Estava habituado a ganhar um dinheiro extra com a venda de artigos que já não usava?

https://www.nit.pt/fora-de-casa/na-cidade/costuma-vender-artigos-usados-na-vinted-ou-olx-os-lucros-vao-pagar-impostos

ducar escreveu:

https://www.nit.pt/fora-de-casa/na-cidade/costuma-vender-artigos-usados-na-vinted-ou-olx-os-lucros-vao-pagar-impostos

Um pouco alarmista esta notícia!
Tanto quanto sei, as compras e vendas de artigos usados efectuadas entre particulares não estão nem estarão sujeitas a tributação, sejam eles feitas por contacto pessoal ou em plataforma de negócios. O exemplo mais evidente é a transacção de veículos automóveis entre particulares e onde o valor em questão pode ser muito alto.
Esta directiva comunitária destina-se a identificar empresas que, usando as vendas em plataforma, fogem às suas responsabilidades fiscais.

No que toca ao áudio e equipamentos relaccionados, não há por que criar alarme... pode ser de mim, mas quando espreito páginas de anúncios fico com a ideia que há quase nada de novo a aparecer.

O pouco que aparece mais recente tem quase o preço de novo e até merecia pagar impostos ( ), o material dito vintage é cada vez mais raro.

Desculpem desviar um pouco o centro da conversa, mas sem oferta no mercado de segunda mão, pensar em impostos é contrário às boas práticas (eu gosto da economia circular e aproveitar as velharias dos outros).

José Miguel escreveu:

No que toca ao áudio e equipamentos relaccionados, não há por que criar alarme... pode ser de mim, mas quando espreito páginas de anúncios fico com a ideia que há quase nada de novo a aparecer.

...o material dito vintage é cada vez mais raro.

Ora aí está o que é! São as transformações que vão acontecento, lenta mas definitivamente.

Este assunto é vasto e profundo e dá pano para mangas, mas resumindo o pouco que sei:

Os anos 70 (para muitos a melhor década da alta fidelidade e o pico do áudio doméstico japones) já lá vão há mais de 40 anos, a malta dessa época que percebe e gosta desse tipo de material está a ir embora, já há pouca gente a vender e a apreciar os aparelhos fabulosos da altura, quem sente nostalgia são as pessoas vivas, o resto é história.

O material já ultrapassou o tempo útil de vida e não há peças, e se há peças, não há técnicos com conhecimento e sensibilidade para essas reparações. Contam-se pelos dedos...

O tempo vai andando e as novas gerações de audiófilos / melómanos têm o sistema em cima da secretária, com auscultadores topo de gama. Eu conheço pessoas que adoram ouvir musica, mas não usam colunas em casa, so fones, alguns deles com preços aterradores. O áudio convencional que nós conhecemos vai ficando para trás.

Nos anos a seguir à Segunda Guerra Mundial, o mundo era dominado pelos altifalantes de papel prensado com suspenção em fole de papel tambem. Os técnicos tinham receitas, grande parte delas em segredo, de líquidos para hidratar as suspensões dessas colunas. As marcas como a Altec Lansing tinham um produto especial tipo resina que vendia, sem divulgar os ingredientes, segredo do trading.
De uma maneira ou de outra, as suspenções tinham que ser hidratadas porque senão o som ficava anasalado e aspero.
Hoje em dia já ninguém sabe disso, inclusive muitos técnicos, e andam colunas vintage por aí com um som horrivel porque já se perdeu o conhecimento de como se tratam as suspenções. É um sintoma do esquecimento coletivo de como as coisas eram.

O tempo vai passando e vai se perdendo tudo, os aparelhos, as colunas e o conhecimento. O nosso mundo está a acabar e não é de admirar de que cada vez haja menos coisas à venda...

José Miguel escreveu:

No que toca ao áudio e equipamentos relaccionados, não há por que criar alarme... pode ser de mim, mas quando espreito páginas de anúncios fico com a ideia que há quase nada de novo a aparecer.

O pouco que aparece mais recente tem quase o preço de novo e até merecia pagar impostos ( ), o material dito vintage é cada vez mais raro.

Desculpem desviar um pouco o centro da conversa, mas sem oferta no mercado de segunda mão, pensar em impostos é contrário às boas práticas (eu gosto da economia circular e aproveitar as velharias dos outros).

Uma voltinha pelo site de leilões CataWiki (https://www.catawiki.com/en/) e constatámos que não faltam aparelhos anos 70/80/90 à venda. São caros? Considerando os portes mais a comissão da leiloeira e sobretudo, considerando que o euro em Portugal é bastante mais caro do que na Europa Central, definitivamente sim. Mas para um alemão, holandês, francês, belga ou luxemburguês, são baratos.

Por outro lado, no nosso mundo "capitalista", os preços respeitam a lei da oferta e da procura. E como o direito à propriedade é inalienável (e o direito de atribuir um valor à sua propriedade também ) as pessoas pedem o que lhes vem à cabeça.

Por variadas razões:
1-Porque acham que, como foi meu, agora vale muito mais!
2-Porque não fazem ideia do valor do que estão a vender e então mais vale apontar para o alto do que ficar a pensar que vendeu por tuta e meia.
3-Porque sabendo que não vale nem metade acredita que lhe vai aparecer um patinho convencido que até está a comprar barato (aqui o desconhecimento reside no comprador).
4-Finalmente, e neste ponto sem qualquer ironia: porque vender aquele conjunto de aparelhos com 30 ou 40 anos por XXX€ pode permitir pôr pão na mesa no resto do mês, impedir que a EDP corte a energia ou o senhorio lhe indique a ponte mais próxima para viver com o resto da família (infelizmente isto acontece muito nos tempos de crise como o que agora vivemos).

galvaorod escreveu:

Ora aí está o que é! São as transformações que vão acontecento, lenta mas definitivamente.

Este assunto é vasto e profundo e dá pano para mangas, mas resumindo o pouco que sei:

Os anos 70 (para muitos a melhor década da alta fidelidade e o pico do áudio doméstico japones) já lá vão há mais de 40 anos, a malta dessa época que percebe e gosta desse tipo de material está a ir embora, já há pouca gente a vender e a apreciar os aparelhos fabulosos da altura, quem sente nostalgia são as pessoas vivas, o resto é história.

O material já ultrapassou o tempo útil de vida e não há peças, e se há peças, não há técnicos com conhecimento e sensibilidade para essas reparações. Contam-se pelos dedos...

O tempo vai andando e as novas gerações de audiófilos / melómanos têm o sistema em cima da secretária, com auscultadores topo de gama. Eu conheço pessoas que adoram ouvir musica, mas não usam colunas em casa, so fones, alguns deles com preços aterradores. O áudio convencional que nós conhecemos vai ficando para trás.

Nos anos a seguir à Segunda Guerra Mundial, o mundo era dominado pelos altifalantes de papel prensado com suspenção em fole de papel tambem. Os técnicos tinham receitas, grande parte delas em segredo, de líquidos para hidratar as suspensões dessas colunas. As marcas como a Altec Lansing tinham um produto especial tipo resina que vendia, sem divulgar os ingredientes, segredo do trading.
De uma maneira ou de outra, as suspenções tinham que ser hidratadas porque senão o som ficava anasalado e aspero.
Hoje em dia já ninguém sabe disso, inclusive muitos técnicos, e andam colunas vintage por aí com um som horrivel porque já se perdeu o conhecimento de como se tratam as suspenções. É um sintoma do esquecimento coletivo de como as coisas eram.

O tempo vai passando e vai se perdendo tudo, os aparelhos, as colunas e o conhecimento. O nosso mundo está a acabar e não é de admirar de que cada vez haja menos coisas à venda...

Que o digam os construtores das pirâmides...

Não é difícil, para quem sabe, a reconstrução de um rádio a válvulas dos anos 20 ou 30. Mantendo-se fiel ao projecto mas, evidentemente, adaptando-o quando os componentes antigos já são inexistentes no mercado. Pela mesma ordem de ideias também é fácil recuperar o hifi dos anos 60, 70, 80 e 90, aqui com a vantagem dos componentes (e o desenho dos circuitos) ainda estarem disponíveis - com raríssimas excepções.

A questão que se levanta é: vale a pena pagar reparações com mão de obra intensiva e, obviamente, um custo alto para recuperar um aparelho que, datado esteticamente, tecnicamente e funcionalmente, não está à altura da qualidade e versatilidade de equipamentos atuais que custam o mesmo ou apenas um pouco mais do que estas reparações?

A resposta apenas pode ser: depende!

Quem, por "hobby" procura no mercado aparelhos com 30, 40 ou mais anos e se entretém a fazer o seu restauro, sem maiores espectativas do que o repor a funcionar tal como (ou muito próximo) no momento do seu fabrico ou até com  melhorias na qualidade (aqui sacrificando a originalidade), gasta uns euros e muito tempo que poderia ser gasto nos copos e no bilhar com os amigos mas tem outro tipo de compensação (e outro tipo de amigos!). E poupa no técnico de electrónica!

Quem (e como tudo é coleccionável) em vez de coleccionar Ferraris ou caixas de fósforos colecciona gira-discos ou amplificadores ou decks de fita, por vezes corre riscos e gasta um pouco mais do que seria desejável para obter aquela peça que lhe ficou na memória, naquela montra e nos anos em que era jovem e a carteira não aguentava a despesa.
Mas agora, não percebendo nada de electrónica, quer pôr aquele antigo desejo a funcionar como no momento em que o desejou. E disponibiliza mais umas centenas para pagar a quem seja capaz de o restaurar. É tolo? Não, apenas alguém a quem aquele sonho não morreu, regressando uns anos depois e de súbito ao se cruzar com aquela página do OLX...

Como em muitas outras coisas: não há respostas simples, soluções definitivas e verdades absolutas.
Afinal podemos estar "apenas" a conversar sobre o que é o mais irracional das nossas vidas: a paixão!

agorgal escreveu:

[


Um pouco alarmista esta notícia!
Tanto quanto sei, as compras e vendas de artigos usados efectuadas entre particulares não estão nem estarão sujeitas a tributação, sejam eles feitas por contacto pessoal ou em plataforma de negócios. O exemplo mais evidente é a transacção de veículos automóveis entre particulares e onde o valor em questão pode ser muito alto.
Esta directiva comunitária destina-se a identificar empresas que, usando as vendas em plataforma, fogem às suas responsabilidades fiscais.

É isso mesmo!!!

Sobre a noticia é alarmista, absurda mal fundamentada, alias como a maioria dos jornalismo de hoje .

Citação :

José Miguel escreveu:
No que toca ao áudio e equipamentos relaccionados, não há por que criar alarme... pode ser de mim, mas quando espreito páginas de anúncios fico com a ideia que há quase nada de novo a aparecer.

O pouco que aparece mais recente tem quase o preço de novo e até merecia pagar impostos ( dvil ), o material dito vintage é cada vez mais raro.

Desculpem desviar um pouco o centro da conversa, mas sem oferta no mercado de segunda mão, pensar em impostos é contrário às boas práticas (eu gosto da economia circular e aproveitar as velharias dos outros).

Eu não acho que o material vintage seja raro propriamente, obvio que já não se fabricar se torna mais raro naturalmente e caro muitas vezes, mas existe e tem mercado, o que não faltam é velharias á venda.

Eu gosto de velharias, gosto de coisas intemporais, gosto de coisas de qualidade, gosto de coisas duraveis, em grande parta das vezes prefiro comprar antigo que novo, pois no antigo consigo ter uma eficacia e durabilidade que dificilmente se encontra nas coisas novas , por isso compro muito no olx , tambem vendo o que já não preciso.

Sobre as reparações do antigo tal como já foi dito é variável, há uns meses fiz um negócio de uns 300euros por uma maquina profissional de furar antiga, como o motor queimado, o motor foi todo descascado e rebobinado e ficou novo, , no fim acabou tudo a ficar por uns 500euros, mas a comprar novo por 500euros compraria uma maquina nova mas pelo que vi uma chinesice a anos de luz da que tenho.

Portanto quando as coisas tem qualidade e por isso valem ou apenas tem um valor sentimental que não tem preço valem sim serem reparadas , por acaso um dos rasgos momentos de lucidez do governo , foi restaurar velharias ferroviários, fizeram um bom trabalho, pouparam dinheiro e criaram postos de trabalho.

O desenvolvimento deste tópico tinha-me escapado!

A minha intervenção focava-se mais no que se passa em Portugal, uma vez que nunca comprei mandando vir de fora. Compreendo que o contexto socio-económico deste país ao longo das últimas décadas (desde os 70, para facilitar) não ajuda a criar mercado de usados, mas o valor monetário das peças deverá ter alguma ligação ao que essas peças conseguem fazer (além da suposta raridade por cá).

Eu raramente espreito o OLX, contudo ainda o faço na busca por uma oportunidade de evoluir o sistema. Cada vez encontro menos oferta e mais curta face ao que diz respeito a qualidade/desempenho. Poderei ser eu a procurar coisas específicas.

Não faço buscas com grandes filtros, se procuro colunas apenas coloco "colunas" e filtro a categoria. Mesmo material recente aparece pouco, o que me leva a pensar: não há mesmo ou haverá outras plataformas (não uso redes sociais).

Vou dar a minha opinião sobre o tema.

Não sei se tém conhecimento, mas esta balda do OLX vai acabar senão vejamos;
Actualmente quem trabalha com plataformas digitais como prestador de serviço ou similar já obriga a uma série de requisitos, vou numerar alguns só a titulo informativo;

Identificação completa, deixo aqui alguns exemplos;

Para o vendedor;

NIf
Cartão de cidadão
Identificação Facial
Identificação completa da empresa, inclusive documentos oficiais.
Facturação via programa certificado pelas finanças a comunicar diretamente nas finanças.
Esqueçam se o artigo é usado ou novo porque pode paga uma parte em mais-valias
Mapas de comissões mensais a comunicar para as finanças.
Escrita organizada.
E muitos mais, vai depender da actividade profissional de cada um.

Para o comprador;

Provavelmente a identificação pessoal deve ser suficiente

Por isso não se admirem se em 2024 ao abrir conta, ou para continuar com as contas actuais sejam pedidos alguns destes elementos.
Não sei como o vão fazer, mas não é muito complicado imaginar o OLX entre outros a gerir os anuncios automaticamente, o vendedor estipula o valor, o cliente compra, o olx trata de receber o pagamento, paga ao vendedor, trata do transporte, o OLX retira uma comissão pelo serviço, basicamente será isto.
Vamos ver...

ducar escreveu:

Vou dar a minha opinião sobre o tema.

Não sei se tém conhecimento, mas esta balda do OLX vai acabar senão vejamos;
Actualmente quem trabalha com plataformas digitais como prestador de serviço ou similar já obriga a uma série de requisitos, vou numerar alguns só a titulo informativo;

Identificação completa, deixo aqui alguns exemplos;

Para o vendedor;

NIf
Cartão de cidadão
Identificação Facial
Identificação completa da empresa, inclusive documentos oficiais.
Facturação via programa certificado pelas finanças a comunicar diretamente nas finanças.
Esqueçam se o artigo é usado ou novo porque pode paga uma parte em  mais-valias
Mapas de comissões mensais a comunicar para as finanças.
Escrita organizada.
E muitos mais, vai depender da actividade profissional de cada um.

Para o comprador;

Provavelmente a identificação pessoal deve ser suficiente

Por isso não se admirem se em 2024 ao abrir conta, ou para continuar com as contas actuais sejam pedidos alguns destes elementos.
Não sei como o vão fazer, mas não é muito complicado imaginar o OLX entre outros a gerir os anuncios automaticamente, o vendedor estipula o valor, o cliente compra, o olx trata de receber o pagamento, paga ao vendedor, trata do transporte, o OLX retira uma comissão pelo serviço, basicamente será isto.
Vamos ver...    
 
 

Sim e não ..., eu já uso plataformas de compra e venda desde que sou maior de idade, inicialmente os classificados de jornais, depois o jornal ocasião, depois a plataforma digital do ocasião , depois o OlX

Na realidade o lado sim é que cada vez o olx será mais policiado, pois fraudes, vendas de lojas e produtos novos tem mesmo de ser policiadas para não fugirem ao impostos , mas o resto o vendedor ocasional de alguma coisa que não tenha utilidade esse continuará a fazer como sempre fez, até porque a venda nunca foi feita no olx , o olx é penas a "montra" e o contacto, o resto é feito por email pelo telefone e aí é um negócio que só diz respeito ao vendedor ou ao comprador.

Eu acho bem e dou muito valor a vendedores registados com boas referencias , esses são os sérios e com quem é sempre um prazer fazer negócios , por norma não compro nada sem falar ao telefone primeiro, depois de ver as eventuais referencias e a data que é vendedor.

Mas tal como disse a questão é que o negócio é sempre fora do OLX , a plataforma OLX é apenas o contacto inicial e acaba ali o olx, o resto é um negócio real fora da plataforma e totalmente sigilosa.

José Miguel escreveu:

O desenvolvimento deste tópico tinha-me escapado!

A minha intervenção focava-se mais no que se passa em Portugal, uma vez que nunca comprei mandando vir de fora. Compreendo que o contexto socio-económico deste país ao longo das últimas décadas (desde os 70, para facilitar) não ajuda a criar mercado de usados, mas o valor monetário das peças deverá ter alguma ligação ao que essas peças conseguem fazer (além da suposta raridade por cá).

Eu raramente espreito o OLX, contudo ainda o faço na busca por uma oportunidade de evoluir o sistema. Cada vez encontro menos oferta e mais curta face ao que diz respeito a qualidade/desempenho. Poderei ser eu a procurar coisas específicas.

Não faço buscas com grandes filtros, se procuro colunas apenas coloco "colunas" e filtro a categoria. Mesmo material recente aparece pouco, o que me leva a pensar: não há mesmo ou haverá outras plataformas (não uso redes sociais).

Há plataformas de venda no facebook, mas bem desarrumadas , mas o vendedor acaba por colocar no olx muitas vezes na mesma.

Eu acho que ha sim um grande mercado de usados no olx , temos de ter em conta a dimensão do país, não podemos exigir que o mercado de usados em Portugal tenha o mesmo tamanho que o mercado de usados nos EUA .

Mas em Portugal se apanha de tudo, claro se a pessoa procura colunas o que aparece é as mais vulgares que há em mais quantidades, as coisas mais exigentes e de uma elite ha menos mas tambem aparecem á venda, é como tudo, se eu procurar por carros vejo muitos renault VW , mas tambem ha ferraris no olx

Depois há a questão do preço, há pessoas que querem enriquecer e acham que tudo o que vendem vale ouro, mas eles são livres de pedir o que quiserem, e eu tambem sou livre de fazer uma proposta que pode ou não ser aceite. No entanto ja vi coisas há venda usadas mais caras que novas


Nas sociedades de consumo cada vez há a necessidade de se vender o usado, o que já não nos faz falta , já tive ao longo da vida hobbys e paixões fortes que deixei de ter e acabei a vender tudo.

Por outro lado acho que o "olx" é um vicio, a compra venda de usados é um vicio é quase como ir jogar num casino, descobrir coisas interessantes, discutir preços, a emoção de um bom negocio e a hipotese de fracasso, a emoção de conhecer o vendedor tudo dá uma certa adrenalina.

Eu já fiz bons negócios no olx , o perfil do vendedor que mais gosto, é o ocasional, tipo uma caixa de muito boa qualidade para ferramentas que comprei usada mas nova por ele tinha comprado a mais e deixou de ser util, ou comprar algo de alguem serio. O outro perfil que mais gosto e na area do audio ainda mais é o do "colecionador" o colecionador é um "louco" fascinante, que tem amor e paixão pelo que tem, quando vende é por norma em bom estado, com pouco uso porque como é colecionador e como tal usou pouco, por norma vende a um preço justo, as vezes até é tão apaixonado, que prefere vender mais barato a outra pessoa que tenha paixão pelas coisas que ele tem.

O outro comprador é o ocasional (ou não) que vende tudo avariado... este tem de se ter cuidado, mas permite bons negócios quando se tem noção o que se está a fazer, ele vai dizer sempre que a avaria ou não sabe o que aconteceu ou que não deve ser nada de especial , normalmente são avarias graves que se a pessoa identificar e souber reparar pode comprar por um valor baixo e reparar e ficar como novo.

https://www.magazine-hd.com/apps/wp/olx-vinted-comunicar-financas-janeiro/


Eu avisei...

Reparem como o OLX faz avaliações.
Que tipo de perguntas faz ao comprador?
Isto é o início depois é sempre apertar as regras
Facilmente nesse campo vai perguntar qual foi o valor por qual o comprou
Actualmente já pergunta se comprou.
Claro qu isto não vem tudo de uma vez, é aos poucos para a malta se ir habituando , quando se dá por ela, já está.
O digital é o presente, o futuro e a máquina fiscal tem que estar preparada, porque as vendas online são cada vez mais utilizadas.
Caso façam a compra no OLX a um particular para passado uns dias
vender novamente no OLX, é ainda mais fácil
Para o OLX , e não adianta ter várias contas que é muito comum para contornar o problema, a localização, o número do computador ou smartphone são facilmente rastreados.
Depois vai perguntar ao vendedor se o vendeu e porque valor, usando a inteligência artificial podem nem perguntam nada, eles analisam as mensagens, se for por telefone sabem se o vendedor recebeu chamadas, e está feito o cruzamento entre o vendedor e de quem comprou o ítem.

ducar escreveu:

(...) está feito o cruzamento.

... e gooolooo    

Já fiz a alteração do cruzamento, bateu na trave.

ducar escreveu:

https://www.magazine-hd.com/apps/wp/olx-vinted-comunicar-financas-janeiro/


Eu avisei...

Positivo: mais difícil vender produtos roubados!

Lol, de facto não vai ser nada fácil para os amigos do alheio.

ducar escreveu:

Lol, de facto não vai ser nada fácil para os amigos do alheio.

Para todos os efeitos a venda de artigos usados entre particulares continua isenta de qualquer imposto. Veículos e propriedades, como obrigam a registo, continuam com a sua tributação própria, pelo menos as taxas dos respetivos registos. A transposição para a legislação portuguesa da directiva comunitária DAC7 (parece que é esta directiva que é aqui abordada) é obrigatória perante as regras da C.E. e destina-se a fiscalizar atividades puramente empresariais (vendas ou prestação de serviços) camufladas nas plataformas digitais.

Não vejo a mais pequena razão para preocupação por parte de quem vende (ou revende) desde que como particular - obviamente que um nível de negócios demasiado alto levantará suspeitas nas autoridades tributárias, exactamente porque poderá indiciar uma actividade empresarial camuflada...

A tendência das sociedades modernas é esta: cada vez mais controladas. Não fora assim e ninguém pagava impostos. Temos que viver com isso. E, no final, trará algumas vantagens ao comum dos cidadãos: uma delas será uma tributação mais justa. Todos sabemos que os "poderosos" têm ferramentas que os "humildes" não têm. Este controlo e/ou fiscalização ajuda a, no futuro, impedir o uso e abuso destas ferramentas.

Ora aí está, existe muita actividade empresarial camuflada, e caso seja camuflada tem que pagar impostos, e é isso que despertou a necessidade de criar regras apertadas e limites
na venda de equipamentos.

https://expresso.pt/economia/impostos/2024-01-15-Vendas-online-acima-dos-2-mil-feitas-em-2023-tem-de-ser-reportadas-ao-Fisco-ate-ao-final-de-janeiro-c22d727f

Quero ver no OLX como é que eles vão reportar isto. De agora em diante, sempre que desativar um anuncio no OLX vou sempre dizer que não vendi o produto.

miguelbarroso escreveu:

Quero ver no OLX como é que eles vão reportar isto. De agora em diante, sempre que desativar um anuncio no OLX vou sempre dizer que não vendi o produto.

O problema é que o OLX faz a mesma pergunta a quem comprou, ou não repararam que isso já acontece actualmente?
Mesmo que não exista uma transação.

ducar escreveu:

miguelbarroso escreveu:

Quero ver no OLX como é que eles vão reportar isto. De agora em diante, sempre que desativar um anuncio no OLX vou sempre dizer que não vendi o produto.

O problema é que o OLX faz a mesma pergunta a quem comprou, ou não repararam que isso já acontece actualmente?
Mesmo que não exista uma transação.

Faz essa pergunta quando pede para deixar rating ao vendedor. Mas da minha experiência, a maior parte das pessoas não deixa rating, e raramente o OLX me pede para dar rating a alguém com quem tenha feito negócio - normalmente pede para pessoas com quem não fiz.

Pois, pela minha experiência actualmente é uma constante, sempre que compro ou faço o contacto com um vendedor é certinho direitinho que vem o OLX pedir o feedback.

Não há fumo sem fogo...



https://www.noticiasaominuto.com/economia/2482911/vinted-e-olx-na-mira-do-fisco-mas-sem-impostos-para-ja-o-que-saber

Bem, pelo menos existe uma preocupação em separar o particular do vendedor encartado, e é bom que exista essa separação.

https://ominho.pt/ganhou-mais-de-2-mil-euros-na-vinted-ou-olx-tem-ate-hoje-para-os-declarar/