A rodar XLV

antpaubarcar escreveu:

Caro José Miguel,

Pelo que vejo mudaram o braço e a célula e que tal?? Perdeu o estilo retro...valeu a pena???

Boa noite!

Eu estou a pensar criar um tópico sobre este tema, desde logo porque sempre tivemos dificuldades em encontrar relatos próximos sobre este tipo de alterações. Arriscamos, perguntamos a opinião em quem confiamos, mas ainda assim demoramos o nosso tempo a decidir...

Permita-me só dizer-lhe que o Lenco, desde que foi comprado, foi pensado para evoluir connosco, ao nosso lado. Tivemos várias provações e tentações ao longo deste caminho que trilhamos, olhamos para o lado e quase pecamos, mas no final lá decidimos que o certo era isto, voltar à "origem" e seguir com o primeiro plano.

Posto isto, outra coisa que nos fez demorar muito foi o preço do material usado, não estava fácil encontrar um braço e isso foi sempre adiando o plano. Faz uns meses encontramos um Rega Planar 3 muito baratinho, aí para os lados do Porto, decidimos comprar.

O Rega vinha completo e afinado, como novo mesmo, e com esta célula que vê: Goldring Elektra.

O Rega foi testado com toda a calma, sem pressão de comparação directa com o Lenco. Ouvimos semanas o Rega até nos habituarmos ao sem registo e apesar dele fazer uma boa parceria com esta célula, a coisa não se deu para os dois. A célula tem um aspecto simplório, mas tem um registo muito interessante e nas médias baixas e baixas frequências é muito boa, possibilitando que o Rega se mostrasse num registo muito interessante.

Numa última tentação (o diabo tenta muitas vezes) pensamos vender tudo, mas num feliz acaso encontramos uma informação útil e a uns dias de entregar os gira-discos voltamos atrás.

Partimos para a mudança do braço e mantivemos a Goldring Elektra, só assim poderíamos aferir das reais mudanças provocadas pelo conjunto braço/célula. A partir daqui a história conta-se com sorrisos.

O Som do Lenco com este novo adereço perde em "estilo vintage" (estilo visual e sonoro!), mas ganha no que realmente nos interessa: na entrega da Música - gostamos do resultado final, ficou com uma imagem muito "limpa".

Não lhe vou dizer que passamos da noite para o dia, mas o som mudou em toda a linha. Há maior recorte, há mais impacto, mais liquidez, ... Não tiramos uma manta da frente do som, mas tiramos um lençol!

Para ajudar à festa estamos a testar o "mate" criado pela Confraria do Vinil e os resultados são muito bons. Ele ajuda as altas frequências a aparecerem mais líquidas, o som torna-se mais realista e mais equilibrado face às restantes frequências (passe a redundância). Nas médias, região onde se encontram vozes, há maior segurança e nem foi preciso ouvir mais do que a primeira faixa de Nick Drake - Pink Moon para aferir que não era imaginação, por exemplo.
A bateria e todos os pormenores dos pratos aparecem agora com melhor e maior realismo...


Não me vou alongar mais, esperamos que outros episódios se sigam e a troca de célula será um deles - estamos a pensar em qual, mas será Moving Magnet. Como esta está em bom estado, temos tempo para pensar no assunto e escutar opiniões/sugestões.


Ah! Troca de braço, afinações e limpeza das peças que ficaram a sobrar no Lenco by: Manuel Soares da Manfers/Confraria do Vinil.

José Miguel escreveu:

antpaubarcar escreveu:

Caro José Miguel,

Pelo que vejo mudaram o braço e a célula e que tal?? Perdeu o estilo retro...valeu a pena???

Boa noite!

Eu estou a pensar criar um tópico sobre este tema, desde logo porque sempre tivemos dificuldades em encontrar relatos próximos sobre este tipo de alterações. Arriscamos, perguntamos a opinião em quem confiamos, mas ainda assim demoramos o nosso tempo a decidir...

Permita-me só dizer-lhe que o Lenco, desde que foi comprado, foi pensado para evoluir connosco, ao nosso lado. Tivemos várias provações e tentações ao longo deste caminho que trilhamos, olhamos para o lado e quase pecamos, mas no final lá decidimos que o certo era isto, voltar à "origem" e seguir com o primeiro plano.

Posto isto, outra coisa que nos fez demorar muito foi o preço do material usado, não estava fácil encontrar um braço e isso foi sempre adiando o plano. Faz uns meses encontramos um Rega Planar 3 muito baratinho, aí para os lados do Porto, decidimos comprar.

O Rega vinha completo e afinado, como novo mesmo, e com esta célula que vê: Goldring Elektra.

O Rega foi testado com toda a calma, sem pressão de comparação directa com o Lenco. Ouvimos semanas o Rega até nos habituarmos ao sem registo e apesar dele fazer uma boa parceria com esta célula, a coisa não se deu para os dois. A célula tem um aspecto simplório, mas tem um registo muito interessante e nas médias baixas e baixas frequências é muito boa, possibilitando que o Rega se mostrasse num registo muito interessante.

Numa última tentação (o diabo tenta muitas vezes) pensamos vender tudo, mas num feliz acaso encontramos uma informação útil e a uns dias de entregar os gira-discos voltamos atrás.

Partimos para a mudança do braço e mantivemos a Goldring Elektra, só assim poderíamos aferir das reais mudanças provocadas pelo conjunto braço/célula. A partir daqui a história conta-se com sorrisos.

O Som do Lenco com este novo adereço perde em "estilo vintage" (estilo visual e sonoro!), mas ganha no que realmente nos interessa: na entrega da Música - gostamos do resultado final, ficou com uma imagem muito "limpa".

Não lhe vou dizer que passamos da noite para o dia, mas o som mudou em toda a linha. Há maior recorte, há mais impacto, mais liquidez, ... Não tiramos uma manta da frente do som, mas tiramos um lençol!

Para ajudar à festa estamos a testar o "mate" criado pela Confraria do Vinil e os resultados são muito bons. Ele ajuda as altas frequências a aparecerem mais líquidas, o som torna-se mais realista e mais equilibrado face às restantes frequências (passe a redundância). Nas médias, região onde se encontram vozes, há maior segurança e nem foi preciso ouvir mais do que a primeira faixa de Nick Drake - Pink Moon para aferir que não era imaginação, por exemplo.
A bateria e todos os pormenores dos pratos aparecem agora com melhor e maior realismo...


Não me vou alongar mais, esperamos que outros episódios se sigam e a troca de célula será um deles - estamos a pensar em qual, mas será Moving Magnet. Como esta está em bom estado, temos tempo para pensar no assunto e escutar opiniões/sugestões.


Ah! Troca de braço, afinações e limpeza das peças que ficaram a sobrar no Lenco by: Manuel Soares da Manfers/Confraria do Vinil.

Bom dia,

A forma como descreve a mudança/ actualização denota que está obviamente entusiasmado com a mesma, todos os braços Rega são muito bons pelo que de certeza continuará satisfeito, quanto á célula, não conheço as Goldring, acho que poderá mais tarde experimentar uma outra...sugestão uma Nagaoka!

As Nagaoka são daquelas que nos despertam curiosidade, mas tendo em conta o que esta Goldring está a fazer, talvez tenhamos que olhar para a MP-150 ou para a MP-200... tem experiência com elas?

José Miguel escreveu:

As Nagaoka são daquelas que nos despertam curiosidade, mas tendo em conta o que esta Goldring está a fazer, talvez tenhamos que olhar para a MP-150 ou para a MP-200... tem experiência com elas?

Tenho uma MP100 num Technics SL D2 (o da segunda prateleira do meu rack) onde normalmente leio os discos depois de lavados e é muito agradável, tenho ainda uma MP15 e uma MP30 (a série anterior tem menos um zero) a MP15 não difere muito da MP100 e a MP30 é realmente muito detalhada e com baixos poderosos...só ouvindo! Recomendo.

antpaubarcar escreveu:

José Miguel escreveu:

As Nagaoka são daquelas que nos despertam curiosidade, mas tendo em conta o que esta Goldring está a fazer, talvez tenhamos que olhar para a MP-150 ou para a MP-200... tem experiência com elas?

Tenho uma MP100 num Technics SL D2 (o da segunda prateleira do meu rack) onde normalmente leio os discos depois de lavados e é muito agradável, tenho ainda uma MP15 e uma MP30 (a série anterior tem menos um zero) a MP15 não difere muito da MP100 e a MP30 é realmente muito detalhada e com baixos poderosos...só ouvindo! Recomendo.

Dentro da Nagaoka estaremos a pensar bem, tendo em conta que a nova geração (com mais um "0") seguirá os passos da anterior.

A Nagaoka MP-300 já me parece algo distante, tendo em conta o preço, mas quem sabe se um dia nos cruzamos com uma boa oportunidade, mesmo uma dessas MP-30.


Por agora tem sido uma festa escutar os álbuns que temos, apesar de tudo, tem sido um bom caminho!

Para mim a oportunidade chegou há cerca de três anos no ebay, uma mp30 com + 1 agulha nova por menos de € 300...poder aparecer alguma parecida...entretanto use e abuse da renovação!

Depois das obras no Lenco, alguns álbuns ganharam uma nova vida, até aqueles que já eram muito bons e viciantes.
Um dos casos que serve de exemplo é Profondo Rosso dos Goblin. Quem conhece, sabe que a primeira faixa entra a "matar", quer pelos finos agudos tirados do sintetizador quer pela linha de baixo que nos deixa a mexer todo o corpo - Funkie, funkie!!!

Nós já gostávamos da sensação de extremos desta primeira faixa, mas agora a coisa é outra e aquelas notas do sintetizador vão mesmo lá para cima, como o movimento de uma espada - rápida, precisa, eficaz.

Altamente recomendado, um enorme álbum que chega dos idos de 70 e de Itália:

Nem só de Música vive um homem e por isso fiz uma pausa para dar uma voltinha de 50km a pedalar... No regresso apeteceu ouvir algo diferente, reconfortante.

Cat Stevens nunca falha, Tea for the Tillerman tem a capacidade de nos transportar para paisagens variadas, mas independentemente do que elas nos reservam, há sempre beleza a contorna-las.

José Miguel escreveu:

Nem só de Música vive um homem e por isso fiz uma pausa para dar uma voltinha de 50km a pedalar... No regresso apeteceu ouvir algo diferente, reconfortante.

Cat Stevens nunca falha, Tea for the Tillerman tem a capacidade de nos transportar para paisagens variadas, mas independentemente do que elas nos reservam, há sempre beleza a contorna-las.

Sem dúvida!

antpaubarcar escreveu:

(...) todos os braços Rega são muito bons pelo que de certeza continuará satisfeito (...)

Independentemente do ano de produção, no lote de braços da Rega, existem uns melhores que outros...

Ghost4u escreveu:

antpaubarcar escreveu:

(...) todos os braços Rega são muito bons pelo que de certeza continuará satisfeito (...)

Independentemente do ano de produção, no lote de braços da Rega, existem uns melhores que outros...

Como em tudo há sempre uns melhores que os outros...dizem que um dos melhores é o RB900...deixo essa apreciação para os amantes dos Rega! (não sou um deles).

Ghost4u escreveu:

Beth Gibbons é conhecida por possuir fraseologia própria, materializando e concedendo ordenação frásica aos Portishead...

...

Belo album que também possuo ... mas jà faz uns anitos que não o escuto. Gosto muito da primeira faixa !!!  

José Miguel escreveu:

Depois das obras no Lenco, alguns álbuns ganharam uma nova vida, até aqueles que já eram muito bons e viciantes. ...

Vejo, e felicito-vos pela mudança operada a esse veneràvel ancião . O Jean Nantais considera essa operação (mudança do braço original por um Rega) como a melhor evolução que se possa dar a um Lenco por um preço razoàvel ... talvez ele tenha razão

Prezado Aboubakar,

Perdão! V. Ex.ª denomina-se antpaubarcar.
A meu ver, os melhores braços da Rega foram produzidos na última década do século passado, nomeadamente: RB250 e RB300.

Bom fim-de-semana!

José Miguel escreveu:

... Eu estou a pensar criar um tópico sobre este tema, desde logo porque sempre tivemos dificuldades em encontrar relatos próximos sobre este tipo de alterações. Arriscamos, perguntamos a opinião em quem confiamos, mas ainda assim demoramos o nosso tempo a decidir...

E de certeza que foi a Luciana que acabou por decidir ... porque tu    

Fora de brincadeira, não tinha lido esta mensagem então não tinha acompanhado esses passos todos antes da mudança de braço (é verdade que ultimamente tenho vindo pouco, infelismente...). A Net està repleta de informações sobre os Lenco e as possiveis alterações, mas ném sempre os paraisos são universais e às vezes ganha-se de um lado e perde-se do outro ... o pior caso sendo quande se perde algo (parâmetro subjectivo) ao qual estamos apegados.

Arriscar é uma constante do audio, da vida mesmo, e ném sempre é possivel de experimentar antes. Mas, o audio tém a sua logica que é essencialmente pragmatica pois técnica. Globalmente, qualquer gira-discos ao qual se substitui um braço por outro de melhor qualidade vai dar um passo para a frente, ao menos nos parâmetros de escuta que estão dependentes da qualidade do braço. O braço Lenco não é ném nunca foi um grande, ou mesmo um bom braço! Neste vosso caso essa mudança era um risco fraco, mesmo se existia o "risco" de ganhar nalguns parâmetros e perder noutros aos quais voçês seriam sensiveis ... mas fora isso, era sém "grande risco" pois poderiam sempre fazer marcha atràs e revender o braço Rega!!!

Estou contente que o passo dado para a frente seja do vosso agrado e talvez esse primeiro patamar vos leve a elevar o Lenco até algo no espirito dos TJN ... seria uma bela historia que gostaria de presenciar  

Não tenho tempo para escutar nada, vinilo ainda menos, mas aproveito de um domingo calmo sém convidados ném almoços e jantares previstos em nenhum lugar para abrir uma bela garrafa de "Grillo da Sicilia" e de escutar calmamente este Sigur Ros ao vivo nas suas terras nordicas ...

Beijinhos aos dois

Ghost4u escreveu:

Prezado Aboubakar,

Perdão! V. Ex.ª denomina-se antpaubarcar.
A meu ver, os melhores braços da Rega foram produzidos na última década do século passado, nomeadamente: RB250 e RB300.

Bom fim-de-semana!

Obrigado e bom fim de semana para V. Exª. também!

Ghost4u escreveu:

Prezado José Miguel e Luciana,

Felicito pelo vosso modus faciendi para tomarem a decisão de manterem o Lenco, equipando-o com o braço da Rega. Efectivamente, quando as decisões são ponderadas, a margem de erro é amplamente reduzida. Por conseguinte, o trabalho efectuado no vosso gira-bolachas foi uma verdadeira obra de beneficiação. Quanto ao tapete made in Confraria do Vinil, também utilizo um com mui agrado no Quatro Centenas e Uma Unidade ofertado por uma estimada individualidade.

Com melhores cumprimentos,

Boa tarde!!!

Nós lá nos demoramos a decidir, mas acreditamos que uma das razões para isso acontecer tenha sido a vontade de seguir este caminho... nunca o esquecemos e assim que reunimos as condições, lá demos o passo.


É uma agradável surpresa essa do "tapete", para nós e neste conjunto ele funciona muito bem, permitindo uma expressão mais completa da Música - que não tem só graves e mais graves.

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... Eu estou a pensar criar um tópico sobre este tema, desde logo porque sempre tivemos dificuldades em encontrar relatos próximos sobre este tipo de alterações. Arriscamos, perguntamos a opinião em quem confiamos, mas ainda assim demoramos o nosso tempo a decidir...

E de certeza que foi a Luciana que acabou por decidir ... porque tu    

(...)

Bem, o que posso eu dizer... em todos os momentos em que pensamos trocar de gira-discos, a Luciana lá ficou do lado do Lenco e assim que lhe apresentei a possibilidade (esta) de trocar o braço, ela nem pensou duas vezes e lá me fez passar a "vergonha" de ter que recuar nos negócios que estavam alinhavados...

Os próximos passos a dar serão no sentido da célula e da base do plinto: o senhor Manuel não e grande fã de plintos muito pesados e rígidos, de resto e pelo que compreendemos, tal como o Paulo... assim sendo, um projecto como o Reference do Jean Nantais poderá não ser seguido.

Há uma alternativa em cima da mesa e que visa alterar a base do Lenco, mantendo o plinto que se encontra bem - ou seja, ficaria esteticamente como está, sendo que o reforço seria feito mantendo as "paredes" brancas - ele seguirá branco, seja qual for a decisão final...


É verdade que há muita informação sobre alterações aos Lenco, mas quando referi "proximidade", queria dizer que nós nunca nos cruzamos com um alterado e não sabíamos se a alteração/investimento seria benéfica - ler é uma coisa, ouvir é outra... e o mais normal é as pessoas mudarem o plinto para pesados e colocarem o novo braço depois desta alteração, mesmo rodando o gira-discos para colocar a furação para o braço directamente no plinto novo.


Para terminar, não sabemos se os braços da Rega serão o melhor casamento para um projecto com um Lenco, mas foi o possível e o resultado final é muito bom, pelo que aconselhamos - não perdemos nada, até esteticamente ele agrada muito. A célula poderá ser uma opção para melhoria do resultado final, mas temos que ver qual a direcção a seguir - sendo quase certo que será pela via das MM.


Fica uma imagem do resultado final:

E como a conversa nos levou a pensar no que realmente gostamos...

Nem é preciso falar do álbum, Coltrane bem acompanhado a tocar faixas cuja história se confunde com a história da Música...

José Miguel escreveu:

(...) Os próximos passos a dar serão no sentido da célula e da base do plinto: o senhor Manuel não e grande fã de plintos muito pesados e rígidos, de resto e pelo que compreendemos, tal como o Paulo... assim sendo, um projecto como o Reference do Jean Nantais poderá não ser seguido. ...

Fica uma imagem do resultado final:

Olà José, eu não citei o JTN no intuito de ser copiado, mas simplesmente pela ideologia que o levou a fazer o seu Lenco/JNT. Que se goste ou não de plintos pesados (eu não gosto efectivamente), a realidade é que o seu Lenco é um dos melhores giras actuais ... o que mostra que o plinto é apenas um aspecto entre muitos do problema. Sobretudo, isto quer dizer que ele ganhou a aposta de elevar os JNT até ao nivel dos melhores giras contemporâneos. Era no sentido que voçês levem o vosso Lenco o mais longe possivel que escrevi a frase ... não no sentido de fazer a mesma coisa técnicamente !!!...

O resultado final é giro e subsiste o aspecto Kitch 60's da maquina ... bravo pela aposta !!!

Agora que jà téem um gira falta um DAC ... pois hà (muito) mais musica em ficheiro do que em vinyl

Ném falo do resultado sonoro  

TD124 escreveu:

(...)

Agora que jà téem um gira falta um DAC ... pois hà (muito) mais musica em ficheiro do que em vinyl

Ném falo do resultado sonoro  

Ai o DAC... terá que ser outra aposta no escuro ou até se encontrar um que nos conquiste, porque o que a gente quer é Música!!

José Miguel escreveu:

(...) uma imagem do resultado final:

Está catita! A carpete redonda em acabamento piano lacado, enaltece a beleza desse exemplar da Lenco.

José Miguel escreveu:

(...) Ai o DAC... terá que ser outra aposta no escuro ou até se encontrar um que nos conquiste, porque o que a gente quer é Música!!

Efectivamente serà uma nova "aposta" ... mas de outro lado, é mais fàcil de encontrar (e a bom preço) um bom Dac do que um gira ou phono de "qualidade equivalente"!...

Se o que querem é musica mesmo, independentemente do formato, o DAC é então uma prioridade   ...

anibalpmm escreveu:

Dois clàssicos modernos que possuém um "excelente" tratamento contra a ferrugem !!!...

Inclassàvel, indiscritivel e incomensurável ... o segundo opus dos A Silver Mt. Zion continua a ser uma estrela sombria, brilhando somente para aqueles que sabem aonde escrutar o céu. Demasiado afastado do Rock para alguns, demasiado perto da musica contemporânea para outros o seu estatuto de musica simplesmente, sém etiqueta, deixa perplexo e cria a indiferença. No entanto a sua beleza imensa assim que a sua visão singular elevam esta obra a um nivel aonde existém poucos outros albums. Roda então ...

Ghost4u escreveu:

José Miguel escreveu:

(...) uma imagem do resultado final:

Está catita! A carpete redonda em acabamento piano lacado, enaltece a beleza desse exemplar da Lenco.

Está muito bonito!

Parabéns!

Isto é o que faz ir a almoços de desencaminhamento...

Dia cinzento, chuvoso, ... O Outono faz-se presente em Viseu e para ajudar à festa fazemos rodar um álbum que acompanha muito bem este tempinho do Tempo.

The Observatory - Oscilla...

Para quem gosta de Rock Psicadélico, Glam, Progressivo dos dias de hoje, esta é uma banda a espreitar.

Continuando no registo Progressivo/Psicadélico que se produz nos dias de hoje, roda agora um álbum que tem o perfume, cores, texturas, ... as paisagens do Norte de África vistas a partir de Itália - as mudanças acontecem e os Músicos de um lado vão parar a outro.

Al Doum and the Faryds - Al Doum and the Faryds...

Os álbuns vão rodando e vão sendo redescobertos, há sempre qualquer coisa nova a aparecer.

No caso do álbum que se segue, não é só a voz da Linda Hoyle que ganha vida, cores e texturas - sim, no plural, a então menina sabia o que fazia -, logo na primeira primeira faixa do álbum a linha de Baixo criada por John Paul Jones aparece sem timidez e faz com que o pé bata no chão.
As notas dos vários teclados também se fazem notar com maior clareza e o frazeado torna-se mais articulado, dando ao conjunto uma maior largura e profundidade.

Affinity - Affinity (1970)

Este é um álbum bem conhecido, mas para quem não conhece e gosta de Rock Progressivo, Psicadélico e até Clássico, façam o favor de experimentar.

O Aníbal brinda-nos sempre com boas sugestões, mas deste lado, já no pós-jantar com vinho no copo, seguimos com um outro registo:

Chick Corea - Inner Space (gravado em 1966...).

Este duplo álbum de Chick Corea ainda pertence a uma "primeira fase" em que o Pianista estava repleto de criatividade e vontade de criar. Apresenta-se bem acompanhado, repare-se:
Joe Farrell - Saxofone e Flauta,
Woody Shaw - Trumpete,
Steve Swallow - Contra-baixo,
Joe Chambers - Bateria.

Há sinais de juventude e irreverência, sabe muito bem ao lado do Fonte de Perdiz Old Vines.

José Miguel escreveu:

Os álbuns vão rodando e vão sendo redescobertos, há sempre qualquer coisa nova a aparecer.

No caso do álbum que se segue, não é só a voz da Linda Hoyle que ganha vida, cores e texturas - sim, no plural, a então menina sabia o que fazia -, logo na primeira primeira faixa do álbum a linha de Baixo criada por John Paul Jones aparece sem timidez e faz com que o pé bata no chão.
As notas dos vários teclados também se fazem notar com maior clareza e o frazeado torna-se mais articulado, dando ao conjunto uma maior largura e profundidade.
...

Vejo que a(s) prótese(s) aplicadas no lenco continuam a surpreender e a dar prazer

Talvez seja o momento de começar a pensar numa célula ... mais a sério

TD124 escreveu:

Vejo que a(s) prótese(s) aplicadas no lenco continuam a surpreender e a dar prazer

Talvez seja o momento de começar a pensar numa célula ... mais a sério

Caro Paulo, a resposta já foi dada, repare:

José Miguel escreveu:

antpaubarcar escreveu:

Caro José Miguel,

Pelo que vejo mudaram o braço e a célula e que tal?? Perdeu o estilo retro...valeu a pena???

(...)

Não me vou alongar mais, esperamos que outros episódios se sigam e a troca de célula será um deles - estamos a pensar em qual, mas será Moving Magnet. Como esta está em bom estado, temos tempo para pensar no assunto e escutar opiniões/sugestões.
(...)

Cortei a conversa para perceber que caminho queremos seguir, ou melhor, para perceber que ainda não sabemos muito bem que caminho seguir.

O senhor que fez este trabalho tem um inclinação para as Ortofon e lá nos mostrou a 2M Bronze e Black, mas não as ouvimos no Lenco.

Tal e qual como ele está (e mesmo no Rega Planar 3 em que vinha), a Goldering tem sido uma agradável surpresa e ponderamos subir na escada da marca - 1006 ou 1012!?!?!

No Rega original a Goldering revelou-se muito equilibrada, muito segura nas baixas frequências, boa liquidez nas altas e as médias soam naturais. No Lenco esta célula mostra-se de forma semelhante, o que nos vai dando que pensar em termos de parceria.

Depois há as Nagaoka, que faz tempo procuramos experimentar e que em cima foi motivo de conversa, mas temos que ouvir para perceber que "assinatura" tem a marca.

Obviamente estamos abertos a sugestões e partilhas, até porque não temos a possibilidade de experimentar tudo e queremos dar tiros certeiros.

José Miguel escreveu:

... Obviamente estamos abertos a sugestões e partilhas, até porque não temos a possibilidade de experimentar tudo e queremos dar tiros certeiros.

Para dar tiros certeiros é necessario ouvir (durante um certo tempo) na configuração definitiva, ou muito proxima ... não existe outra alternativa no meu conhecimento, então não vou fazer proposições especulativas

No entanto tenho um amigo aqui que tém um L75 não modificado com um braço Rega 300. Pelo momento ele utilisa uma M75 com diamante eliptico da Jico e o resultado não é muito bom: Os médios não possuem a abertura, vivacidade e luminosidade tipicos dessa célula e as passagens complexas não são tão nitidas quanto desejado. O resultado é correcto mas longe de ser bom globalmente !!!...

Experimentà-mos uma Nagaoka MP-110, Shure M79xE, Goldring 2012 e Sumiko Pearl sém que o resultado fosse "globalmente" superior então ele tém andado à procura de uma alternativa ...

Pessoalmente aconselhei-o de escutar uma Audio Technica AT-VM95SH e uma Ortofon Bronze pois ambas pareçem possuir as qualidades complementarias em relação ao som do Lenco/RB300. Uma Grado Reference seria também uma alternativa interessante a escutar mas o preço não é o mesmo !!!...

Voilà o que posso dizer e espero que ajude

Na minha modesta opinião a MP100 toca melhor que a MP110 menos fria e mais musical e é mais barata.

Penso que o José Miguel tem que decidir primeiro, antes de se aventurar nas compras, se quer o gira-discos com um som parecido a um cd ou a um gira-discos.

Grande ventania e chuva ... vivemos mais um episodio cevenol que ataca violentamente o golfo do lião (Região de Montpellier) todos os outonos. Apòs algumas modificações estructurais no sistema (movel suplementar) vou escutar este disco que serà a oportunidade de ver se o Garrard vai se dar melhor com um movel dedicado, senão ao menos jà não anda pelo chão...

Este é um daqueles discos que foi chumbado na primeira escuta, afastado na segunda, detestado na terçeira, interessante na quarta e que tomou lugar na estante da quinta vez. Estamos numa forma de reçeita "à la ECM" ou seja, melancolia transgressiva, beldade calibrada e aparência de modernismo sofisticado ... ainda não é o grande amor mas estamos num melhor caminho do que estàvamos dantes, começo a estar velho !!!...

Alexandre Vieira escreveu:

Na minha modesta   opinião a MP100 toca melhor que a MP110 menos fria e mais musical e é mais barata.

Penso que o José Miguel tem que decidir primeiro, antes de se aventurar nas compras, se quer o gira-discos com um som parecido a um cd ou a um gira-discos.

Caro Alexandre, o que nós queremos é um gira-discos que seja o melhor possível, o mais transparente, eficaz, ...

Se quisessemos um som "quente", cheio, redondo, ... tinhamos ficado com o receiver da Pioneer, as colunas Pioneer e o Lenco no seu estado original.

Como queremos a Música como ela é, ou o mais próximo possível do que ela é, procuramos estas mudanças com calma.

Para já o caminho tem sido feito com gosto e os resultados agradam-nos, estão a ir ao encontro do que queremos e podemos ter.

TD124 escreveu:

José Miguel escreveu:

... Obviamente estamos abertos a sugestões e partilhas, até porque não temos a possibilidade de experimentar tudo e queremos dar tiros certeiros.

Para dar tiros certeiros é necessario ouvir (durante um certo tempo) na configuração definitiva, ou muito proxima ... não existe outra alternativa no meu conhecimento, então não vou fazer proposições especulativas

No entanto tenho um amigo aqui que tém um L75 não modificado com um braço Rega 300. Pelo momento ele utilisa uma M75 com diamante eliptico da Jico e o resultado não é muito bom: Os médios não possuem a abertura, vivacidade e luminosidade tipicos dessa célula e as passagens complexas não são tão nitidas quanto desejado. O resultado é correcto mas longe de ser bom globalmente !!!...

Experimentà-mos uma Nagaoka MP-110, Shure M79xE, Goldring 2012 e Sumiko Pearl sém que o resultado fosse "globalmente" superior então ele tém andado à procura de uma alternativa ...

Pessoalmente aconselhei-o de escutar uma Audio Technica AT-VM95SH e uma Ortofon Bronze pois ambas pareçem possuir as qualidades complementarias em relação ao som do Lenco/RB300. Uma Grado Reference seria também uma alternativa interessante a escutar mas o preço não é o mesmo !!!...

Voilà o que posso dizer e espero que ajude

Caro Paulo, já ajudou e poderá ajudar mais, caso partilhe os resultados da experiência - se a experiência acontecer.

A Ortofon tem os seus fãs e os seus detratores, mas é verdade o que diz nas primeiras linhas. Nós nunca estivemos tempo suficiente perante uma Ortofon, muito menos numa configuração destas... daí termos travado para manter esta.

Repare na nossa linha de raciocínio: as Ortofon são muito usadas nos braços Rega, o que nos diz que elas casarão bem com eles; desconhecemos a "assinatura" da marca, e isso não ajuda nada, mesmo num registo Rega completo.

O Lenco imprime um registo diferente do Rega Planar 3 (mesmo braço e célula neste caso, convivemos um mês com o Rega), de uma certa forma o Lenco estica para todos os lados o espectro que apresenta, mas o Rega parecia apresentar um som mais luminoso nos "meios termos" (médias altas e médias baixas) do espectro mais curto que tinha.

Isto faz sentido para si?

O que questionamos é: haverá uma célula que permita a fusão destas duas "realidades" percebidas por nós?

E é assim, não há mundos perfeitos e este é apenas o melhor dos mundos possíveis para nós.

Alexandre Vieira escreveu:

Na minha modesta   opinião a MP100 toca melhor que a MP110 menos fria e mais musical e é mais barata. ...

Tens razão de ter metido o diabinho ... pois comparar uma célula conica com uma eliptica da mesma marca, e preferir a primeira, é verdadeiramente escolher a via de um som menos dinamico, menos definido, menos espacialisado, menos extenso, menos rapido, menos transparente e menos etc, e etc...

Alguns consideram que isto é ou deve ser o "verdadeiro som do disco vinil" pois quente, coerente e à moda antiga !!!...

Efectivamente o diamante conico ou esférico é muito empatico em relação à algibeira ... mas em contrepartida não é nada empatico em relação à musica. Mas na realidade, o vinil existe para ouvir discos e não para ouvir musica, então no final eles téem razão

TD124 escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Na minha modesta   opinião a MP100 toca melhor que a MP110 menos fria e mais musical e é mais barata. ...

Tens razão de ter metido o diabinho ... pois comparar uma célula conica com uma eliptica da mesma marca, e preferir a primeira, é verdadeiramente escolher a via de um som menos dinamico, menos definido, menos espacialisado, menos extenso, menos rapido, menos transparente e menos etc, e etc...

Alguns consideram que isto é ou deve ser o "verdadeiro som do disco vinil" pois quente, coerente e à moda antiga !!!...

Efectivamente o diamante conico ou esférico é muito empatico em relação à algibeira ... mas em contrepartida não é nada empatico em relação à musica. Mas na realidade, o vinil existe para ouvir discos e não para ouvir musica, então no final eles téem razão  

Ora lá está!

Era aqui que eu queria apanhar o "lapin"!

Eu tenho as duas configurações mais a configuração da MP-11 que para mim toca ainda melhor que a MP-110.

E de todas elas gosto mais da MP-100. Não é menos informativa, não é menos musical, é menos áspera, e até mais neutra.

Como diz o Fredy o audio é tramado, mas eu para ouvir música a recriar o digital, prefiro ouvir em digital.

Mas claro dou de barato a configuração, etc...etc....etc... eu só as testei em 3 gira-discos diferentes. Não consegui experimentar em todos!

Por aqui, seguindo a boa conversa, escutamos um álbum que tem ainda mais perfume, textura, profundidade e elevação:


Curiosamente este álbum chama-se Making Music e serviu de referência em algumas experiências.

A Tabla é tocada com mestria e a guitarra acústica também, a rapidez, as transições, as sobreposições... Bem, se isto é soar menos a gira-discos, pois bem, é assim mesmo que deve ser, deve é soar a Música.

Dear Josè Miguel,

if you want I can send you my old but rarely used Shure V15VxMR to try. I remember it was a good match in a slightly modified RB250 arm but on a different turntable (first Scheu with massive iron plinth). The sound of this combo was very honest, clean and structured. But perhaps in the Lenco it might sound not very exciting, don't know!

Ao que parece há mais gente a procurar a "agulha no palheiro", pode ser que no final nos ajudemos uns aos outros.

É isso mesmo que nós queremos, uma célula que nos ajude a resolver a equação que temos perante nós. Estamos conscientes da importância de todos os elementos, o nosso Pré parece estar para ficar e ele ajuda a que a sensação de rapidez/precisão dos movimentos apareça perante nós. Neste momento a incógnita da equação parece ser a célula e um destes dias lá chegaremos - mantenho o que disse antes, se esse amigo experimentar algo com sucesso, agradecemos a partilha.


Para continuar a usufruir de uma tarde soalheira entrecortada pelas arrumações, é hora de revisitar um país do Norte da Europa com o Jazz que se vai criando por estes dias.

Rasmus Oppenhagen Krogh - Distill (2016).

mannitheear escreveu:

Dear Josè Miguel,

if you want I can send you my old but rarely used Shure V15VxMR to try. I remember it was a good match in a slightly modified RB250 arm but on a different turntable (first Scheu with massive iron plinth). The sound of this combo was very honest, clean and structured. But perhaps in the Lenco it might sound not very exciting, don't know!

Dear Manfred,

We appreciate your offer, but we must decline – we don’t like to play with other’s things, when we find what we want, we try to buy assuming the risk.

To minimize the risk, we follow the basic rules as experimentation and comparation, but also listen the opinions of the more experience ones – believe, we don’t ask a lot or create new topics, but we read and pay attention. When we can experience other’s set ups, we try to create a safe spot to safe references.

I can’t tell you now what cartridge we will buy, but this combo is a step forward and we want more.

Kind regards.