Assunto: Mitos e banhas da cobra audiófilos Dom Jun 10 2018, 22:12
Ao longo dos anos vão aparecendo noções estranhas para "ouvir com muito melhor qualidade", mas que pouco ou nada devem à ciência, alguns são mesmo esquemas pérfidos para ganhar dinheiro. Outros são perturbantes, pois é difícil decidir se lógicos ou não, ou se fazem parte da maluqueira deste século onde muita gente acha que a terra é plana.
Vou começar com a "água milagrosa", se benzida por um padre exorcista, ou magnetizada. Quem beber desta água, vai ouvir o melhor som do mundo em equipamento barato. E se der resultado, a fase a seguir é fazer um enema com agua polarizada pois com líquidos nas partes de baixo, pode o corpo todo vibrar por simpatia ao som da musica.
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Dom Jun 10 2018, 22:19
Nos anos '90 o Diário de Notícias tinha uma secção muito completa sobre alta-fidelidade. Nunca mais me esqueço de duas notícias: - uma falava sobre um induvíduo que estava a desenvolver uma forma de fazer música com objectos coloridos, em que as vibrações (comprimentos de onda?) das cores eram convertidas em sons; - outra falava de um investigador que afirmava que se estava a gravar o lado errado da música! Que se estava a gravar a pressão, mas que o que se deveria gravar era a intensidade - daí o amplificador de uma guitarra não soar da mesma maneira gravado do que ao vivo, por exemplo - e que estava a gravar um disco para provar isso mesmo! Escusado será dizer que das duas nunca mais ouvi desenvolvimentos (porque será?!)...
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Seg Jun 11 2018, 09:31
Moon áudio opulence, aqui há uns anos estas colunas eram publicitadas como tendo uma unidade Dark Star lá dentro que fazia a musica "nascer dentro da cabeça dos ouvintes", a coluna era tão cara e rara que não devem ter fabricado nenhuma, só para adensar o secretismo. Mas continua à venda, embora a menção às tecnologias "Stealth" tenha desaparecido. Mas se tiver curiosidade e tiver os bolsos fundos, pode despender um milhão de euros para ver como é.
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Seg Jun 11 2018, 22:08
Será que isto não acaba por ser também uma grande banha da cobra?
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 09:36
Mito do vinil soar melhor que os Cds
Há muito tempo que existe o mito generalizado que o vinil toca melhor do que os cds (ou downloads). Algo absolutamente falso até chegar à parte subjetiva de que cada um ouve o que quer, onde quer. Mas esta é uma polémica que já dura há muitos anos, e que vai durar muitos mais.
Since the mid-1970s, vinyl mastering houses began using digital delay lines instead of analog delays on the signal going to the lathe that cuts the spiral groove. So even in the increasingly unlikely event that 100% of the recording, mixing and mastering was done entirely using analog gear and media, the end of the vinyl mastering process may well have involved a conversion to digital and back."
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 09:59
galvaorod escreveu:
Mito do vinil soar melhor que os Cds
Há muito tempo que existe o mito generalizado que o vinil toca melhor do que os cds (ou downloads). Algo absolutamente falso até chegar à parte subjetiva de que cada um ouve o que quer, onde quer. Mas esta é uma polémica que já dura há muitos anos, e que vai durar muitos mais.
Quando o CD foi lançado no mercado era ao contrário, o CD é q era bom, com mais fidelidade e a soar melhor Não era inédito haver lançamentos em vinil com parangonas na capa a dizer qq coisa como “newly digital recording” Felizmente houve quem não concordasse
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 11:01
anibalpmm escreveu:
galvaorod escreveu:
Mito do vinil soar melhor que os Cds
Há muito tempo que existe o mito generalizado que o vinil toca melhor do que os cds (ou downloads). Algo absolutamente falso até chegar à parte subjetiva de que cada um ouve o que quer, onde quer. Mas esta é uma polémica que já dura há muitos anos, e que vai durar muitos mais.
Quando o CD foi lançado no mercado era ao contrário, o CD é q era bom, com mais fidelidade e a soar melhor Não era inédito haver lançamentos em vinil com parangonas na capa a dizer qq coisa como “newly digital recording” Felizmente houve quem não concordasse
Eu gostava era dos críticos que comparavam leitores de cd de 100 contos com gira-discos de 500 e mais contos. Em vez de compararem aparelhos com igual preço.
A grande novidade nos discos nos últimos anos não é a evolução dos giras mas antes os sistemas de lavagem dos discos. Que fez toda a diferença!
Eu por exemplo gosto mais de ouvir clássica em digital e todo o resto em vinil...
Pierre Membro AAP
Mensagens : 1576 Data de inscrição : 24/11/2010 Idade : 55 Localização : Elvas
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 11:50
Alexandre Vieira escreveu:
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A grande novidade nos discos nos últimos anos não é a evolução dos giras mas antes os sistemas de lavagem dos discos. Que fez toda a diferença!
Eu por exemplo gosto mais de ouvir clássica em digital e todo o resto em vinil...
Então a lavagem compressora que fazem nos estúdios, faz cá uma limpeza...!
Fernando Mota Membro AAP
Mensagens : 2085 Data de inscrição : 31/12/2012 Idade : 49 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 19:52
Quanto ao mito não sei, mas posso dar um exemplo que tenho cá em casa, de que a qualidade sonora de um disco dos Dire Straits, primeira prensagem, com o primeiro CD que saiu desse álbum, põe o som do CD a milhas. Ups, o que é que eu fui dizer
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 20:09
Fernando Mota escreveu:
Quanto ao mito não sei, mas posso dar um exemplo que tenho cá em casa, de que a qualidade sonora de um disco dos Dire Straits, primeira prensagem, com o primeiro CD que saiu desse álbum, põe o som do CD a milhas. Ups, o que é que eu fui dizer
Tu querias dizer que Dire Straits é menos mau em vinil...
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 20:13
Pierre escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
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A grande novidade nos discos nos últimos anos não é a evolução dos giras mas antes os sistemas de lavagem dos discos. Que fez toda a diferença!
Eu por exemplo gosto mais de ouvir clássica em digital e todo o resto em vinil...
Então a lavagem compressora que fazem nos estúdios, faz cá uma limpeza...!
Verdade é que hoje em dia o vinil não é muito melhor ou nada do que um cd. Uma vez que é tudo gravado em digital.
Pierre Membro AAP
Mensagens : 1576 Data de inscrição : 24/11/2010 Idade : 55 Localização : Elvas
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 20:14
Fernando Mota escreveu:
Quanto ao mito não sei, mas posso dar um exemplo que tenho cá em casa, de que a qualidade sonora de um disco dos Dire Straits, primeira prensagem, com o primeiro CD que saiu desse álbum, põe o som do CD a milhas. Ups, o que é que eu fui dizer
Tempo do vinil - gravações desse tempo um previlegio. Após - reedições duvidosas e gravação em CD é preferível.
Fernando Mota Membro AAP
Mensagens : 2085 Data de inscrição : 31/12/2012 Idade : 49 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 20:17
Alexandre Vieira escreveu:
Pierre escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
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A grande novidade nos discos nos últimos anos não é a evolução dos giras mas antes os sistemas de lavagem dos discos. Que fez toda a diferença!
Eu por exemplo gosto mais de ouvir clássica em digital e todo o resto em vinil...
Então a lavagem compressora que fazem nos estúdios, faz cá uma limpeza...!
Verdade é que hoje em dia o vinil não é muito melhor ou nada do que um cd. Uma vez que é tudo gravado em digital.
Tu sabes bem do que é que eu estou a falar
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 20:17
Pierre escreveu:
Fernando Mota escreveu:
Quanto ao mito não sei, mas posso dar um exemplo que tenho cá em casa, de que a qualidade sonora de um disco dos Dire Straits, primeira prensagem, com o primeiro CD que saiu desse álbum, põe o som do CD a milhas. Ups, o que é que eu fui dizer
Tempo do vinil - gravações desse tempo um previlegio. Após - reedições duvidosas e gravação em CD é preferível.
Concordo em absoluto...
Cylon Membro AAP
Mensagens : 380 Data de inscrição : 26/12/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 21:57
Fernando Mota escreveu:
Quanto ao mito não sei, mas posso dar um exemplo que tenho cá em casa, de que a qualidade sonora de um disco dos Dire Straits, primeira prensagem, com o primeiro CD que saiu desse álbum, põe o som do CD a milhas.
Se bem te lembras, na exposição comparámos duas edições em vinil com uma em CD do "Time" dos Electric Light Orchestra e, tirando a edição japonesa em vinil que tinha "esteróides anabolizantes", em próprio achei que na edição em vinil ocidental se notava mais dinâmica.
E isto com o meu PL-445 e com o A-445. Imagino se o sistema fosse superior...
Fernando Mota Membro AAP
Mensagens : 2085 Data de inscrição : 31/12/2012 Idade : 49 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Ter Jun 12 2018, 23:04
Cylon escreveu:
Fernando Mota escreveu:
Quanto ao mito não sei, mas posso dar um exemplo que tenho cá em casa, de que a qualidade sonora de um disco dos Dire Straits, primeira prensagem, com o primeiro CD que saiu desse álbum, põe o som do CD a milhas.
Se bem te lembras, na exposição comparámos duas edições em vinil com uma em CD do "Time" dos Electric Light Orchestra e, tirando a edição japonesa em vinil que tinha "esteróides anabolizantes", em próprio achei que na edição em vinil ocidental se notava mais dinâmica.
E isto com o meu PL-445 e com o A-445. Imagino se o sistema fosse superior...
Lembro-me sim senhora, tens razão, já houve outro disco que tenho Japonês dos Supertramp em que a edição Ocidental tem mais dinâmica também.
Locust Membro AAP
Mensagens : 40 Data de inscrição : 07/01/2018 Idade : 49 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qua Jul 18 2018, 21:14
Como musico amador que sou , e ter feito gravaçoes em analogico ( gravador de 4 pistas e gravador de bobines ) e hoje ser tudo no pc atraves do Cubase, ou outros , chego a uma conclusao que pouca gente tem em conta.. Quando estamos a gravar para dentro de um disco rigido tudo é convertido em 1 e 0 .. simples. Para mim essa conversão é logo á partida tudo menos em som...E claramente basta ouvir , a dinamica , amplitude , e o que temos para trabalhar numa wave.. Cd sou fã.. vinil já não . e apenas por uma razão . Manutenção ! Mas nada bate um Vinil , ou melhor ainda umas boas Fitas .
nem sequer formatos HD , Native DSD por ai fora. Embora os use por a sua praticidade.
Os processos de Masterização hoje em dia são totalmente diferentes do que eram ha 20 anos atras .. ou mais longe no tempo . Hoje não se usa verdadeiro Hardware , mas sim Plug-ins.. Nao se usa boas mesas , classicas .. Mas sim modernas , atraves de USB etc etc. Para não falar dos niveis de Loudness e compressão colocados nos discos.
Luis_vxd gosta desta mensagem
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qui Jul 19 2018, 08:53
Locust escreveu:
... Para não falar dos niveis de Loudness e compressão colocados nos discos.
Um flagelo, que a indústria usou e abusou.
Luis_vxd gosta desta mensagem
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qua Jul 25 2018, 09:54
O mito dos cabos de corrente!
Neste artigo: https://www.ecoustics.com/articles/ten-biggest-lies-audio/ podemos ler o seguinte:
"8. The Power Conditioner Lie Just about all that needs to be said on this subject has been said by Bryston in their owner’s manuals:
“All Bryston amplifiers contain high-quality, dedicated circuitry in the power supplies to reject RF, line spikes and other power-line problems. Bryston power amplifiers do not require specialized power line conditioners. Plug the amplifier directly into its own wall socket.”
What they don’t say is that the same is true, more or less, of all well-designed amplifiers. They may not all be the Brystons’ equal in regulation and PSRR, but if they are any good they can be plugged directly into a wall socket. If you can afford a fancy power conditioner you can also afford a well-designed amplifier, in which case you don’t need the fancy power conditioner. It will do absolutely nothing for you. (Please note that we aren’t talking about surge-protected power strips for computer equipment. They cost a lot less than a Tice Audio magic box, and computers with their peripherals are electrically more vulnerable than decent audio equipment.)
The biggest and stupidest lie of them all on the subject of “clean” power is that you need a specially designed high-priced line cord to obtain the best possible sound. Any line cord rated to handle domestic ac voltages and currents will perform like any other. Ultrahigh-end line cords are a fraud. Your audio circuits don’t know, and don’t care, what’s on the ac side of the power transformer. All they’re interested in is the dc voltages they need. Think about it. Does your car care about the hose you filled the tank with?"
Ontem desmontei um cabo de corrente da Supra, com fichas enormes, e lá dentro: só espaço vazio. A sério, as fichas podiam ser três vezes mais pequenas. Mas fui experimentar na mesma. Nunca tinha prestado grande atenção a cabos de corrente. Já tive um furutech caríssimo feito em pele de crocodilo com um metro e que era muito pouco maleável e nada prático de usar. Era bom para coçar as costas. Além disso, o técnico disse-me que o sony que tenho agora não necessitava de "condicionadores de corrente" porque estava preparado para essas coisas a nível de circuito. No entanto notei alguma diferença com o Supra, embora não justificasse o investimento. Mas experimentei um outro cabo feito em Portugal (o vendedor pura e simplesmente não faz ideia quem o fez, só sabe que foi feito cá) com fichas Dinavox (feitas na chinamarca) e um cabo com aspecto de cobra a ligar as duas fichas. O som melhorou um pouco em relação ao Supra (e um pouco mais em relação ao cabo normal que lá estava). Na prática, uma tonalidade mais macia e baixos mais definidos e presentes. Como se entrasse no sistema uma fonte de sinal um pouco melhor. No fim fiquei com o cabo e fico sem saber o que pensar dos cabos de corrente, no geral. A ideia é não rejeitar logo de caras, mas experimentar, se possível.
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qua Jul 25 2018, 10:15
Gerador Schumann
O placebo perfeito. Estou a experimentar um aparelho parecido:
Sinto uma ligeira vertigem quando o ligo, e depois quando viro o botão para o máximo de potência, mas como aquece um pouco, eu deixo o aparelho ligado a meio gás. Não noto absolutamente nada em relação à qualidade de som, nem é esse o objetivo primário. Mas noto que tenho menor "disposição" para ouvir música, com ele desligado. Já tive um amplificador Isem com circuitos em espiral tipo mini painéis, separados do restante, para supostamente criar um pequeno "campo de proteção" de interferências para os componentes sensíveis do aparelho. Foi isso que me fez depois experimentar um gerador maior para ter em conta o tamanho de uma sala. Mas enfim, não cheguei até agora a conclusão nenhuma. Eu continuo a usar o aparelho e não o tenho desligado muito tempo, mas é só isso.
Há mais algum sócio do fórum que tenha um aparelho destes? E usa-o?
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qua Ago 29 2018, 09:40
anibalpmm escreveu:
galvaorod escreveu:
Mito do vinil soar melhor que os Cds
Há muito tempo que existe o mito generalizado que o vinil toca melhor do que os cds (ou downloads). Algo absolutamente falso até chegar à parte subjetiva de que cada um ouve o que quer, onde quer. Mas esta é uma polémica que já dura há muitos anos, e que vai durar muitos mais.
Quando o CD foi lançado no mercado era ao contrário, o CD é q era bom, com mais fidelidade e a soar melhor Não era inédito haver lançamentos em vinil com parangonas na capa a dizer qq coisa como “newly digital recording” Felizmente houve quem não concordasse
O CD sempre foi melhor suporte (mais fidelidade) do que o LP. Mas os primeiros leitores de CD tinham deficiências na conversão D/A.
Hoje essa verdade é inquestionável.
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qua Ago 29 2018, 09:45
Alexandre Vieira escreveu:
Pierre escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
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A grande novidade nos discos nos últimos anos não é a evolução dos giras mas antes os sistemas de lavagem dos discos. Que fez toda a diferença!
Eu por exemplo gosto mais de ouvir clássica em digital e todo o resto em vinil...
Então a lavagem compressora que fazem nos estúdios, faz cá uma limpeza...!
Verdade é que hoje em dia o vinil não é muito melhor ou nada do que um cd. Uma vez que é tudo gravado em digital.
A fidelidade de uma gravação digital também é muito superior, de tal modo que se gravarmos a saída do prévio de phono como computador o som reproduzido em CD ou pelo computador será indistinguível do som original (do vinil).
Mas há qualidades da gravação analógica - distorções - que podem ser utilizadas de forma creatina para produzir efeitos interessantes. Quanto ao vinil, gostar ou não é uma questão de preferência.
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qui Set 06 2018, 09:16
Fenómenos associados com a utilização de recetores de rádio.
Noutros tempos, o rádio era o principal componente do som doméstico. Era lá onde tudo acontecia. Mesmo as coisas mais estranhas. Ao longo dos anos foram surgindo alguns relatos de pessoas que diziam ser possível comunicar com outras entidades por esse meio. Da mesma maneira que se usava letras e fragmentos colados de palavras recortadas num jornal para compor uma frase. Assim se captava retalhos de emissões de rádio, que juntos formavam mensagem simples. Houve vários investigadores que se dedicaram a este mito nos anos 60 e 70. Mito esse associado ao áudio de antigamente, agora completamente esquecido.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qui Set 06 2018, 18:36
galvaorod escreveu:
O mito dos cabos de corrente! ... O som melhorou um pouco em relação ao Supra (e um pouco mais em relação ao cabo normal que lá estava). Na prática, uma tonalidade mais macia e baixos mais definidos e presentes. Como se entrasse no sistema uma fonte de sinal um pouco melhor. No fim fiquei com o cabo e fico sem saber o que pensar dos cabos de corrente, no geral. A ideia é não rejeitar logo de caras, mas experimentar, se possível.
Os cabos que sejam de corrente ou de sinal são vistos "ainda" por muitas pessoas como banha da cobra no audio, ora que na realidade não o são. Os cabos são um acessorio audio, como o movél que acolhe os aparelhos ou as bases das colunas monitoras. O impacto destes elementos no som é real e mais ou menos audivél consoante a fabricação...
Ao contràrio de outros acessorios como estantes para discos, vitrinas para as células, pistolas desmagnetisadoras, escovas em pele de cabra da Mongolia (sim, sim existe!), apertadores de disco e etc, etc ... os cabos e movéis téem uma função especifica e se forem construidos afim de obedeçer a essa função então podem se tornar imprescindiveis. Uma escova de discos com fios em carbono (5 a 10€) é um acessorio imprescindivel para qualquer amador de leitura vinilo ... mas um tapete de prato em carbono a 250€ jà pode começar a entrar no grupo da "banha da cobra". A razão do que digo é simples, pois o vinilo sendo uma leitura mecânica e por vibração da agulha sobre o disco, qualquer que seja o material que desacopla o disco do prato vai alterar a resonância de grupo. Num gira X talvez o tapete de carbono seja o ideal, mas num gira Y é possivel que seja um tapete de cortiça a 10€ ... e num gira Z é possivel que um ou dois discos de cartolina preta sobreposta a menos de 1€ seja o paraiso...
O problema dos acessorios é o preço muitas vezes abusivo e que acaba por o transformar em banha da cobra ... pois o preço pago é sem relação com a melhoria. Mas isto jà é subjectivo ... e cada um faz com o seu dinheiro o que quer! Mas como diz o ditado espanhol:
Yo no creo en brujas pero de que las hay las hay!
Pedro T. Membro AAP
Mensagens : 201 Data de inscrição : 20/12/2016 Idade : 47 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Qui Set 06 2018, 23:53
Há alguma prova da percepção dessas diferenças entre os cabos?
Em qualquer fórum de áudio há relatos sobre a diferença imediata ou nem tanto, subtil ou enorme, do impacto que determinados cabos têm num sistema de som, mas, por via de regra, sempre sabendo que cabos estão colocados (efeito placebo; efeito de expectaviva, de confirmação) e havendo mudanças desses cabos para além da capacidade da memória auditiva (ultra-curta, dura segundos).
Pedro T. Membro AAP
Mensagens : 201 Data de inscrição : 20/12/2016 Idade : 47 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 00:05
Locust escreveu:
Como musico amador que sou , e ter feito gravaçoes em analogico ( gravador de 4 pistas e gravador de bobines ) e hoje ser tudo no pc atraves do Cubase, ou outros , chego a uma conclusao que pouca gente tem em conta.. Quando estamos a gravar para dentro de um disco rigido tudo é convertido em 1 e 0 .. simples. Para mim essa conversão é logo á partida tudo menos em som...E claramente basta ouvir , a dinamica , amplitude , e o que temos para trabalhar numa wave.. Cd sou fã.. vinil já não . e apenas por uma razão . Manutenção ! Mas nada bate um Vinil , ou melhor ainda umas boas Fitas .
nem sequer formatos HD , Native DSD por ai fora. Embora os use por a sua praticidade.
Os processos de Masterização hoje em dia são totalmente diferentes do que eram ha 20 anos atras .. ou mais longe no tempo . Hoje não se usa verdadeiro Hardware , mas sim Plug-ins.. Nao se usa boas mesas , classicas .. Mas sim modernas , atraves de USB etc etc. Para não falar dos niveis de Loudness e compressão colocados nos discos.
https://www.youtube.com/watch?v=XFxiLeQmb5k&t=13s
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 08:43
Pedro T. escreveu:
Há alguma prova da percepção dessas diferenças entre os cabos? ...
Não sei o que quer dizer como prova pois esta pode ser subjectiva (escuta) ou objectiva (medida) ... mas que hà parâmetros perfeitamente mensuràveis num cabo é uma evidência, e dou-lhe jà um exemplo no que diz respeito aos cabos de corrente:
Este cabo de aparência banal pois trata-se de um cabo com fichas moldadas industrial foi-me oferecido por um amigo hà anos. Ele tinha-o comprado numa loja que vende produtos naturais e orgânicos e era apresentado como biologico pois não radiava frequências nefastas!!! O meu amigo afirmava que este cabo soava muito melhor do que os cabos de base e que tinha mudado todos os cabos do seu sistema por este, mas eu que nunca acreditei nessas coisas de ondas teluricas e outras radiações nefastas fiquei com duvidas ... mas a cavalo dado não se olha os dentes e experimentei. Efectivamente este cabo dava um suplemento de fineza, clareza e legibilidade ao sinal sobretudo na leitura vinilo...
Experimentei em vàrios aparelhos e emprestei mesmo a outros amigos sém dizer nada e o resultado era constante (em comparação com um cabo de base). Acabei por cortà-lo afim de compreender a geometria, isolantes e conductores utilisados ... e finalmente deparei-me que se tratava de um cabo blindado. Ele é idêntico a todo outro cabo técnicamente mas possui uma malha de blindagem. Ora quando se mede com uma sonda um cabo de corrente com o aparelho a funcionar, vê-se uma emissão da onda 50Hz, vàrios picos de impulsões e ondas de alta frequência ... ora que com um cabo blindado esta radiação està muito atenuada ou desapareçe consoante o nivel da blindagem...
Os cabos de sinal podem captar esta radiação que serà amplificada e que perturba a legibilidade dos sinais muito baixos, proximos do ruido de fundo ou mesmo aumentar ligeiramente este. Então a coisa tornou-se clara, compreensivel e estamos longe da banha da cobra, pois num dominio ciêntifico e com uma visão exacta dos fenomenos...
Quanto a saber qual é o valor desta amelhoração é a cada um de julgar ... pois para alguns os 300€ de um cabo de topo pode pareçer justificado e para outros não, mas isto é pessoal e cada um decide. No entanto o cabo do qual falo custa 15/18€ o que é quatro vezes menos do que uma prensagem audiofila em vinilo e a amelhoração é valida para todos os discos. O preço torna-o muito mais consensual e afasta-o da banha da cobra para tornà-lo numa Aspirina eficaz e barata. Foi o que quiz dizer na minha primeira intervenção!
Este exemplo pode ser aplicado noutros niveis técnicos aos outros cabos do sistem ... mas é uma discussão longa e chata e sobretudo debatida jà 1000 vezes no forum
Pedro T. Membro AAP
Mensagens : 201 Data de inscrição : 20/12/2016 Idade : 47 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 09:39
TD124 escreveu:
Pedro T. escreveu:
Há alguma prova da percepção dessas diferenças entre os cabos? ...
Não sei o que quer dizer como prova pois esta pode ser subjectiva (escuta) ou objectiva (medida) ... mas que hà parâmetros perfeitamente mensuràveis num cabo é uma evidência, e dou-lhe jà um exemplo no que diz respeito aos cabos de corrente:
Este cabo de aparência banal pois trata-se de um cabo com fichas moldadas industrial foi-me oferecido por um amigo hà anos. Ele tinha-o comprado numa loja que vende produtos naturais e orgânicos e era apresentado como biologico pois não radiava frequências nefastas!!! O meu amigo afirmava que este cabo soava muito melhor do que os cabos de base e que tinha mudado todos os cabos do seu sistema por este, mas eu que nunca acreditei nessas coisas de ondas teluricas e outras radiações nefastas fiquei com duvidas ... mas a cavalo dado não se olha os dentes e experimentei. Efectivamente este cabo dava um suplemento de fineza, clareza e legibilidade ao sinal sobretudo na leitura vinilo...
Experimentei em vàrios aparelhos e emprestei mesmo a outros amigos sém dizer nada e o resultado era constante (em comparação com um cabo de base). Acabei por cortà-lo afim de compreender a geometria, isolantes e conductores utilisados ... e finalmente deparei-me que se tratava de um cabo blindado. Ele é idêntico a todo outro cabo técnicamente mas possui uma malha de blindagem. Ora quando se mede com uma sonda um cabo de corrente com o aparelho a funcionar, vê-se uma emissão da onda 50Hz, vàrios picos de impulsões e ondas de alta frequência ... ora que com um cabo blindado esta radiação està muito atenuada ou desapareçe consoante o nivel da blindagem...
Os cabos de sinal podem captar esta radiação que serà amplificada e que perturba a legibilidade dos sinais muito baixos, proximos do ruido de fundo ou mesmo aumentar ligeiramente este. Então a coisa tornou-se clara, compreensivel e estamos longe da banha da cobra, pois num dominio ciêntifico e com uma visão exacta dos fenomenos...
Quanto a saber qual é o valor desta amelhoração é a cada um de julgar ... pois para alguns os 300€ de um cabo de topo pode pareçer justificado e para outros não, mas isto é pessoal e cada um decide. No entanto o cabo do qual falo custa 15/18€ o que é quatro vezes menos do que uma prensagem audiofila em vinilo e a amelhoração é valida para todos os discos. O preço torna-o muito mais consensual e afasta-o da banha da cobra para tornà-lo numa Aspirina eficaz e barata. Foi o que quiz dizer na minha primeira intervenção!
Este exemplo pode ser aplicado noutros niveis técnicos aos outros cabos do sistem ... mas é uma discussão longa e chata e sobretudo debatida jà 1000 vezes no forum
É verdade que podem haver diferenças mensuráveis, mas isso não quer dizer, forçosamente, que sejam audíveis.
Mas numa coisa concordamos, é mesmo uma discussão longa e aborrecida!
galvaorod Membro AAP
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Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 10:01
TD124 escreveu:
... e finalmente deparei-me que se tratava de um cabo blindado. Ele é idêntico a todo outro cabo técnicamente mas possui uma malha de blindagem.
Interessante. Será que se pode improvisar uma blindagem num cabo de corrente normal com, por exemplo, prata de cozinha? Ou aquela fita autocolante prateada que se aplica em tubos de chaminés de esquentador? Se assim fosse, estava ao alcance de qualquer um.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 12:04
TD124 escreveu:
Pedro T. escreveu:
Há alguma prova da percepção dessas diferenças entre os cabos? ...
... É verdade que podem haver diferenças mensuráveis, mas isso não quer dizer, forçosamente, que sejam audíveis. ...
Este topico aborda a questão da Banha da Cobra no audio ... se a medida não é uma prova, então não sei o que é. Evidentemente que as medidas não dizem tudo e jà abordei esse tema vàrias vezes...
Eu dei o meu exemplo como modelo de um caso aonde a escuta foi validada por medidas que "podem" explicar o que foi escutado. Isto aproxima-nos da ciência e afasta-nos do ésoterismo ... então afasta-nos da Banha da Cobra!
galvaorod escreveu:
TD124 escreveu:
... e finalmente deparei-me que se tratava de um cabo blindado. Ele é idêntico a todo outro cabo técnicamente mas possui uma malha de blindagem.
Interessante. Será que se pode improvisar uma blindagem num cabo de corrente normal com, por exemplo, prata de cozinha? Ou aquela fita autocolante prateada que se aplica em tubos de chaminés de esquentador? Se assim fosse, estava ao alcance de qualquer um.
Sim, um blindagem pode ser feito com qualquer metal ou liga metalica, mas a sua eficiência vai depender do metal. Na zona de frequências do audio o cobre é um dos melhores metais de blindagem (o ideal seria o MuMetal ou Permalloy, mas é muito caro e rigido, dificil a utilisar então...). O aluminio não é muito interessante, mas porquê fazer por si mesmo ???
Se fosse para copiar um cabo de topo posso compreender, mas em relação a um cabo que custa 15€ ou menos e que vai durar uma vida ... é menos caro do que um disco e o problema està resolvido sém meter a mão à massa!!!
PS: Mas fazer a experiência com prata de cozinha antes de comprar para validar a eficiência pareçe-me pragmatico e inteligente. A fita deve estar em contacto com a terra ou com a massa eléctrica do aparelho!!!
Como qualquer intervenção na rede, todas as precauções devem ser tomadas!!!!!!!!!!!!!
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 14:45
TD124 escreveu:
Como qualquer intervenção na rede, todas as precauções devem ser tomadas!!!!!!!!!!!!!
Eu sei o que é isso. Há alguns dias atrás quando fui colocar um parafuso no tweeter que faltava, levei uma descarga electroestática tal que fiquei com os pelos púbicos espetados em forma de ouriço do mar. Todos os metais das colunas acendiam o busca-pólos. Tive que andar a trocar o sentido das fichas até anular o ground loop. Este deveria ser um tópico interessante porque as deficiências do escoamento à terra entre os aparelhos faz grandes prejuízos à qualidade de som, sem que a pessoa se aperceba disso. A origem do problema era a ficha do amp que tinha o "S" de signal orientado para a fase, em que ligado ao contrário, supostamente menos correto, com o "N" de neutro ligado à fase, resolveu o problema.
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sex Set 07 2018, 16:45
TD124 escreveu:
Se fosse para copiar um cabo de topo posso compreender, mas em relação a um cabo que custa 15€ ou menos e que vai durar uma vida ... é menos caro do que um disco e o problema està resolvido sém meter a mão à massa!!!
Dava jeito saber qual é o cabo em questão.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 58 Localização : França
Assunto: Re: Mitos e banhas da cobra audiófilos Sáb Set 08 2018, 08:06
ricardo onga-ku escreveu:
... Dava jeito saber qual é o cabo em questão.
È um cabo da marca francesa ou alemã Danell e aqui estão três links:
Os discos vinilos eram no passado feitos em cloreto de polivinilo mas pareçe que actualmente o polièster é cada vez mais utilisado. Jà tinha lido hà uns tempos atràs um artigo aonde se dizia que os colorantes utilisados para dar uma cor ao plastico podiam modificar a estructura molecular e aumentar ou diminuir o ruido de superficie do disco (independentemente da qualidade da prensagem). Tenho alguns discos coloridos mas nunca os pude comparar com uma versão preta clàssica então é dificil de afirmar "pessoalmente" que a qualidade seja diferente consoante a cor do plastico ...