Audio Vintage/Portugáudio 2019-Sala 12

O Ferpina e o Ghost(Pedro) trouxeram algumas peças de referencia do audio analogico.
O nosso amigo Viajante Nafty aterrou nesta sala com a  Sua criação a válvulas.
Uma grande surpresa para mim foram as pequenas colunas Eltax que  brilharam em conjunto com a amplificação a válvulas do Companheiro Nafty.

Estes dois mangas , a que acrescento o Nathy, mais uma vez estiveram em plena forma. Sempre boa música a tocar (até tocaram Kraftwerk) muito boa disposição e enorme simpatia com todos.

A estrela da companhia foi a estreia Mundial do amplificador do Natthy que deixou muito boa impressão.

Destaco aqui a excelente palestra do Pedro que veio dos Ilhéus só para nos presentear com os seus dotes oratório e conhecimentos musicais. Claro que teve um DJ à altura.

Bem hajam a todos

Alexandre Vieira escreveu:

Destaco aqui a excelente palestra do Pedro (...) Claro que teve um DJ à altura.

Bem-haja pelo teu auxílio, eficiência e destreza necessária na função de DJ.

     A organização da exposição Audio Vintage, ciente que o gene do mundo global é constituído por mutação, decidiu inovar, anexando o Portugáudio – acontecimento dedicado à paixão de quem se dedica à produção de aparelhos de alta-fidelidade. A unificação dos dois eventos em nada deprecia ou deforma as edições realizadas no passado, contrariando os poucos lamentos dos criadores que não se conseguiram adaptar à índole do próprio certame.

     Dada a ausência de aptidão de omnipresença e perante as muitas solicitações para esclarecimentos, fiquei impossibilitado de visitar todas as salas. Por consequência, esta intervenção é directamente aplicável ao espaço citado no título, cuja apresentação das individualidades estava plasmada na folha de sala.

     Fazendo jus à exposição que viveu de novos aparelhos e de recriações de sistemas de outros tempos que em nada são bota-de-elástico, usufruímos da presença de um companheiro que ao vinte anos de idade, em analogia a Linda de Suza, com uma mala de cartão partiu da cidade de Leiria para Israel, nação à qual está profundamente grato pela sua formação pessoal e profissional. Actualmente, Madrid é a sede do seu habitat.   

       Humilde, expressivo e prazenteiro no trato, Nafty, peremptório e sem receios, veio directo da capital espanhola para comparecer na exposição, apresentando o amplificador de 31 Watts do qual é o arquitecto, cuja resposta plana é de 20 Hz a 30 kHz. Provido de condensadores Wima FKP e válvulas 12AX7, 6U8, 12AU7 e EL34, o desígnio do criador foi auscultar o parecer dos ouvintes, situação que em nada causou embaraço, porquanto a sociabilidade é uma das suas mais-valias. A acção decorreu com o gira-discos Kenwood KD-3070/cabeça Shure SC35C, mediante a amplificação-igualização RIAA Rotel Michi Shih RHQ-10 e, lá pelo meio, o leitor digital Rotel RCD-991 e sintonizador Marantz ST-450. Sobre fundos cartográficos gerados nas interpretações de Brightbird Trio, Carlos do Carmo & Bernardo Sassetti, Cowboy Junkies, Elina Duni Quartet, Genesis, Hans Theessink, Herbie Mann, Human League, a nossa Jacinta, James Morrison & Adam Makowiez, Joel Xavier & Ron Carter, John Coltrane, Jon and Vangelis, Kraftwerk, Lars Danielsson, Led Zeppelin, Marillion, Mário Franco, Massive Attack, Pedro Barroso, Pink Floyd, Sade, Stephan Micus, Tony Bennett & Diana Krall, Van Morrison e os Yes, sem entrar em apontamentos conjecturais, garanto que a criacção de Nafty foi reconhecida pelos visitantes, entre os quais um distinto fabricante lusitano de amplificação também a válvulas, ausente na edição 2019 do Audio Vintage/Portugáudio. Quem também gostou de se juntar ao amplificador foram as singelas Eltax Monitor III.

       Findo, salientando que neste evento há muito mais do que amostragem de equipamento. Celebra-se a boa disposição de espírito, a entreajuda e o intercâmbio, particularmente sentido entre este espaço e a sala de Fredy/Fernando Mota/ Goansipife, onde aparelhos e obras discográficas fizeram estada.


     

Estes gajos........colocam a bomba, fogem e entregam-me ao manifesto.
Que tropa, meu D, que tropa.
Em primeiro lugar obrigado a todos pelas vossas palavras, pelo vosso recebimento e por tudo em geral, vos haveis comportado comigo como se tivésseis una divida comigo quando nenhum de vocês me deve absolutamente nada. Numa palavra, me haveis feito bem sem ter porquê. Estas palavras são para todos em geral e para esta parelha (Fantaspina ) de rapaziada romântica muito em particular. Humildemente, Obrigado. Espero merecer o trato que me haveis dado.
Bom com respeito ao meu aparelhometro, quero revelar as coisas negativas que obviamente já estão corrigidas.
Notei que subindo em potencia com colunas de baixa impedância, a timbrica perdia naturalidade, tornando-se agressiva. Isto se deve a que ao transformador de saída que ao não ter um seletor de impedancia de saída, a baixa impedancia o amplificador ficava com demasiada predominância de classe B  e isso a volume alto se notava. O trafo de saída devia ter uma impedancia de 5K pp sobre 6 Ohms quando na realidade tem 5Kpp sobre 8 Ohms. Eu estava acostumado a provas com impedancias mais perto dos 8Ohms e com colunas de chão com sencibilidades em torno aos 89dbs.
Depois, como vos disse, essa timbrica que haveis escutado, era fruto de um concepto, agora em fase já de barrica de carvalho. Ora bem, um conceito se pode aplicar de várias formas e esta não é a melhor e creio mesmo que nem sequer afortunada.  A inversão de fase se faz de forma diferencial e amplificada em SRPP através de umas 6U8 que tinha por aqui. Este tempero, funciona mas não da melhor maneira porque primeiro vi como a largura de banda ficou mais estreita que normalmente. Estou habituado a ver a atenuação começar algures entre os 40 e os 60KHzs e aqui tive que conformar-me com uns 30KHzs normalitos. Logo, o triodo das 6U8, têm um mu de 40 o que é um pouco baixo para o que me faz falta embora isso o tivesse compensado por outro lado. Total, foi uma acrobacia arriscada mas sem necessidade.
Por outro lado, este amplificador não tem nada, absolutamente nada exotico, do tipo.......pratas, ouros, condensadores com alerons traseiros, resistências anti derrapagem  nem elementos de colinária gourmet.
Bom, as minhas tendências, essas sim voçês já as conhecem e que é coisa que ficou bem patente nas minhas caligrafias do passado e com as quais sou coerente.  Quando me referi aos condesadores FKP de Wima me podia referir a qualquer outro componente. Á partida não abdico da qualidade e estabeleço uma norma que da qual não abdico mas também não busco mais que isso. Que estes soam e os outros não (''?!), sim talvez mas essa diferença não me tira o sono . O objectivo é aproximar-me o mais possivél do que me pareçe real e se isso é subjetivo, muito mais subjetivo é ainda isso de soar bem ou mal, melhor ou pior. Pelo menos parto de uma referencia palpável.
De resto meus amigos, obrigado por tudo aquilo que me haveis proporcionado e que me permitiu aprender muito.
Infinita gratitude, Nafty

Ghost4u escreveu:

Alexandre Vieira escreveu:

Destaco aqui a excelente palestra do Pedro (...) Claro que teve um DJ à altura.

Bem-haja pelo teu auxílio, eficiência e destreza necessária na função de DJ.

Pelo menos não me enganei em nenhum

Mais uma equipa que participará nesta nova edição do áudio Vintage 2020. Haverá novidades de qualidade superior nesta Sala.