Natalie Cole (6 de Fevereiro de 1950 - 31 de Dezembro de 2015)

      Natural da cidade dos anjos, Estados Unidos, Stephanie Natalie Maria Cole, faleceu na última noite de 2015, vítima de insuficiência cardíaca. Consta que a causa da morte é consequência do consumo de heroína, cocaína e outras drogas que a fizeram dependente anos a fio, até 1984, tendo, em 2008, sido diagnosticada hepatite C, visto que "partilhava agulhas com quem estivesse" - revelação feita numa entrevista à revista People.

      Natalie tinha 11 anos quando fez a sua estreia, cantando em público. Aos 25 anos (1975), pela Capitol Records, edita «Inseparable», o seu primeiro LP. Baseado em rhythn & blues, foi um sucesso de vendas, sendo responsável pela conquista do primeiro Grammy da sua carreira.

      Em 1991, recordando-se que o seu pai afirmara que "a música serve de pano de fundo e era a voz que ocupava o primeiro lugar", decidiu enveredar pelo jazz, gravando «Unforgettable... with love», reunindo 22 temas do reportório de Nat King Cole, entre os quais o inesquecível «Unforgettable», baseado num dueto virtual, construído com a gravação do inconfudível registo vocal do pai, falecido em 1965 (tema que, graças à tecnologia, entoava nos concertos com a projecção interpretativa de King). Em todo o mundo, o álbum vendeu mais de 30 milhões de cópias. Com este trabalho, conquistou 6 dos 9 Grammy que ganhou durante o seu percurso artístico, um dos quais o de Álbum do Ano.


      No início do novo milénio, assinou com a Verve, lançando dois álbuns sobre a alçada desta etiqueta. Nas muitas digressões que fez, no ano 2010, em Olhão, o público português teve oportunidade de ver e ouvir a voz límpida de Natalie Cole, que nos deixou aos 65 anos de idade.