...e não para!

http://ionline.sapo.pt/537070

birodisco escreveu:

http://ionline.sapo.pt/537070

Uma noticia difícil de acreditar.

Bom, a noticia já está na BBC.


http://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-38221420

A notícia não adianta muito face à evolução e dá mesmo a resposta:
"Downloads have been in sharp decline as consumers switch to streaming services."

Legalmente podemos "baixar" álbuns inteiros, guardar em múltiplos lugares, por uma mensalidade que não ultrapassa o valor de um álbum em formato digital.

A sorte é que os Músicos sempre souberam viver com uma pequena fatia (lucro) do que fazem e não deixam de criar.


Viva a Música!

José Miguel escreveu:

A notícia não adianta muito face à evolução e dá mesmo a resposta:
"Downloads have been in sharp decline as consumers switch to streaming services."

Legalmente podemos "baixar" álbuns inteiros, guardar em múltiplos lugares, por uma mensalidade que não ultrapassa o valor de um álbum em formato digital.

A sorte é que os Músicos sempre souberam viver com uma pequena fatia (lucro) do que fazem e não deixam de criar.


Viva a Música!

Seja como for, para um formato dado como morto desde a criação do CD nos anos 80...é obra.

Eu tenho uma curta experiência com Vinil, mas...

Gostava de saber dados estatísticos do Discogs por exemplo (para os dias do Presente) e dados das vendas de Usados (para uma radiografia dos dias Passados), isto para poder desfazer esse mito da morte do Vinil.

Tenho-me cruzado com pessoas que nunca deixaram de comprar e os relatos dizem quase todos o mesmo:
Muita gente se desfez do Vinil e os preços desceram muito, mas nunca se deixou de comprar. O número por edição também ficou mais pequeno.


Por outro lado, quando hoje em dia se compram álbuns novos por 7 euros (Music on Vinyl, Sony, Columbia, ... !!!) numa Fnac algo está errado...

Eu só queria dizer isto mesmo, porque não me parece que o Vinil alguma vez tenha andado perto de falecer e não acredito nesta euforia que os números revelam.

No final de tudo louvo que o Vinil esteja bem de saúde, porque assim também me é mais fácil chegar a ele. Não deixo é de reparar no resto.

A realidade hoje é bem diferente do que há três/quatro anos.

O Vinil tem prosperado, e felizmente existem prensagens medianas a preços acessíveis que ajudaram e muito nesta reconquista de mercado.
Não é baseado nas prensagens xpto, que todos idolatramos, que a indústria discográfica terá lucro, e sem lucro... É claro que, felizmente, essas prensagens continuarão a existir, mas terão, necessariamente, como suporte outro tipo de produto.
No meu caso será o disco que comprarei no Natal ou no aniversário, tudo o resto será de consumo natural.
ps. Esperemos é que as prensegens-lixo não queimem esta recuperação de mercado.

Um factor importante são os downloads ilegais, não contabilizados nesta análise, uma variável que tende a levar ao RIP a venda de CD's e musica online. Tudo isto ajuda que a venda em formato digital diminua, paralelamente a venda do vinil, mesmo que não tenha números significativos, tenderá pelo menos a manter-se.

Partilho da visão do João Henrique,
uma coisa é a música digital que as pessoas consomem e outra coisa é o que pagam por ela.

Se fizerem um inquérito sobre hábitos de consumo em vez de um balançete de facturação,
não tenham dúvidas que somos uma minoria e que o digital ganha por larga margem e cada vez mais.

Por muito que a industria tente agora promover o vinyl como algo Cool, a maior parte das pessoas vai preferir a comodidade do digital fazendo zapping de milhares de albuns algures na nuvem a partir do seu device.

Mas felizmente vai existir sempre alguém possessivo e que eu possa ajudar a exercer o seu sentimento de posse.
Existirá sempre um nicho para o vinyl de maior qualidade e preço mais elevado.

Mas também existem muitas prensagens de qualidade e preço bastante razoável.

Quanto ao vinyl ao preço da uva mijona e prensagens mais ou menos "manhosas", acho que apenas servem para afugentar as pessoas a médio e longo prazo.

O que é bom hoje em dia, é que existem muitas formas diferentes para se ser infeliz  



Abraços,
Jorge Ferreira

Jorge Ferreira escreveu:

Existirá sempre um nicho para o vinyl de maior qualidade e preço mais elevado.

Eu faço parte dos que adoram baratos e bons, primeiras boas prensagens, segundas...e de qualidade a preços menos decentes. O problema é a carteira que não estica.

Eu confesso que sou sempre muito critico nestas noticias principalmente quando temos empresas com a SPOTIFY que fecharam o ano passado com dois mil milhões de euros de receita.


http://www.musicbusinessworldwide.com/spotify-revenues-topped-2bn-last-year-as-losses-hit-194m/


Agora para ser noticia, acredito que se refiram a uma comparação de compras em download VS vendas unitárias de vinil, principalmente na semana do Black Friday onde o mercado fica totalmente atípico... por muito que goste de ver o vinil a regressar em força, sem perceber como é que o jornalista faz essa contabilidade, não dou grande crédito.

v0ltair3 escreveu:

... não dou grande crédito.

O crédito é obviamente relativo. O que fica é que quem comprou (para ter) em download gastou menos do que quem comprou para ter fisicamente. É mesmo só isso.

António José da Silva escreveu:

v0ltair3 escreveu:

... não dou grande crédito.

O crédito é obviamente relativo. O que fica é que quem comprou (para ter) em download gastou menos do que quem comprou para ter fisicamente. É mesmo só isso.

Essa é a Falácia...

Como não se inclui os serviços de streaming - onde se paga e pode guardar -, não se dá uma visão clara sobre o estado da coisa.

Honestamente acho esse tipo de notícia Desinformação, arrisco mesmo Propaganda.


Se o que interessa é a Música, um dia termina-se com o debate do formato...

José Miguel escreveu:

Como não se inclui os serviços de streaming - onde se paga e pode guardar.

Tens a certeza?

António José da Silva escreveu:

José Miguel escreveu:

Como não se inclui os serviços de streaming - onde se paga e pode guardar.

Tens a certeza?

Listen offline. Take your music everywhere you go. With Spotify Premium, you can download music to the app so it's available to play even without an internet connection. You can have up to 3,333 songs available for offline listening, on a maximum of 3 different devices.

Spotify relies on a a "closed system" in order to ensure artists are fairly paid for track plays. This means that a Spotify premium subscription only gives you access to Spotify's massive catalgoue, and the ability to download and play tracks offline inside the Spotify applications, not the ability to download tracks as mp3's.

This does mean, that you can only listen to Spotify content on devices which have a supported Spotify application, such as iOS, android, BlackBerry, Windows Phone 7/8 and Symbian (also on the desktop!). If you wish to download tracks as mp3 files to transfer to windows media player or to a generic mp3 player then you will need to purchase those tracks from another source.

Digamos que e bem diferente do "pagar para possuir", digo eu.

António eu pouco sei desses serviços todos, raramente uso o formato e em casa não temos boa qualidade para ouvir a partir de ficheiros - um cabo entre o amplificador e o telefone...

Para responder à pergunta: Meo Music - permite guardar 10 faixas por mês (creio que existem outros serviços assim).


Mantenho o que disse: a notícia parece querer mais alimentar o debate do formato do que promover nas pessoas a Música.

O formato Vinil é o meu favorito, mas como gosto mesmo é de Música...

Devolvo uma pergunta: é melhor ouvir mal em vinil do que bem (nem precisa ser excelente) em Cd?

Esta é uma pergunta que coloco a mim mesmo, porque acredito na Educação e no papel das Artes e até da Estética nesse processo.

Não me parece que seja para alimentar qualquer debate. O ano passado as estatísticas foram outras, este ano são estas. O debate somos nós que arranjamos.


Vinyl sales made the record industry £2.4m, while downloads took in £2.1m, the Entertainment Retailers Association (ERA) said.
It marks a big shift in music consumption. In the same week last year, vinyl albums made £1.2m while digital ones made £4.4m.

Essa notícia faz-me lembrar as do "Crude"...

Quando desce ninguém fala, mas quando sobe logo há notícias e as gasolineiras aproveitam.



Agora que o debate é bom e eu gosto, lá isso é!


Muito há para debater sobre este tema, mas até em casa estamos sempre a referir como é interessante o crescente número de novos (até nós somos novos) elementos neste querido espaço.

Não é sobre a notícia, mas ajuda a perceber a notícia...

O senhor Fremer está sempre em cima do acontecimento e o vídeo revela bem (exemplo!) quanto tem crescido o Vinil.


Incrível!!!

O fenómeno noticiado, também se regista nos livros em formato físico, cujas vendas suplantaram o livro digital (e-book).

Ghost4u escreveu:

O fenómeno noticiado, também se regista nos livros em formato físico, cujas vendas suplantaram o livro digital (e-book).

Sei que o mercado dos Livros está muito mal, nunca pensei que o digital chegasse tão longe...

Folgo em saber que o "papel" ainda é querido, pessoalmente prefiro os velhinhos com aquele perfume típico e ortografia errada.

José Miguel escreveu:

(...) Folgo em saber que o "papel" ainda é querido, pessoalmente prefiro os velhinhos com aquele perfume típico e ortografia errada.

Também eu!
Recentemente, numa livraria que pauta por edições antigas, adquiri «Vagão "J"» (Vergílio Ferreira) e «O livro de Cesário Verde».

José Miguel escreveu:

... Folgo em saber que o "papel" ainda é querido, pessoalmente prefiro os velhinhos com aquele perfume típico e ortografia errada. ...

No passado para ir de Sagres até Lagos era de burro ... e de Lisboa ao Porto suponho que era de cavalo ou de carroça !... mas jà ninguém tém pena desses tempos e não se incomodam de andar de carro !!!

E a musica era acordeão no bailarico, e nada de Bach, Jazz ou Rock e ainda menos eléctronica !!!

Então para ler utiliso isto, e até que não me queixo ... pois a mensagem escrita é a mesma

Apesar de não concordar com as imagens escolhidas para revelar "progresso" face ao que é a relação obra/leitor, percebo que o formato digital possa ajudar a que novos "públicos" se aproximem da leitura.


Estou a trabalhar e leio num ecrã, escrevo num computador, em casa uso livros, papel e caneta.

José Miguel escreveu:

Apesar de não concordar com as imagens escolhidas para revelar "progresso" face ao que é a relação obra/leitor, percebo que o formato digital possa ajudar a que novos "públicos" se aproximem da leitura. ...

Era uma provocação saudàvel como gosto de fazer ... mas que tinha uma parte de convição pessoal. Para mim a relação obra/leitor é idêntica à relação obra/auditor e um livro não é mais arte do que um disco nmho !...

Enquanto escrevo estas linhas escuto em "desmaterialisado" este disco. Não penso que a ausência de midia nas minhas mãos em CD ou em Vinilo seja um travão à percepção da obra, penso mesmo todo o contràrio...

Voltei a ler hà pouco a Metamorfose do Kafka no meu eReader, e não tive a impressão que o acesso à obra ou a sua compreensão fosse algo alterada pela leitura digital. De mesmo não penso que a leitura da obra num livro antigo me permitisse de melhor aceder à sua essência ... mas, se o tivesse lido na lingua original (em digital ou papel) talvez fosse melhor, mas não falo alemão !!!

Penso que abandonar o culto do objecto para se concentrar na essência "desmaterialisada" da obra, é algo de sensato e talvez mesmo o respeito absoluto em relação à obra e ao artista ... pois não necessito ném de ver a musica ném de tocar na literatura ... mas, açeito que para si seja o contrario com empatia !!!

Jorge Ferreira escreveu:

... Por muito que a industria tente agora promover o vinyl como algo Cool, a maior parte das pessoas vai preferir a comodidade do digital fazendo zapping de milhares de albuns algures na nuvem a partir do seu device. ...

Eu vejo muitos putos a partir de 15 anos a se interessar ao vinil porque o acham COOL !!!... mesmo se na rua ouvem com o portamovél e cans. Penso que essa malta pode alimentar o mercado do vinilo de qualidade no futuro ... mas também posso estar complétamente enganado e a moda passar jà para o ano !

Como eu disse em cima: eu gosto de falar/debater.

Eu disse que não concordava com as "imagens" escolhidas porque não as enquadro da mesma forma que os Textos e Música.
Por outro lado, se for ler o que já disse em cima vai reparar que estou de acordo consigo - sobre o que acaba de dizer.


Há, claro, algo que nos distingue e isso é a nossa relação com os objectos - eu gosto de objectos e referi os livros antigos porque gosto deles e das "estórias" que imagino que eles trazem (não confundo o objecto Livro com a Obra escrita).

Eu não tenho menos respeito pela obra de um autor e já disse e repito: prefiro, no caso da Música, ouvir bem do que ouvir simplesmente (menos bem) em vinil.

Como pode ver sou coerente, estou sempre a repetir-me!  


ps.: Sobre esta última questão da gente jovem...
"Para muitos, o vinil é um ícone da sua paixão pela música, mais do que um objeto utilitário que lhes permite ouvir os seus músicos e bandas favoritas. Isso explica que no mesmo inquérito 48% dos inquiridos tenham respondido que guardavam mas não ouviam a música comprada em vinil e 7% não tivessem sequer o também icónico gira-discos."
http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/play-it-again-vendas-de-discos-de-vinil-ultrapassam-downloads-de-musica




ps2.: quero acreditar que um dia poderei dizer que a melhor forma de ouvir Música em casa é (sem dúvida nenhuma) o vinil!

Ghost4u escreveu:

O fenómeno noticiado, também se regista nos livros em formato físico, cujas vendas suplantaram o livro digital (e-book).

A minha filha é uma das muitas miúdas que tem prazer em ler um livro em papel, e como ela muitos da sua geração.
Mas prefere ouvir música em formato digital devido à versatilidade, esteja onde estiver houve o que quer.

TD124 escreveu:

(...)

Amigo Miguel se é uma questão de crença pode dizer isso desde jà ... pois a fé não se discute...  

[/quote]
Touché!!!

Um pouco mais sério...

Como o Paulo sabe, num tópico aqui ao lado falou-se de peças para tocar "bem" Música Sinfónica no valor de Carros.

Eu bem sei que as coisas são assim e por isso digo/disse que ouvir Música tem que ser mais importante do que debater o formato... Ouvir bem em Cd ou Ficheiro é melhor do que ouvir mal em Vinil.


Um dia quero acreditar que poderei ouvir bem (melhor ainda) em Vinil!

O Professor José Hermano Saraiva disse um dia :
"Qualquer que seja o Futuro, haverá sempre noites de luar, a serra de Sintra e o Tejo a correr para o mar!".

Com o devido respeito pelo Historiador, podemos extrapolar a nossa frase :
"Qualquer que seja o Futuro, haverá sempre Giras a rodar, pessoas a admirar Capas e Discos de Vinil a tocar!"

E o resto é História...

Mai nada..

Jorge Ferreira escreveu:

O Professor José Hermano Saraiva disse um dia :
"Qualquer que seja o Futuro, haverá sempre noites de luar, a serra de Sintra e o Tejo a correr para o mar!".

Com o devido respeito pelo Historiador, podemos extrapolar a nossa frase :
"Qualquer que seja o Futuro, haverá sempre Giras a rodar, pessoas a admirar Capas e Discos de Vinil a tocar!"

E o resto é História...