaço com um nível surpreendente de profundidade (nos temas discutidos). ...

Sim é verdade... aproveite para passear nos diferentes topicos actuais ou mais antigos, abra as gavetas e vasculhe até ao fundo pois é assim que se encontram pérolas esquecidas. Pode acordar os velhos topicos ou criar novos pois aqui discute-se de tudo, com objectividade raramente mas com a subjectividade da paixão sempre! Penso que vai encontrar ideias, trocas e conçeitos tão surpreendentes quanto interessantes, ou pelo menos alguns... é isto tudo banhado das nossas singularidades que alimenta a audiofilia

Prezado Mgomes,

A aparência do seu Lenco revela primoroso trabalho. Entretanto, que tal o desempenho da "gaveta" Thorens?

Cumprimentos fantasmagóricos,

kazumbi escreveu:

(...) MCA 10 (...).
Experimentei-o com uma Oertofon MC10 e soava maravilhosamente.

Prezado Kazumbi,

Um amigo tem um exemplar idêntico, laborando óptimamente com uma MC-20 Supreme.

Cumprimentos fantasmagóricos,