JP amplifiers OTL preamp/can amp

Iniciei há cerca de 1 mês uma experiência que há muito desejava.
Desde há já alguns anos que ambicionava ouvir o pré OTL do JP, que foi desenvolvido para também ser ao mesmo tempo um can amp.
O pré foi desenvolvido para acompanhar o power OTL do JP e resultou de uma experiência que ele fez para perceber se as válvulas EL300 seriam adequadas para o power, o que não resultou, mas o JP percebeu então que poderiam ser usadas numa topologia que permitia então o desenvolvimento de um pré e de um can amp.
Ora e se como pré em conjunto com o power OTL a coisa resulta muitíssimo bem (pelo menos na garagem do JP), já como can amp precisava de o experimentar com mais afinco. Isto porque apesar de não ser o meu meio preferido de ouvir música, os Headphones são neste momento o meu modo principal de o fazer.
O pré/can amp utiliza 2 válvulas ECF 80, que tem um tríodo e um pentodo cada uma. Já as válvulas EL 300 são 4 e são pentodos. Portanto válvulas que não são muito caras mesmo NOS NIB.
Como can amp tem a particularidade de poder atacar as várias impedancias dos diversos Headphones, é pois um espécie de canivete suíço do mundo dos can amps.
Mais informações tais como características, modos de implementação das válvulas e circuitos só perguntado ao JP. O que posso acrescentar é que ele me informou que se trata de um aparelho muito complexo e difícil de fazer, talvez o mais difícil que já fez.
A fonte que tenho utilizado para as experiências é o meu fiel TD124 quer com uma AT 90, ou com uma AKG PM24 ou ainda com uma Stanton U380. Os headphones mais utilizados foram o Beyerdinamic DT88 pro (600 Ohms) e o Philips Fidelio X2 (30 Ohms).
O que posso ir adiantando é que para já mudou a minha relação e a percepção que tinha da audição com Headphones. Deixou de ser um constrangimento e passou a ser um prazer ouvir música com os dito cujos. Tenho ouvido mais os DT880pro, pois os Philips são mais pesados e ainda não consegui uma posição confortável com eles na cabeça.
Mas antes de tudo este é um daqueles prés/can amps que necessita de um bom aquecimento se não torna-se muito desagradável a audição musical. É bastante notório que com a continuidade ele vai melhorando o processo musical em curso.

A continuar…

Boa tarde Aníbal!!

Que bela partilha, esse tipo de peça de autor merece ser colocada perante os olhos de todos, só assim se consegue ter consciência do que existe e é feito.

Espero por mais partilhas, já tem novos auscultadores, juntamente com os que já moram aí por casa poderá resultar num belo teste para referência de muitos utilizadores - juntar uns Sennheiser HD 650 e uns Stax seria um mimo, fica o desafio para o Aníbal e outros que possam ajudar a que isto aconteça.

anibalpmm escreveu:

(...) O que posso ir adiantando é que para já mudou a minha relação e a percepção que tinha da audição com Headphones. Deixou de ser um constrangimento e passou a ser um prazer ouvir música com os dito cujos. ...

È com grande alegria que leio este post... para mim o AAP é uma espécie de "deserto" no que diz respeito aos auscultadores e a toda a "cultura" que roda à volta deles. A experiência do Anibal mostra que muitas vezes o desprezo da escuta com cans està muitas vezes ligado à "maneira" e não ao "acto" em si! Estou curioso com o desenrolar do topico e espero que ele toque suficientemente algumas pessoas ao ponto de lhes criar a curiosidade para escutar com atenção um cansystem... tudo isto promovendo, o que é primordial, a imagem de marca do audio Made in Portugal

José Miguel escreveu:

...juntamente com os que já moram aí por casa poderá resultar num belo teste para referência de muitos utilizadores - juntar uns Sennheiser HD 650 e uns Stax seria um mimo, fica o desafio...

Os Stax são auscultadores electroestaticos que pela natureza tecnica não são compativeis com os canamp electrodinamicos e necessitam amplificadores especiais, da mesma marca ou doutras, adaptados à tensão e à sensibilidade do modelo de auscultadores utilisado... é um outro mundo no meio do mundo dos cans

Mais uns pozinhos…

Confirma-se que o rapaz leva bastante tempo a aquecer para estabilizar e mostrar o seu melhor. Mesmo deixando algum tempo ligado antes de tocar ainda precisa do lado A a tocar para só no lado B mostrar o que vale, depois disso maravilha.
Não tendo um termo de comparação com outros can amp parece-me bastante transparente pois consigo distinguir bem os diferentes auscultadores e dos 3 que estou a usar a preferência neste momento cai sobre o AKG Q701, seguido do Philips Fidelio X2 e por fim o Beyerdynamic DT880Pro. O que parece estranho uma vez que é um can amp OTL, deveria em teoria tocar melhor com os 600 Ohms dos DT880pro

anibalpmm escreveu:

... a preferência neste momento cai sobre o AKG Q701, seguido do Philips Fidelio X2 e por fim o Beyerdynamic DT880Pro. O que parece estranho uma vez que é um can amp OTL, deveria em teoria tocar melhor com os 600 Ohms dos DT880pro

Olà Anibal, se é um DT880 Pro que tens então a impedância deve ser de 250 ohms... no meu conhecimento sò o DT880 Edition 600 possui essa impedância, mas posso estar enganado   De todas as maneiras a impedância deve estar gravada no jack!...

Independentemente do tipo de amplificador e da impedância dos cans vai apareçer durante a escuta a sinergia entre os dois e evidentemente o teu gosto pessoal. Os DT880 são auscultadores muito rapidos e transparentes que podém apareçer como analiticos, insistentes nos altos médios e com falta de graves... podem ser cans delicados a atacar e que nalguns casos não vão ser do gosto de todos!...

São também sensiveis à "rodagem" e precisam de (muito) tempo para amaciar...  

Efetivamente tens razão
Tenho o de 600Ohm e não o pro de 250Ohm
Gracie pela correção