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 Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós

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Alexandre Vieira
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MensagemAssunto: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyDom Ago 29 2021, 10:54

Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós KingGizzardTheLizardWizard1604945456636342-1

Já estamos aqui num fórum faz uns bons anos e começamos a conhecer os gostos uns dos outros. Eu sou um confesso apreciador de pop electrónico, tem teclas e refrão, uma melodia de fundo e fico apaixonado.

Faz uns dia um Amigo disse-me que os autralianos King Gizzard & the Lizard Wizard tinham um novo disco ao meu gosto. Eu disse novo? Qual deles? É que esta banda de rock difícil de enquadrar tem muitos discos novos, eles já têm 18 discos (discografia em rodapé) e 10 anos de existência. E ele lá me disse que era o novo (segundo álbum este ano) Butterfly 3000.

Um pouco a contra-gosto porque já me tinha deparado com algumas coisas deles mais difíceis (hoje o tempo escasseia para se fazer o que mais se gosta) lá decidi ouvir. o álbum número 18 desta banda irrequieta. O novíssimo 'Butterfly 3000' que após várias escutas denotei que é uma viagem à simplicidade otimista. Não é fácil ouvir pela primeira vez, mas planta em nós a promessa de algo novo. Entre momentos de diversão com sequências de sintetizador de looping vigoroso contrastando com vibrantes mas contidos solos da guitarra. Tem uma brincadeira natural, exalando uma sensação de libertação do passado da banda, enquanto o grupo se afasta de suas raízes do rock, encontra um veículo para outra liberdade criativa. É um disco de verão que convida algumas vezes quase a uma dança com copo na mão que pode ser de água ou não.

Pode ser diferente do resto do repertório desta banda, mas 'Butterfly 3000' soa familiar mesmo assim, porque não apresenta soluções novas que já não tenham sido tentadas por outros músicos. Mas ainda assim consegue elevar-nos a uma viagem psíquica contida e com enorme bom gosto. Tem ainda o feito de provocar em mim a vontade de uma escrita mais alargada, com um sorriso nos lábios, e torcer do tronco para um lado para o outro enquanto o oiço, ao ritmo da música. Pois este disco é pura diversão. Uma melodia repleta de sintetizadores cheia de ingredientes avulso para nos ajudarem numa viagem cósmica. Enquanto o oiço "vêm-me" ao palato notas de sabores que adoro como o de Yoshimi The Flaming Lips e aqui e ali de Kraftwerk no seu psicadelismo inicial e até dos Yes mas projectados para o futuro. Um álbum magnifico na sua aparente simplicidade.

Este disco levou-me a querer ouvir mais coisas da banda, tentar entender o seu projecto,  e e apercebi-me que esta banda é provavelmente uma das melhores bandas do nosso tempo. Eles definiram os padrões elevados e ainda continuam a subir um degrau a cada lançamento, tendo optado por se fantasiarem em vez de definirem um estilo que os defina.



A prometida discografia.

2 Bar Bruise (2012)
Eyes Like the Sky (2013)
Float Along - Fill Your Lungs (2013)
Oddments (2014)
I'm in Your Mind Fuzz (2014)
Quarters! (2015)
Paper Mâché Dream Balloon (2015)
Nonagon Infinity (2016)
Flying Microtonal Banana (2017)
Murder of the Universe (2017)
Sketches of Brunswick East (2017)
Polygondwanaland (2017)
Gumboot Soup (2017)
Fishing For Fishies (2019)
Infest the Rats' Nest (2019)
K.G. (2020)
L.W. (2021)

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pedrolopes
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyQua Set 01 2021, 15:39

O KGLW são das minhas bandas favoritas! Já os acompanho há 4 anos, e já tenho mais de metade da discografia em vinil.

O que me cativa sobre tudo é o som psy/prog, e as nuances que passam pelo hard rock, jazz, metal, etc. A capacidade criativa de em 2017 lançarem 5 álbuns fantásticos e completamente diferenças, é brutal.

Espero que nunca acabem e continuem a criatividade genial que os acompanha desde o início:)

Deixo aqui também uma recomendação de banda que já acompanho tb há uns anos. Os Khruangbin Wink

tomaz e Alexandre Vieira gostam desta mensagem

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Alexandre Vieira
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyQua Set 01 2021, 15:59

pedrolopes escreveu:
O KGLW são das minhas bandas favoritas! Já os acompanho há 4 anos, e já tenho mais de metade da discografia em vinil.

O que me cativa sobre tudo é o som psy/prog, e as nuances que passam pelo hard rock, jazz, metal, etc. A capacidade criativa de em 2017 lançarem 5 álbuns fantásticos e completamente diferenças, é brutal.

Espero que nunca acabem e continuem a criatividade genial que os acompanha desde o início:)

Deixo aqui também uma recomendação de banda que já acompanho tb há uns anos. Os Khruangbin Wink

Vou investigar! Nunca tinha ouvido falar deles, ou se calhar até já ouvi na RADAR e não dei por conta.

Obrigado! Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós 754215

tomaz gosta desta mensagem

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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyQui Set 02 2021, 21:19



Um dos temas do álbum que destaco este mês. Fala de uma cidade que razoavelmente conheço a bela Xangai. Uma cidade moderna em que se cruza como em nenhuma outra na China as culturas Ocidental e Oriental. E parece-me que consegue de modo "aparentemente" inocente retratá-la.
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptySex Set 03 2021, 12:07

Alexandre Vieira escreveu:
pedrolopes escreveu:
O KGLW são das minhas bandas favoritas! Já os acompanho há 4 anos, e já tenho mais de metade da discografia em vinil.

O que me cativa sobre tudo é o som psy/prog, e as nuances que passam pelo hard rock, jazz, metal, etc. A capacidade criativa de em 2017 lançarem 5 álbuns fantásticos e completamente diferenças, é brutal.

Espero que nunca acabem e continuem a criatividade genial que os acompanha desde o início:)

Deixo aqui também uma recomendação de banda que já acompanho tb há uns anos. Os Khruangbin Wink

Vou investigar! Nunca tinha ouvido falar deles, ou se calhar até já ouvi na RADAR e não dei por conta.

Obrigado! Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós 754215

É provável e na SBSR tb passam Smile

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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyDom Set 05 2021, 12:31



Mais um tema em destaque do destaque do mês.
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyTer Set 07 2021, 19:21



Hoje destaco mais este tema fabuloso do álbum em destaque este mês.
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptySeg Set 20 2021, 22:24

Adoro as minhas buscas às Feiras. Oportunidade de para além de conseguir alguns discos a baixo preço e, confesso, comprar algum lixo. No entanto de quando-a-quando esbarro-me em pérolas como a que hoje trago à colação deste tópico.

Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós R-15339388-1590070138-3254.jpeg
Coro Della S.A.T. – Là Su Per Le Montagne Vol.2

Apaixonei-me logo na audição dos primeiros acordes! Magníficas interpretações de um dos Coros mais antigos no ativo em Itália em que se recupera e se imortaliza o seu folclore vocal que constitui o canto popular italiano que desconhecia por completo ser tão rico e diversificado.

Pelo que li, continuam no activo, com boas formações em que muitas vezes as gerações se misturam sendo quase uma herança obrigatória de Pais para Filhos a manutenção de um lugar no Coro.




Espero que sirva também para Vossa descoberta se for o caso. Para mim foi a melhor descoberta que fiz nos últimos tempos. Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós 22692

Deixo aqui uma breve referência que encontrei no Wiki.

Il Coro è nato ufficialmente a Trento il 25 maggio 1926, per opera dei fratelli Pedrotti e di alcuni amici. Essi intrapresero, inoltre, un'opera di recupero di tutto il patrimonio di canti popolari, in particolare del Trentino, curando personalmente le prime armonizzazioni. La formazione è considerata il più prestigioso coro di montagna, le cui interpretazioni hanno fatto scuola in tutta Italia. A partire dalla sua fondazione, in particolare dopo la guerra, sono nate svariate formazioni per voci maschili che prendono a modello il coro trentino, nella formazione e nel repertorio.

Per il Coro della SAT hanno armonizzato brani numerosi musicisti di fama internazionale tra cui: Antonio Pedrotti, Renato Dionisi, Arturo Benedetti Michelangeli, Luigi Pigarelli, Andrea Mascagni, Giorgio Federico Ghedini, Bruno Zanolini.
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyTer Set 21 2021, 21:59



Mais um tema do álbum que destaco este mês!
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptySeg Set 27 2021, 21:32



Um dos meus temas preferidos do CORO SAT.
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyTer Out 05 2021, 21:22

Porque existiram uns Dias da música da Fnac com uns belos descontos e lá fui eu vasculhar as prateleiras. E andei a ver o que tinha por lá. Até que esbarrei num álbum de BON IVER o “22, a Million”. Comprei-o e quando cheguei a casa descobri que já o tinha e estava selado. O que me levou a trocar por outro disco essencial que mais tarde farei o relato. A "Re-compra" é motivada pelo facto de enquanto estive em casa durante a pandemia de forma compulsória comprei discos, alguns ainda estão por abrir, pois não me deslocava às lojas por medo do vírus ou por vergonha do meu aspecto. E la chegou por correio, e lá foi para a uma qualquer arrumação. Até que no sábado foi poisar ao gira-discos.

E meus amigos que disco este! Já tinha ouvido um tema ou outro no Spotify, mas como não tenho a versão paga, nunca havia ouvido o álbum na integra nem na sequência projectada pelo autor. Assim que "caiu no gira-discos" ficou e continua a tocar no preciso momento em que o destaco.

Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós R-9118910-1512843410-2374.jpeg

Para vos apurar os sentidos nele deixo aqui um artigo muito interessante bem escrito por Filipe Ernani:

Não é incomum que um artista mude de direcionamento algumas vezes durante a sua carreira. Não é incomum, também, que essa mudança polarize opiniões sobre este — muitas vezes, abrem mão de agradar um público já fidelizado e ganham alguns novos ouvintes. Esse movimento é tradicional, famoso, e muitas vezes até esperado dentro de uma carreira longínqua. O Bon Iver, grupo americano que foi fundado em 2006 pelo vocalista e guitarrista Justin Vernon na pequena cidade de Eau Claire, Wisconsin, nos EUA é um dos melhores exemplos desse movimento natural do cenário musical.

Desde o primeiro disco, o quase-clássico For Emma, Forever Ago lançado em 2007 e que já continha o primeiro (e maior) hit da banda, a canção “Skinny Love”, uma das coisas que mais chama a atenção (e que é importante para o tópico desse texto) é a gravação feita em uma cabine de Justin no meio da floresta — bem antes do conceito de home studio se popularizar tanto como hoje em dia — e de ter sido produzido, mixado e masterizado pelo próprio Justin. Essa independência se manteve durante toda a carreira, inclusive no segundo álbum (Bon Iver, Bon Iver, de 2009), mas foi no terceiro trabalho que isso se mostrou um dos grandes diferenciais dos envolvidos no projeto. 22, a Million, lançado em 2016, levou ao extremo a capacidade de produção e explorou incansavelmente a liberdade que isso proporciona.



Uma das informações mais importantes a serem trazidas aqui é o fato de, no hiato entre o segundo e o terceiro disco (2011–2016), Justin ter convivido e trabalhado muito com o rapper e produtor Kanye West, considerado por muitos um dos maiores gênios da produção moderna. Foram várias colaborações nos discos My Beautiful Dark Twisted Fantasy e Yeezus e as influências desse convívio se traduziram da forma mais bela e irretocável no trabalho do Bon Iver. Além disso, e talvez o mais importante de tudo, foi a parceria com o engenheiro de som Chris Messina que desenvolveu uma espécie de sintetizador combinando hardwares e softwares — o qual foi apropriadamente nomeado The Messina.

É essa grande reunião de fatores que dá ao disco a sensação de resumir a música moderna — quiçá, o próprio mundo moderno. Um trabalho feito em um home studio (ainda que a April Base tenha se tornado um estúdio gigante), majoritariamente conduzido através de um misterioso aparelho que nada mais é do que uma série de coisas já existentes usadas de forma não-convencional, com uma temática lírica que vai do religioso ao nonsense em poucos segundos e com canções que em pequenos intervalos te fazem transitar entre algo intimista, como se Justin estivesse cantando dentro do seu quarto, e uma grandiosidade digna de Kanye West.


O disco é uma sequência incansável de quebras de convenção, como o uso da tecnologia do auto-tune tão comum ao hip hop em um disco de folk, juntamente com momentos reconfortantes em que o padrão é retomado. É essa constante inconstância, essa inquietude e essa busca por algo novo que tornaram o 22, a Million uma obra irreparável.

Além de tudo isso, a integração da obra musical com a obra estética (que vai desde o trabalho gráfico até os próprios títulos das músicas) promove uma quebra de padrão que parece um afago no meio de tanto conteúdo produzido irrestritamente e inconsequentemente. O uso de símbolos específicos para se referir a cada música, além de toda a simbologia usada na própria capa, é facilmente objeto de estudo. O cuidado com cada mínimo detalhe reforça o paradoxo de todo o processo do disco ter sido conduzido de forma caseira mas jamais casual. E, com tudo que o mundo moderno nos oferece atualmente, é indispensável ter esse cuidado para que as facilidades não se tornem dificuldades. Como o próprio Chris Messina diz, a tecnologia que ele desenvolveu é apenas uma plataforma, assim como tantas outras que estão a um clique de distância de qualquer um — é a forma de usá-la, a competência e o talento do compositor que irão definir o que será criado.

Dessa forma, Justin Vernon construiu o que parece ser a obra mais completa da música moderna até o momento. Ao mesmo tempo que encara e abraça todas as tendências, ele lembra e reforça suas raízes constantemente. Dentro de um catálogo artístico atual que parece oferecer cada vez mais obras egocêntricas e mercadológicas, é reconfortante ouvir um disco como o 22, a Million, que dialoga com o ouvinte não apenas pelo conteúdo lírico ou instrumental, mas pela função catártica e pelas conexões que a arte de forma geral há tempos não parecia oferecer tão bem quanto nessa obra-prima.


https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2019/01/22/bon-iver-22-a-million/


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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyTer Out 05 2021, 22:09

Alexandre Vieira escreveu:
(...) comprei discos, alguns ainda estão por abrir (...)

Não é o único! No Ilhéu Chão, em formato LP, possuo 37 unidades por desselar; o mais antigo, acompanha-me à três dezenas de anos.

Alexandre Vieira e masa gostam desta mensagem

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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyQua Out 13 2021, 19:33

Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós R-7241688-1436957917-4376.jpeg

Eu já tinha ouvido umas coisas de Gustav Mahler, mas nunca tinha ouvido esta sinfonia, a Quarta, tocada pela Berliner Philharmoniker e dirigida por Herbert von Karajan, aliás nunca dei tanta atenção à música clássica como dou hoje em dia.

Tenho andado a comprar uns discos de musica clássica, boas edições e este apareceu com muitos outros, mas destacou-se dos demais que ouvi (ainda não ouvi todos).

Uma obra difícil de explicar porque não se parece com nenhuma outra que ouvi até hoje. Eu não tenho conhecimentos de música nem o vocabulário próprio para vos elucidar do feito, por isso remeto este artigo que me ajudou a entender o que estava a ouvir.

A Quarta de Mahler


A Quarta Sinfonia de Gustav Mahler anuncia o período de maturidade do compositor. Não se pode dissociá-la das sinfonias anteriores, mas distingue-se em múltiplos aspetos.

**

A Quarta Sinfonia foi composta nos verões de 1899 e 1900, quando se assistiu a uma grande mudança no estilo de composição de Gustav Mahler. A canção «celestial» que se ouve no quarto andamento culminou um período em que os poemas «Des Knaben Wunderhorn» («A trompa mágica do rapaz») ocuparam uma posição dominante no seu imaginário criativo. Não se pode, portanto, dissociá-la das sinfonias anteriores. Distingue-se, porém. Desde logo, porque é uma partitura que não revela as referências programáticas em que se baseia. Pelo contrário, inclina-se para uma postura afim à ideia do «puramente musical», o que se pode comprovar na maior sofisticação das texturas tímbricas, na alternância entre momentos protagonizados pelo maciço orquestral com outros em que prevalecem sonoridades próximas da música de câmara. As combinações instrumentais são menos lineares do que acontecia nas sinfonias anteriores. Anuncia-se deste modo o período de maturidade do compositor.

Os três primeiros andamentos correspondem ao formato de uma sinfonia de matriz clássica: o primeiro desenvolve-se em Forma Sonata, o segundo consiste num Scherzo e o terceiro num Adagio. Cumprem-se assim com reverência os fundamentos da tradição musical austríaca, a que não será alheia a circunstância de Mahler ter assumido pouco tempo antes o lugar de Diretor Musical da Ópera de Viena e, com vista a atenuar o impacto das correntes antissemitas que floresciam, renunciar ao judaísmo, convertendo-se à religião católica. Ainda assim, surgem desde o primeiro compasso indícios que contrariam a expetativa de ser uma sinfonia clássica. É certo que a dimensão do efetivo orquestral é mais reduzida e que a coerência temática entre os diferentes andamentos é irrepreensível. Mas a vincada propensão intimista e um tratamento invulgar dos temas melódicos conduzem-nos por caminhos diferentes.

Em verdade, Mahler inverteu o princípio genérico segundo o qual no formato sinfonia se apresentam primeiro os temas melódicos fundadores, para depois os transformar e desenvolver rumo a um final conclusivo, por vezes apoteótico. Em vez disso, tomou como ponto de partida uma canção que havia composto em 1892. «Das himmlische Leben» («A vida celestial») só se revela integralmente no último andamento e toda a música que a precede baseia-se em fragmentos dela retirados. Esta e outras soluções compositivas parecem evitar a grandiosidade das anteriores sinfonias, o que em boa medida justifica a relutância do público e da crítica da época na sua aceitação. Desde novembro de 1901, quando estreou na cidade de Munique, a Quarta Sinfonia enfrentou os caprichos da História, conquistando nas últimas décadas lugar de destaque nas programações das salas de concerto em todo o mundo.


https://www.metropolitana.pt/musicalia/a-quarta-de-mahler/

Fernando Salvado gosta desta mensagem

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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptySex Out 22 2021, 23:23

Bee Gees' 1st é o terceiro álbum de estúdio dos Bee Gees, o primeiro internacionalmente.

Um notável disco que encerra em si mesmo elementos variados. Não esquecendo o psicadelismo e ao mesmo tempo era um disco que tentava atingir o público dos Beatles, Roling Stones e até os Beach Boys.

Um enorme monumento de bom gosto que dá gosto de ouvir do principio ao fim, várias vezes. Um disco que me atingiu como um raio!


Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós Bee_Gees%27_1st

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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptySex Out 29 2021, 20:59



Mais um tema em destaque. Este poderia ter sido assinado pelos Beatles.
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MensagemAssunto: Re: Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós   Destaque do mês - Álbuns que esbarram em nós EmptyQua Dez 08 2021, 22:17

Dei por ele numa busca no Youtube., e fui pesquisar, ler sobre o mesmo e ainda ouvir este álbum pelo qual me apaixonei. Depois de ouvir com detalhe pergunto aos meus botões porque nunca tinha ouvido falar deste, Between The Buttons nome que surgiu por acaso, após um comentário improvisado feito pelo produtor Andrew Loog Oldham ao baterista Charlie Watts, que estava fazendo alguns esboços para a arte. Watts perguntou como eles iriam chamar o álbum e Oldham usou um eufemismo para "indeciso". “Andrew me disse para fazer os desenhos do LP e me disse que o título era 'entre os botões'”, disse Watts ao Melody Maker em 4 de fevereiro de 1967. “Achei que ele quisesse dizer que o título era Entre os botões , então permaneceu . ”

Deixo aqui um bocadinho deste álbum notável!


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