Dunlavy

Este fabricante fez colunas curiosas que aparentavam ter como primeiro objectivo a música e não o lucro.   
Já fecharam a porta há mais de 10 anos: http://www.stereophile.com/news/11492/


À medida que se ia subindo na gama as dimensões aumentavam consideravelmente porque as unidades dispunham-se aos pares. No entanto, como estavam dispostas simetricamente em relação ao tweeter, mesmo nas encorpadas Dunlavy SC-VI, com 2 metros de altura, o tweeter está sensivelmente ao nível do ouvido.


Muitos aspectos curiosos, como o alinhamento de fase acústica dos altifalantes, ou o tratamento da superfície frontal da coluna com materiais absorventes de forma a moldar a resposta.
Não eram elegantes, mas isso é irrelevante porque reproduziam muito bem.
Algumas fotos disponíveis na web:

Excelente, tenho imensa curiosidade em ouvir umas! Essas curvas de resposta ... 

Esta um par das monitoras a venda no ebay americano

Outra característica interessante é que (todos) os modelos eram de caixa selada, topologia menos usual nos dias de hoje por implicar maior volume de caixa (para a mesma extensão) e por produzir uma "carga" consideravelmente mais "pesada" para os amplificadores…

R



P.S.: penso que a função do feltro é reduzir a difracção.

ricardo onga-ku escreveu:

Outra característica interessante é que (todos) os modelos eram de caixa selada, topologia menos usual nos dias de hoje por implicar maior volume de caixa (para a mesma extensão) e por produzir uma "carga" consideravelmente mais "pesada" para os amplificadores…

P.S.: penso que a função do feltro é reduzir a difracção.

Sou o feliz proprietário de uma SC II.
A disposição do feltro á volta do Tweeter é patenteado e pretende reduzir a difração, é feio efetivamente, mas as colunas são projetadas para serem ouvidas com grelhas, sem as ditas o som é menos integrado.
A caixa é fechada e daí as dimensões maiores das colunas, mas o grave é muito rápido e tonal.

Figueiredo escreveu:

ricardo onga-ku escreveu:

Outra característica interessante é que (todos) os modelos eram de caixa selada, topologia menos usual nos dias de hoje por implicar maior volume de caixa (para a mesma extensão) e por produzir uma "carga" consideravelmente mais "pesada" para os amplificadores…

P.S.: penso que a função do feltro é reduzir a difracção.

Sou o feliz proprietário de uma SC II.
A disposição do feltro á volta do Tweeter é patenteado e pretende reduzir a difração, é feio efetivamente, mas as colunas são projetadas para serem ouvidas com grelhas, sem as ditas o som é menos integrado.
A caixa é fechada e daí as dimensões maiores das colunas, mas o grave é muito rápido e tonal.

As caixas seladas têm duas vantagens: melhor resposta aos transitórios e melhor tonalidade do grave já que este resulta do movimento do diafragma e não de uma "bufa", perdão, de uma ressonância.

R

Ricardo, concordo em absoluto, as minhas são de 2 vias (apesar da altura e dimensões da caixa) mas têm os melhores graves que consegui na minha sala. Não vão muito baixo, mas até onde vão são fantásticas.

Digital Man escreveu:

Este fabricante fez colunas curiosas que aparentavam ter como primeiro objectivo a música e não o lucro.   
Já fecharam a porta há mais de 10 anos: http://www.stereophile.com/news/11492/

Infelizmente, muitas vezes o que e' bom não resiste a ferocidade dos grandes grupos económicos. Lembro-me tao bem das Dunlavy na entao saudosa Delmax dos 80's onde o carismático e decano da coisa Delfim Yanez dizia, que era do melhor que se fazia, e eu quase que ia comprando umas optando pela saudosa e grandiosa na altura claro, Monitor Audio de Mo iqbal que tive o privilegio de conhecer também e que não faco ideia qual o rumo que este tomou apôs a saída da MA.

Em debates noutros espaços online um deles defunto e outro nem carne nem peixe, ja eu fazia sentir o vigor peitudo mas sedoso que estas colunas transmitiam aos melonanos e audiofilos a' seria, mas como habitualmente nas comunidades cibernautas em fóruns so' se gosta do muito badalado  de forma massiva e a' grande, curiosamente o facto de ser grande nos dias de hoje significa para muitos qualidade, e nos anos dourados das Dunlavy muita rapaziada achava o grande o menos interessante, o som que delas emanava era o mais importante. Lembro que quando começaram a ser exibidos equipamentos em eventos e audio de dimensões  fora do normal,  um user de quem eu perdi o rasto e de quem eu partilhava bastante a forma deste sentir o audio, dizia e em abono da verdade,  cito:
(...) La' em casa não entra ninguém maior do que eu (...)

Eram colunas com acabamentos normais sem muitos floreados, mas com muito tutano, enfim, mudam-se os tempos mudam-se as vontades...

As Dunlavy reproduziam mesmo bem. Com o amplificador certo eram fabulosas.

Agora, também é certo que eram feias, especialmente sem grelha e nos modelos mais encorpados.

Isto leva-me a concluir que muitos audiófilos que por aí andam dão importância à imagem/design dos equipamentos. Ou então é alguém lá em casa que não deixa comprar colunas tão feias...

Mozarteano escreveu:

saudosa e grandiosa na altura claro, Monitor Audio de Mo iqbal que tive o privilegio de conhecer também e que não faco ideia qual o rumo que este tomou apôs a saída da MA.

As MA Studio, ao contrário das Dunlavy, eram colunas elegantes, mas estavam noutro escalão.

Mozarteano escreveu:

(...) La' em casa não entra ninguém maior do que eu (...)  

A partir das IV eram bastante altas, mas o tweeter mantinha-se sensivelmente ao nível do ouvido.
A Dynaudio (que ainda existe) também gostou sempre do WMTMW em modelos de topo, como esta mais atual Evidence:

Digital Man escreveu:

Mozarteano escreveu:

saudosa e grandiosa na altura claro, Monitor Audio de Mo iqbal que tive o privilegio de conhecer também e que não faco ideia qual o rumo que este tomou apôs a saída da MA.

As MA Studio, ao contrário das Dunlavy, eram colunas elegantes, mas estavam noutro escalão.

As MA estavam noutro escalão, eram Europeias e as Dunlavy Americanas, mas tanto Mo Iqbal como Dunlavy foram grandes visionários na construção de altifalantes. As Dunlavy eram tipicamente ao jeito Americano, Grandes portanto, neste caso eram grandes e eram grande coisa, noutros casos recentes como diz a tradição popular: Muitas vezes o grande não e' grande coisa

Sempre tive uma paixão pela MA da altura, por todos os motivos  e mais  algum, acompanhei a marca desde a produção do primeiro modelo, passaram por mim uma serie delas, todas elas melhores que as anteriores, alias na altura o audio era assim em todas os segmentos e vertentes, cada equipamento que surgia era melhor que o anterior e isso talvez em minha em minha opinião fazia com que os aficcionados da coisa estivessem em constante rotação, bem como o mercado e os profissionais, tudo mexia, ou como dizia o brasileiro Jo Soares: Esta' tudo o mundo enrolando! A industria, o mercado, e o consumidor eram uma bela tríade, mas enfim, não vou discutir mais detalhes sobre a coisa... A MA fez colunas soberbas, ''simples'' também, em alguns modelos, outros talvez atendendo ao elevado custo passassem de forma fugaz e ténue aos ouvidos do consumidor, mas na altura lembro que  a Delmax como habitualmente tinha a gama toda em exposição e em stock. Engracado! Stock, esta palavra praticamente ja não existe no vocabulário da maioria dos profissionais da coisa, com as excepçoes obvias que alguns de no's conhecemos, enfim...times are changing...

Studio 20 muito badalada, Studio 9, Studio 7, MA 700 Gold, qual destas a melhor?

Mozarteano escreveu:

Studio 20 muito badalada, Studio 9, Studio 7, MA 700 Gold, qual destas a melhor?

As Monitor Audio de topo não são comparáveis às Dunlavy de topo, nem na qualidade nem no preço.
Colunas esteritinhas com unidades metálicas de 6" e com um baixo muito limitado em qualidade e quantidade.

Que eu me recorde não houve nenhumas Studio 7 nem 9!  

Tive as Studio 50, Studio 20SE, Studio 6. Por exemplo, as Studio 6 eram boas em Jazz, mas a resposta começava a cair 24dB/oct aos 60Hz! (mesmo com a ajuda dos dois ressonadores forntais). Estamos a falar de brinquedos...  

Digital Man escreveu:

Mozarteano escreveu:

Studio 20 muito badalada, Studio 9, Studio 7, MA 700 Gold, qual destas a melhor?

As Monitor Audio de topo não são comparáveis às Dunlavy de topo, nem na qualidade nem no preço.
Colunas esteritinhas com unidades metálicas de 6" e com um baixo muito limitado em qualidade e quantidade.

Que eu me recorde não houve nenhumas Studio 7 nem 9!  

Tive as Studio 50, Studio 20SE, Studio 6. Por exemplo, as Studio 6 eram boas em Jazz, mas a resposta começava a cair 24dB/oct aos 60Hz! (mesmo com a ajuda dos dois ressonadores forntais). Estamos a falar de brinquedos...  

Eu quis dizer M7 e M9 gold sorry. Eu não tive as Studio 50, era muito papel, mas tive as Studio 2, Studio 6, MA 700 gold, M7, M9, MD 352 ( um dos primeiros modelos da MA ) e as 1200 Gold, estas ultimas um dos modelos de referencia em minha opinião, como so tenho dois ouvidos e na altura era eu um jovem inconsciente, resolvi ficar pelas ultimas, e as Studio 20 ficaram pelo namoro. Mas agora, posso recupera-las todas se quiser, mas estou bem servido para o meu grau de exigência   , que com a idade vai deixando de ser fulcral, basta ouvir musica com o mínimo e qualidade e senti-la ja passei ah muitos anos a fase das trocas e baldrocas, a disfunção histérica das buscas milagrosas sem pés nem cabeça por cabinhos milagrosos, colunas xpto, bracos e cabeças vulgo cartridges bem penteadas e amplificadores peitudos e musculados, integrados ou a válvulas xpto,  cada dia que passa chego a conclusão que os murabitinos vulgo euros ou pounds fazem muito mais falta para outras coisas...mas e' natural quem e' que não cometeu exageros enquanto jovem? mas mais grave e' que se vai vendo muita rapaziada menos jovem que ainda comete exageros e sem norte...
mas como me disse uma vez um user: tens (eu) alguma coisa a haver com isso? e la vem ele (eu) outra vez o velho do restelo com as verdades dele...

Mozarteano escreveu:

Eu quis dizer M7 e M9 gold sorry. Eu não tive as Studio 50, era muito papel, mas tive as Studio 2, Studio 6, MA 700 gold, M7, M9, MD 352 ( um dos primeiros modelos da MA ) e as 1200 Gold, estas ultimas um dos modelos de referencia em minha opinião, como so tenho dois ouvidos e na altura era eu um jovem inconsciente, resolvi ficar pelas ultimas, e as Studio 20 ficaram pelo namoro.

O forte da MA era a gama média e agudos. A maioria dos modelos eram musicais e tocavam bem com válvulas e amplificadores bons na gama média. As Studio 50 gostavam de muita corrente mas as outras eram fáceis. As mais equilibradas talvez fossem as Studio 20.
Tive as Studio 6 numa salinha muito pequena com um sub Rel Strata e diverti-me muito a ouvir jazz com elas.

Os modelos atuais da MA parecem ser uma sombra desses modelos do passado, apesar de manterem a mesma filosofia.

O problema das MA Studio era a forte ressonância do cone de alumínio metalizado numa zona do espectro onde o ouvido é extremamente sensível que está muito bem documentada nas medições da Stereophile:


Mas essa ressonância dava uma coloração "metálica" ao som que alguns a associavam a uma maior "transparência" ou detalhe, e a verdade é que ainda hoje as Studio 20SE são vistas como colunas de culto.

Mas tratam-se de colunas de duas vias com cone de 6,5'' e um volume de caixa reduzido que limita muito o potêncial de desempenho...

R

Digital Man escreveu:

Mozarteano escreveu:

Eu quis dizer M7 e M9 gold sorry. Eu não tive as Studio 50, era muito papel, mas tive as Studio 2, Studio 6, MA 700 gold, M7, M9, MD 352 ( um dos primeiros modelos da MA ) e as 1200 Gold, estas ultimas um dos modelos de referencia em minha opinião, como so tenho dois ouvidos e na altura era eu um jovem inconsciente, resolvi ficar pelas ultimas, e as Studio 20 ficaram pelo namoro.

O forte da MA era a gama média e agudos. A maioria dos modelos eram musicais e tocavam bem com válvulas e amplificadores bons na gama média. As Studio 50 gostavam de muita corrente mas as outras eram fáceis. As mais equilibradas talvez fossem as Studio 20.
Tive as Studio 6 numa salinha muito pequena com um sub Rel Strata e diverti-me muito a ouvir jazz com elas.

Os modelos atuais da MA parecem ser uma sombra desses modelos do passado, apesar de manterem a mesma filosofia.

Eu tive umas M7 Gold ate ha uns anos, monitoras bem ao jeito da marca de entao, de uma pujança sem precedentes, com um detalhe fabulastico, vendia-as a um grande amigo meu que ainda as tem, bom, ja não o vejo ah muito tempo, mas quando se proporcionar e encontra-lo vou voltar a falar delas no sentido de voltarem a casa original

Lembro na altura que com os famosos tweeters metálicos dourados e depois mais tarde os woofers dourados também, algumas vozes se ergueram, ah e tal soa tudo muito metálico, eu nunca senti isso, muito antes pelo contrario, uma coluna com detalhe fabuloso e eh o que interessa.

Quanto ah MA e sua filosofia so' falo na presença do meu advogado mas posso dar um cheirinho, som todo igual ano apôs ano, e desde ha quase uma decada, e ja não estarei tao sintonizado, acho a MA igual a todas as outras, ao fim ao cabo veem todas do mesmo sitio, ou para o bem ou para o mal, enfim...e agora segue-se um Bob Seger...

A resposta do tweeter também parece invulgarmente irregular...reparem na trepidação ou vibração das curvas acima dos 4kHz.

R

ricardo onga-ku escreveu:

O problema das MA Studio era a forte ressonância do cone de alumínio metalizado numa zona do espectro onde o ouvido é extremamente sensível que está muito bem documentada nas medições da Stereophile:

Monitor Audio Studio 6







Monitor Audio Studio 10

Mas essa ressonância dava uma coloração "metálica" ao som que alguns a associavam a uma maior "transparência" ou detalhe, e a verdade é que ainda hoje as Studio 20SE são vistas como colunas de culto.

Mas tratam-se de colunas de duas vias com cone de 6,5'' e um volume de caixa reduzido que limita muito o potêncial de desempenho...

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Essa ressonância é frequente nos altifalantes metálicos mas nas MA era virtualmente inaudível com a esmagadora maioria das músicas, desde que usadas com o amplificador certo.  
Os tweeters eram muito bons. Se me recordo eram unidades Seas modificadas.
Onde sempre as achei fraquinhas foi nos baixos.

Digital Man escreveu:

Essa ressonância é frequente nos altifalantes metálicos mas nas MA era virtualmente inaudível com a esmagadora maioria das músicas, desde que usadas com o amplificador certo.  
Os tweeters eram muito bons. Se me recordo eram unidades Seas modificadas.
Onde sempre as achei fraquinhas foi nos baixos.

Quando ainda era aluno do liceu ouvi colunas da série Studio algumas vezes na Rua da Madalena e sempre achei o som desagradável...
Duvido muito dessa afirmação.

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ricardo onga-ku escreveu:

Digital Man escreveu:

Essa ressonância é frequente nos altifalantes metálicos mas nas MA era virtualmente inaudível com a esmagadora maioria das músicas, desde que usadas com o amplificador certo.  
Os tweeters eram muito bons. Se me recordo eram unidades Seas modificadas.
Onde sempre as achei fraquinhas foi nos baixos.

Quando ainda era aluno do liceu ouvi colunas da série Studio algumas vezes na Rua da Madalena e sempre achei o som desagradável...
Duvido muito dessa afirmação.

R

Como a maioria das minhas colunas experimentei-as com vários amplificadores.
As Studio 50 eram tramadas porque gostavam de amplificadores com muita corrente e os amplificadores mais potentes nem sempre são os mais refinados...
Mas as Studio 6, por exemplo, eram muito fáceis de alimentar e tinham uns médio-altos bastante bons com a maioria dos amplificadores. Ao todo devo ter ouvido essas colunas com mais de 20 amplificadores. O melhor som que ouvi foi com válvulas Audio Note e transistores Pass, mas tocaram bem com muitos outros. Lembro-me de um Cairn, por exemplo. Houve apenas um pequeno grupo de amplificadores com os quais se incompatibilizaram e tiveram o tal som metálico. Entre esses os piores foram talvez uns separados Rotel e um integrado Denon.

Ainda tenho e utilizo umas Dunlavy SCIII e continuo  a acha-las magnificas, complementadas com amplificação Pass Aleph.

Fazem-me lembrar as evolution acoustics