A rodar XLVII

ricardo onga-ku escreveu:

Ando tentado a experimentar este: https://www.amazon.co.uk/TOPPING-E30-Hi-Res-AK4493-Decoder-Black/dp/B0868J7NRV/

Eu já andei a ler sobre esse tipo de Dac, principalmente depois de descobrir o Audio Science Review. Pelas revisões, esse pequenos já conseguem coisas boas nas medições. Confesso que antes estava mesmo tentado a começar pelo Ifi Nano, mas parece haver melhor e mais barato.
Caso o Ricardo experimente esse ou outro semelhante, partilhe a sua experiência, ou melhor, se perante o tribunal dos ouvidos eles passam como passam pelo tribunal dos testes.


Agora é hora de dar uso a outras máquinas, quando liguei o amplificador também liguei o pré de phono e dediquei-me aos CDs... reparei na luz azul e coloquei-lhe a mão, está no ponto para:



Telectu - CTU é uma daquelas obras que não nega de onde vem, de que ano vem para ser mais preciso, contudo assim que é aberta percebe-se que envelheceu bem. Tem tiques de produção dos 80's, é verdade. Aqui e acolá lembra os trabalhos mais arrojados dos GNR, também é verdade. Mas tudo isto não acontece por acaso, Vitor Rua acabava de fazer a passagem e deixou boa marca nos dois projectos.
Vale a pena embarcar na viagem proposta.

Hoje jantamos "petiscos", apeteceu-nos algo variado que nos levasse a fazer passear os sentidos (de conservas a enchidos, com direito a um pão com alho feito por aqui).

Já tratamos de preparar o café, enquanto não fica pronto, continuamos a beber o Galharda 2017, uma boa surpresa que se seguiu da indicação do senhor do mercado onde vou. Ele viu-me a pegar numa que é habitual e lá me sugeriu esta. Ainda jovem, é bom para acompanhar este tipo de refeição, tem boas notas de fruta madura. Na primeira prova a madeira parecia mal integrada, mas com uma hora e meia desde a abertura já se apresenta mais equilibrado e muito agradável na boca e nariz.
Para repetir.

Acompanha o belo álbum, que não precisa de apresentação:

Continuando... uma escolha de longa data da Luciana, um álbum com grande energia, muito "funky" e um "swing" que nos faz dar ao pé.



É uma sessão e tanto, a faixa de abertura atira-nos logo para cima.

Como o anterior terminou de forma suave, pensamos voltar a um álbum que tem uma das nossas faixas favoritas - Ishmael.


Na versão apresentada em Africa - Tears and Laughter a faixa tem voz, o que lhe confere uma profundidade especial. O "loop" criado pelo contra-baixo é hipnótico e transporta-nos para o que todos os outros Músicos nos apresentam em pormenor. Espiritual, mas muito terreno... para quem não conhece, vale mesmo a pena.

José Miguel escreveu:

Continuando... uma escolha de longa data da Luciana, um álbum com grande energia, muito "funky" e um "swing" que nos faz dar ao pé.



É uma sessão e tanto, a faixa de abertura atira-nos logo para cima.

Boa sugestão!
Não conhecia o Jackie McLean.

Estou a escutar este, gosto ainda mais:

Sequeira Costa é um enorme nome da música Portguesa. Tive uma enorme sorte em encontrar este disco em que se consegue ter a percepção da sua mestria. Recomendo vivamente o mesmo.

Muito obrigado ao nosso Fantasma por me iniciar neste autor que hoje em dia toca muito por aqui. Pedro Barroso um trovador delicado mas cheio de alma.

ricardo onga-ku escreveu:

Boa sugestão!
Não conhecia o Jackie McLean.

Estou a escutar este, gosto ainda mais:

Hoje a Música deste lado é outra, é dia de visitar a minha terrinha natal - Santo Tirso. 

Amanhã espreitaremos esse, ele tem uma bela técnica. 

Alexandre Vieira escreveu:

Muito obrigado ao nosso Fantasma por me iniciar neste autor (...). Pedro Barroso um trovador delicado mas cheio de alma.

Só por esse motivo, a minha passagem por este planeta está justificada.

A tarde soalheira convida ao passeio, mas regressados a casa aproveitamos a boa luz para revisitar um álbum especial:
 


Hymns Spheres é um álbum gravado no Órgão Barroco da Abadia de Ottobeuren. Os improvissos tiram partido do instrumento criado por Karl Joseph Riepp, o resultado é luminoso e profundo, melhor seria mesmo ter estado lá (aqui não se ouve mal, mas um instrumento destes cria uma tal onda de som que é difícil de reproduzir... as nuances, contudo, ficam bem presentes).

O Sol está a aproximar-se da linha do horizonte e nós fomos levados a escutar outra coisa:



A capa diz que estamos perante um álbum com Música para crianças, talvez ouvir isto não lhes faça nada mal, com certeza activará a imaginação. Contudo, este é um álbum que parece saído de um laboratório de experimentação e improviso. Aqui e acolá lembra a grande Brigitte Fontaine e o seu universo tocado pelo Psicadelismo e Jazz, mas vai mais além.
É uma proposta que visa libertar algumas amarras da mente, os Franceses deveriam andar "loucos", mas resultou.

Podem escutar aqui:
https://shop.bornbadrecords.net/album/chevance-etc-outremusique-pour-enfants-1974-1985

Visitar a cidade do Porto deixa-nos sempre com pensamentos diversos... também é verdade que passamos por ruas muito diferentes. Há uma crise mascarada, quando lançamos perguntas e dedicamos tempo e atenção para escutar as respostas, do outro nem sempre vem o melhor dos relatos. Por outro lado, é curioso passar pela Lello e ver filas, longas filas para entrar numa livraria. Sim, a Lello é uma belíssima loja, um espaço onde sonhar é fácil. Ter colocado bilhete para entrar foi um passo arriscado, hoje é um caso de estudo. Curioso.
Lá fomos para o Base, a mais catita esplanada no centro da cidade. Estava sol, tarde quente, ficamos algum tempo sob a sombra de uma das oliveiras, sentados na relva, bebemos algo e conversamos. 

Chegamos a casa e pensamos num álbum que ainda sentimos como pertinente, a sua capa tem tanto de simples como de eficiente na hora de passar a mensagem - temos que procurar a porta para o lugar onde podemos Ser.

Já toca por aqui. Excelente álbum quase parece Jazz mas nem tudo o que parece é....

Senão não o teria comprado

Alexandre Vieira escreveu:

Já toca por aqui. Excelente álbum quase parece Jazz mas nem tudo o que parece é....

Senão não o teria comprado

Ou é... Jazz era!

Alexandre Vieira escreveu:

Já toca por aqui. Excelente álbum quase parece Jazz mas nem tudo o que parece é....

Senão não o teria comprado

parece-me que foste enganado, a inovação no jazz recente, faz com que algum não parece jazz

anibalpmm escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Já toca por aqui. Excelente álbum quase parece Jazz mas nem tudo o que parece é....

Senão não o teria comprado

parece-me que foste enganado, a inovação no jazz recente, faz com que algum não parece jazz

Já me sinto melhor

Muito obrigado pela tua amizade! Afinal fui enganado mesmo gostando muito deste disco!

A hora é de trabalhar, mesmo que tivesse dúvidas, o pouco que espreitei do debate sobre o orçamento acabava por clarificar tudo. Desliguei a televisão, pequei nos papéis e sentei-me. Reparei que o amplificador estava ligado, olhei para cima da mesa e ali estava ele, com aparência de perdido, Music For Films. No fundo não pode estar perdido o que não foi procurado, mas pode ser encontrado o que estava esquecido. Olhei uma segunda vez, a capa não revela muito do que se pode ouvir, mas eu conheço bem o recheio. Levantei-me e coloquei o CD a rodar.



O filme não estava feito, nem é necessário. Cada uma das faixas é visual o suficiente para criar a ilusão de imagem em movimento. É disso mesmo que preciso agora, não estava perdido, apenas não tinha procurado, limitara a minha acção a seguir os passos convencionais e quase me esquecia de ser.
As palavras são mais do que utilitários na nossa vida e existência, são elas que nos permitem o pensamento organizado e a transmissão do mesmo. Enquanto escuto permito-me a escrever e acabo a saber um pouco mais de mim.

Sabe tão bem de quando a quando ser Radiolizado.

Concordo!

R.I.P.

ANTPAUBARCAR

2013  -  2020

Alexandre Vieira escreveu:

Sabe tão bem de quando a quando ser Radiolizado.

Sobretudo esse 

José Miguel escreveu:

... Acompanha o belo álbum, que não precisa de apresentação:

Uma garrafa de vinho em primeiro plano e o "My Favourite Things" por detràs ... ném é necessario perguntar quais são as tuas "coisas preferidas" 

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... Acompanha o belo álbum, que não precisa de apresentação:

Uma garrafa de vinho em primeiro plano e o "My Favourite Things" por detràs ... ném é necessario perguntar quais são as tuas "coisas preferidas" 

Não conheço nem o vinho nem o disco.

Eu que agora ando a tentar ouvir de tudo, porque quero experimentar de tudo para mais tarde não me arrepender de não ter feito.

TD124 escreveu:

Uma garrafa de vinho em primeiro plano e o "My Favourite Things" por detràs ... ném é necessario perguntar quais são as tuas "coisas preferidas" 

Não só essas duas coisas... (ainda passo por boémio)

José Miguel escreveu:

TD124 escreveu:

Uma garrafa de vinho em primeiro plano e o "My Favourite Things" por detràs ... ném é necessario perguntar quais são as tuas "coisas preferidas" 

Não só essas duas coisas...  (ainda passo por boémio)

No meu caso por detràs do vinho estaria o Exile on Main Street ou o Never Mind the Bollocks ... admito as minhas tendências libidinosas e/ou subversivas, não "boemias" pois o termo tornou-se tendance !!! 

Alexandre Vieira escreveu:

... Eu que agora ando a tentar ouvir de tudo, porque quero experimentar de tudo para mais tarde não me arrepender de não ter feito.

Com a tua idade deverias ter começado hà trinta anos atràs ... ou mesmo mais 

Mas,... nunca é tarde para começar 

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

... Eu que agora ando a tentar ouvir de tudo, porque quero experimentar de tudo para mais tarde não me arrepender de não ter feito.

Com a tua idade deverias ter começado hà trinta anos atràs ... ou mesmo mais 

Mas,... nunca é tarde para começar 

Por acaso acho que devo mesmo! É como o Sushi primeiro estranha-se depois.... mas continuo a não comer Sushi

Alexandre Vieira escreveu:

... Por acaso acho que devo mesmo! É como o Sushi primeiro estranha-se depois.... mas continuo a não comer Sushi

Que falta de elegância ... os nossos antepassados levaram a fritura e a massa tenra até ao Japão o que deu origem ao excelente prato japonês "Tempura", e tu não fazes um pequeno esforço, desnecessario aliàs pois é delicioso, para comer os Sushi !!!...

Dar e receber é uma bela regra da vida ... mesmo isso ainda não aprendeste com idade que jà tens 

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

... Por acaso acho que devo mesmo! É como o Sushi primeiro estranha-se depois.... mas continuo a não comer Sushi

Que falta de elegância ... os nossos antepassados levaram a fritura e a massa tenra até ao Japão o que deu origem ao excelente prato japonês "Tempura", e tu não fazes um pequeno esforço, desnecessario aliàs pois é delicioso, para comer os Sushi !!!...

Dar e receber é uma bela regra da vida ... mesmo isso ainda não aprendeste com idade que jà tens 

Eu já tentei mas não consigo mesmo, a minha dieta alimentar é parca no que respeita a sabores exóticos.

Depois de uma semana mexida e sem tempo para ouvir Música como mais gosto, entenda-se sossegado, hoje penso tirar os ouvidos de misérias.

Há álbuns que uso para descarregar energia, funcionam como elemento de descompressão. Pode parecer algo paradoxal, uma vez que por norma são álbuns com grande energia ... mas é assim mesmo, tal como os Músicos ao expressarem as suas ideias libertam a mente, eu ao ouvir as suas criações peemito-me a percorrer semelhante caminho.

Assim sendo:

Can - Monster Movie...

Este está mais para "proto-Kraut", mas o que viria a ser a banda já se nota neste grande álbum.

Enquanto procurava o que ouvir depois liguei a televisão para tentar perceber se o mundo ainda girava, bastam sete canais para receber notícias que nos vão dizendo que ainda vivemos dias de tempestade. A França tem recolher obrigatório às 21 horas, mas as pessoas ainda chegam às esplanadas a esta hora - por lá 19h35.

Voltei a colocar na estante o que tinha na mão, peguei num álbum que alerta a consciência de Ser em Sociedade:


F# A# ∞ by Godspeed You! Black Emperor (1997)

Espero que o Paulo e família estejam preparados para este período.

José Miguel escreveu:

... Voltei a colocar na estante o que tinha na mão, peguei num álbum que alerta a consciência de Ser em Sociedade:


F# A# ∞ by Godspeed You! Black Emperor (1997)

Espero que o Paulo e família estejam preparados para este período.

Olà José Miguel ... mesmo se vejo os GY!BE como os profetas do apocalipse, não creio que estejamos tão proximos quanto isso do abismo. Mas, visto que esse album é sém duvida o mais contemplativo e "optimista" porque não ... evita Yanki UXO e Lucipherian Towers, seria angustia assegurada seguida de depressão

Se estamos preparados não sei, mas que não temos escolha ném ninguém pediu a nossa opinião é certo. O diario de um confinado ainda não està encerrado, pelos vistos 

Fugimos da tempstade Bárbara, lá fora as condições estão longe de simpáticas. Assim sendo, dedicamos algum tempo à preparação do lanche e, já de barriguinhas cheias, seguimos com um álbum ousado e inspirado, onde Chick Corea e companhia exploram na forma de improviso a transmissão de uma mensagem.



O fraseado piano é variado, é verdade que muitas vezes ousado e provocador, mas outras tantas vezes belo e sedutor.

Continuando na tentativa de combater o cinzentismo, vamos seguir com um dos favoritos:



Já me referi muitas vezes a Mwandishi de Herbie Hancock, o maior elogio que lhe posso fazer é continuar a partilhar como roda por estes lados. Confesso que tenho uma inclinação maior para este face ao mais famoso Bitches Brew de Miles Davis, talvez por encontrar neste uma base mais "funky".

É um enorme álbum, todos os que nele participaram estavam num pico de criatividade e energia, nota-se no resultado final.

José Miguel escreveu:

... Já me referi muitas vezes a Mwandishi de Herbie Hancock, o maior elogio que lhe posso fazer é continuar a partilhar como roda por estes lados. (...) É um enorme álbum, todos os que nele participaram estavam num pico de criatividade e energia, nota-se no resultado final.

Para mim é o melhor trabalho dele apòs o Maiden Voyage 

Hoje já andei a vaguear por vários tipos de álbuns, mas agora que me posso sentar e apenas me dedicar à escuta seguirei com:


Museo Rosenbach - Zarathustra

A imagem tenta revelar as duas faces exteriores da capa, imagens algo pesadas, mas que revelam a multiplicidade de problemas/tentações que temos que ultrapassar até chegarmos ao melhor de nós.
Seguindo as características do Rock Progressivo Italiano, tem uma pitada de operático e o tema merece.

Depois de estar em viagem de trabalho durante 4 dias apetece-me ouvir este disco como forma de restaurar as saudades de ouvir música em minha casa.





Um álbum electrónico que recria ambientes que já visitamos nos anos 80, mas que ainda não deixa de ser original na sua composição.

Pura e simplesmente adorável!

O tempo vai esperar, Os Quatro e Meia (2020, Sony Music Entertainment)

A Charlie Brown Christmas, Vince Guaraldi Trio (2012, reissue by Fantasy)

A solução para todos os problemas:

taunus escreveu:

A solução para todos os problemas:

Isso é a solução final?

A capa é espectacular, como aliás foram sempre apanágio de todas as capas dos discos deles.

Esta semana falou-se tanto dos Cowboy Junkies que agora, com tempo e sossego, vou revisitar o que me agrada mais.



Apesar de achar graça ao Revisited, a simplicidade deste toca-me mais, a entrega de voz da menina está no ponto e os arranjos permitem um horizonte mais condizente.

A noite está tempestuosa, vento e chuva juntam-se ao estado de fechamento que experimentamos. Pois bem, o jantar está na mesa, coisas de pegar com as mãos, também abrimos uma garrafita de vinho que escolhemos pela surpresa de juntar duas castas que não são de cá, mas que têm ganho terreno - Syrah e Merlot. A estas duas estrangeiras fazem companhia a Aragonês e a Castelão.


Por vezes bebemos vinhos da Casa Ermelinda Freitas, o Terras de Pó é frequente. Este Sino Grande revela-se um vinho jovem, mas com algo para contar - taninos controlados, boa acidez; a fruta madura e doce está presente, afinal de contas tem Syrah e Merlot; não é muito persistente, mas enquanto dura sabe bem.

O que nos reune aqui não é o vinho, mas hoje acontece uma feliz singularidade...



Pois é, não é um álbum que partilhe muito por estes tempos, foi um que me acompanhou frequentemente durante a estadia nos Açores, principalmente durante a noite enquanto mirava o Pico... esta noite faz sentido, não pela brincadeira de nomes (Sino no vinho, Bells no álbum), mas porque este belo álbum abre uma paisagem diante nós que acaba por se revelar feliz.

Rachel's - The Sea and the Bells é um álbum que está na gaveta do Post-Rock, mas tem momentos que lembra a "nova clássica". Conduz-nos por entre paisagens que se agitam e logo se acalmam, tal como os dias que acontecem.

José Miguel escreveu:

...Rachel's - The Sea and the Bells é um álbum que está na gaveta do Post-Rock, mas tem momentos que lembra a "nova clássica". Conduz-nos por entre paisagens que se agitam e logo se acalmam, tal como os dias que acontecem.

Uma bela obra que acompanha bem um copo de vinho 

TD124 escreveu:

O Charlie Parker sonhava encontrar o Stravinski e talvez inconscientemente de criar algo juntos, fazer um cross-over entre o Jazz e a Classica. O encontro não existiu e os projectos de fusão na clàssica foram e são ainda escassos. Tudo isto torna este projecto do Murcof e da Vanessa Wagner um hibrido raro e visionàrio. Nenhum deles quiz abdicar do respeito devido à sua formação, ela como pianista clàssica e ele como musico electronico de uma ambient inteligente dando ao projecto um equilibrio que se traduz pelo titulo "Statea". Os temas escolhidos são do repertorio minimalista bem conhecido dos dois musicos com a notàvel excepção de um tema do Aphex Twin. O resultado faz pensar por vezes ao efeito de "aumentação" que està na moda hoje mas sobretudo mostra a sensibilidade e a cumplicidade entre os artistas. Esta musica do silêncio rodopia entre o piano terreno e uma electronica vaporosa que se complementam sém se entrechocar. Profano para alguns, excitante para outros o "Statea" é antes de tudo a confirmação da elegante semelhança conceptual que existe entre a musica minimalista e a ambient. Um daqueles discos que desde as primeiras notas sente-se que serão portos de abrigo e que nasceram para durar no tempo, para nos acompanhar...

Statea_Murcof / Vanessa Wagner (2016)

Anotado!